beatrxz 28/08/2024
Esperava mais!
Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban é um dos meus filmes favoritos, então, consequentemente, achei que seria um dos melhores livros também, mas confesso que não consegui me prender a ele tanto quanto os dois últimos.
Primeiramente, o Harry e o Rony me estressaram muito nesse livro, odiei o fato deles terem ficado metade da trama ?brigados? com a Hermione pelos motivos mais aleatórios possíveis. Tem um trecho que o Hadrid diz: ?Pensei que vocês davam mais valor à amiga do que a vassouras e ratos?, e é exatamente essa a questão. Outra coisa que me irritou completamente foi a falta de importância do Harry com sua própria segurança, ele praticamente ignorava o fato de que havia um suposto assassino atrás dele ? por mais que fosse pelos ?motivos certos?: a raiva por homem que matou seus pais ?, no filme senti que as emoções do personagem foram mais bem transmitidas, já no livro ele parecia apenas um adolescente rebelde.
Uma das partes que estava mais ansiosa era para ver a interação entre o Harry e o Sirius, a qual, infelizmente, achei que ocorreu de forma muita rápida: em uma página o Harry estava quase matando o Sirius, e na outra (obviamente após a retaliação), eles já estavam com um certo ?vínculo?. Gostaria que tivesse sido mais aprofundado, mas ainda tenho a esperança de que isso será mais abordado no resto da saga, pois a relação dos dois, para mim, é uma das partes mais cativantes e emocionantes de toda a história.
O mais interessante do livro foi, de fato, o final, por mais que tenha achado que poderia, também, terem sido mais estendido. Porém, não há como negar que as páginas finais foram incríveis. Finalmente conhecemos os marotos, que, na minha opinião, é uma das tramas mais interessantes que a J.K já criou (Remo Lupin é, possivelmente, o meu personagem favorito de todos). Não há como deixar de se emocionar com o Harry conjurando o Patrono, o reencontro do Sirius e Remo após anos, o Dumbledore sempre buscando ajudar quem precisa? A complexidade dos personagens da J.K é sempre extraordinária!
Outro fato que achei deveras interessante (e um ponto que o livro ganhou do filme), foi a descrição de um dementador. O Lupin narrou de maneira minuciosa: ?Até os trouxas sentem a presença deles, embora não possam vê-los. Chegue muito perto de um dementador e todo bom sentimento, toda lembrança feliz serão sugados de você. Se puder, o dementador se alimentará de você o tempo suficiente para transformá-lo em um semelhante... desalmado e mau. Não deixará nada em você exceto as piores experiências de sua vida.? Eu consegui associar este ?personagem? ao sentimento de depressão, não sei se foi intencional, mas de toda maneira, faz-se algo genial.
Por fim, não considero esse livro como o melhor da saga, por mais que ainda continue tendo um apreço gigante pela adaptação.