Pluto #8

Pluto #8 Osamu Tezuka
Naoki Urasawa




Resenhas - Pluto #8


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Raphael.Campos 24/04/2020

Perfeito
Final grandioso pra um mangá foda, os últimos três livros foram difíceis de parar de ler.
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01/08/2019

Quem diria que um robô poderia ter personalidade dupla, hein?

E engraçado que o paralelo entre a Guerra retratada no quadrinho e a Guerra do Iraque tinha passado despercebido por mim. Considerando quando ele foi lançado (2003), isso faz ainda mais sentido.

Gostei da forma que se encerrou, mas ainda não entendi porque apagaram a memória do Gesicht. Aliás, é revelado mais um detalhe da vida dele que é pra acabar com qualquer um!

Final muito bem desenvolvido!
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Fabio Eloi 09/04/2019

Bela obra e também grande homanagem a Osamu Tezuka
Meu primeiro contato com o gênio de Osamu Tezuka foi no início dos anos 80, através dos animes do Menino Biônico, anime este que era baseado no próprio Astro Boy de Tezuka (na época ele queria produzir um remake de Astro Boy, mas os direitos estavam com uma empresa que faliu). Além de ser o primeiro contato com Osamu Tezuka também foi meu primeiro contato com animes e mesmo sendo criança percebia que estas animações eram bem diferentes de outras que assistia na mesma época, como Disney, Looney Tunes e Hanna-Barbera. Tinham as aventuras empolgantes, mas também existia uma carga emocional e filosófica que até uma criança ocidental como eu conseguia absorver, afinal era uma forma "mágica" de apresentar estes conceitos, muitas vezes bem adultos, que tornava o anime universal.

Por isso não me surpreendi quando fiquei sabendo que o mangá "Pluto" era uma releitura mais "adulta" e "densa" de um arco de história de Astro Boy (The Greatest Robot on Earth), todo o material de Osamu Tezuka que tive contato até hoje é muito rico e possibilita inúmeras releituras. E lendo as oito edições nacionais (acabamento bom e matérias extras nestas edições da Panini) fui percebendo o enorme respeito que o magaká Naoki Urasawa (tendo Takashi Nagasaki creditado como coautor) teve com o material original, mais adiante descobri também que o mesmo Naoki Urasawa tem enorme carinho por este arco escrito por Tezuka, algo que remete diretamente a sua própria infância e sua relação com os mangás.

A história, em clima de thriller policial, mostra uma sociedade futurista onde robôs e humanos coexistem em harmonia (até certo ponto), neste cenário começam a ocorrer misteriosos assassinatos em série tanto de robôs como de humanos e um dos fatores que ligam eles são a presença, nas cenas dos crimes, de "chifres" nas vítimas. Nesse ínterim entra Gesicht, detetive alemão da Europol. Seu envolvimento pessoal com as investigações assim como a apresentação de outros robôs (entre eles o próprio Atom, ou Astro Boy como é conhecido no ocidente) e humanos (conhecidos do universo de Astro Boy ou não) vão criando uma trama que segura o leitor até a última página.

A arte de Naoki Urasawa é perfeita! Seus traços são detalhados e leves ao mesmo tempo. Sua narrativa gráfica é ótima, tanto nas cenas de ação como nas que focam na expressão dos personagens com pouco (ou nenhum) dialogo. O redesenho que fez dos personagens que estavam na história original é criativamente elegante, respeitando detalhes marcantes mas adequando o visual ao traço do mangaká e a história proposta. Quando Atom (Astro Boy) é visto pela primeira vez, não tem como um fã não se emocionar com a cena... Da mesma forma é impactante ver outros personagens criados por Osamu Tezuka na arte de Naoki Urasawa.

O roteiro, como dito anteriormente, prende da primeira a última página. A história é densa, relativamente complexa e cheia de ramificações que ao longo da história vão se cruzando para finalmente ir respondendo as inúmeras perguntas criadas... Neste ponto está minha única crítica negativa a obra. São tantas tramas e subtramas criadas e desenvolvidas simultaneamente que é fácil o leitor um pouco distraído deixar passar detalhes importantes e, ao terminar de ler a história, fiquei com a sensação de que algumas perguntas foram respondidas de forma apressada e até mesmo desinteressada... Mas isso não mancha todo o trabalho tão bem criado e desenvolvido.

Durante a leitura da obra fiquei sabendo que Naoki Urasawa é conhecido por desenvolver ótimas histórias mas finalizá-las de forma não muito satisfatória. Embora imagino que o final de "Pluto" não agrade a todos (e pelo que fiquei sabendo realmente não foi unanimidade), particularmente gostei muito do desfecho dado. Depois de terminar a leitura fiquei dias pensando nas várias questões humanas tocadas de forma tão sensível pelo mangaká no decorrer de toda a obra e no seu final, são questões que vão muito além do universo de Astro Boy e estão enraizadas na alma humana.

É o tipo de obra que merece ser lida e relida sempre que possível. Linda homenagem ao mestre Osamu Tezuka que Naoki Urasawa executou belamente de forma tão pessoal. Agora é aguardar ansiosamente o anime que está em produção e não deve demorar a estrear.
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Carlão 02/04/2019

Nada nasce do ódio...
Ficha técnica:

Autor: Naoki Urasawa X Osamu Tezuka
Baseado no arco: "O maior parte robô da Terra" do mangá Astro Boy
Publicado em: fevereiro de 2019
Editora: Panini
Licenciador: Shogakukan
Categoria: Minissérie
Gênero: Mangá
Status: Série completa
Número de páginas: 256
Formato: (13,5 x 20,5 cm)
Colorido/Preto e branco/Lombada quadrada
Preço de capa: R$ 18,90

Sinopse/Análise

Após Atom ressucitar, ele compreende o plano dos vilões, usar Pluto e Bora para destruir a vida na Terra, e com as memórias de Gesicht e todo seu ódio, será que Atom sera capaz de deter esse plano maligno?

Enfim chegamos no final, e que final! Ao meu ver trouxe a essência, a mensagem e os sentimentos que Tezuka passava através de suas obras.

Essa última edição enfatiza que nada nasce do ódio e o amor pode vencer tudo, parece uma mensagem um tanto piegas, porém combina perfeitamente com tudo o que Urasawa vinha nos apresentando desde então.

O desfecho da história por mais clichê que pareça no princípio, como vilões tentando destruir o mundo e coisa e tal, e ter um fim um tanto previsível, é muito competente e emocionante, pois o desenvolvimento da trama e dos personagens foi tão bem desenvolvido em todas essas 8 edições que até um final previsível consegue ser marcante.

Uma ficção científica com uma mensagem simples porém poderosa, e para finalizar eu me pergunto, será que um dia o ódio desaparecerá? Eu não sei, mas continuarei torcendo para que esse dia chegue.
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Pedro 21/07/2016

Sem Tezuka não teríamos Urasawa isso é um fato, e sem Urasawa os mangás atuais não teriam qualidade. Nenhuma.
Arco famoso de Tetsuwan Atom (1964/1965) remodelado de forma indescritível. Pluto não é apenas uma homenagem a Tezuka, é uma obra-prima por si só, a narrativa gráfica e o próprio enredo trabalhado ao limite do sentimentalismo. Da ressonância emotiva, e isso numa história sobre máquinas. De uma profundidade que põe o talento e gênio de Urasawa à toda prova.
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