Tolo, morto, bastardo e invisível

Tolo, morto, bastardo e invisível Juan José Millás




Resenhas - Tolo, morto, bastardo e invisível


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Pedróviz 25/04/2012

Ótmo texto, ótimo enredo.
O livro Tolo, morto, bastardo e invisível mostra, na primeira pessoa, o processo mental de um indivíduo que se afasta do que chamamos de realidade a partir do momento em que passa a ter contato com um bigode postiço que guarda em um cofre. Através de uma escrita repleta de metáforas, o autor descreve, de um modo extremamente criativo - o livro, quase que ininterruptamente, apresenta-se brilhante de achados que podem ser considerados prosa poética -, todo o complexo e multifacetário universo de uma mente desconectada da realidade. Este brilho ao longo do texto muito bem pode expressar o brilho da alucinação do protagonista, que se vê num patamar acima de todos os que o cercam e acaba por sacrificar a vida familiar e profissional e chegando aos extremos da coragem ou, digamos, emprededorismo alucinado do qual somente um tolo poderia ser portador. Quem conseguir sintonia com o texto perceberá como os aspectos "morto, bastardo e invisível" são consequências do estado "tolo" em que o protagonista se encontra. Uma resenha pertinente para este livro poderia surgir de um psicanalista, que poderia fazer considerações interessantes sobre o caso. Para resumir, Juan José Millás reuniu, em uma só obra, a beleza de um ótimo texto e a intensidade de um ótimo enredo.
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