Lili Machado 23/05/2013Se achamos horrível a idéia de tais criaturas, é melhor mudarmos nossos hábitos, pois tais monstros se parecem conosco mais do que supomos. Este é o avô de todas as estórias de invasão alienígena, publicada em 1898, quando vida inteligente em Marte era considerado uma fantasia.
A estória começa com o narrador dizendo que ninguém teria acreditado que nosso mundo vinha sendo observado de perto, por inteligências maiores que as do Homem.
Distúrbios atmosféricos acontecem, quando Marcianos pousam em Londres, no início do século XX.
A princípio eles parecem engraçados, com dificuldade de se mover na atmosfera da Terra.
Mas logo, revelam sua natureza verdadeira, como imensas máquinas mortíferas, que causam a evacuação de Londres, sem que os poderes militares consigam dete-los.
Horrorizado, o narrador descreve como os marcianos sugam o sangue dos humanos e matam com raios de calor e gás venenoso.
Mas aqui temos muito mais que apenas uma estória de entretenimento: Na verdade, A Guerra dos Mundos é uma crítica feroz sobre o imperialismo e colonialismo britânicos, com a utilização dos recursos econômicos das terras dominadas – assim como os marcianos sugam o sangue dos terráqueos.
H. G. Wells escreveu sobre como o ego humano foi subjugado por uma forma de vida superior, totalmente fora dos padrões de imagem conhecida, na época.
Se achamos horrível a idéia de tais criaturas, o narrador avisa, é melhor mudarmos nossos hábitos, pois tais monstros se parecem conosco mais do que supomos.
O filme de Tom Cruise, é passado durante a Guerra Fria, com marcianos parecidos com arraias de enormes tentáculos.
Um ponto interessante, é que o escritor Isaac Asimov (resenhas no blog: http://scifinowlilimachado.wordpress.com/category/isaac-asimov-2/ ), disse que se uma inteligência alienígena realmente existisse, teria uma evolução emocional superior á nossa. Eles não iriam agir como bárbaros, já que a guerra é uma coisa primitiva. Nós é que somos destrutivos e agressivos por natureza. Nossa história tem sido de conquista, escravidão e genocídio.
Em 1939, o diretor de cinema iniciante, Orson Welles, produziu uma transmissão radiofônica, adaptando a obra de H. G. Wells, e que ficou famosa mundialmente por provocar pânico nos ouvintes, que imaginavam estar enfrentando uma invasão de extraterrestres - um exército que ninguém via, mas que acabara de desembarcar no nosso planeta. O sucesso da transmissão foi tão grande que no dia seguinte todos queriam saber quem era o responsável pela tal brincadeira. A fama do jovem Welles começava.
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