Resenhas - Dust

Ana Luiza Silva 21/04/2021

A conclusão dessa saga que eu amo tanto me deixou órfã, querendo ter mais ainda dessa história de descobertas, de esperança e de luta por sobrevivência. A Trilogia Silo é uma obra de arte, clássica, uma distopia madura e que muito mais gente deveria conhecer. Espero que no futuro, quando tiver a série de televisão, as pessoas se interessem e leiam e reflitam sobre tantas questões trazidas nesses livros. A história é tão bem escrita, sem cair em clichês, muito bem amarrada mas não a ponto de sufocar a imaginação do leitor. Ainda é possível imaginar mais cenários nesse universo. Por isso é uma história tão brilhante.

Não posso recomendar o suficiente essa leitura!

Liliane32 23/07/2023

Com Spoiler
Neste terceiro livro, “Dust”, Donald, que foi o protagonista do segundo livro, quer ajudar o pessoal do Silo 18, mas ele segue inundando o Silo 40 (que se rebelou) ou seja, matando mais gente. Ele consegue liberar a irmã mas tem que mantê-la escondida, pq não são liberadas mulheres no Silo 1. Ele também aparenta ter mais problemas mentais, que já estava meio que evidente no segundo livro. Numa destas ele tenta matar o Senador, mas o mesmo por estar conectado as máquinas, consegue se regenerar e desmascara o Donald. Donald que está morrendo com um problema no pulmão é preso e apanha muito dos guardas do Silo. Enquanto isso o Senador “faz a limpeza”do Silo 18, mas Jules e algumas outras pessoas conseguem escapar para o Silo 17, por quê eles haviam construindo um túnel entre os dois Silos.
Nesta parte preciso fazer um parenteses, foi muito irritante ler a Jules por muitos capítulos do livro, se preocupa muito mais com as crianças e com o Solo, que eram os habitantes restantes do Silo 17, do que com as pessoas do Silo 18. No começo do Livro o Luke perguntou a ela por quê deste comportamento, e ela só soube dizer que fez uma promessa. Enquanto isso, milhares de pessoas no Silo 18 ficaram sem apoio e começaram a se rebelar. Por quê eles estavam descontentes com a falta de informação ou mesmo direção. De uma hora para outra eles são informados que: Primeiro, não estavam sozinhos como todos pensavam; Segundo, existem mais Silos e possivelmente, uma forma de viver fora deles. E por último, será que eles queriam sair? Ou Mesmo se conectar com outros Silos?
Charlotte, a irmã de Donald, faz contato com Jules e avisa do mapa que ela viu que há uma conexão entre todos os Silos e o chamado “Seed” que parece ser onde foram armazenas as sementes e o material necessário para “reconstruir”o mundo. Jules convence o povo do agora Silo 17 de irem em busca deste “Seed” explorando o mundo exterior. Ao saírem do Silo e passarem o morro, eles encontram ar puro, grama e uma vastidão de terra livre. O mundo havia se regenerado.

Camila 03/08/2024

Silo: Dust & Silo: Stories
?Dust? seguiu uma direção totalmente inesperada, o que me manteve completamente absorta na história. Eu já esperava um tom sombrio depois de ?Shift?, mas a atmosfera foi ainda mais opressiva e deprimente. Praticamente não há momentos felizes, e os personagens que aprendemos a conhecer e amar estão sob estresse, pressão, e perigo desde o início. A trama tem reviravoltas e momentos absolutamente chocantes. O enredo avança rapidamente, um pouco mais do que em "Shift". As histórias dos Silos 1, 17 e 18 se entrelaçam, e todos os mistérios são finalmente revelados. Após toda a tragédia pessoal e sacrifício que acompanhamos por 450 páginas, achei que o final foi satisfatório e bem resolvido, diferente do que muitos relataram. Gostei demais da trilogia; algumas resenhas fazem um justo paralelo com LOST: as sobrecargas, as revelações dentro de outras revelações, o mistério crescente ? até mesmo os flashbacks sobre a origem dos Silos.
O quarto livro, quase um folder em comparação à Wool, Shift e Dust, apresenta três histórias. Quase deixei passar esse encarte de 124 páginas, achei que era algo como ?bastidores?. Ledo engano. As três histórias contidas neste quarto livro, com a primeira ocorrendo antes dos eventos do primeiro livro e a última terminando alguns anos após o final do terceiro livro, se constroem uma sobre a outra, cobrindo um longo período de tempo. Elas preenchem algumas lacunas, oferecem outra perspectiva e também um reencontro com alguns personagens da trama principal.
Não posso dizer muito mais, pois isso conteria spoilers para a trilogia Silo e deve ser lido após os romances. Mas gostei delas e achei que ampliaram a experiência geral e proporcionaram um final coerente, embora eu desejasse que a última história fosse mais longa. Foi uma despedida abrupta deste universo inacreditável. Há muito tempo não passava horas acordada na madrugada, lendo, porque precisava saber o que acontecia a seguir. Sem querer trazer mais spoilers, o final aberto me inquietou. E por uma razão simples: o imaginário de Hugh Howey tangencia possibilidades muito próximas à nossa realidade atual. E fica a dúvida (ou certeza): será que a humanidade é capaz de destruir o mundo?