Relíquias de Casa Velha

Relíquias de Casa Velha Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Relíquias de Casa Velha


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Arlindo.Ramos 20/03/2023

Relíquias
São contos e críticas literárias. Não conhecia esse livro. Machado de Assis é tudo de bom. Cada dia mais fã da escrita dele.
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Priscila.Quadros 03/07/2020

Eu amei os primeiros contos, especialmente a história de Candinho, e também de Maria Cora. Mas os outros eram mais estilo resenha literária, análises subjetivas de outros livros.
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antuan_reloaded 27/05/2023

[8/10]
Publicado dois anos antes de sua morte, "Relíquias da Casa Velha" (1906) reúne sete contos que giram em torno da finitude da vida. Depois dessa curiosa coletânea, Machado publicaria apenas seu último romance, "Memorial do Aires", em 1908.

Assoladas pelo luto, as linhas dessa obra carregam um tom extremamente fúnebre, banhadas pela aniquilação, a ruína e o pessimismo. A começar pelo soneto de abertura, dedicado à esposa, todos os contos direta ou indiretamente tratam da morte.

São mortes diversas: aborto, assassinato, súbita, em combate, apoplexia, arma de fogo, causas naturais e até um possível suicídio. Com isso, condensa-se o pessimismo, reforçado pelo inerente luto que Machado carregaria consigo até o túmulo.

Além disso, são contos que marcam politicamente o seu instante. Há sempre menções a insurreições. Liberais, republicanos, revolucionários, circulam aqui verborragicamente. O conto "Evolução" escangalha isso e as linhas "O Brasil está engatinhando; só andará com estradas de ferro", podem ainda ser sentidas hoje, um século depois.

Em suma, Machado nunca esteve tão afiado como agora. Sua forma irônica de lidar com questões humanas está no seu auge e, intensificada pela desesperança, não mede esforços para cutucar e denunciar a hipocrisia burguesa da época. "Pais contra Mãe", "Maria Cora" e "Pílades e Orestes" são excelentes exemplos disso.
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Catarine Heiter 20/01/2021

Este livro reúne nove contos escritos antes da morte da esposa de Machado de Assis, porém publicados após este evento. Apresenta também um soneto dedicado a ela (Soneto a Carolina), onde lamenta a sua passagem de forma poética. De uma maneira geral, gostei muito de todos os contos aqui reunidos; mas aponto os meus preferidos: Pai contra mãe, Maria Cora, Umas férias e Evolução. Todos carregam consigo a escrita clássica do autor, com brilhantes pitadas de ironia. Leitura rápida, contos curtos e envolventes; nem se percebe o tempo passar ao ler esta obra!

Esta leitura foi motivada pelo desafio DLL 2021, na categoria 'Livro de Contos'
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Marcynhah 04/10/2024

Relíquias da vida
Publicado em 1906, "Relíquias de Casa Velha" é uma coleção de contos de Machado de Assis que evidencia a maestria do autor em capturar nuances sociais e psicológicas da sociedade brasileira do século XIX. Com uma linguagem refinada e um olhar profundo sobre as complexidades humanas, Machado aborda temas como escravidão, moralidade e hipocrisia, sempre com ironia e uma dose de pessimismo sutil.

O conto "Pai contra Mãe", por exemplo, revela as tensões da sociedade escravocrata, onde o protagonista, Cândido Neves, se vê forçado a capturar escravos fugitivos para sobreviver, levando a uma tragédia familiar. O autor expõe as contradições morais do personagem e de uma sociedade que vive entre a violência e a acomodação. Em "Marcha Fúnebre", por outro lado, a sátira social e política é o eixo da narrativa, que gira em torno do deputado Cordovil, uma figura cheia de hipocrisia e falsidade.

O conjunto de contos, como o próprio título sugere, funciona como relíquias: fragmentos de uma vida ou de uma época que, sob o olhar crítico de Machado, ganham vida e relevância. Embora alguns contos possam parecer menos impactantes, o estilo sempre sofisticado e a capacidade de capturar a alma humana com poucas palavras mantêm a obra entre os grandes clássicos da literatura brasileira.

Machado de Assis não apenas narra histórias, mas propõe uma reflexão crítica sobre as estruturas sociais de seu tempo, o que torna "Relíquias de Casa Velha" uma leitura imprescindível para quem busca compreender o Brasil do século XIX e as permanências dessas questões até os dias atuais.
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rafa_._cardoso 28/05/2022

História bem comum
Ouvi a história pelo podcast da Isabella Lubrano, o Ler Antes de Morrer.

A ideia foi muito boa e a narração excelente. O livro que não curti mesmo.

Vale muito ouvir o podcast por conta dos extras históricos que a Isabella pontua.
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Felipe1503 11/04/2024

Variedades
Poesia, peça, conto, Machado de Assis mostra mais uma vez seu talento em Relíquias de Casa Velha. Não é o mais popular livro dele, mas para os fãs deve ser lido.
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Glenda 06/07/2023

Machado sendo machado
A escrita é envolvente, alguma história são aquelas de terminar "no meio da frase" sabe? Quando você quer mais, já acabou
Mas é muito bom, recomendo a leitura
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Aline 28/08/2020

Vale a leitura!
Parte dessa obra compõe-se de contos do autor e provam a maestria de Machado no gênero conto. Já a outra parte faz mais o estilo resenha literária, pois são análises subjetivas de outros livros, eu diria que é mais técnica e por isso, para mim, não se torna tão atraente.
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Renata 06/12/2022

Adorei
Estava com medo de ler Machado e gostei tanto desse livro que já estou querendo ler outro. Leitura leve e divertida, me cativou, lia um capítulo já querendo emendar no próximo. O final me surpreendeu. super indico.
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Raquel 31/12/2022

Relíquias da casa velha
Última coletânea de contos publicada por Machado, em 1906  (apenas 2 anos antes de sua morte),  o livro reúne 9  textos sobre diversos assuntos.

Na abertura Machado apresenta o soneto "A Carolina", onde fala de sua própria viuvez.

Os contos que mais gostei foram:
- "Pai contra mãe": um texto de denúncia do regime escravagista, coisa  rara na ficção de Machado de Assis.

-  "Maria Cora": apresenta a característica ironia de Machado e personagens femininas movidas pela paixão;

-  "Umas férias": Machado usa um personagem infantil (um menino) pata abordar tema de adultos (a morte);

-  "Anedota do cabriolé": trata sobre a bisbilhotice, encarnada no sacristão João das Mercês.

Sempre vale a pena ler Machado de Assis!
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najuliass 01/02/2023

"Melhor de tudo é não julgar ninguém para não vir a ser julgado. Suje-se gordo! Suje-se magro! suje-se como lhe parecer! o mais seguro é não julgar ninguém..."
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José Martino Escritor 18/07/2010

Sobre Relíquias de Casa Velha de Machado de Assis
Outra alegria que Machado de Assis teve em 1906, foi ver publicado o seu livro Relíquias de Casa Velha. Editado pela Livraria Garnier, foi posto à venda no mês de fevereiro e reunia trabalhos antigos do escritor entre poesia, contos, ensaios e peças teatrais. Depois que Carolina falecera, Joaquim Maria pouco produziu e praticamente ausentou-se dos jornais, escrevendo apenas no Almanaque Brasileiro Garnier. Isto explica em parte o motivo pelo qual ele não recolhera nas Relíquias de Casa Velha textos novos, com exceção do Soneto a Carolina. Na advertência do livro, procurava explicar o título que lhe dera:

“Uma casa tem muita vez as suas relíquias, lembranças de um dia ou de outro, da tristeza que passou, da felicidade que se perdeu. Supõe que o dono pense em as arejar e expor para teu e meu desenfado. Nem todas serão interessantes, não raras serão aborrecidas, mas, se o dono tiver cuidado, pode extrair uma dúzia delas que mereçam sair cá fora.
Chama-lhe à minha vida uma casa, dá o nome de relíquias aos inéditos e impressos que aí vão, idéias, histórias, críticas, diálogos, e verás explicados o livro e o título. Possivelmente não terão a mesma suposta fortuna daquela dúzia de outras, nem todas valerão à pena de sair cá fora. Depende da tua impressão, leitor amigo, como dependerá de ti a absolvição da má escolha.”

O livro abre-se com o famoso poema dedicado a Carolina. De inspiração camoniana, alguém já disse que através dele Machado chorou à esposa em estilo quinhentista. Seja como for, a crítica considera este soneto como um dos mais perfeitos escrito pela pena do poeta. Mário de Alencar, em carta a Machado de Assis datada de 26 de fevereiro de 1906, exprimiu o seu encantamento pelo livro e, sobretudo, por este comovente soneto. Chega mesmo a colocar seu mestre acima de Camões:

“Gostei muito de todas as Relíquias, muito e muito, mas a página melhor é o soneto “A Carolina”. Lembra-se do que me disse uma vez a respeito de “Alma minha gentil que te partiste?” que tinha a simplicidade sublime de um recado mandado ao céu. É o que eu compreendo e sinto melhor que ao outro. Li-o, reli-o e o tenho de cor.”

O livro foi um grande sucesso de vendas, tanto que no mesmo ano de 1906, saiu uma segunda edição, praticamente idêntica à primeira. A única diferença está no colofão, junto ao índice, onde consta que a primeira edição fora impressa em outubro de 1905 e a segunda em fevereiro de 1906. Além do soneto “A Carolina”, o livro reunia os seguintes trabalhos de Machado: os contos “Pai contra mãe”, “Maria Cora”, “Marcha Fúnebre”, “Um capitão de voluntários”, “Suje-se gordo”, “Umas férias”, “Evolução”, “Pílades e Orestes”, “Anedota do cabriolé”; algumas páginas críticas e comemorativas como “Gonçalves Dias”, “Um livro”, “Eduardo Prado”, “Antônio José” e as comédias “Não consultes médico” e “Lição de botânica”.
Também este livro não recebeu muita atenção por parte da imprensa. A primeira resenha crítica apareceu a 23 e 24 de fevereiro de 1906 em A Notícia, trazendo o pseudônimo de J. dos Santos (Medeiros e Albuquerque). Dizia que o lançamento de um livro de Machado era sempre uma festa para a literatura nacional. Depois, afirmava que o livro era composto por relíquias não muito velhas, uma vez que o estilo já pertencia à fase decisiva do escritor. Resumia dois contos, que lhe pareceram superiores aos demais: “Pai contra mãe” e “Maria Cora”. Finalmente, abordava de passagem as comédias, alegando que se tratavam de fantasias engraçadas, que se prestavam mais à leitura do que à encenação.
A 14 de março daquele ano, era a vez de Leopoldo de Freitas dedicar uma crítica elogiosa a Joaquim Maria. Publicada no Diário Popular de São Paulo, o articulista dizia que o escritor reunira “lindas relíquias”, as quais não faltavam “vigor nem espirituosa beleza”. Um terceiro artigo crítico saiu na revista Os Anais, dirigida por Domingos Olímpio, que havia sido derrotado no ano anterior para ocupar a vaga de José do Patrocínio na Academia Brasileira de Letras. O trabalho, que apareceu a 15 de março de 1906, era assinado com o pseudônimo de Nunes Vidal, e encobria o nome de Nestor Vítor. A crítica, também simpática ao livro e ao escritor, começava por filiar Machado ao “humor inglês”, embora contestasse que este estivesse presente em suas últimas obras. Dizia que o livro refletia uma “leve ironia”, um dos hábitos do autor. Concordava que havia trabalhos de primeira ordem, como a “Anedota do cabriolé” e “Maria Cora”, que ele julgava um conto muito arguto e de “boa psicologia, muito humano e, no fundo, muito simpático, muito emocional”. Fecha sua crítica, citando as duas comédias, que “parecem terem sido feitas principalmente para salão e com o fim de agradar mais as moças, acabando uma e outra em casamento”.

***

Do Livro MEMORIAL DO BRUXO - CONHECENDO MACHADO DE ASSIS
do escritor José Antonio Martino
Maiores informações sobre este livro aqui no Skoob
ou no blog http://machadodeassis-memorialdobruxo.blogspot.com
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