Michael Kohlhaas

Michael Kohlhaas Heinrich von Kleist




Resenhas - Michael Kohlhaas


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Bianca 09/01/2017

Livro que deveria ser leitura obrigatória para os magistrados do país. Demonstra como a injustiça e/ou a falta de um julgamento adequado e célere tem efeitos nefastos na vida daqueles que procuram o Poder Judiciário. Excelente livro! Recomendo.
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Ed Siqueira 26/08/2015

Clássico sobre a vingança em boa tradução.
A história de Kohlhaas é parte vingança, parte reparação por uma série de injustiças cometidas pela nobreza do Sacro Império Romano-Germânico.

O rigor de Kohlhaas no cumprimento da lei é comparável à brutalidade com que descumpre essa lei para levar aos adversários sua revanche pelas desgraças cometidas contra sua família. Ernst Bloch compara a moral de Kohlhaas à do Quixote de Cervantes.

Sobre a tradução brasileira, feita por Marcelo Rondinelli, o texto é bom e fluido, o que pode agradar aos iniciantes na obra de Kleist.

Sobre o conteúdo, a observação é para a última sexta parte da obra, em que um recurso ao fantástico reduz o realismo da trama.

Sobre a forma, a atenção é para os parágrafos razoavelmente longos, incomuns em textos curtos, sem que, no entanto, a narrativa perca a fluidez mencionada.

É leitura recomendável para uma tarde longa ou dois dias seguidos.
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jota 04/12/2014

Homens e animais
Arbitrariedades e injustiças rendem ótimos livros (também filmes e peças), caso deste Michael Kohlhaas, a história de um comerciante de cavalos envolvido numa tremenda enrascada.

Com o agravante de que não se trata simplesmente de ficção, pois a trama contada por Heinrich von Kleist (1777-1811) se baseia em uma história real do século XVI, quando a Alemanha ainda não era unificada, o que ocorreu apenas em 1871.

É claro que o tempo todo você toma o partido do comerciante humilhado por um arbitrário e insolente nobre alemão. O Estado falho e corrupto (durante a leitura é impossível não pensar em certo país sul-americano), que humilha o cidadão e não reconhece seus direitos, faz com que se torça por Kohlhaas mesmo quando ele emprega a violência e comete vários crimes.

Afinal de contas, quando não se tem justiça – ou se ela se torna lenta demais - fica mais fácil apelar para a vingança, ainda que isso também seja condenável, tanto na Alemanha medieval quanto agora, não? É mais ou menos assim que o personagem pensa. Não apenas ele...

Não temos exatamente um romance aqui e sim uma novela – são cerca de uma centena e meia de páginas apenas –, que se lê rapidamente. Von Kleist é bastante econômico ao contar os infortúnios de Kohlhaas, sempre de modo a manter o interesse do leitor em alta e prometendo mesmo algum suspense para o final. Não se boceja nem um pouco durante a leitura de Michael Kohlhaas, isso é certo.

Lido entre 01 e 04/12/2014.
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