Memorial de Aires

Memorial de Aires Machado de Assis
Machado de Assis




Resenhas - Memorial de Aires


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Gilda.Lima 11/04/2023

Conhecer um pouco do trabalho de Machado de Assis foi muito bom. É uma leitura totalmente fora da minha zona de conforto, confesso, mas não deixa de ser incrível. O memorial (ou diário) de Aires conta pedacinhos de um cotidiano de pessoas incríveis que nutrem uma amizade muito sincera umas pelas outras, uma leitura simples mas muito prazerosa, vale muito a pena.
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Ariel.Estrela 08/04/2023

Pensei que seria melhor
Eu nunca fui de gostar de Machado de Assis, mas qnd a professora me apresentou a proposta do livro eu me interessei e li (por livre e espontânea pressão pq eu tinha que fazer um trabalho sobre ele), mas ao longo eu percebi que nn era bem o tipo de livro pelo qual eu me interesso, entt se tornou uma leitura bem chata e que, com certeza, vai me deixar de ressaca literária.
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Sil 19/03/2023

Saudades e consolação...
Um livro escrito na forma de diário onde o narrador Aires (um desembargador aposentado) retorna ao Brasil e descreve os acontecimentos, principalmente referentes ao casal de amigos (Aguiar), a jovem viúva Fidélia, Tristão (que retorna depois de um tempo em Portugal) entre outros tantos.
O casal Aguiar é feliz, mas não tem filhos. Fidélia é como uma filha para eles, assim como o afilhado Tristão. Com a viuvez de Fidélia e o retorno de Tristão, o casal Aguiar sente-se completo com seus filhos postiços, e manifestam o desejo de tê-los por perto.
Além do romance, o texto trata de assuntos da época (questões socias, econômicas e culturais, tais como a abolição, a República, o papel da sociedade na mulher).
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Guilherme 07/03/2023

Memorial de Aires é o último romance de Machado de Assis, escrito em 1907 e publicado em livro em julho do mesmo ano de sua morte, 1908. Está organizado como uma série de entradas em um diário, com escritos entre 1888 e 1889, de um conselheiro que volta a viver no Brasil após sua aposentadoria..
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Stefany 18/02/2023

Machadinho <3
O que ele faz com os personagens desse livro é simplesmente genial. coisa de mestre. as pequenas coisas fazem cada detalhe ser fenomenal. você precisa de uma atenção para conseguir enxergar, mas quando você enxerga, você percebe a profundidade da reflexão que ele trás. sobre morte. sobre a vida. sobre viver. sobre amar. sobre ser. é como se ele te puxasse aos poucos pra ponta do abismo e fizesse você olhar pra baixo, mas nunca te empurrando. e, no final, você está olhando sozinho pra imensidão das coisas que vêm de dentro. simplesmente incrível, absurdamente inteligente e sensível. obrigada sempre, machado
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Monique 05/02/2023

Achei interessante e bem inovador, mas a leitura é bem esquisita e complicada, passa por alguns tempos diferentes que eu não consegui distinguir muito bem, e me pareceu que o final não foi muito bem um final.
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Joyce.Gabrielle 01/02/2023

Outro Machado...
Esse eu também li para a faculdade e me surpreendeu. Comecei não gostando muito, achando meio chato, mas depois acabei me envolvendo com a história e me interessando pela vida dos personagens.

Valeu a leitura!
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Isac.FeijAo 21/01/2023

Muito morno
Amo a escrita do Machado com toda sua ironia e perspicácia, mas nem ela é capaz de salvar o enredo morno e sem sal do último livro dele. Sei que pode ser uma opinião impopular( afinal estou falando de Machado) mas até os gênios erram as vezes.
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Lucas 09/01/2023

A velhice como instrumento de contemplação e reflexão
Foi cerca de dois meses antes de falecer, em setembro de 1908, que o escritor Joaquim Maria Machado de Assis (1839-1908) lançou a sua última preciosidade literária: Memorial de Aires marca as derradeiras linhas do maior escritor brasileiro de todos os tempos. Mesmo que não possa ser comparado às obras mais famosas de Machado de Assis, este seu último livro funciona como um grande compêndio da carreira literária do "bruxo do Cosme Velho".

Se Memorial de Aires é a última obra da vida de Machado de Assis, ela é a segunda "escrita" por José Marcondes da Costa Aires, conselheiro (espécie de cônsul, com carreira diplomática internacional) que já havia narrado Esaú e Jacó, livro de 1904 que trata das contendas entre dois irmãos da aristocracia carioca. Lá, o conselheiro Aires já tinha dado pistas da existência de um diário onde ele escrevia passagens dos seus dias. Estas anotações diárias correspondem ao próprio Memorial de Aires, estruturado sob uma forma de diário com relatos não contínuos ocorridos entre 1888 e 1889. Diplomata aposentado e viúvo, Aires tinha voltado ao Brasil em 1887 para aqui viver seus últimos anos de vida.

Desse modo, o conselheiro se apropria do seu conhecimento como diplomata e de uma robusta capacidade de observação para registrar no papel as suas relações pessoais daquele período, sem um viés apaixonado ou tendencioso. A começar pela irmã, Rita, pela qual nutre um afeto especial. O escopo do olhar de Aires, no entanto, recai sobre o casal Aguiar e D. Carmo, que se não eram família do protagonista, foram claramente baseadas na própria vida de Machado de Assis e sua esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais (1835-1904). Assim como na ficção, Machado e Carolina não tiveram filhos, algo a qual parece ter deixado-os melancólicos especialmente com a chegada da velhice.

Mas Aguiar e D. Carmo, se parecem espelhar esse sentimento de frustração, tiveram dois "filhos" de criação. O primeiro deles foi o afilhado Tristão, que passou boa parte da sua vida até a adolescência cercado pelos cuidados e mimos dos padrinhos. Depois, o moço acompanhou seus pais em mudança para Lisboa. Posteriormente, o casal Aguiar "adota" Fidélia, rica viúva que havia casado sem a permissão dos pais, fazendeiros do interior do Rio de Janeiro.

Fidélia é a protagonista feminina das memórias do conselheiro. A contemplação da moça aos pés do jazigo do seu marido falecido é o pano de fundo da primeira cena do livro, inclusive. Tal cena é o gatilho para a questão da viuvez, que gera nas páginas do memorial várias e cirúrgicas reflexões de como se dá a relação entre quem fica e quem foi. Na retaguarda desse contexto, Machado (ou melhor, o conselheiro Aires, pois ambos parecem confundir-se) traz ao leitor outra tônica: a velhice, com todos os seus desdobramentos (positivos ou não).

As memórias escritas pelo conselheiro Aires são, numa definição exageradamente curta, uma grande reflexão não linear sobre essa fase da vida. Se aos olhos dos mais jovens a velhice pode ser uma sucessão de monotonias (a leitura da obra, inegavelmente, alimenta essa sensação), a terceira idade é sim um momento de reflexão. Aires nos ensina que ser idoso não é ser inútil: é estar mergulhado num contexto que preza pela observação, pelas companhias amigas, pelas relações desenvolvidas durante os anos (relações estas mais pessoais, próprias do final do século XIX, quando tudo certamente parecia passar mais devagar), o convívio com a solidão e seus meandros (nem todos negativos), a já citada viuvez e a relação com entes queridos que já partiram, os tipos de legado que uma geração pode passar para a outra, entre inúmeros outros temas. E tudo isso é derramado por Machado de Assis não de uma forma melancólica, mas sim com uma narrativa serena e com os já recorrentes traços irônicos e de bom humor machadianos.

Aires, entretanto, não olha só para os seus companheiros de velhice: boa parte do seu diário dedica-se a observar e refletir sobre uma linda história de amor, que envolve dois personagens já citados. Temos, assim, o contraste entre a velhice e o nascimento de um relacionamento entre dois jovens. Estes elementos não são apresentados ao leitor dicotomicamente, entretanto. O olhar do conselheiro Aires tempera com ainda mais sabedoria e maturidade a sublime decisão de passar a vida com alguém. E isso era lindo em 1889 e é lindo ainda hoje, apesar de esquecido por uma realidade fútil e imediatista.

Tal fato também amarra a narrativa e traz substância ao raciocínio exposto inicialmente: ao usar um discurso em primeira pessoa sem estrutura convencional (o diário propriamente dito) e colocar nisso uma boa dose de romantismo, Machado de Assis une os traços de romantismo de suas primeiras obras com o verbo realista que o caracterizou a partir de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Por mais que Machado de Assis nunca tenha esquecido-se do papel do romance em seus últimos livros, aqui ele atinge um nível superior de equilíbrio entre romantismo e realismo, vertentes que confundem-se na sua trajetória literária.

Memorial de Aires é um livro que sela com qualidade a carreira literária de seu autor. Apesar dos momentos de monotonia, a terminante obra de Machado de Assis oferece lindos momentos de contemplação, descritos sob um olhar simpático e aprazível do conselheiro Aires. Machado de Assis não poderia, portanto, ser mais certeiro: ao escrever um livro que trata da terceira idade no Rio de Janeiro do final do século XIX, ele deixa um relato com muito de si mesmo, elevando ainda mais grau de qualidade do seu perene legado literário.
Natalie Lagedo 09/01/2023minha estante
Gostei das tuas observações, Lucas. Ainda não li Memorial de Aires, vou adicioná-lo à minha lista.




Maria.Neves 31/12/2022

Machado é Machado

E esse texto, que a princípio parece destoar do restante de sua obra, trouxe de maneira elegante e suave, fruto talvez da maturidade do autor, um retrato do rio a época da abolição e início da república.
Sem deixar de citar também o caminhar da vida.
Onde os moços sonham e o velhos esperam.
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Paula 05/11/2022

Memorial de Aires
O romance derradeiro, a Chave de Ouro da carreira de Machado de Assis, ?Memorial de Aires? foi publicado em 1908, ano da morte do escritor. Esta informação, por si só, já foi suficiente para me emocionar logo nas primeiras páginas. O diário do Conselheiro Marcondes Aires, diplomata aposentado cujo nome tem as mesmas iniciais de Machado de Assis - apresenta profundas reflexões sobre a passagem do tempo, a velhice e a morte. O conselheiro acompanha a ascensão social de um casal de idosos sem filhos biológicos, mas com dois afilhados: uma viúva chamada Fidelia, por quem Aires nutre sentimentos ambíguos e um rapaz chamado Tristão, cuja mãe biológica vive em Portugal. Cronologicamente, o diário vai de janeiro de 1888 a agosto de 1889. O principal evento histórico apresentado no romance é a libertação dos escravos.
Agora que já mencionei alguns elementos estruturais, falemos de sentimentos. Acho que uma resenha não dá conta da experiência de se saborear as últimas palavras de Machado. Admito, chorei! Apenas leiam! Leiam pela melancolia que aperta o coração, pelas reflexões políticas e o desejo do conselheiro de ?se reconciliar com a pátria?, pela maravilhosa construção de persongens - dos mais doces, como D. Carmo, aos mais ácidos, como D. Cesária.
Ah, Machado? O senhor não teve filhos? O senhor é singular!

#MachadodeAssis
#MemorialdeAires
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Duda 01/11/2022

msm nn sendo o livro q eu mais tenha gostado do Machado de Assis, achei o livro legal, me fez refletir sobre como é a velhice (tbm me fez querer dar um grande abraço nas minha avós)
eu li ele para a escola, ent nn foi tão proveitoso, msm assim deu para curtir um pouquinho e ver a questão da abolição da escravatura naquela época !
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Eduardo937 26/10/2022

Velhos...
Machado escreve muito diferenciado", é muito bom ler suas histórias e contos.
Esse livro mostra como muitos dos mais velhos se projetam nos filhos.
Em breve pretendo reler esse diário.
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Marcio 28/09/2022

Memorias
Último livro publicado em vida por Machado de Assis em 1908. Conta a história de diversos personagens sob a perspectiva do conselheiro Aires que narra a história através de um diário. O que achei de mais interessante no livro foram as descrições dos modos e costumes da época e a escrita em si de Machado de Assis que sempre é o ponto alto de suas obras. No entanto, salvo algumas boas reflexões sobre a vida, a história fica enfadonha com intermináveis cenas de jantares e chá da tarde. No geral gostei.
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Jonas incrível 30/08/2022

Orgulho
Muito bom conhecer os livros desse autor tão reconhecido e um grande orgulho para os leitores brasileiros ter à disposição livros com essa qualidade de escrita.
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