Cândido ou o Otimismo

Cândido ou o Otimismo Voltaire




Resenhas - Cândido


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Cesar525 11/11/2021

Ou, das histórias velhas mas atuais.
enredo:

Cândido é um sujeito que vive a vida (ou tenta viver, né) sob a máxima filosófica de que tudo está do melhor modo possível pois vivemos no melhor dos mundos possíveis. O problema é que a vida só faz lhe mostrar desgostos, desventuras, sofrimento e todo tipo de corrupção. Até que ponto aquele otimismo filosófico pode resistir?

(possíveis) pontos positivos:

- narrativa baseada em episódios bem demarcados, curtos e encadeados;
- uma pegada de aventura passando por diferentes locais do mundo;
- humor sutil, mas com pitadas de absurdo e deboche;
- lotado de referências (históricas, religiosas, políticas, etc).

(possíveis) pontos negativos:

- a estrutura do enredo logo é compreendida e fica um pouco repetitiva (azar após azar caindo sobre o protagonista e demais personagens);
- o humor e as referências dependem do conhecimento da época de escrita do livro e da vida do próprio autor (um desafio particular num livro tão antigo);
- a narrativa tem um ritmo um pouco atropelado.

o que mais impressionou:

o quão atual é crítica do livro. Numa época em que tanto se fala de 'praticar a gratidão', de 'pensamento de abundância', e de outras ideias fincadas no pensamento positivo ingênuo (menção honrosa aqui aos coachs quânticos), nada mais necessário do que doses de ceticismo e de pé no chão. Talvez todos precisemos, assim como Cândido, chegar à conclusão de que o que vale mesmo é cultivar o nosso jardim.
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Elisangela0 03/11/2021

Tudo está bem quando tudo está mal?
A história é uma sucessão desgraças ocorridas na vida dos personagens: guerra, desastres, prisões, exploração dos mais fracos, estupros, crueldades e outros horrores. Tudo levado ao extremo com o objetivo de satirizar o pensamento do otimismo da época . Cândido passando por tudo isso ainda matinha sua esperança, afinal para ele o otimismo era "a fúria de sustentar que está bem quando está mal".

A frase de Panglos que dizia "as coisas não podem ser de outro jeito: pois tudo sendo feito para um fim, tudo é necessariamente para o melhor fim" é ser complacente com a ideia de que as atrocidades além de inevitáveis , são necessárias. Após a leitura do livro considero o pensamento de Panglos não otimista, mas de certa forma conformista.
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Teco3 01/11/2021

Se trata de uma sátira a respeito daqueles que acreditam que tudo está otimizado por um ente superior para que se concretize o melhor dos mundos possíveis. Algo como que uma série de tragédias fossem necessárias para se chegar a um bom fim. O argumento acima descrito e o enredo de dom quixote de wesfalia podem parecer simplorios, mas garanto para vocês, se trata de um dos melhores livros que já li.
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rafinha 18/10/2021

O livro se torna extremamente importante quando é feita a avaliação dos elementos caracterizados por voltaire. A leitura é fluída e por vezes engraçada, uma peça incrível para o entendimento das críticas feitas pelo iluminismo de voltaire
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Max 13/10/2021

Quase um Dom Quixote
Bem, é uma sátira aos filósofos e teólogos.
O protagonista por vezes é irritante, nas é nem divertido. Descreve o mal crônico humano, e as vicissitudes frutos ou não, do mesmo.
Uma linguagem rica e sutil, sem perde a intuitividade. Foi meu primeiro audiobook ao acaso, ouvi sem pausar.Uma leitura seria muito fluída.
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Antonio.Junior 03/10/2021

Bom humor recheado de ironia
Um livro bastante divertido, apesar de que muitas vezes você questione a sí próprio: "Eu deveria estar rindo disso mesmo?". Enfim, um livro curto, fluído e bem-humorado. O autor definitivamente não possuía escrúpulos na lingua.
Eduardo 03/10/2021minha estante
me interessei quando vc disse q o autor não tem escrúpulos na língua


Stuart.Gregory 04/10/2021minha estante
esse livro é bom demais




Roneide.Braga 02/10/2021

???
?Ele se mistura tão bem aos negócios deste mun do, disse Martinho, que bem que poderia estar em meu corpo, como em todos os lugares. Mas eu lhe confesso que passando os olhos sobre este mundo, ou melhor, sobre este corpúsculo globular, penso que Deus o abandonou a um ser daninho. Com a exceção, como sempre, de Eldorado. Nunca vi uma cidade que não desejasse a ruína da cidade vizinha, uma família que não quisesse exterminar alguma outra família. Por toda parte os fracos execram os poderosos diante dos quais rastejam e os poderosos os tratam como um rebanho do qual se vende a lã e a carne. Um milhão de assassinos arregimentados, correndo de um lado a outro da Euro pa, exerce o assassinato e o assalto à mão armada com disciplina para ganhar seu pão, pois não existe trabalho mais honesto. E nas cidades que parecem gozar de paz e nas quais as artes florescem, os homens são mais devorados pela inveja, por cuidados e inquietudes, do que uma cidade sitiada o é pelos flagelos que suporta. As tristezas secretas são ainda mais cruéis do que as misérias públicas. Em uma palavra, vi tantas coisas e tantas sofri, que sou maniqueísta.

- Existe portanto o bem, replicou Cândido.

- Pode ser, disse Martinho, mas não o conheço.?
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Rayhan Chamoun 24/09/2021

Temos que cultivar a nossa horta...
Eu não esperava por uma experiência tão inusitada vindoura de um clássico, mas posso afirmar que a critério de discussão, a obra de Voltaire vale a pena. É notável a utilização do conto filosófico pelo autor, ou seja, as situações da trama são apresentadas mais para a dissertar sobre ideias e argumentações do que para contribuir com a história, que não é de todo desinteressante.

A narrativa tem um tom leve e cômico, abordando temas que contrastam com a personalidade de Cândido em suas desventuras pelo mundo, ao longo das quais nos é apresentado o conflito entre o maniqueísmo determinista e o ceticismo ateístico, e que é representado através do protagonista e sua relação com diversos mentores, formados pelo conhecimento teórico, e pelo conhecimento prático, ou seja, a pura vivência.

Como grande parte dessas questões já não são relevantes no nosso contexto histórico e social, não é uma obra divisora de águas, e mais retrata cadeias de pensamentos sobre esforço e ociosidade que nos dias de hoje já não são aplicáveis por sua supérflua proposta de implementação. Ainda assim, fica a recomendação.

site: instagram/rayhan_chamoun
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Rildery 19/09/2021

o Otimismo ou o Pessimismo de Cândido?
Essa obra que critica a idéia de um Deus benevolente, que critica as guerras e suas motivações, que critica o amor eterno, que critica a crueldade humana, etc. também faz uma crítica a vida! Afinal, qual o sentido da vida? Flaubert, em um comentário sobre "Cândido, ou o otimismo", falou que a vida não passava de uma estupidez.
Essa obra é de um peso enorme e, com apenas 173 páginas te faz viajar em pensamentos diversos.
ps:. Ler um clássico da Penguin é uma experiência incrível.
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FilipeSS 17/09/2021

Inquietante. O ritmo quase atropelado me incomodou no início, mas com o decorrer da história fui mergulhando mais e mais, até me deixar levar pela trama. Embora no final, essa trama não pareça tão importante quanto o conceito defendido.
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Camila.Faria 16/09/2021

Então, li esse livro por questões acadêmicas mas acabei gostando da leitura. Quando o professor anunciou que iríamos ler Voltaire, fiquei com medo de a escrita ser muito diferente do que eu estou acostumada, mas não foi difícil em momento algum! Além disso, a narrativa é bem interessante sim. Não é um livro que eu escolheria ler por conta própria, mas também não foi uma daquelas experiências literárias negativas que costumamos ter na escola.
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Silvia 14/09/2021

Otimismo? Sério?
A história de Cândido ou o otimismo faz jus ao título. Cândido é o otimista e acredita que este é o melhor mundo que poderíamos viver. Mas sua história é cheia de aventuras e desventuras, amigos que impulsionam e aqueles que trazem a realidade. Mas Cândido tem um objetivo e nada é tão difícil quando se tem uma meta, pois o vislumbre da mesma impulsiona a superar as adversidades. Voltaire é um filósofo iluminista, assim sendo, sua obra é repleta de pensamentos filosóficos sobre a busca pela verdade e sentido da vida de uma maneira bem sarcástica. Leitura leve, divertida e empolgante. Realmente um clássico da literatura.
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Alyne.Queiroz 30/08/2021

Irônico
O livro é hilário, é tanta desgraça e tanta coisa sem lógica que vc percebe tratar-se de uma sátira, no fim os personagens concluem que riquezas e belezas não são sinônimo de felicidade e o que importa é o trabalho duro e a vida simples
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Soso 30/08/2021

Não sei bem o que dizer
É um livro que satiriza o Otimismo, então sem dúvida acaba por ser divertido para pessoas que, como eu, tendem a ser um pouco mais pessimistas
Quanfo eu peguei pra ler, não dei nada, mas até que consegui me entreter com a leitura
Não colocaria em uma lista de prioridades de leitura
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Jezzy 30/08/2021

Nada como um iluminista para reavivar a mente
Em tempos tão conturbados, os clássicos sempre provam o seu valor e mostram porquê são, afinal, livros essenciais para a cultura e a sociedade ocidentais.
Em Cândido, ou O Otimismo, Voltaire apresenta uma narrativa simples e repleta de críticas sociais e filosóficas que são importantíssimas para o momento atual.

Enquanto acompanhamos as aventuras e desventuras do jovem Cândido, fidalgo criado em uma bolha de prosperidade e ideias românticas, que se vê expulso desse pretenso paraíso na Terra e é obrigado a sobreviver em uma Europa caótica, temos a oportunidade de nos deliciar com as observações e críticas de um dos maiores pensadores da nossa História.
Voltaire discorre sobre a infame relação entre religião e política, sobre ganância e guerra, sobre orgulho e honra, sobre discurso e prática, sobre ingenuidade e burrice, sobre a inquietude do espírito humano, e sobre quem não observa a realidade para além do próprio (já definido e arraigado) ponto de vista.
É uma narrativa divertida, surpreendente, e com um final que nos inspira e conscientiza a mudar aquilo que se pode mudar, e não perder tempo correndo atrás de filosofias absolutas.


Obs.: Achei um tremendo bônus o fato de o Brasil ser citado mais de uma vez na obra!
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