Meus Desacontecimentos

Meus Desacontecimentos Eliane Brum




Resenhas - Meus Desacontecimentos


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Tailane Santos 21/07/2020

Já quero reler
Amo livros de memórias ou biográficos, então antes de tudo esse livro já tinha pontos comigo só por esse motivo, mas de longe eu não estava preparada para quão impactante um livro sobre a história de uma escritora com a palavra iria me tocar lá no fundo.
É algo visceral o que a autora trouxe neste livro. É como ela mesma conta numa das entradas: publicar e ser lida pelos outros é como estar nua na frente de uma multidão, é como dar uma parte de si e ter que se recuperar depois pra que a parte dada não destrua a ela própria pela falta que faz.
A conexão que ela faz com a escrita e o corpo, como ela diz que quando escreve está criando um corpo para ela mesma é um prato cheio para amantes da psicanálise, ao menos eu passei essa leitura degustando de como ela cava fundo em si e trás à tona.
Eu como poeta concordo com o sentimento que a Brum revela aqui: escrever é um constante se fazer a si mesmo. E disso ela entende e sente mais que eu.
E é lindo. Às vezes doloroso, às vezes tão sensível que as lágrimas escorrem.
Mas definitivamente lindo.
Terminei de ler ontem, mas já quero reler. Pois sou assim com os livros que amo, vivo relendo eles para não serem esquecidos.
Monique 21/07/2020minha estante
Leio os artigos jornalísticos dela no El País e já gosto muito. Sua resenha me deixou com vontade de ler esse livro dela.?


Tailane Santos 21/07/2020minha estante
Você vai gostar, é tão bom "ver por dentro" de um escritor que já se gosta. Eu não li os artigos jornalísticos dela, mas estou muito interessada no romance Uma Duas que ela publicou.


Monique 21/07/2020minha estante
Nunca li nada assim, a criatividade desses artistas da literatura já me fascina. Coloquei na minha lista de futuras leituras ?


Alice 22/07/2020minha estante
linda resenha!




Pipoco 19/01/2018

Definitivamente, Eliane Brum é uma escritora completa. Com uma maneira simples, porém complexa, ela envolve o leitor em textos bastante pungentes e honestos, geralmente tendo com viés as relações familiares, suas origens e os laços que envolvem as pessoas.
Por vezes, nos pegamos pensando como ela foi feliz em narrar de uma maneira contundente determinada postura assumida em uma situação, tamanha a facilidade em colocar no papel os seus sentimentos. Aliás, neste livro, a própria autora diz que nasceu com a escrita.
Brilhante!
Luciana Lamblet 20/01/2018minha estante
Amo!




Iracema 14/04/2014

Acabei de ler "MEUS DESACONTECIMENTOS - A HISTÓRIA DA MINHA VIDA COM AS PALAVRAS de Eliane Brum.
Estava no Metrô e fiquei ali, de pé, parada, com uma vontade enorme de chorar, de poder talvez dizer a ela, (penso que eu poderia ser melhor falando que escrevendo), o quanto me senti mexida e remexida a cada página que li.
Não, não é ficção, não é um romance, é a autora dizendo dela, de suas vidas, de suas mortes e renascimentos, e de como tudo isso foi possível por seu encontro com as palavras. E ela diz; sim, ela diz tudo isso de um jeito tão bem escrito que, enquanto lia, tinha nítida impressão de que ela estava ali, bem na minha frente, me contando a sua história. E a história dela me remeteu à minha própria mais vezes do que eu jamais pensei que pudesse acontecer lendo um livro. Ela escreve conversando com o leitor de um jeito, e se despoja tanto dela mesma, e se coloca ali, pronta a entregar-se a quem como eu, estava ali, querendo muito ouvi-la. É isso. Eu ouvi o livro. A cada página pressenti sua voz, e deu uma vontade enorme de dizer a ela do tamanho do talento que ela tem, e como, enquanto ela "falava" eu me sentia próxima, ali junto dela a cada momento, me embriagando do que ela me contava; me lembrando de mim, de ter sido criança, adolescente, adulta, e pensando que jamais poderia agradecer o suficiente pelo prazer que ela me deu: por desconhecê-la pessoalmente e mais ainda porque mesmo que isso fosse possível, creio que ficaria ali, diante dela muda, perplexa, sem ao menos conseguir agradecer por todo o prazer e dor que me causou com o seu livro. Então aqui, escrevendo bem mal, e com bastante vergonha disso, eu digo: Muito obrigada Eliane Brum. Seu livro é mais que perfeito.
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Vinícius 12/08/2014

Eliane é a palavra
Desnudado. Absorto. Inundado.
Em “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com as palavras”, (Editora Leya, 2014) Eliane Brum, a melhor jornalista do Brasil e por felicidade do destino ijuiense de alma e coração, narra seu parto, sua morte e seu[s] renascimento[s] com as palavras. Meticulosamente forte, sua linguagem densa desafia a metafísica e a poética, de maneira envolvente e intensa. Intensidade talvez poderia ser um dos substantivos que em vão tentariam definir Eliane, uma mulher que não se contenta com poucas e meias palavras. Eliane é a palavra. Indissolúvel, ela se desmancha e se desnuda pelas páginas para contar suas memórias de infância e adolescência. Nascida e criada em Ijuí, uma cidade do interior do Rio Grande do Sul, Eliane seguiu as palavras por ser o caminho natural, filha de professores que é, mas seus primeiros passos no mundo das letras não foram tão firmes e sólidos, como a lógica nos leva a pensar. Eliane subverte a lógica. E nos deixa com lágrimas na boca. E com gosto de ‘quero mais’ nos olhos.
Nem preciso dizer: leitura indispensável para jornalistas, estudantes e ijuienses que queiram conhecer mais de sua cidade na década de 70 e 80 pela ótica da menina filha de um dos fundadores da Unijuí. Mas, se você não é jornalista, nem estudante e nem ijuiense, porém faz das palavras seu bem maior, tem ainda mais motivos para ler. Essas linhas vão te inundar e absorver. Te absorver e inundar.
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regifreitas 14/08/2014

Em: http://vialittera.blogspot.com.br/2014/08/meus-desacontecimentos-historia-da.html
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Lanzellotti 20/08/2014

Mais um presente de Eliane Brum. Adoro a maneira intensa que escreve, e desta vez transformou o livro como um portal da alma. Em cada capítulo ela se abre e nos passa uma emoção diferente. Excelente.
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Livrogram 29/09/2014

Sua vida com as palavras...
Uma das mais importantes jornalistas hoje no Brasil, Eliane Brum é conhecida por fortalecer debates relevantes da sociedade contando histórias de pessoas reais sempre de forma sensível e dialética. No livro Meus Desacontecimentos, a jornalista gaúcha explora as pequenas mortes vividas em sua infância, a descoberta da escrita, da literatura e do jornalismo. Eliane Brum conta sua história sem deixar de apresentar pessoas interessantes que cruzaram seu trajeto e construíram seu pensamento. Em forma de pequenos contos vemos o florescimento das palavras no corpo da autora e como, aos poucos, ela viu no jornalismo uma maneira de compreender e incendiar o mundo. O livro retrata de uma forma única a força das palavras no corpo em formação, as dores físicas de escrever e a responsabilidade que a escrita traz, uma lição importante para quem escreve. Apesar de lindos e poéticos, muitas vezes os episódios parecem redundantes e em certo ponto do livro já está clara a intensa e íntima relação da autora com seu ofício, fica a vontade de saber mais sobre ela para além do que ficou dito. Um dos episódios mais duros e marcantes trata da necessidade de sentir o sofrimento do outro na própria pele uma lição que explica o absoluto e emocionante comprometimento de Eliane Brum com o relato jornalístico. Para saber mais sobre esse livrinho pequenininho, impactante e gostoso de ler é só dar um pulo no youtube.

site: https://www.youtube.com/user/livrogram2014
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Mika 07/03/2015

minha experiência com as palavras
Terminei de ler "Meus desacontecimentos" da Eliane Brum. Confesso que nos capítulos finais fiquei com um misto de angústia e alívio por ele estar acabando. E quase fui levada pelo meu péssimo hábito de não terminar os livros por medo de justamente terminá-los, e assim, me sentir órfã deles. Deste renasci.
Já tinha lido algumas crônicas da Eliane, porém este foi meu primeiro contato com sua prosa. Ela é navalha afiada, penetrou nas mais profundas reminiscências de meu passado longínquo, este ha tanto apagado no mar de afetações da vida adulta. A cada capítulo onde ela se construía em palavras, eu me desconstruía em memórias. Onde foram parar os marcos de quem sou? O quê fez de mim o que sou hoje? O que aconteceu para que eu trancasse minha história a ponto de não conseguir mais percorrer o caminho de volta?
Meus desacontecimentos é autobiografia poética. O sentimento a flor da pele, nua e crua. É intenso, é profundo e é rude, porque sim, a vida é intensa, é profunda e é rude também. A palavra transpira no poro. É ar que respira. É o verbo do princípio.
Ela, que me desconstruiu, se revelou ser também, a chave. Porque a partir do meu desconforto, de minha súbita amnésia (ou o despertar para dela), veio o questionamento e a busca, e isso faz sentido pra mim, isso se alinhou com meu momento, com a minha verdade. No final das contas, do sentimento de perda, o que surgiu foi uma nova possibilidade, e fim.
Porque esta não é uma resenha, nem teria tal pretensão, esta é sim, apenas a minha experiência com as palavras.

site: http://mipanacea.blogspot.com.br/2015/03/meus-desacontecimentos-eliane-brum.html
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Roberta 26/05/2015

Sobre os desacontecimentos de Eliane Brum
Com um suspiro. Forte e prolongado. Às vezes ocasionado pela emoção; em outros momentos pela dor. É sempre assim que respiro ao terminar uma leitura da jornalista – e mulher inspiradora – Eliane Brum. Foi assim em “A Vida que Ninguém vê”, “O Olho da Rua”, “A Menina Quebrada” e em “Uma Duas”. Logo, não haveria de ser diferente com “Meus Desacontecimentos: a História da Minha Vida com as Palavras”

E querem saber? Foi incrível sentir a presença da autora e de sua família ao meu lado a cada virada de página. Desde a dedicatória até o último capítulo do livro, Eliane não deixa de contar a sua vida e como ela se relaciona com os seus descendentes, independente de estarem vivos ou mortos. Cada lembrança é relatada de forma intensa, e em cada recordação há um enigma a ser desvendado pelo leitor.

site: www.depoisqueli.wordpress.com
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Toleo 07/07/2015

quebrada
Eliane Brum retrata alguns acontecimento ou desacontecimentos que marcaram sua vida e encaminharam sua paixão pelas palavras, não se trata necessariamente de uma auto-biografia, mas sim de histórias que sempre rememoram a autora de eventos e pessoas percebidas que ajudaram a construir essa "menina quebrada" desconstruindo e reconstruindo, desde um italiano que largou parte da família em um tempo de crise em seu país e ganhou um novo nome no Brasil, o início de uma infância da garotinha que sempre tinha um sentimento de dívida por substituir a irmã morta prematuramente anos antes de Eliane nascer, a escuridão em torno desta família, a repentina paixão por rádio novelas que a animaram a contar e perceber histórias, tornando-as mais do que simplesmente um evento do quotidiano. Conta também a história das mulheres da família, algumas enganadas por cartas, outra que teve de se reinventar com um jardim. Há também a menina da livraria que apresentou a autora um vasto mudo repleto de aventuras. Outras histórias se misturam, inclusive as mortes e vidas que se intercalam dentro da autora até uma gravidez na adolescência e um professor salvador no período de faculdade. Melancólico é interessante. Me interessou por conhecer idas e vindas de uma menina que escreve artigos longos no "El Pais" e anteriormente na revista "época", além de "a vida que ninguém vê". #meusdesacontecimentos #elianebrum
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iammoremylrds 19/07/2024

Uma leitura bastante tocante e confortável, sendo uma obra ótima para poder se passar o tempo e relaxar, mesmo tendo relativamente poucas páginas, é uma obra bastante completa, trazendo inúmeros sentimentos e variados pensamentos!
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Radija Praia 21/03/2016

"O ponto-final de quem conta nunca é fim, apenas princípio.”

Não existe nada melhor do que se apaixonar por um livro desde suas primeiras paginas. Quando esse sentimento surge, você logo pensa: que autor(a) fantástico, irei ler todos os livros dele(a)!

Foi assim que aconteceu comigo quando iniciei “Meus desacontecimentos – a história da minha vida com palavras”, da incrível escritora, jornalista e documentarista Eliane Brum. Publicado pela @editoraleya.

Um livro que você pode até não dar nada ao olhar de relance, mas depois que inicia a leitura fica totalmente encantado pelas palavras nele contidas.

O que mais me despertou a curiosidade de iniciar esse livro foi fato de eu já ter lido alguns textos da Brum pelas redes sociais e em colunas de jornais.

Sempre me encantei pela sua forma de contar historia (realidade). E a magia não podia ser diferente em seus livros, já que a mão que escreve é a mesma.

Através de 144 paginas, lemos fragmentos de memórias de suas vidas, mortes e renascimentos, desde sua infância até sua vida adulta, e o papel importante que o descobrimento das palavras lhe ocasionou.

Nessa leitura é impossível não se sentir próxima da autora. Brum tem um relacionamento tão profundo com as palavras, que o fato de eu ter conhecido um pouco dela em Meus Desacontecimentos, foi gratificante, prazeroso e único.

A sensação que senti aqui foi de estar sentada com a Brum em uma tarde fria, tomando chá, ouvindo ela me contar suas (des)eventualidades. E foi tão aprazível esse sentimento. Tão deleitoso.

Em algumas partes eu tive uma vontade enorme de chorar porque senti que parte de sua vida aqui contada também era parte da minha.

Quando criança sempre fui uma criança que questionava demais (até hoje sou assim). Sempre procurando sentido para as coisas. Só que a verdade é que há sentidos que são duros demais para serem aceitos. Diante deles, só a fabulação para contar e suportar.

Toda essa ligação de palavras e sentimentos do livro só me fizeram amar mais a escrita da Eliane. E agora mais do que nunca, quero ler tudo dela.

Nem preciso dizer que recomendo né?!

@rhadijapraia


site: https://www.instagram.com/p/BCa3ioFHahO/?taken-by=rhadijapraia
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Camille Moraes 15/04/2016

Há algumas semanas tive o prazer de conhecer o talento da jornalista e escritora Eliane Brum e o seu intenso relacionamento com as palavras.
O livro, pequeno em número de páginas, mas gigante em intensidade, nos dá acesso às memórias da autora bem de pertinho. Ela nos fala de seus vários renascimentos ao longo da vida e por meio de uma escrita muito crua, real, direta, mas mesmo tempo, poética e bonita, acompanhamos as angústias, dúvidas e tristezas de uma menina que não se sentia viva até aprender a ler e escrever e fazer das palavras sua salvação.
A primeira coisa que me impressionou foi o uso que Eliane faz das palavras, a intimidade que tem com elas. Achei muito bonito isso. Outra coisa que me fez brilhar os olhos foi o exercício de auto conhecimento que ela faz no livro. E o de aceitação da sua verdade, mesmo que nem sempre "bonita". Admiro quem tem consciência de si e ainda mais, quem tem coragem de se expor como ela faz aqui.
Os outros personagens apresentados, as situações e fatos da vida dela e a criatividade da menina que nasceu para escrever são pequenos tesouros que fazem essa leitura valer cada palavrinha! Mais que recomendado!

site: https://www.instagram.com/liecurti/
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Coruja 21/04/2016

Não sei dizer com exatidão quem me indicou esse livro (isso tem acontecido com uma frequência preocupante) - o fato é que um belo dia ele surgiu para troca no skoob e eu imediatamente o solicitei. Terminou que ele foi minha segunda leitura do ano (a primeira, claro, foi Pratchett, com Troll Bridge); uma leitura rápida que comecei na noite do dia 01º e concluí na manhã seguinte.

Meus Desacontecimentos é um volume nostálgico, mas também permeado de certo humor negro. Fala de perdas e de identidade, e do papel que as palavras tiveram no crescimento da autora, uma jornalista brasileira conhecida.

É um volume de ritmo fragmentário e confessional, que me fizeram lembrar Terra dos Homens - embora as aventuras de Brum tenham uma dimensão mais íntima que as de Saint-Exupéry, são relatos com o mesmo tom melancólico e a mesma qualidade de pular de uma cena para a outra sem perder a coesão.

As experiências pessoais de Brum ecoam também nossas raízes culturais. Criada no interior, de família de imigrantes, ela fala um pouco de tudo: educação, família, machismo, ditadura e seu amor pelas palavras.

Leitura rápida sim, por vezes dolorosa. Mas é uma dor que vale à pena em sua capacidade de nos fazer parar para ouvir suas histórias.


site: http://owlsroof.blogspot.com.br/2016/04/para-ler-meus-desacontecimentos-cadeia.html
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