Reccanello 26/02/2020A magia da arquiteturaEm 1893, e buscando superar a Feira de Paris de 1889 em tudo, os Estados Unidos se voltaram para o arquiteto Daniel Burnham, confiando-lhe o hercúleo trabalho de trazer à realidade o sonho da Feira Mundial de Chicago. Mas, enquanto se erguia a onírica Cidade Branca, como ficou conhecido o local da feira, no submundo da mesma Chicago um mal terrível e assustador crescia e se espalhava, e seu nome era H.H. Holmes, o primeiro serial killer norte-americano. É neste contexto que se desenvolve a história - absurdamente real - de Erik Larson.
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Embora tal cifra seja inexata (pois suas confissões citavam pessoas ainda vivas), especula-se que Holmes tenha vitimado o assombroso número de 200 pessoas. De qualquer forma, Holmes é um personagem muito interessante e, apesar de não mergulharmos em suas patologias, muita atenção é dada ao hotel que construiu e que, certamente, está entre os locais mais assustadores do mundo! Por outro lado, Burnham era a encarnação do termo determinação, lutando contra tudo e contra todos para, dentro do tempo previsto, concluir seu trabalho e deliciar o mundo com sua Feira. Muitíssimo bem escrito, "O Demônio na Cidade Branca" nos prende a atenção - e o fôlego - desde a primeira linha, sendo nítida a pesquisa monumental que fez. Tamanho detalhamento, necessário para nos ambientalizar com a época e o local, faz com que não apenas mergulhemos na Chicago do final do séc. XIX (concentre-se e você conseguirá sentir o fedor dos milhares de cavalos que moviam a cidade) como, principalmente, apreciemos todo o esforço necessário para, do nada, fazer a feira que mudaria os EUA. O mesmo detalhamento, horripilantemente, faz com que quase nos sintamos "amigos" de Holmes, pela proximidade com que acompanhamos seus passos. Vale a leitura!
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