O Príncipe

O Príncipe Maquiavel




Resenhas - O Príncipe


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Maria Ferreira / @impressoesdemaria 21/04/2014

Maquiavel foi um Príncipe?
Respondendo a pergunta do título, não. Maquiavel não foi um príncipe. Ele foi o que se pode chamar de funcionário público. Nasceu no dia 3 de maio de 1469, na cidade de Florença, Itália. Foi chanceler, secretário e diplomático. Sua biografia diversas vezes confunde-se com a história política da Itália.

Seu livro “O Príncipe”, é um pequeno manual para governantes e pessoas que almejem alcançar ou permanecer no poder. É, sem dúvidas, um livro de estratégias muito valioso, que pode ser usado, com poucas restrições, até nos dias atuais. Maquiavel o dedicou à Lourenço II, duque de Urbino, que não soube aproveitar o livro.

Príncipe, na obra de Maquiavel, é o governante do Estado. Maquiavel defende a ideia de que para se manter no poder é preciso fazer com que os poderosos estejam do seu lado. É aquela velha história, manter os amigos por perto e os inimigos mais perto ainda.Segundo Maquiavel, “os fins justificam os meios”.

O caráter de uma pessoa pode ser julgado de acordo com os amigos que ela te. È como diz o ditado “diga-me com quem tu andas que te direi quem és”. Já na obra maqueaveliana, a linagem de um príncipe sempre vai estra refletida em seus auxiliares. Como podemos observar no trecho a seguir:
“A primeira impressão que se tem de um governante e da sua inteligência é dada pelos homens que o cercam. Quando estes são eficientes e fiéis, pode-se sempre considerar o príncipe sábio, pois foi capaz de reconhecer a capacidade e de manter a fidelidade. Mas quando a situação é oposta pode-se sempre fazer mau juízo, porque seu primeiro erro terá cometido ao escolher os assessores”.

Mesmo tendo sido escrito no período do Renascimento, os ensinamentos de Maquiavel podem ser usados nos dias atuais. E só formos para pensar, perceberemos que são. Principalmente na política.


site: http://minhassimpressoes.blogspot.com.br/2014/04/maquiavel-foi-um-principe.html
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Tarray 05/04/2014

INTRODUÇÃO

Maquiavel, diante desta brilhante obra, afirma em seu prefácio que se trata, pois, de um presente a Lorenzo de Medici. É nada, senão um estudo histórico sobre a ação de grandes homens, a qual oferece com humildade ao soberano.
Pela análise da obra, acunhou-se toda pessoa que trama artimanhas para conseguir o que se quer como uma pessoa “maquiavélica” sob o julgo de que “os fins justificam os meios”. Rousseau por outro lado, longe dessa perspectiva, afirma na Magnus opus “Do Contrato Social”, que Maquiavel não destinou essa obra ao príncipe, antes fora para o povo, e que se trata, portanto, de uma obra republicana.
Usa Maquiavel de exemplos alheios, presentes na historia das grandes nações e dos grandes homens, isso porque o ser humano tende a seguir o mesmo caminho, e imitar os seus semelhantes.












O PRÍNCIPE.

Dentre os Estados, existem várias formas, sejam elas repúblicas ou principados. Os principados, tal como afirma o autor, são hereditários ou recentes, nesses Estados novos, a população ou era formada de um povo liberto, ou pertencia a outro principado.
As repúblicas não serão alvo desse presente estudo. Assim sendo, os principados hereditários, podem ser mantidos e governados. Afirma o autor que um principado que já vem de uma linhagem hereditária é mais fácil de manter do que os novos, isso porque a população já está acostumada à servidão, basta, porém, que o novo regente preserve os costumes locais. Serve como exemplo o principado do Duque de Ferrara na Itália, que sobreviveu às tentativas de usurpação em virtude da antiguidade do governo.
Existem de outra sorte, as monarquias mistas, são elas monarquias novas, no qual os homens, sem grandes dificuldades lutam em favor dela, isso porque esperam ser melhor que a antiga, entretanto, é um engano. O novo governante irá injuriar os habitantes do lugar que tomou posse, enquanto os que o apoiaram, não mais o seguirão, isso porque o governante não poderá cumprir suas promessas. Dependerá o soberano, dessa forma, sempre de favores dos moradores. Nessa forma de governo, é grande a facilidade com que o antigo soberano possa recobrar o seu governo, tal qual ocorreu com os franceses na conquista de Milão.
É certo que reconquistando a sua posição o soberano de Milão estará fortalecido, isso porque, de um lado ficará mais atento à sua posição, e do outro, a população o apoiará mais fortemente.
Quem deseja anexar novoterritório deve contar com dois fatores a seu favor, um é a similaridade dos costumes e língua, outra é a proximidade do território. Nesse exemplo, cita o autor os territórios anexos pela França, na qual seconvive em paz. Quem deseja anexar com segurança novos territórios, deverá de primeira ordem extinguir a dinastia local e depois que preserve os costumes locais, como já afirmado pelo autor.
Entretanto, se são de línguas e costumes diferentes, deve o Rei fixar residência no novo lugar. Isso é importante para que o soberano perceba os distúrbios e logo os sane, evitando também a ganância de seus representantes no local.
Colônias também são alternativas viáveis e de pouco custo à manutenção da posse no novo território. Para a colônia, basta que se tome os bens de uma parcela pequena e pobre da população, estes não terão força para se vingarem, serão exemplos aos que se insurgirem contra o governo e, de toda sorte, não tendo ofendido a grande maioria da população, será, portanto, fácil acalmar os demais. Além do que, é imprescindível que se apóie os menores e os protejam.
Relembra neste momento o exemplo de Roma, que seguiu todas as formas necessárias para manter em seu domínio o território conquistado, e de outro lado o exemplo francês com Luis XII que fez justamente o oposto.
Agora, como Alexandre o Grande estendeu seu domínio até sobre a Ásia, e logo após a sua morte os seus sucessores puderam governar sem grandes problemas?
Um território pode ser governado pelo príncipe e seus assistentes, que agem em conformidade com a vontade do príncipe, ou pelo príncipe e seus barões, que são senhores de terra e possuem vassalos próprios. No primeiro exemplo, é mais fácil ao príncipe governar, uma vez que não há figura que concorra com a sua importância no reino, a Turquia é um exemplo deste, enquanto a França um exemplo daquele modelo.
Explica Maquiavel que a Turquia seria mais complicada de se conquistar do que a França, isso porque, não havendo uma autoridade que pudesse corromper o povo, deveria o invasor contar com as suas próprias forças, e nunca com a desorganização alheia, contudo, uma vez conquistado o território, seria fácil dominá-lo, isso porque entre o povo não há representatividade, bastava então que se mate a família real. O contrário ocorreria na França, onde sempre há um nobre descontente com o governo, que poderia levantar a voz do povo contra o seu senhor.
Depois dessa explicação, o autor responde a questão inicial, afirmando que o governo conquistado por Alexandre o Grande era semelhante ao da Turquia, o que facilitou a permanência no principado.
Quando se trata de um território que não vinha de uma linhagem de dominação, mas, ao contrário, livre e regido por suas próprias leis, pode o soberano arruiná-lo, manter as suas leis, ou nela habitar.
Um homem se torna príncipe pelo seu valor, ou por sorte. Aliás, todo homem de valor deve também contar com a sorte, pois só o valor sem a oportunidade não criariam um soberano. Aqueles que se tornam por valor, conquistam com dificuldade, mas se mantêm com tranqüilidade.
O contrário ocorre quando se chega ao poder por sorte. Depende de quem os colocou em tal lugar, sua posição é volúvel e instável. Os Estados criados subitamente para proteger a posição, não possuem raízes fortes, somente se o governante for extremamente virtuoso.
Existem outras maneiras de se tornar príncipe, quais sejam: por ato criminoso, ou pela ajuda dos concidadãos. Do primeiro modo cita o exemplo de Agátocles, filho de um pobre olheiro, chegou ao exército e galgou o mais alto posto, tempos mais tarde emboscou os senadores e cidadãos mais ricos da cidade e matou a todos, tomando o poder para si.São métodos que conduzem ao poder, mas não à Glória.
A maneira como esses homens se mantém no poder mesmo após a maneira cruel que a conquistam, depende diretamente da forma como empregam a crueldade, isto é, o homem que aspira ao trono, deve de antemão saber quais crueldades serão necessárias e praticá-las de uma só vez, e depois cessar, para conferir tranqüilidade à população, e comprá-la depois com pequenos favores.
De outra maneira, pode um homem se tornar soberano, por favor, de seus concidadãos, Maquiavel chama essa forma de governo civil. Chega-se ao poder pelo apoio popular, ou pelo apoio da aristocracia local. A conseqüência dessas duas formas ou é o governo absoluto, ou a liberdade ou a desordem.
Quando os ricos percebem que não podem resistir à pressão da massa, unem-se, prestigiando um dos seus e fazendo-o príncipe, de modo a poder perseguir seus propósitos à sombra da autoridade soberana. O povo, por outro lado, quando não pode resistir aos ricos, procura exaltar e criar um príncipe dentre os seus que o proteja com sua autoridade.
É mais fácil de manter no governo, aquele que lá foi posto pela vontade popular, isso porque a população deixará de dar apoio ao príncipe, enquanto os nobres tentarão, de forma efetiva, destituí-lo do poder.
Os principados quanto à sua força são de duas sortes: àqueles que podem se mantiver por si só, e o que, não podendo atacar o inimigo, se refugia em seus muros.
Existe uma forma de reinado que é incontestável, onde, uma vez conquistado, não é mais necessário se preservar os súditos, ou guarnecer seu território, trata-se, portanto, do estado eclesiástico.
Após a exposição dos modos de Estado que podem surgir, Maquiavel trata de como defender esses Estados. Seus apoios podem ser de forças próprias, de mercenários, auxiliares ou mistas. Quem se defende pela força de mercenários, estão, todavia, desprotegidos, uma vez que os mercenários não temem a ninguém, e não devem lealdade à ninguém.
Forças auxiliares são aquelas pedidas a um vizinho, é também como a força mercenária, um recurso extremamente perigoso, um bom príncipe deve contar apenas com suas próprias forças.
Um príncipe deve se ocupar sempre de assuntos relacionados à guerra, as leis e a disciplina, do contrário terá seu reino em perigo, porque não terá a estima dos seus soldados, e uma nação desprotegida não está segura. É nesse sentido que o soberano deve ter um profundo estudo sobre a história, e a ação de grandes homens, tal qual é a finalidade do presente livro, destinado ao príncipe.
Adentro Maquiavel agora sobre a personalidade do soberano, motivos então, pelo qual será amada ou odiado. Discorre Maquiavel que muitos já trataram sobre o tema, alguns, de uma forma um tanto equivocada, pois baseiam-se em teorias sem fundamento prático.
Dentre ser liberal ou agir com parcimônia, para um príncipe é mais interessante ser alcunhado de liberal. Agora, trata-se de uma liberalidade controlada, sem gastos excessivos que imponham impostos mais elevados à população. Sobre essa ideia, mesmo que contenha seus gastos, e que pelos súditos seja considerado miserável, é uma solução melhor do que onerar excessivamente seu povo.
Um dos pontos mais polêmicos da obra de Rousseau, trata da dissertação sobre se ao príncipe é melhor ser amado que temido. Um Rei deve ser clemente, mas, se necessário for atitudes duras que sirvam para manter a ordem social vigente, evitando os roubos e saques, então é melhor que cruelmente dê o exemplo, e que com certa rigidez mantenha a paz social. Dentre a opção de ser amando ou temido, na impossibilidade de o ser os dois, é mais seguro ao príncipe ser temido.
De fato, pode-se dizer dos homens, de modo geral, que são ingratos, volúveis, dissimulados; procuram esquivar-se dos perigos e são gananciosos; se o príncipe os beneficia, estão inteiramente ao seu lado. Como já disse, oferecem seu próprio sangue, o patrimônio, sua vida e os filhos, desde que a necessidade seja remota; quando ela é iminente, fogem. Estará perdido o príncipe que tiver confiado inteiramente nas suas palavras, sem tomar outras cautelas, porque a amizade conquistada pelo dinheiro, e não pela grandeza e nobreza de espírito, não é segura – não se pode contar com ela. Os homens têm menos escrúpulos em ofender quem se faz amar do que quem se faz temer. (p. 89).

Uma batalha pode ser vencida pela lei, ou pela força, o primeiro é dos homens, o segundo é próprio dos animais, é indispensável que o soberano saiba se utilizar dos dois. Portanto, um príncipe nem sempre precisa agir de boa-fé, uma vez que é da natureza humana a dissimulação.
O mais importante ao príncipe é evitar que seus súditos o odeiem ou desprezem, uma maneira simples de fazer isso é não usurpando os bens ou mulheres de seus súditos. Além do que, suas decisões devem ser irrevogáveis. Tais medidas são importantes para se evitar a conspiração entre seu povo.
Maquiavel trata ainda da importância de armar os súditos, e não o contrário. É uma posição inclusive que sustenta Rousseau em seu livro Do Contrato Social, na qual, erroneamente, os soberanos enfraquecem seus vassalos para evitar rebeliões internas, enquanto o mais certo seria armá-los para fortalecer sua nação e, por consequência, ser temido pelos estrangeiros. Maquiavel argumenta que, quando se dá a incumbência de proteger o Estado, o povo passa a se considerar importante dentro da nação, e age com mais responsabilidade.
Para que um soberano se faça respeitado, é necessário que tenha empreendimentos bem sucedidos, e que possa dar também, bons exemplos. Além do que, deve condecorar os que agem com virtude e honrar os excelentes.
Outro ponto fundamental para o fortalecimento do principado, é a escolha do ministro, um povo julga seu soberano pelas pessoas que o cercam, o ministro deve antes de tudo pensar no que é melhor ao seu senhor, e nunca sem suas aspirações pessoais, de outra sorte, o soberano deve lhe retribuir com honrarias e riquezas.
Além do que, é notório que em todo Estado há os bajuladores do reino, um príncipe deve se acautelar dessa presença, todavia, deve ser aberto a conselhos, atento, escutará, mas se reservará a sua própria consciência para formular sua opinião sobre o tema, e que essa posição seja inabalável.
Ademais, um soberano também deve contar com a sorte, conforme o autor já explanou em outro momento, e cujo pensamento já se encontra formulado no presente trabalho.















CONCLUSÃO

Como pudemos perceber, Maquiavel apresenta um verdadeiro tratado político sobre todas as modalidades de Estados que se construíram perante o tempo.
Já expõe inicialmente que a intenção da presente obra é a presentear o príncipe com um estudo histórico sobre as principais ações dos homens mais célebres da história, e assim o fez.
A partir de lições valiosas, Maquiavel demonstra como um homem pode subir ao poder, e como lá ele deve agir para permanecer, suas principais virtudes que devem ser cultivadas e os vícios que devem ser evitados.
Mas, não é certo fazer uma análise restritiva da obra de Maquiavel, vestido com a ideia de um presente ao príncipe, tantas vezes mal interpretado pela crítica, é na verdade um homem do povo, e, para o povo presenteia essa obra, é um dos fundadores da ciência política moderna.
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Fecancio 03/03/2014

Necessário
Impressiona como Maquiavel é atual até hoje
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Rafael 09/02/2014

citações
"No início o mal é fácil de curar, mas de difícil diagnóstico, mas ao longo do tempo, sem ser diagnosticado ou curado, ele se torna fácil de diagnosticar, mas difícil de curar." (p. 31)

"Não há nada mais difícil de controlar, mais perigoso de conduzir, ou mais incerto de alcançar sucesso do que a introdução de uma nova ordem. Pois o inovador tem como seus inimigos todos aqueles que se davam bem sob as antigas condições, e defensores mornos naqueles que talvez se deem bem sob as novas regras." (p. 51)

"Aquele que acredita que novos benefícios farão com que grandes pessoas esqueçam velhas injúrias se engana." (P. 66)

"Tal príncipe não pode depender daquilo que observa em tempos de calmaria, quando cidadãos precisam do Estado, porque em tal época todos concordam com ele; todos prometem e, quando a morte está longe, dizem que morreriam por ele; mas na adversidade, quando o estado precisa de seus cidadãos, então poucos são encontrados." (p. 81)

"Por isso, um príncipe sábio deve fazer que seus cidadãos sempre e em qualquer circunstância tenham necessidade do Estado e dele mesmo; assim, estes sempre lhe serão fiéis." (p. 81)

"Um príncipe sábio (...) nunca deve ficar ocioso nos tempos de paz, mas, sim, aumentar os seus recursos com habilidade, de tal forma que estarão a sua disposição na adversidade, a fim de que, quando a sorte mudar, ele esteja preparado para resolver seus problemas" (p. 118)

"Assim, com a sua liberalidade, tendo ofendido muitos e recompensado poucos, ele será afetado pelo primeiro problema e ficará sujeito ao primeiro perigo" (p. 125)

"Portanto, é mais sábio ter fama de miserável, que é reprovado, porém não causa ódio, do que ser obrigado, ao tentar obter fama de liberal, a ser conhecido como rapace, o que gera reprovação e ódio." (p. 128)

"Um príncipe, desde que mantenha seus súditos unidos e leais, não deve temer a má fama de cruel, pois, com poucos exemplos, ele será mais piedoso do que aqueles que, por excessiva piedade, deixem acontecer as desordens..." (p. 131)

"o povo se deixa levar pelas aparências e pelos resultados, e no mundo não existe senão o povo..." (p. 142)

"A primeira opinião que se tem de um príncipe, e do seu entendimento,, é feita observando aqueles a sua volta,e , quando estes são capazes e fiéis, ele sempre pode ser considerado sábio, pos sabe reconhecer os competentes e mantê-los fiéis" (p. 177)

"não há outra forma de se proteger da bajulação do que fazer com que os homens entendam que a verdade não o ofende, mas, quando todos podem lhe dizer a verdade, o respeito por você aumenta" (p. 181)

"E se há pessoas que pensam que um príncipe que aparenta ser sábio não o é pela sua natureza, mas pelos bons conselheiros que o rodeiam, sem dúvida algumas estão enganadas, pois esta é um regra que nunca falha: um príncipe que não é sábio jamais segue bons conselhos..." (p. 183)

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Braguinha 20/01/2014

Aumentei minha inteligência lendo este livro
Pode ser considerado como “A Arte Da Guerra” ocidental. Um manual para os varios principes europeus do período Idade Moderna. Um manual que pode serutilizado até mesmo em nossas vidas de pessoas comuns cotidianas, salvo as devidas proporções de cada situação, obviamente. Na capa da edição que li, o retrato de Maquiavel, tão misterioso quanto uma Monalisa masculina.

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Cristiano 16/12/2013

Obrigatório!
Sempre ouvi falar que esse livro era muito dificil de ler ( inclusive aqui nos comentários), mas li em um final de semana.
Talvez por ser estudante de História e já ter passado por Moderna e Teoria, identifiquei o contexto politico com mais facilidade( mas tem vários nomes que eu nunca tinha ouvido falar) e a leitura fluiu normalmente.
Quero reler , porque tenho ctza que deixei algumas nuances , mas creio que entendi a ideia central do livro.
Triste é ver que as idéias de Maquiavel se aplicam facilmente na politica atual, especialmente a parte de enganar e parecer bom para o povo.
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Aninha 10/11/2013

A arte de manipular
"... o tempo tudo arrasta consigo (...) ele pode trazer o bem como o mal..." (página 21)

Sabendo que a leitura dessa obra era difícil, adiei o que pude até que decidi: é hoje!

E lá fui eu, ler as instruções de Maquiavel aos governantes para ter êxito nos seus objetivos.

Seguir exemplos dos grandes, ter o povo a seu lado, organizar um exército, fugir dos aduladores são alguns dos conselhos de Maquiavel:
"...o homem prudente deverá constantemente seguir o itinerário percorrido pelos grandes e imitar aqueles que mostraram-se excepcionais." (pág. 34)

"...muito mais seguro é fazer-se temido que amado." (pág. 97)

"Deve, portanto, o príncipe tomar todo o cuidado para que da sua boca não saiam palavras que não estejam perfeitamente coadunadas com as cinco sobreditas qualidades e para parecer, aos que o veem e ouvem, de todo misericordioso, sincero, de todo íntegro, humanitário, de todo religioso. Nada, aliás, se faz mais indispensável do que passar a impressão de possuir esta última qualidade. os homens, in universali, mais julgam pela visão que pelo tato, uma vez que todos podem facilmente ver; somente uns poucos sentir." (pág. 104)

Enfim, "belas" dicas para dominar, manipular e conquistar, coisas que estamos acostumados a ver, mesmo 500 anos depois.

Se quiser arriscar, vale a pena!

site: http://cantinhodaleitura-paulinha.blogspot.com.br/2013/10/o-principe.html
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Aline 29/10/2013

Resenha mais difícil até agora :/
Sabia que iria ser uma leitura difícil, pois a introdução já foi bem torturante. O livro original foi escrito em um Italiano antigo, por isso a introdução teve varias observações sobre palavra escolhidas para traduzir algumas citações.

O livro foi escrito por Maquiavel para um príncipe, como presente. Segundo palavras do autor " não vos poderia fazer melhor presente".
O livro é basicamente 'orientações politicas' do próprio autor. O que eu achei presunçoso é que o livro é um guia de como chegar ao poder e se manter nele. Ele sita frases que eu sempre conheci como 'maquiavélicas', antes mesmo de ler o livro.

" E melhor ser amado do que temido"
"Os homens amam de acordo com a sua vontade"

Mas confesso que adorei um titulo de um capitulo - Como evitar os aduladores.
Para mim, uma leitura difícil e não prazerosa, porem recomendo a todos lerem. Porem, não tenham pressa.

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Douglas 12/10/2013

O Príncipe
A primeira vez que eu li "O Príncipe", de Maquiavel, eu tinha 15 anos.
Comecei a ler o livro depois de saber que ele era o "livro de cabeceira" do meu político favorito.
O problema é que eu era muito novo e não consegui absorver nada da leitura. Achei a leitura inútil e cansativa.

Voltei a ler com 20 anos. Um pouco mais velho, consegui entender boa parte do texto. Usei, inclusive, alguns dos ensinamentos do livro para "nortear" minha vida profissional. Algumas das minhas decisões profissionais foram baseadas nesses ensinamentos. (Os ensinamentos bons e honestos, obviamente).

Agora, com 28 anos, voltei a ler este livro. Agora, um pouco mais experiente, consegui aprender mais algumas coisas que passaram despercebidas pela minha pouca idade.
Até porque, este livro está longe de ser uma leitura fácil. Você precisa ler um capítulo, parar e refletir sobre o que leu. Que ensinamentos aquele capítulo quer passar.

Uma técnica para aproveitar bem o que está sendo dito: coloque-se no lugar do "príncipe". Leia este livro como se Maquiavel tivesse escrito para você.
Pegue os conselhos e tente "enquadrá-lo" em sua realidade de vida.
Você vai perceber que, do livro, vão sair bons conselhos para você, não só sobre política, mas conselhos sobre administração e porque não, conselhos de vida.

Por isso eu afirmo: "O príncipe", é um livro "riquíssimo" em ensinamentos e extremamente atual, mesmo tendo quase 500 anos de idade, porém é preciso que você leia, interprete e reflita.
Difícil? Sim. Cansativo? Bastante. Mas muito proveitoso.

Um abraço e meu respeito a todos.
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Cléo 09/10/2013

Resenha Príncipe Maquiavel
O Príncipe começa com um endereço de Lorenzo de Médici, em que Maquiavel explica que ele está buscando favores do príncipe, oferecendo-lhe um pouco de seu conhecimento. Ele então passa a classificar os vários tipos de estados: repúblicas, principados hereditários, o novo principados, e principados mistos. Novos estados são o seu foco principal, para aqueles que são os mais difíceis de lidar. Um estado conquistou cujo original príncipe era seu único governante é difícil de conquistar, mas de fácil manutenção, um estado conquistado em que o príncipe dividiu o poder com os barões é fácil de conquistar, mas difícil de manter.
Quando possível, um príncipe deve se esforçar para chegar ao poder em seus próprios méritos e com seus próprios braços. Baseando-se em amigos, boa sorte, ou braços de outras pessoas podem fazer a subida mais fácil, mas segurando seu novo poder será uma tarefa difícil. Maquiavel dedica quase um capítulo inteiro para Cesare Borgia que ganhou destaque em grande parte através de conexões e ajuda de seu pai, mas foi esperto o suficiente para esculpir seu próprio nicho - embora ele acabasse falhando no fim. Príncipes que se elevam ao trono através de crime é outra questão: Maquiavel condena como perverso, e ainda suas palavras trair sua admiração por sua inteligência. Crueldade, quando bem utilizada, pode ser justificada.
De acordo com Maquiavel, dependência de mercenários e auxiliares para as tropas é um erro grave. Um príncipe deve lançar alicerces fortes - boas leis e boas armas - e, se este não se verificar o primeiro é irrelevante. Um Estado precisa de tanto para sobreviver. Medicináreis são desleais e divididas; auxiliares estrangeiros vêm já unidas sob outro mestre, e por isso são de uma forma ainda mais perigosa. O próprio príncipe deve ser um estudante de guerra e um ávido leitor de história militar.
Reputação é outro elemento importante a considerar. Os príncipes dianteiros colocados em apelar para a população é muitas vezes uma mentira, como notas de Maquiavel, o melhor mentiroso, melhor o príncipe. Dito isso, dar dinheiro quando é fiscalmente irresponsável, só para aparecer generoso, é um erro; exibição excessiva misericórdia a fim de angariar afeto pode ser fatal. Melhor prevenir do que remediar; melhor ser temido do que ser amado.

Maquiavel fecha o Príncipe com uma meditação sobre a sorte e seu papel nos assuntos humanos, e uma chamada para unificar a Itália. Ele aborda muito deste último argumento para Lorenzo de Médici, impondo alguma aparência de simetria na estrutura de seu livro e aprimorando suas reflexões teóricas em uma exortação direta.
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