Thermae Romae #6

Thermae Romae #6 Mari Yamazaki




Resenhas - Thermae Romae #6


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16/10/2015

Finalmente chegamos ao último volume, e a questão é: como os dois pombinhos ficarão juntos? E em que época?

Achei um final meio apressado e desajeitado. Não o final em si, aquela última página, mas os fatos que levaram até esse final. Tem cenas completamente insignificantes, que nem humor trazem, como quando o avô da Satsuki faz o caminho inverso de Lucius e vai parar na Roma Antiga. Totalmente desnecessária se a gente parar pra pensar.

Realmente a autora não imaginou que a história daria certo a ponto dela ser estendida por alguns volumes, e se não ficou evidente antes, aqui isso é gritante.

Se bem que não faz sentido nenhum eu procurar coerência numa história de um cara da Roma Antiga que surge nas termas japonesas dos tempos atuais. A proposta desse mangá é comédia, pura e simples. De qualquer forma, os volumes anteriores foram divertidos o bastante para eu relevar um pouco da decepção que senti com esse volume.
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Maria Faria 22/05/2016

Termas Japonesas e Romanas
Thermae Romae é um mangá escrito pela autora Mari Yamazaki, uma amante do banho relaxante que construiu um paralelo entre a cultura das termas romanas com o hábito do banho de imersão japonês. O resultado é um mangá muito interessante e divertido, uma história daquelas que distraem e informam ao mesmo tempo.
Em 2014 li os primeiros dois volumes de Thermae Romae e ele foi meu primeiro contato com quadrinhos japoneses. Por não ter os outros volumes demorei quase dois anos para retomar a leitura e, como já fazia um bom tempo, resolvi reler os primeiros volumes. Uma semana foi suficiente para concluir os seis volumes da série e percebi que ao contrário do que imaginava, a história não é centrada apenas no arquiteto Lucius, possui também um conteúdo histórico maior do que o seu próprio tema.
Tanto para os romanos como para os japoneses os banhos públicos significam uma terapia de relaxamento. As termas eram lugares de reuniões e socialização e o intuito não era limpar o corpo e sim relaxar e aproveitar as propriedades calmantes da água. O personagem principal de Thermae Romae é o arquiteto Lucius Modestus especializado em casas de banho, que tem sua estória contada a partir do ano 128 d.C. Ele atravessa um momento delicado em sua carreira, pois não consegue projetar uma casa de banho que agrade a sociedade romana tão acostumada a novidades. A história se inicia com sua demissão e logo após o ocorrido vai a uma casa de banho para relaxar e acaba sendo transportado no tempo, parando numa casa de banho japonesa atual. Ao retornar desta primeira viagem ao tempo, Lucius carrega em sua memória detalhes da atualidade e aplica em seus projetos para construir casas de banho no Império Romano.
A primeira casa de banho construída com as novidades implantadas faz muito sucesso e Lucius vê sua vida mudar completamente, de arquiteto desempregado a profissional de sucesso requisitado até mesmo pelo imperador. A ascensão de sua carreira é proporcional à queda em sua vida pessoal. Lucius é abandonado por sua mulher por não conseguir gerar filhos e por se dedicar demais ao trabalho. A partir daí ele se fecha para o amor e não consegue nem mesmo iniciar novos relacionamentos.
Durante as idas e vindas entre Roma Antiga e Japão atual, o personagem principal tem contato com os japoneses, povo que ele chama apenas de “caras achatadas”. A aventura ficará mais emocionante quando Lucius chegar numa pousada em Ito (Japão) e não conseguir retornar à Roma, ficando preso na terra dos caras achatadas por um tempo. Assim que chega a Ito vê a jovem Satsuki tomando banho em uma das termas japonesas. Para Lucius, Satsuki é Diana, uma deusa romana relacionada à Ártemis na mitologia grega, deusa da caça e da lua. Diana é indiferente ao amor, teve permissão do pai para não se casar e se manter casta. Um fato notório foi quando a deusa transformou o caçador Acteão em um cervo, já que o homem havia a visto nua durante o banho. O significado do encontro de Lucius com Satsuki, a quem ele toma por Diana, é um exemplo do quanto a autora estudou os costumes e a mitologia romana para construir o enredo do mangá. O arquiteto que até então estava imune ao amor, se vê preso no Japão atual e atraído por uma “deusa Diana japonesa”. Satsuki é apenas uma boa moça que dá aula durante o dia e se apresenta como gueixa na hospedaria à noite. Ela é uma apaixonada e estudiosa da cultura romana e será a única personagem em toda a história com quem Lucius conseguirá manter um diálogo, já que Satsuki conhece o latim.
Além de uma história de amor, culturas japonesa e romana, Thermae Romae vai trazer muito da história de Adriano, imperador romano entre os anos 117 e 138 d.C., que viajou para quase todas as províncias do Império, um ardente admirador da Grécia e considerado um dos cinco bons imperadores. Mari Yamazaki conseguiu introduzir Lucius dentro da história da vida de Adriano, mostrando os momentos mais importantes deste imperador.
Arrisco a dizer que este é um mangá mais romano do que japonês, mas agrada porque possui os principais temas que prendem um leitor: costumes, história de amor, história romana e desafios. O desfecho de Thermae Romae é um pouco surreal ao reservar um final entre a “deusa Diana” e Lucius na Roma Antiga, mas conseguiu ser agradável e convincente. Terminando somente agora de ler a série, percebo que escolhi uma excelente obra para conhecer o mundo dos quadrinhos japoneses.
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