O Caso Thomas Quick

O Caso Thomas Quick Hannes Råstam




Resenhas - O Caso Thomas Quick


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Bruna 30/06/2021

Uma matéria de jornal com 460 páginas
As vezes quando termino um livro fico pensando que ele poderia ter sido muito melhor escrito com metade do número de páginas do que foi apresentado ao leitor. Esse livro é exatamente assim. Tenho a impressão de que acabei de ler uma matéria de 460 páginas em um jornal. O que diferencia então uma matéria jornalística de um livro? A sensação de uma boa história, de ?mergulhar? na narrativa e não apenas a informação pura e simples. O tema do livro é interessantíssimo mas contado de forma chata e arrastada.
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Felipe Novaes 12/05/2018

O Caso Thomas Quick é um exemplo paradigmático de como não fazer uma investigação. O jornalista Hannes Rastam se engaja numa investigação sobre o suposto primeiro serial killer sueco, Thomas Quick.

Hoje sabemos, Quick passou quase 20 anos preso por dezenas de crimes que não cometeu. Por uma série de fragilidades e questões circunstanciais, Quick confessou assassinatos que não cometeu. Possivelmente, uma espécie de tentativa de ganhar a fama distorcidamente, de ganhar o mesmo prestígio de intelectualidade sombria que o recente Hannibal Lecter parecia de angariado na cultura pop com Silêncio dos Inocentes.

Mas o mais importante dessa história são os erros que ela denuncia. Um sistema jurídico totalmente comprometido, com promotor, interrogador e psicoterapeutas, todos não investigando um crime, mas sugestionando um interno psiquiátrico dopado. Quick confessava crimes em troca de remédios, era um viciado em benzodiazepínicos.

Ainda havia as hipóteses "infalseáveis". Cientistas já sabem há tempos -- e ainda mais os filósofos da ciência -- que só podemos testar hipóteses que são testáveis. É preciso de antemão saber quais cenários apoiam ma hipótese, e quais cenários específicos flagrantemente denunciam sua falsidade. Sem isso, temos um jogo de cara ou coroa, em que um jogador ganha se tirar coroa, e o outro, perde se tirar cara. Em resumo, cenários ambíguos como previsões astrológicas. Toda a condução do caso de Thomas Quick poderia ter sido feita por um astrólogo.
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Gladston Mamede 17/12/2023

É estarrecedor ver como se forjou um "serial killer" na Suécia, em plena virada do século XX para o XXI. Assustador ver a manipulação por médicos, policiais e Ministério Público a fim de ganharem notoriedade. É tudo louco demais. Para estudantes de Direito, uma leitura que deveria ser obrigatória.
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San... 12/01/2015

Um livro para se indignar, tanto com Thomas Quick e toda sua invencionice quanto com as autoridades envolvidas. As autoridades, que neste caso englobam policiais, promotores de justiça, bem como médicos e reporteres foram de uma obtusidade inacreditável, que beirou as raias do absurdo... Interessante por dar ao leitor uma ideia de até onde o ser humano vai em busca de fama, de poder, de prestigio.
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Maccairo 20/07/2015

Quando a edição estraga a história
Quando ganhei esse livro, que ha tempos queria ler, prontamente debrucei-me sobre ele imaginando que teria uma experiência agradável, dada a qualidade externa da edição, com uma capa tão bem feita, boa escolha de cores, lombada firme, miolo de papel amarelado que não cansa a vista. Porém, fui surpreendida de uma maneira bastante ruim com a péssima revisão feita pela editora Record. Palavras trocadas, letras comidas, fora a tradução em si, que mesmo para um leigo é visivelmente mal feita.

Vindo de uma editora do porte da Record, eu esperava mais do que uma qualidade externa, uma boa escolha de papel e fonte: isso qualquer um faz. Mas a delicadeza para tratar bem um texto? Isso é raro e é nisso que eu quero gastar meu dinheiro como consumidora. A falta de zelo que a Record teve com essa história tornou a minha experiência de leitura muito ruim, uma vez que os erros eram frequentes e eu me via corrigindo a edição mentalmente a cada parágrafo.

E antes que alguém queira justificar os erros de tradução, visto que esse livro foi lançado originalmente em sueco, saibam que a tradução da Record foi feita através da versão lançada em inglês.

No fim só me resta lamentar ter um livro tão bonito, com uma história interessante, porém estragado por um serviço de editoração ruim.
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shay 05/08/2024

O caso Thomas Quick
História extremamente interessante no entanto a escrita absolutamente cansativa. Maçante. Tira qq interesse a terminar de livro. E olha que foi por pouco que não parei.
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