Resenhas - Perspectivas sociológicas

Suzanie 26/12/2020

Sociedade e Liberdade
Incrível esta obra para quem quer ficar a par do que é a Sociologia. Primeiramente porque o autor escreve muito bem e dialoga com um leitor leigo de forma muito agradável:
(...) Se os dois capítulos anteriores comunicaram alguma coisa, o leitor estará tomado por uma sensação que talvez possa ser definida como de claustrofobia sociológica. Terá um certo direito moral de exigir que o autor destas páginas lhe proporcione algum alívio, mediante uma afirmação da liberdade humana em face aos vários determinantes sociais.
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Nesse ponto eu pensei: Ufa! Achei que não haveria frestas pra escapar do determinismo apresentado antes! Acho que sempre as procurei...mesmo sem saber precisamente do que se tratava a Sociologia e a relação que ela expõe entre sociedade e liberdade humana.
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A propósito, Berger inicia suas considerações sobre a liberdade partindo do existencialismo, acentuando a todo momento a importância da filosofia e da história para a análise sociológica.
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Também trata dos riscos do ensino da sociologia, e pondera: (...) Entretanto, onde educação liberal e libertação intelectual tenham estreita ligação, a sociologia é justificada pela convicção de que é melhor estar consciente do que inconsciente e que a consciência é uma condição de liberdade.
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Esse é o segundo mérito do livro de Peter Berger: ele constitui um convite, seja para uma festa - assim visto pelo autor-, seja para uma viagem a um mundo novo, onde podemos começar a perceber possibilidades dentro da estrutura social em que vivemos.

Kichee_julia 04/01/2022

Uma perspectiva da sociologia
Senti duas coisas quando li este livro
1. Tive mais certeza que é este o caminho que quero seguir.
2. Me encomodei um pouco por ser uma perspectiva estadunidense da sociologia.

Valzinha 10/03/2012

Comentários sobre as páginas estudadas do Livro Perpectivas Sociológicas

Página 2- Cap 1 A sociologia como Passatempo Individual
“ A escassez de piadas sobre sociólogos indica, evidentemente, que eles não ocupam na imaginação popular a mesma importância consignada aos psicólogos.”...”Quando perguntamos aos universitários, porque estão estudando Sociologia, é comum ouvir “porque gosto de trabalhar com gente”.
“O sociólogo é visto como uma pessoa empenhada profissionalmente empenhada em atividades edificantes para o benefício de indivíduos e da comunidade em geral”.
“...não estamos preocupados aqui com a morte da inocência, e sim com uma determinada imagem que é imprecisa e ilusória”.
Página 3:
“Conhecimentos sociológicos são importantes para qualquer pessoa envolvida com ação na sociedade. Entretanto, tal ação, não precisa ser particularmente humanitária...”/////////////
Comentários sobre o trecho acima://////////////////////
Se eu pertenço a um grupo, o quanto mais de dados eu tiver a respeito de algo que seja do meu interesse, melhor para mim. Por exemplo: se eu tenho 60 anos, parei de estudar aos 30, não fiz cursinho preparatório, e quero me inscrever para Medicina na UFRJ, de qualquer jeito. Quais as minhas chances de passar? Como calcular a possibilidade de eu entrar em Medicina, com mais certeza, estando eu nas atuais condições de estudo? Olho os dados que o vestibular passado divulgou, vejo qual o perfil do grupo de pessoas que constam na lista de aprovados, vejo qual o nível da média necessária para passar, e aí posso elaborar uma previsão se eu poderia passar ou não em Medicina, com as minhas habilidades atuais. ( vocês acham que tá certo este exemplo???)
“Trabalhar com pessoas pode significar retirá-las das favelas ou metê-las na cadeia, bombardeá-las com propaganda ou extorquir-lhes o dinheiro(legal ou ilegalmente).”
//////////Comentários do trecho acima://////////
Tudo depende do que será feito com os dados que o Sociólogo colheu e fez a tentativa de compreender. Hitler, com certeza, usou dados sociológicos, para fazer a “limpeza de raça”, para otimizar o seu exército, etc...
Só que usou para fins escusos.
“...Freudinismo dos pobres...” ////////////// Comentário do trecho acima: /////////////O autor explica o fato de que os assistentes sociais tendem a copiar o modelo profissional dos psiquiatras.
“A identificação da sociologia como serviço social no espírito das pessoas é de certa forma um fenômeno de “Hiato cultural...” ////////////Comentário do trecho acima://////////// Não entendi.....preciso de explicação da professora, pois o texto não me esclareceu bem...
Página 4 –
“ ...a imagem do sociólogo como mentor teórico do assistente social seria especiosa.. /////////Comentário do trecho acima:////////// ilusório, enganador: argumentação especiosa.”
“O serviço social...ação na sociedade”.///////// Comentário do trecho acima://////////////
Mais uma vez ele coloca o serviço social como o atuante na sociedade, e não o Sociólogo.
“A Sociologia...não é ação, mas uma tentativa de compreensão”( da sociedade).////////// Comentário do trecho acima:////////// O Sociólogo não atua em nada na sociedade. Ele simplesmente faz uma tentativa de compreensão daqueles dados que o objeto de estudo lhe forneceu. Estes dados, ele passa para alguém, que fará alguma coisa com eles, não necessariamente altruísta. A sociologia é uma abordagem científica para compreender a vida social do homem.

“O conhecimento sociológico pode ser recomendado a assistentes sociais, mas também a vendedores, enfermeiras, evangelistas e políticos – na verdade – qualquer pessoa cujas metas obriguem contato com outros seres humanos.”///// Comentário do trecho acima:///////////
É aquilo que ele já falou: conhecimentos sociológicos são relevantes para todos que trabalham com atuação na sociedade.
//////////Pesquisa sobre o que é Socialização://////////////// Bibliografia:
CHARON, J. Sociologia. São Paulo: Ed. Saraiva, 2002. (pág. 25-31) //////////


“Socialização é o processo pelo qual a sociedade, comunidade, organização formal ou grupo ensina seus costumes a seus membros. Uma pessoa socializada é aquela que, com êxito, tornou-se membro de seu grupo, organização formal, comunidade e/ou sociedade. Uma pessoa socializada controla-se, mas esse autocontrole provém de ter aprendido os controles da sociedade.
O menino selvagem de Aveyron provavelmente é ocaso mais conhecido de criança que cresceu sem contato humano e, portanto, não foi socializada. Ele foi encontrado vagando pelas florestas e campos de Laune, na França, em 1797. Foi capturado, entregue às autoridades governamentais e estudado por especialistas.
Tinha entre 11 e 12 anos; não possuía o “dom da fala”, usava apenas “gritos e sons inarticulados”. Rejeitava roupas, não conseguia distinguir objetos reais de desenhos e objetos refletidos no espelho.
A socialização é também a responsável pela aprendizagem dos padrões que nos levam a criar uma identidade com determinada sociedade.
Crime, sucesso, valores, princípios morais, realizações e fracassos são vistos em parte como conseqüência da socialização. As diferenças entre homens e mulheres estão estabelecidas na socialização, assim como as diferenças de classe e grupos étnicos”

Max Verber em seu enunciado, diz que a Sociologia tem que ser uma disciplina “isenta de valores”./////Comentários sobre o trecho acima:///////////
Pesquisa da Bibliografia:
(BÚRIGO, F. L; SILVA, J. C / EmTese, vol. 1, nº 1 (1), p. 128-148)
A ciência weberiana, diz, é a busca do desconhecido, é conhecer o que pode ser provado. Ele via que os “problemas” culturais são gerados de forma ininterrupta. Conseqüentemente, novas formas de compreendê-los surgem a cada momento também. O autor alemão reconhecia que o objetivo da pesquisa social sofre influência valorativa, mas ela precisa, para ter validade, obedecer as regras mais rígidas da pesquisa científica. É somente assim que o conhecimento científico pode ser reconhecido como conhecimento válido. Em outras palavras, dois pesquisadores ao escolher o seu objeto de estudo e adotarem determinado procedimento metodológico deverão chegar aos mesmos resultados. Em seu escrito intitulado A objetividade do conhecimento da ciência social e na ciência política, diz: “na esfera das ciências sociais uma demonstração científica, metodologicamente correta, que pretende ter atingido seu objetivo, deve poder ser reconhecida como exata da mesma maneira por um chinês” (WEBER, 1991:11)

“Normalmente o sociólogo defenderá muitos valores como cidadão, pessoa, membro de um grupo religioso, ou como adepto de alguma corrente de pensamento. Entretanto, dentro de suas atividades como sociólogo, só existirá um valor fundamental – a da integridade científica.

“O sociólogo tenta ver o que existe”.
O sociólogo é um bom espião da sociedade...Comentário da frase acima: frase que define muito o seu pensamento, pois não se pode misturar valores, constatações e julgamentos na pesquisa científica, pois se estaria distorcendo os fatos objetivos, muito embora, como o próprio Weber reconhecia, existir dificuldade neste desligamento entre o pesquisador e o seu objetode pesquisa. Aliás, este tem sido um dos pontos de maior questionamento da teoria weberiana de ciência. Isto é, por acreditar na “neutralidade axiológica” Weber, embora reconhecesse a influencia dos valores, não admitia que os resultados da pesquisa estivessem inevitavelmente contaminados por eles. ////Significado da palavra axiológica = Estudo ou teoria de alguma espécie de valor, particularmente dos valores morais.//////

“É um interesse sociológico o interesse que o sociólogo venha a ter de como utilizarão o material que pesquisou? Não, porque consiste no mesmo interesse que um homem comum deve ter de suas ações na sociedade.”////////////
Página 05 –
“Auguste Comte , o filósofo francês do começo do século XVII que inventou o nome da disciplina, encarava a doutrina como a doutrina do progresso, sucessora...da Teologia”
Nos EUA, discípulos de Comte propuseram à Universidade de Brown que subordinassem todas as matérias á Sociologia. ( dá para filosofar à respeito..)
Exemplos de influência da Sociologia da vida: a utilização de estudos sociológicos na Corte Suprema, em 1954, referentes à integração racial nas escolas públicas, redesenhamento urbanos, etc...
Essa compreensão sociológica tanto pode ser usada para o mal quanto para o bem.( vide Hitler, que mantinha estudos de porque a raça ariana era superior à judia)
“A imagem do sociólogo como reformador social é tão falsa quanto a sua imagem como assistente social”.
Página 6-
Uma imagem mais recente do sociólogo, já que as imagens passadas traem um “hiato cultural” é a de coletor de estatísticas sobre comportamento humano (ver quantas disciplinas na UFRJ o sociólogo estuda estastistica). Ele é um ajudante de obras do computador. Nesta imagem, parace que o esforço do sociólogo, é mínimo.“É preciso admitir...que essa imagem...não é fantasiosa”.

“...Logo após a I Guerra mundial, a sociologia americana afastou-se resolutamente da teoria, em favor de uma intensa preocupação com estudos empíricos de limites bastantes alheios. Em decorrência dessa mudança de direção, os sociólogos aperfeiçoaram cada vez mais sua técnicas de pesquisa. Era muito natural que entre tais técnicas, se destacasse a Estatística.”
Filmes a serem assistidos:
Os miseráveis,
GIORDANO BRUNO (Giordano Bruno, Itália, 1973) Direção: Giuliano Mortaldo. Com Gian Maria Volonté. 123min.
Filósofo, astrônomo e matemático, Giordano Bruno fez várias descobertas científicas e desenvolveu sua teoria do universo infinito e da multiplicidade dos mundos, em oposição à tradição geocêntrica (a Terra como centro do universo).
• GAROTO SELVAGEM (L'Enfant Sauvage, França, 1970) Direção: François Truffaut. Elenco: Jean-Pierre Cargol, François Truffaut, Françoise Seigner, Jean Dasté, Claude Miller, Annie Miller. P&B, 90 min.
Em 1797, um menino selvagem é capturado numa floresta de Aveyron, onde sempre viveu. Encaminhado para um centro de surdos-mudos, é objeto de todo tipo de curiosidade. Em seguida é levado pelo Dr. ltard, que acreditava ser possível transformar o garoto
• UM LOBO NA FAMÍLIA (Walk Like a Man, EUA, 1987). Direção: Melvin Frank. Com Howie MandeI. 90 min.
Um grupo de exploradores encontra um rapaz que foi criado por uma família de lobos, na selva. Decidem levá-lo para a cidade, mas sua adaptação à civilização provoca muitas confusões.
• O ENIGMA DE KASPAR HAUSER (feder jür sich und Gott gegen alle, Alemanha, 1974). Direção: Werner Herzog, Elenco: Helmut Dõring, Bruno S. Walter Ladengast. 110 min.
Baseado em fato real ocorrido na Alemanha de 1820, o adolescente Kaspar Hauser aparece em uma cidade, após ter vivido desde o nascimento em um porão, sem qualquer contato humano. É acolhido na casa de um professor, que inicia a sua socialização.
AGONIA E ÊXTASE (The Agony and the Ecstasy, EUA, 1965). Direção: Carl Reed. Com Charlton Heston. 140 min.
# O filme relata os conflitos entre o pintor Michelangelo, o grande artista do Renascimento italiano, e o Papa Julio II. Documentário sobre o trabalho do artista.
Um Conto chinês-Ricardo Darín faz o papel de Roberto, homem duro, sistemático e solitário. Possui uma casa de ferragens e só tem amor pela mãe morta. Do outro lado do mundo, Jun está passeando de barco com a noiva e, inusitadamente, uma vaca cai do céu e mata a moça. Jun vai, então, em busca de seu único parente vivo, que mora em Buenos Aires. Sem falar nada que não seja na sua língua, forçará o fechado Roberto a ampará-lo por um tempo. Comédia e drama na medida certa, levou mais de um milhão de pessoas aos cinemas argentinos. Diretor: Sebastián Borensztein.
Áudio: Espanhol/Mandarim - Legenda: Português.




Página 7
Os colégios e as universidades tem pouco tempo para mergulhar nos resultados esotéricos de seus eruditos empregados.
Como os administradores podem tomar decisões? Quais opções eles tem?
Podem basear-se no princípio de que a instituição constitua uma família una e feliz, na qual cada um de seus membros sobe continuamente a escada do status, sem considerações de mérito. Outra opção consiste em confiar no conselho do grupo, escolhido sob um critério mais ou menos racional. Isso acarreta óbvias dificuldades políticas para o administrador de um grupo cronicamente defensivo com relação à sua independência. A terceira opção, a mais comum, consiste em recorrer ao critério da produtividade, como o usado no mundo do comércio e da indústria.
“Dados estatísticos não constituem Sociologia”. Só se tornam sociologia quando devidamente interpretados, quando situados dentro de um quadro teórico de referência que seja sociológico.
Página 8-
Para chegar á compreensão das instituições e dos valores de nossa sociedade, o sociólogo terá muitas vezes de aplicar técnicas estatísticas, sobretudo ao tratar dos fenômenos de massa moderna vida social.Mas não necessariamente ela é estatística. Seria a mesma coisa que dizer que Química consiste em produzir cheiro nauseabundo de tubos de ensaio.
O que significa AD HOMINEM = é uma falácia (argumento logicamente inconsistente) identificada quando alguém procura negar uma proposição com uma crítica a seu autor e não ao seu conteúdo.
“Desde os primeiros tempos, a Sociologia tem-se considerado uma ciência.
Sociólogos alemães: diferença entre ciências sociais e as naturais ( defendem a diferença das duas, muito mais que os franceses ou americanos)
“ A metodologia constitui parte necessária e válida da atividade sociológica.”
“ Na Ciência, tanto quanto no amor, uma concentração na técnica frequentemente conduz à Impotência.”


Página 9 –
O texto comenta que muitas vezes, se pensa que as Ciências Sociais tenham um “dialeto” bárbaro. (dialeto =Conjunto dos variados modos secundários e derivativos de falar uma língua, de acordo com as diferenças lingüísticas regionais ou nacionais das comunidades usuárias de um mesmo idioma-tronco. Exemplo: no Brasil temos o dialeto nordestino, o fluminense, etc...)/////////////////O texto diz que qualquer disciplina tem que ter uma forma científica de se expressar. Diz que para as Ciências Sociais, isso é ainda mais importante porque os temas são familiares e porque existem termos para designá-los. As Ciências sociais tem que ser sempre definida precisamente, e sem ambiguidades. O autor afirma que na busca por procurar uma forma precisa de expressar um termo, o sociólogo muitas vezes cria neologismos, que na visão dele( autor), são cabíveis, pois visam evitar que os significados das palavras se confundam. Por exemplo: a palavra “classe” pode ter como definição muitas idéias. Se o sociólogo descuidar, ele pode deixar margem a interpretações errôneas do que quis dizer.
Outro fator que o autor enumera como determinante para a criação de jargões das Ciências Sociais, é o fato dela ter ligação com a cultura alemã em seu desenvolvimento inicial. Era interessante que a linguagem fosse somente entendida pelos exímios da área ( para variar, eles queriam mostrar que tinham refinamento, através do jeito que falavam para provar que o que eles faziam era ciência “séria”. Até hoje, muitos textos são em alemão. Muita formalidade, pouca legitimidade da atividade sociológica nos dias de hoje ainda...
O autor fala que existe também a imagem aonde as pessoas vêem o sociólogo como um observador sardônico ( significado =irônico, satírico)um manipulador de homens. Ele é visto como uma pessoa que passa o seu tempo avaliando as vidas alheias, classificando-as em categorias mesquinhas, e que não se preocupa em conhecer pessoalmente os processos sociais . Diz que essa imagem é pouco comum.

Página 10-
Hoje em dia, quase não há pessoas que pensem o sociólogo como este técnico impessoal, manipulador falado anteriormente. Mas a dificuldade de definição de seu papel, realmente existe... Ele menciona Talleyrand para justificar a idéia do manipulador, dizendo que a história produz poucas pessoas como ele (Talleyrand= Acusado em vida de cínico e imoral, alegava servir à França, e não aos regimes políticos. Foi, ao lado de Fouché, uma das figuras mais polêmicas da França).
O autor fala que hoje em dia falta preparo emocional aos sociólogos para exercer a Sociologia.
Tipo ideal de Sociólogo que o autor expõe =não dever ser entendido como uma média empírica. Corresponde à idéia da pessoa que se ocupa de compreender a sociedade de uma maneira disciplinada, usando métodos científicos para tanto. Uma das características do processo científico é a utilização da regra de verificação para as observações realizadas.
A estatística está entre os meios utilizados para se verificar a realidade de uma observação feita. Mas A Estatística não é a meta da Sociologia: é um dos meios de se obter uma maior certeza da resolução dos problemas que o Sociólogo observou. E ela não é Sociologia.
Página 11-
A Sociologia não pode usar a linguagem cotidiana. Tem que ter cuidado no utilização das palavras.Não precisa ter uma linguagem própria.Mas não pode ser a cotidiana.
O interesse do Sociólogo é inteiramente TEÓRICO. Ele está interessado em compreender e não em atuar. Natureza do DEMÔNIO do Sociólogo(Max Weber)= Sociólogo: pessoa intensa,interessada nos atos dos homens. Habitat natural =todos os lugares de reunião humana( a história dos homens, suas paixões, instituições dos homens). Mas o trivial também o interessará, tanto quanto as convicções supremas dos homens.

Pág. 12 –
O autor discorre a respeito de que o sociólogo estará em todo tipo de ambiente. Aí ele romantiza, dizendo que ele estará nos “prostíbulos”, “na companhia dos sacerdotes”...e assim vai falando de vários lugares tanto vulgares quanto intelectualizados. O autor fala que em sua viagem através do mundo dos homens, o sociólogo vai encontrar outras “bisbilhoteiros profissionais” de inquirição sobre o mundo dos homens, que se sentirão melindrados com a sua presença. Pode ser o economista, o cientista político, o psicólogo, etc... Mas ele ressalva que é provável que as indagações que o levaram a estes mesmos lugares sejam diferentes das que motivaram os bisbilhoteiros. A INDAGAÇÃO DE UM SOCIÓLOGO É SEMPRE A MESMA: O QUE AS PESSOAS ESTÃO FAZENDO UMA COM AS OUTRAS AQUI?QUAIS AS RELAÇÕES ENTRE ELAS?COMO ESTAS RELAÇÕES SE ORGANIZAM EM INSTITUIÇÕES?QUAIS SÃO AS IDÉIAS COLETIVAS QUE MOVEM ESSES HOMENS E INSTITUIÇÕES? Para resolver estes problemas, ele até pode lidar com assuntos políticos e econômicos, mas sempre por um ângulo diferente do economista e cientista político. A PARÓQUIA DP SOCIÓLOGO É O MUNDO. Mas ele compartilhará sua paróquia prazerosamente com outras profissões. O lado historiador= lado mais acessado pelo sociólogo.

Pág. 13-
Campo que o sociólogo atua – em setores de experiência. Investiga: comunidades,instituições e atividades sobre as quais os jornais trazem informações diárias. A excitação do sociólogo é de encontrar algo novo? Não. Mas de testemunhar a transformação do sentido daquilo que lhe é familiar. A Sociologia nos leva a ver sob nova luz o mundo que vivemos.
A própria vida do sociólogo, passa a ser objeto de seu estudo( diferente por exemplo de um astrônomo). Categorias que ele usa para observar e analisar: poder, classe, status, raça, etnia.
O autor cita um exemplo de uma sala de aula de sociologia para demonstrar como o sociólogo tem amplo material de pesquisa para expor o que quer. Nos EUA, os alunos estão ouvindo uma matéria que eles conhecem desde a infância. Estão entediados. O professor usa uma palavra muito conhecida no regime racial sulista americano: casta. Mas para explicar isso, discorre sobre a India, sobre os tabus das castas, os interesses econômicos de cada casamento, etc. E isso traz uma nova vida à aula, pois ele consegue demonstrar que as coisas não são realmente o que parecem ser. A realidade é possuidora de vários níveis de significados...e a descoberta de cada nível, altera a percepção do TODO.

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Os antropólogos usam a palavra “CHOQUE CULTURAL” para descrever o impacto de uma cultura totalmente nova sobre um recém-chegado. Por exemplo, os primeiros ocidentais a contemplarem o canibalismo, tiveram um choque! E este pode não vir acompanhado apenas de desaprovação, mas também de um fato de emoção por estas coisas serem diferentes. Essa até certo ponto, é a emoção de qualquer viagem ao exterior( o diferente) . Descoberta sociológia = choque cultural - (menos) deslocamento geográfico. O sociólogo,portanto, VIAJA EM CASA.
Alfred Schuetz chamou de MUNDO ACEITO SEM DISCUSSÃO o mundo das pessoas que preferem acreditar que o mundo é aquilo que lhes ensinaram na escola dominical. As pessoas que não possuem qualquer curiosidade por seres humanos, não podem ser sociólogos. A Sociologia se assemelha mais a uma paixão. A perspectiva sociológica se assemelha mais a um demônio que possui uma pessoa, que a compele, repetidamente, às questões que são só suas.
O SOCIÓLOGO QUE OFERECER À VENDA SUAS MERCADORIAS DEVE SEMPRE ADVERTIR CLARAMENTE QUE O RISCO DA COMPRA CABE AO COMPRADOR.

Katherine.Rayane 04/09/2023

Introdução a sociologia
Apesar de ter lido mais do que eu precisava não foi de todo o ruim porque o autor escreve justamente para estudantes iniciantes então foi bem tranquila a leitura.

Naty 17/01/2024

Li este livro para a matéria de sociologia da faculdade, gostei bastante da maneira como aborda assuntos antigos e atuais ao mesmo tempo (percebemos que a sociedade mudou e não mudou ao mesmo tempo) e dos questionamentos que ficam da maneira como nós mesmos nos comportamos nessa loucura que chamamos de sociedade.