Karin 05/05/2015Cidades de PapelEntão eu li mais um livro do John Green.
Cidades de Papel foi o primeiro livro do John Green que adquiri para a minha coleção. Não lembro porque escolhi esse livro, só sei que peguei aleatoriamente na estante para ler há algumas semanas atrás. Acho que fui influenciada ao saber do lançamento da adaptação para o cinema que irá estrear no Brasil no mês de julho (veja o trailer aqui).
Cidades de Papel (Paper Towns) conta a história de Quentin Jacobsen, um menino no último ano da escola que está decidindo ou não se irá ao baile de formatura. Quentin é vizinho de Margo Roth Spiegelman, sua vizinha e colega de escola, no qual ele nutre uma paixão há bastante tempo. Em uma noite nada normal, Margo aparece de surpresa na janela do quarto de Quentin e o convoca para uma noite de aventuras. Ele se torna cúmplice e motorista da Margo em um plano de vingança que ela arma para algumas pessoas.
No dia seguinte, Quentin acaba descobrindo que Margo sumiu e sendo a última pessoa que a viu, acha que tem a responsabilidade de encontrá-la. Com a ajuda dos amigos, ele passa a buscar pistas que possam revelar o paradeiro da menina o mais rápido possível. Pistas essas que revelam uma Margo que até então ele não conhecia. Quando finalmente ele descobre onde Margo possa estar, ele coloca o pé na estrada para buscá-la com a companhia dos amigos em uma aventura bem louca e até divertida.
A história flui bem, mas tem uma parte antes da viagem de carro que fica um pouco cansativa. Sabe aquele momentos cheios de rodeios que não acrescenta muita coisa no livro. Quase abandono a leitura. Mas havia um mistério no ar, a necessidade de querer saber o que havia acontecido com a Margo fazia eu querer ler mais. O final foi surpreendente, não como eu gostaria que fosse, talvez um pouco decepcionante. Acho que foi um fim justo. E sim indico a leitura da obra, foi muito legal o tempo que passei lendo esse livro, aprendi umas coisas sobre as cidades de papel.
A edição que eu li é inglês. Na época que comprei o livro tinha a pretensão de ler todos os livros do John Green na sua versão original, porém isso não deu certo porque eu sabia que não seriam livros que iriam parar na minha estante e que eu gostaria de trocar. E trocar livros em inglês é mais difícil. Por isso acabei abandonando a ideia e continuei comprando os livros em português mesmo.
O nível da leitura de inglês eu diria que talvez seja intermediário a avançado. Mais por causa do grande número de referências e expressões idiomáticas que o livro possui. Quando me refiro sobre as referências que um livro possui, eu quero dizer sobre as referencias de cultura, de música, de arte, de outros livros que o autor inclui em seu texto. É sempre muito enriquecedor e uma ótima maneira de conhecer um pouco mais sobre diferentes culturas da nossa. Porém isso pode ser um problema quando o leitor não conhece essas referências. Um exemplo muito legal de inclusão de referencias é o caso do seriado Gilmore Girls: lá podemos notar muitas referências de música e de livros.
Gosto da escrita do Green. As referências que aparecem nos livros, a construção da narrativa, sua maneira de apresentar o mundo dos jovens adolescentes. Já falei em outras resenhas que sinto muito por não ter tido livros bacanas assim na época que eu tinha 15 anos. Só tinha livros clássicos e mais adultos com histórias que não interessavam ao mundo jovem, ao meu mundo naquela época. Acho que a nova geração está sendo bem privilegiada no quesito livros, já que há tanta coisa boa, bacana e pensada para os jovens. Hoje há muitos livros voltado para esse público.
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