Acervo do Leitor 07/03/2018
Old Man Logan – Wolverine | Resenha | Acervo do Leitor
*ESSA RESENHA FOI FEITA COM BASE NA EDIÇÃO AMERICANA, POR ISSO NOMES E TERMOS NÃO ESTÃO ALTERADOS (traduzidos)
Esqueça Hugh Jackman ouvindo Johnny Cash (Hurt) e seu Velho Logan “Nutella”. Está na hora de conhecer o Wolverine em suas raizes mais profundas. Perda, dor, sofrimento e um ódio infindável por tudo que foi feito, ou poderia ter sido, neste futuro distópico daquele que é o melhor no que faz, mesmo sabendo que o que faz não é o melhor… matar!
Um dia os heróis caíram. Em uma noite organizada por todos os vilões da Terra, todos foram dizimados, ou quase todos. Um dos sobreviventes foi Wolverine, o feroz X-men, mas ele não usa mais essa alcunha. Se passaram cinquenta anos desde “a queda” e desde então, ele se recusa a mostrar suas garras de adamantium . Ele se tornou apenas um fazendeiro casado e pai de dois filhos. Mas alguns vilões não se combatem com socos e garras. Passando por dificuldades financeiras sua família tem suas terras ameaçadas pelos donos das mesmas: A “Hulk Gang”. Um bando de agiotas e baderneiros formados pelos netos de Bruce Banner. Ou Logan paga ou todos morrem. Sem saída ele vê a salvação da lavoura em um serviço remunerado oferecido pelo “Gavião Arqueiro”, o último vingador vivo, agora bem velho e cego. Fazer uma louca jornada cruzando a América para transportar uma misteriosa carga.
A América não é mais a mesma. Suas terras foram loteadas entre os vilões. Logan e Gavião terão que passar por terras tortuosas onde encontrarão figuras e fantasmas do passado. Na área do novo Rei do Crime terão que fazer um pequeno desvio e salvar a neta de Peter Parker. Encontrarão Emma Frost ainda viva e bela, Venon dinossauro, Doutor Destino alem do inusitado novo presidente dos Estados Unidos. Uma louca e mortal jornada onde Logan, agora pacifista, se recusará a enfrentar qualquer um… ou tentará. Todos nós temos limites, e o do Wolverine sempre foi muito curto. Esta na hora de revelar porque meio século de silêncio frente a tanta injustiça e violência. O som de suas garras será ouvindo novamente “Snikit”, difícil será sobrar alguém para contar a história.
Essa obra-prima escrita por Mark Millar revela como poucos arcos de histórias já escritos para este herói sua verdadeira essência. O mundo distópico criado e o destino dado aos que sobraram, ou que são citados, chega a dar lágrimas nos olhos para um leitor mais sensível. A arte visceral e detalhista de Steve McNiven é um brilho a parte. Violência, muita violência assim como cenas silenciosas que dizem mais aos leitores do que muitas séries inteiras. Acho que Millar (escritor) deixou um legado para esse tão estimado mutante que se assemelha, guardado as devidas proporções, ao que Frank Miller fez com o Batman no “O Cavaleiro das Trevas”. Essa HQ é simplesmente estupenda!
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