Marlonbsan 09/08/2022
Biofobia
André, um roqueiro de meia-idade, vai para a casa, isolada, de sua falecida mãe para tratar detalhes de seus bens e dar o último adeus àquele lugar. Reflexivo sobre a vida, seus caminhos e como vê o mundo ao seu redor, André enfrentará suas frustrações e medos.
O livro é narrado em terceira pessoa e acompanhamos, basicamente o André, a linguagem é bem simples e fluída, mas apesar disso, a escrita me incomodou.
A história do livro é bem simples, mas tem uma progressão lenta, mas que gera curiosidade para saber o que está acontecendo e o desfecho de tudo isso. Como foco é em um personagem, passamos muito tempo com ele, observando suas atitudes, seus pensamentos e opiniões, só que André não é alguém agradável.
E complicada ainda mais, por conta da escrita do livro ser feita como um fluxo de consciência e por isso há uma certa desconexão e a progressão acaba um pouco prejudicada. Existe muitas repetições de palavras e isso é algo que me incomoda bastante. Outro ponto, está na falta de conectivos, já que trata de um fluxo, então os períodos são curtos para dar esse dinamismo. Ainda há a utilização de ênfase com sinônimos em sequência e uso de ideias contrárias logo em seguida, mas que, como leitor, foram coisas que incomodaram muito. Sem contar algumas expressões em inglês.
Tirando isso, apesar de ter uma progressão lenta, chega em um ponto em que há uma ruptura e finalmente acontece algo, e passa a fazer mais sentido as situações vivenciadas, claro, todas devidamente ocultadas anteriormente para acontecer o plot. E a partir disso, a história acaba ficando mais interessante.