Biofobia

Biofobia Santiago Nazarian




Resenhas - Biofobia


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Thais 01/10/2021

Não consigo definir o gênero do livro. Um pouco de suspense psicológico, um terror existencial (se é que existe isso) ou apenas uma descrição do medo da vida vindo de um cara com quase 40 anos que se vê como um potencial sucesso que fracassou.

O livro nos traz André, um quase rockstar que, beirando seus 40 anos, perde a mãe e se vê sozinho na casa onde ela vivia, após a divisão dos bens mais simples. E o que era para ser um final de semana de despedida da casa de torna um caos psicológico. Drogas, bebidas e paranóias tomam conta da segunda metade do livro e, acredito que propositalmente, acelerando os acontecimentos e trazendo de fato o suspense que eu esperava desde o início.

Não é meu favorito do Nazarian, mas foi uma leitura interessante.
(Fato curioso é que eu imaginei o André exatamente como as fotos do Nazarian nas redes sociais.)
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Bruno 04/11/2014

De Santiago Nazarian, minha leitura anterior havia sido "Mastigando Humanos" e apenas este. Apesar de reconhecer o êxito do estilo fábula, a estética decadente não me agradou totalmente. Em Biofobia vemos esta estética de maneira mais sutil.

André é um roqueiro de meia-idade que, em uma primeira leitura e antes dos Agradecimentos ao fim do livro, pareceu-me bastante pautado em uma figura estilizada do próprio autor. Após a morte de sua mãe via suicídio, André visita a casa que ela mantinha afastada da cidade onde se dedicava à escrita, para cuidar das últimas coisas e livrar-se dos pertences. Segundo o desejo da mãe, eles deveriam ser doados a família e amigos.

O tema é bastante claro e divide-se em várias partes: o contraste entre a cidade em toda seu paradoxo de glória e decadência e o mato que, para rato de cidade como é o roqueiro, representa uma natureza hostil que quer retomar tudo o que fora seu. Se no começo a história é meio parada, com André filosofando internamente a respeito de sua vida e carreira musical curta e frustrada, logo o livro puxa alguns resquícios de um surrealismo paranoico que me lembrou Philip K. Dick (nas conversas sob o efeito de cocaína com os amigos) e Stephen King. Quem sabe uma herança de O iluminado, no jeito como a casa e o mato parece influenciar as ações de André no último terço do livro - e a eterna dúvida do que aconteceu e o que não aconteceu quando o narrador mental do roqueiro vai perdendo a credibilidade e a objetividade dos fatos que conta.

Enfim, gostei mais dessa segunda metade, mas a proposta do "existencialismo bizarro" de Nazarian não é muito a minha praia. O personagem é por vezes interessante de acompanhar, por outras um pouco previsível demais. Mas como sempre curto uma narrativa dúbia, estes meios de aconteceu e não aconteceu, essa segunda parte foi bem divertida.
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@cheiade9h 07/08/2014

Biofobia me fisgou pela sinopse, então nem pensei duas vezes em solicitar . Estava imaginando um thriller do começo ao fim. Mas infelizmente Biofobia é uma leitura enganadora.

Primeiro de tudo, conheci o personagem mais chato/babaca/criança, o André. Segundo, a narrativa que enrolava, enrolava e enrolava. Terceiro, o final sem noção.

André acaba de perder sua mãe, uma senhora bem de vida, escritora de muitas obras e leitora assídua. Nisso, André tem que ir na casa de campo (onde atualmente sua mãe morava) e tem todo aquele baque de: "ai não cresci aqui", "ai essa casa enorme com uma pessoa só morando, whyy?" e mais questões exageradas ou não pelo personagem. Agora acrescente a natureza, a natureza em volta da casa, sufocando o André, incomodando o André, deixando o cara mais perdido que tudo. Até deixando a narrativa interessante com essa bizarrice.

André trazia a tona algumas questões sobre a vida, sobre o sucesso e a fama no decorrer do tempo em que fica na casa da mãe, tudo isso enquanto vivia respirando aquele ar puro e aguentando os incômodos que a mãe natureza causava a ele. O cara é um roqueiro falido, na crise da meia idade, não, ele não é um personagem fácil de se entender e nem se colocar no lugar, acho que pela primeira vez na vida li um livro com um personagem masculino mais louco, sem noção, sem falta de amor e tudo quanto é coisa ruim que uma pessoa pode ser pra ser um merda na vida.

Há uma certa lentidão na narrativa, pra você entender o incompreensível André. E muitas vezes, repetições de reflexões já feitas (boring) e quando parece que a narrativa pegou no tranco, finalmente chegou no finalmente, ela se transforma numa leitura confusa e com uma finalização acompanhada de um GRANDE ponto de interrogação. Muitas dúvidas apareceram quando fechei o bendito livro "o que realmente aconteceu com André?", "será que aquela entrevista que ele assistiu da mãe é realmente verdade?", "mas que porra?" ~pra falar o português claro~

Não sei se o André era problemático mentalmente mesmo, ou... Ou sei lá.

Mas pra salvar um pouco a leitura, temos a aparição da irmã, de um amigo e da sua ex-namorada. Mas todos eles eu imaginei que tivessem um objetivo na trama, serem mortos pelo André -qqq Sério, eu estava esperando violência desde o começo D:

E também como a natureza estava em tudo e perturbando André durante sua estadia na casa da mãe falecida, sério, era muito bom ler e ter a expectativa de acontecer coisas horrendas e tudo mais. Mas eram só expectativas.

Sobre a escrita do autor Santiago, ele me ganhou, mesmo com a minha dificuldade na trama a leitura fluía, tem um toque de 'narrador conversando com o leitor', um toque de 'personagem conversando com o narrador'. A forma da narrativa foi o ponto A+.

Biofobia foi uma mistura de altas expectativas com um final muito pouco desenvolvido, e isso me broxou completamente na leitura. Confesso que até fui ler algumas resenhas no Skoob pra ver se eu não tinha entendido errado a proposta do livro ou do seu final, mas mesmo assim, é assim que me senti durante a leitura e como me sinto em relação ao livro.

Enfim, Biofobia é um livro intenso e até indico pra quem gosta de roer as unhas enquanto lê, mas foi muito complicado pra eu aceitar que ele é tão mais reflexão do que ação. Ou tão mensagens subliminares, que nem percebi.

site: http://www.livroterapias.com/2014/08/resenha-biofobia.html
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dora79 18/01/2023

entrega o que promete
achei a história levemente sem graça, não simpatizei totalmente com o personagem principal além de achar um pouco previsível quem ele realmente era, tem muitas partes confusas e se passam 150 PAGINAS sem absolutamente nenhuma informação relevante pro autor jogar tudo em menos de 90 páginas assim n da né chapa
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Marcos 13/06/2014

André é um roqueiro de meia idade, vocalista de uma banda de rock que já alcançou o seu auge de sucesso e agora vive de seus anos áureos do passado. Sua mãe, uma renomada escritora, comete suicídio e lhe deixa uma propriedade numa cidade do interior. Tal casa é rodeada de muito mato e recheada de muitos livros, uma vez que ler era o principal hobby de sua mãe. Ao se deparar com tal perda, André se vê transtornado com tudo o que está passando e, junto com a irmã, tem de se livrar de todas as coisas que sua mãe tinha em vida. Ao passar por esse processo, ele começa a refletir sobre sua própria existência, rememorando o passado, revendo erros e acertos e refletindo profundamente acerca de seu futuro e de seu propósito de vida.

Em Biofobia, temos um livro voltado para o existencial. Há muito de filosofia no livro, sobretudo ao entrarmos na mente de André. Este, por sua vez, tem/teve uma vida bastante conturbada e confusa, sempre fugindo do usual. Ele lembra pouco de sua infância e a maioria de suas memórias são incertas, confusas. André pensa sobre a vida, sobre o que devemos ser/parecer, sobre morte, sobre como somos apenas carne, apenas organismos que ao barro voltaremos. Sua mente começa a lhe pregar peças e fazer confusões entre o que é real e o que é abstrato. E no meio desse paradoxo, André tem de encarar as situações e vivê-las. Relacionamentos do passado, relações do presente, escapismos, o pesar do tempo e as superficialidades da vida são os temas recorrentes.

Quer continuar a ler a resenha? Acesse:

site: http://capaetitulo.blogspot.com.br/2014/06/resenha-biofobia-de-santiago-nazarian.html
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