Jorge Rodrigues de Moraes 05/11/2017
Embora tenham sido grandes navegadores em sua época, pode se dizer que fenícios no Brasil mais se assemelha a lenda de Hy Brazil do que a uma efetiva possibilidade. Atualmente os estudiosos são (quase) unânimes em afirmar que as inscrições, supostamente fenícias, encontradas tanto no Rio de Janeiro quanto em alguns sítios do Nordeste e outras partes, não passam de um trabalho lento e gradual realizado pelo processo erosivo ou muita imaginação.
Mas Shchwenhagen, em seu livro, vai além das inscrições dos petróglifos e viagens marítimas realizadas pelos fenícios há cerca de milênios. Como o título bem sugere, ele também relaciona as línguas semíticas, como o fenício e o próprio hebraico, às do tronco tupi-guaraniPor outo lado, há relatos bem documentados de diversas viagens marítimas realizadas pelos fenícios que teriam se iniciado há cerco de dois milênios. Nestas supostas peregrinações, até mesmo uma viagem realizada ao Rio Amazonas pelos hebreus de Salomão teria sido realizada. Mas, curiosamente não existem registros destas incríveis histórias nem em textos antigos históricos nem na Bíblia. O autor baseia-se apenas na pesquisa de autores que o precederam e em documentos mais antigos, mas que carecem também de comprovação científica.
De qualquer forma, vale o livro como um registro histórico de uma discussão que, por muito tempo, ficou sem uma resposta efetivamente científica, bem como pela obstinação de um pesquisador estrangeiro que dedicou parte de sua vida a um estudo em terra distante e com uma cultura bem diversa da sua.
Mas, por outro lado, há muitos que duvidam que o homem, em pleno século XX, não dispunha da tecnologia necessária para realizar viagens à Lua...