Aguapés

Aguapés Jhumpa Lahiri




Resenhas - Aguapés


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Ladyce 31/07/2014

Uma leitura sem prumo
"Aguapés" é um romance de leitura fácil, mais ou menos engajante, com uma história de pouco interesse e completamente sem prumo. É chocho. Quem escreveu a sinopse que aparece no site da editora Biblioteca Azul, selo da Editora Globo, não leu o livro que eu li. É a história de um homem e sua família, indiano, radicado em Providence, no estado de Rhode Island (EUA), engenheiro ambiental . Sua vida é tão comum quanto a de qualquer um: sem grandes eventos, sem grandes emoções, exceto pela sua retidão de caráter.

É sim, uma história de dois irmãos próximos, de temperamentos diferentes. Dois irmãos muito diferentes: Udayan é um revolucionário maoísta, ativo em Calcutá, nos anos 60. Subhash seu irmão mais velho nada tem a ver com política, sai da Índia para os EUA. Mas, apesar de vidas diversas, não há um embate, onde temperamentos opostos se confrontem. Subhash, por sair da Índia, parece, no início, se revoltar contra as tradições ancestrais. Enquanto Udayan, ainda morando na casa dos pais, dá a impressão de ser aquele mais perto do ideal familiar. Um dia seus destinos se unem por imprevisto inevitável. A partir daí, Subhash, cuja vida acompanhamos até os 70 anos, se transforma no mantenedor da família, reformulando todos e quaisquer objetivos e gols em sua existência em favor da próxima geração. Seu sacrifício é imenso. Abnegação total. O dever sempre falando mais alto.

Mas a figura central do romance não é nenhum dos irmãos. Eles são a moldura. A força motora é a enigmática esposa de Subhash cujo comportamento inimaginável permeia toda trama. Uma figura sem qualquer carisma que acaba ditando a vida de todos à sua volta.

O período de setenta anos cobertos nesse romance passa superficialmente pelos marcos da época, no ocidente. Uma ou outra menção ao presidente do EUA é o que situa a passagem de tempo. Há muita coisa que não é necessária nessa história e muita coisa que deveria aparecer e não está lá. Todos os personagens, talvez por serem tratados muito superficialmente, são incompreensíveis e não ganham a simpatia do leitor. Há foco demorado no que não é importante – como o “affair” de Subhash com uma americana – ou o final passado na Irlanda, que me pareceu “product placement” [anúncio] da agência de turismo do país.

Fraco. Não recomendo. Foi a escolha do meu grupo de leitura para este mês em homenagem a autora que participa da FLIP [Festa Literária Internacional de Paraty] agora em julho. Pena.
Priscilla Akao 05/08/2019minha estante
Concordo Ladyce! Chochíssimo... não consegui ir além do primeiro capítulo. Pena.




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Vanessa 05/07/2014

A escrita da autora é leve e cheia de detalhes. A história é apresentada de forma fragmentada e contada sob a perspectiva de cada personagem, se passa em Calcutá e Rhode Island. Adorei!
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Aline Bitencourt 17/07/2024

Que história! Pra quem gosta de casos de família esse livro é perfeito. Te faz sentir amor e ódio mas, principalmente se importar com os personagens, e isso pra mim é fundamental num livro.
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Leila 08/10/2023

Aguapés da autora Jhumpa Lahiri desde o início, cativou minha atenção de maneira singular. A narrativa envolvente e a escrita cuidadosa da autora tornam a leitura uma experiência verdadeiramente prazerosa. Este livro mergulha profundamente em assuntos delicados e pertinentes, explorando-os com uma sensibilidade notável e uma autenticidade que permite ao leitor se conectar de forma significativa com a história.

A narrativa de Aguapés é fluida e cadenciada, o que torna a leitura extremamente agradável. A autora possui o dom de criar personagens complexos e tridimensionais, cujas vidas e relacionamentos são explorados com riqueza de detalhes. A história se desenrola de maneira tão natural que é impossível não se envolver com as experiências, anseios e desafios enfrentados pelos personagens.

Um dos aspectos mais marcantes deste livro é a forma como Lahiri aborda temas delicados, como identidade, pertencimento, amor e família. Ela não tem medo de mergulhar fundo nas complexidades desses assuntos, explorando as nuances das relações humanas e os dilemas que seus personagens enfrentam. Isso torna a história mais realista e, ao mesmo tempo, mais comovente. Não tem como não se sentir próximo de Udayan e Subhash, Bela e até mesmo da estranha Gauri.

Além disso, Aguapés se destaca pela maneira como a autora lida com a imigração e a experiência de pertencer a duas culturas diferentes. Os personagens lidam com o choque cultural e as expectativas familiares de maneira genuína, o que acrescenta uma camada extra de profundidade à narrativa.

O livro também apresenta uma escrita lírica que, em muitos momentos, faz com que o leitor pare para refletir sobre a vida, a identidade e as relações humanas. É uma obra que provoca reflexões e conversas significativas.

Enfim, Aguapés é uma leitura que vale a pena. #ficaadica
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skuser02844 18/09/2023

Jhumpa é incomparável
Jhumpa é uma das minhas autoras favoritas, mas por não ter uma obra muito extensa, e nem mesmo toda ela foi publicada no Brasil, não leio livros dela com frequência... ainda mais que agora só resta uma publicação inédita para mim no país.
Aqui conhecemos dois irmãos, Subhash e Udayan, quando ainda são crianças na Índia, com o passar dos anos os irmãos vão adquirindo gostos diferentes, principalmente ao entrarem na faculdade. Subhash, o mais velho, resolve ir aos Estador Unidos para dar sequência aos seus estudos, enquanto Udayan, o caçula, fica na Índia e vira um guerrilheiro comunista.
Poucos autores tem tamanha capacidade de passar tanta verdade em sua narrativa como a Jhumpa, ela conduz sua história dando mergulhos ocasionais na mente de seus personagens de uma forma que os faz parecer quase palpáveis, explorando a fundo os sentimentos, ressentimentos e dilemas de cada um.
A narrativa vai continuar nos mostrando a vida desses personagens, lutando para entender e conquistar seus lugares, as viagens que acontecem de um país para o outro e o ressentimento que surge na família, primeiramente dos pais com Udayan, não tanto por causa da guerrilha comunista (o que já seria motivo para ser deserdado) mas também por casar com uma mulher que vai se revelar não se tão doce, e sem o consentimento dos pais, isso se tratando de um país onde normalmente quem escolhe os cônjuges são os pais. E mais tarde também por Subhash, que na cabeça deles virou as costas para a família e causou tanto ou até mais desgosto que o irmão.
É uma bela história sobre laços familiares, e como muitas vezes esses laços são facilmente quebrados, sobre não pertencimento, que é um tema recorrente na obra da autora, por ser filha de indianos e viver nos Estados Unidos, mesmo tendo nascido na Inglaterra ela fala bastante sobre a vida de imigrantes, os choques culturais e como encontrar seu lugar no novo país quando não se tem mais lugar na terra natal. Além disso o livro vai falar sobre a solidão e tristeza, de todas as formas possíveis e imagináveis. Não apenas a solidão física e por ser uma estranho numa terra estranha, mas a solidão a que nos submetemos ao tomar decisões que nos isolam física ou emocionalmente das pessoas com que convivemos, a solidão proveniente da abnegação ou, o contrário, do egoísmo, quando renunciamos a tudo e a todos para alcançar um objetivo que só irá satisfazer nosso ego, e as vezes descobrimos que, na realidade, nem isso.
É um livro tocante, bastante melancólico mas de uma beleza única. Com personagens muito humanos que nos despertarão ora admiração ora repúdio.
Um livro cru e extremamente realista, que abarca desde a relação familiar até questões cascudas de política e períodos da história da Índia. Simplesmente fenomenal!

site: http://hiattos.blogspot.com/2023/07/opiniao-aguapes-jhumpa-lahiri-520.html
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Luliane.Machado 15/11/2022

Reflexivo
É o primeiro livro que leio que conta uma vida inteira com tamanhos detalhes e precisão.
Não há suspense. É a vida detalhada de pessoas que nasceram na Índia. Alguns nascem e morrem na Índia, outros saem de lá e vão viver nos Estados Unidos.
Para quem gosta de história retrata um pouco do que viveram as pessoas durante uma revolução. A autora descreve sobre a tradição indiana e ao mesmo tempo mostra a diferença que existe de cultura entre os países.
O livro provoca reflexão sobre o amor de pai e filho, mãe e filho.
como intitulei é reflexivo!
Vale a leitura.
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Ellen Rayane 01/05/2022

Que livro Bom!!
É sobre escolhas, consequências, o grande dilema do "se" que praticamente todos nós enfrentamos....
Eu amei essa história... Eu sou uma pessoa nostálgica, tô sempre com um pezinho no ontem... E eu amei isso no livro!!
Amei esse livro!!
Favorito da vida!!
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José Carlos 07/04/2022

Personagens reais!
Um livro que conta a história da vida de um família, que poderia ser a família de qualquer um! A escrita é fascinante! Os personagens são reais, com defeitos e qualidades! Lamentei por Subahsh!
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amordecapitu 12/01/2022

A solidão de um país pós colonização
Aguapés é um livro que narra de forma objetiva a sensação de não pertencimento de Subhash, cuja dificuldade em se encontrar nas revoluções políticas de seu país não se atenuou quando foi morar em terras estadunidenses. Mas não somente ? é um texto sobre muitas formas de solidão e afastamento. Também fala muito sobre desigualdade social e a história político-social da Índia do século XX.
É um livro de fatos corridos, acontecimentos, e poucos diálogos. Possui a duração de toda uma vida, com suas mudanças bruscas e lentas, revoluções silenciosas. É, em suma, uma obra que se passa dentro do coração dos personagens.
O auge do livro, para mim, foi a personagem Gauri, a qual considero como o ápice da habilidade da autora de construir personas extremamente humanizadas, acessíveis e condizentes com a época em que se passa.
A escritora é inglesa, naturalizada estadunidense, e filha de indianos. Não sei até que ponto a história tem algum teor pessoal, mas realmente passa uma verdade impressionante.
Recomendo uma leitura lenta da obra, para que se possa absorver capítulo a capítulo, um acontecimento por vez. Por fim, se me permite o quase spoiler, o título condiz muito bem com o decorrer da história: o aguapé, vegetação aquática que nasce sem ser solicitada, teimosa, e que só é retirada com esforço.
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Ana Carolina 27/08/2021

Aguapés-Jhumpa Lahiri
Que livro!!
Não é só a história de dois irmãos é a história de uma família inteira.
Uma tragédia, um erro,uma escolha.
Uma verdade e uma mentira.
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19/07/2021

Narra a história dos irmãos Subhash e Udayan. Cada um com seu destino, mas de forma muito entrelaçada.

É um livro triste, profundo, que escancara sentimentos relacionados à família, principalmente.

"Se não combatemos um problema, contribuímos para ele".
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Ana Rabelo 21/01/2021

Adoro os livros da autora
Imagino Jhumpa Lahiri como uma mulher elegante que digita as palavras de uma maneira delicada, como se tivesse tecendo uma echarpe bonita. Já havia lido ?O xará? e estava com uma grande expectativa. No início, como acabara de ler um livro super intenso de Elena Ferrante, estranhei um pouco a linguagem, demorei algumas páginas para me ambientar à delicadeza de Lahiri. Ainda bem que continuei por Calcutá.

Aguapés conta a história de dois irmãos, Subhash e Udayan, nascidos com a pequena diferença de quinze meses. Iguais na aparência, diferentes nos sonhos e personalidades. Enquanto Udayan, com seu espírito idealista se envolve com a política efervescente da época, Subhash consegue uma vaga em uma universidade nos EUA.

No início, pensei que o livro seria apenas sobre esta relação fraternal, mas aí vem a graça de ler uma obra da autora: ela te envolve aos poucos, te faz descobrir as nuances dos personagens, suas falhas, suas reviravoltas. Nos faz refletir sobre suas decisões que de uma forma marcaram a vida não apenas deles, mas ao seu redor.
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Marlana.Kiewel 02/09/2020

Memórias literárias e andarilhas a-gosto
Memórias literárias e andarilhas a-gosto
I
Uma vez andarilha…
Andar no Caminho de Nha Chica, tem sido um desejo intenso, programa certo para o ano de 2020. Entrementes, a pandemia chegou e alterou bruscamente a rotina dos moradores de Gaya, o delicado planeta que nos acolhe generosamente, adoeceu. Porém, no momento a notícia é excelente, Gaya está reagindo e encontra-se em recuperação, momento litúrgico que necessita ser respeitado.
Suspenso, o universo encontra-se. Honremos este instante essencial para Gaya.
Neste ínterim, cada um de nós, reorganiza sua vida, a paciência, a elasticidade na lida das coisas tornaram-se essenciais.
A gosto, cinco meses na clausura! Tempo de reinventar o dia e se reinventar.
Aconteceu! Uma centelha, um lapso no tempo, uma iluminação. Trilhar o caminho de Nha Chica na laje do edifício. Moro no sexto andar, a lage está no décimo terceiro pavimento. Eh isso! Reencantei-me neste tempo de pandemia. Pés a caminho! Todo sagrado dia, frio, com chuva ou sol de trincar, estou escada acima uma ou duas vezes ao dia a caminho. Com leveza nos pés e alma, rezo, medito mantras e orações para Buda, Ala, Cristo, Iansa, Iemanja, Nossa Senhora, Nha Chica e me sinto a caminho do santuário da bendita, dando graças a existência. Também canto e leio. Andando me entreguei a clássicos como Jane Eyre, biografias como O castelo de Vidro, narrativas de segredos como Eu a amava, como também andei nas ruas de Londres com Wirginia Wolf, são muitas páginas, mais de mil e duzentas e somei 198 quilômetros. E assim, caminho, canto, choro e me entrego intensamente a emoção de ser. Existir! Sim, a vida pode ser bela nas mais variadas circunstâncias.
Toda-via, o dia não terminou, para praticar a Esperança é sempre cedo. Há tempo e é tempo de caminhar. Olho para o céu por horas azuis ou prateadas e sigo feliz quase sempre ao som do canto de pássaros - o edifício situa-se em frente a um Passeio Público. Sei o horário de aviões, ouço sinos distantes na Hora do Angelus e do alto olho os transeuntes em passos rápidos e certeiros a procura do caminho de casa. Sigo em paz e alegria, certamente com a aprovação da santa que segue junto a mim neste meu destino.
II
Folha a folha, passo a passo, o mês acaba, e os faltante 52 quilômetros se fecham junto a última folha de Aguapés, de Jhumpa Lahiri. Emoção elevada a um nirvana, ao meu nirvana. Em mais de seis décadas, esta foi a mais irreverente memória que construi em local tão inóspito quanto a secura de uma lage de prédio. Entrementes, me ensinou em última instância que há uma riqueza interior inesgotável a ser explorada. Que somos fonte de vida farta, quando alimentada, sentida, experimentada, nada mais faz falta. Oxalá que todos encontrem seu nirvana!
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Nath 01/08/2020

Brutal. Mexe mesmo com a gente.
Estou impactada hahah vou dar até uma pausa nos livros da autora. Antes desse li o Xará, incrível também.
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