Quando as Sereias Choram

Quando as Sereias Choram Mirella Ferraz




Resenhas - Quando as Sereias Choram


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Gabi Gallo 23/04/2015

Resenha de Quando as Sereias Choram
A principio eu comprei Quando as Sereias Choram por conta da linda capa, sim, sou dessas que compra pela capa às vezes e estava sempre adiando a leitura dele, até que um dia eu falei, não, eu preciso lê-lo, antes de iniciar a leitura eu não estava dando nada para o livro, mas logo nas primeiras páginas eu já me senti fisgada pela narrativa e pela história da linda e magnífica Liban.

Liban veio ao mundo dentro do mar, por ajuda de uma sereia que segundo sua mãe a tinha abençoado e por essa razão tinha Liban sentia uma forte conexão com o mar. Sua mãe infelizmente morreu muito cedo, deixando sua filha com o tio, Burton, do qual não gosta nenhum pouco da sobrinha, e com a morte da mãe, Liban se jogou no mar para se matar, mas o que ela não sabia é que tinha alguém dentro do mar, sempre olhando e cuidando dela, que acabou enviando um amigo, Ulisses, que é um golfinho, que passou ser seu único motivo de esperança.

Sua vida era normal e solitária, não tinha amigos, fora o Ulisses e raramente conversava com alguém, ia à praia todos os dias, até que certo dia Ivar cruzou o seu caminho.

Ivar era um guerreiro viking e também o herdeiro de um império na Dinamarca e após um fracasso em sua última batalha, seu tio Ragnar o manda para cuidar de uma viagem comercial, para que repense nos erros que cometeu e é neste momento em que ele encontra Liban.

Depois que ambos se conhecem e sentem-se atraídos uns pelos o outro, eis que seus problemas começam, os dois travam uma batalha com os próprios destinos para que consigam ficar juntos.

Acho que eu não posso falar muito mais do que isso, pois se não soltaria diversos spoilers, mas o que eu posso dizer é que um livro completamente intenso e não tem nenhuma parte que deixe o leitor desanimar.

Liban tem uma beleza invejável, uma mulher forte e com a mente aberta para a sociedade da qual vivia. Ivar, bonito, forte como todo protagonista, mas aos poucos a autora vai nos mostrando que por trás dessa armadura que ele carrega ele tem muitos sentimentos. E o melhor de tudo nesse livro é que o amor deles não é aquele que os dois pensam da mesma maneira, Liban expõe o que acha mesmo ele discordando e vice e versa.

Outra coisa que eu amei em Quando as Sereias Choram é que fica evidente o quanto a Mirella Ferraz se empenhou em trazer na leitura todas as questões histórias e mitológicas, sem deixar perguntas e dúvidas no ar, a narrativa é fácil e rica em detalhes.

Esse livro foi de longe um dos meus preferidos do ano, foi minha primeira experiência com livros retratando sereias e já estou louca para ler outros sobre o mesmo tema, de tão apaixonada que fiquei.

Quando as Sereias Choram mexeu muito comigo, foi um livro que me fez rir, chorar e me emocionar e simplesmente recomendo para todos, para aqueles que não curtem ou nunca leram nada nacional eu peço para que deem uma chance para a Mirella Ferraz e para Quando as Sereias Choram, pois tenho certeza que não vão se decepcionar.

🌺 Página 226

“… Quem nos afasta de quem amamos não é o destino, mas nós mesmos. Ninguém pode afastar alguém de nossos pensamentos. Sequer a morte tem esse poder…”

site: https://reinodpalavras.wordpress.com/
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Lizuly 21/10/2021

Historicidade - Uau. Trama - Uff.
Essa história é datada de 855 d.C e por conta disso temos um contexto histórico bem presente e demarcado. Consegui notar que a autora leu bastante da cultura nórdica, já que a cita no desenvolvimento da obra, assim como vasculhou sobre a disputa entre os povos existentes nessa época. No entanto, senti que em alguns pontos me pareceu estranha a colocação de certos personagens acerca das vivências de seu povo.

A exploração histórica foi muito bela e gostosa de ler, notar os antigos nomes dos países e cidades me mostrou o esmero cuidadoso da autora! Entretanto, a história que permeia toda a trama não me prendeu, os personagens em si eram estranhos. O tipo de sentimento que eles carregaram não me pareceu crivel e isso, infelizmente, me fez postergar a leitura, deixando-a de lado por preguiça de encontrar esses personagens que não faziam sentido para mim.

Liban é uma jovem com ligação forte com o mar e têm uma história que lhe provoca aversão aos escandinavos. Já Ivar é um viking, escandinavo, que acabou surgindo na vida dela. Os dois, de alguma maneira, não fizeram sentido para mim. A interação deles e o tempo que ela durou para sentimentos tão intensos, não fez sentido, a meu ver.

No meio da trama encontramos outros personagens que se dividiam em duas formas, aqueles que eram mais próximos de reais e os que eram confusos nos atos e modos de conviver, ou seja, não criveis. O que me fez não acreditar nas relações demonstradas não foi o fato de ter sereias e afins, mas o turbilhão de sentimentos que mudavam a cada folhear das páginas.

Descobri, no final, que a história retratava de uma lenda real de uma sereia. A autora se inspirou nela para fazer a obra, o que achei muito legal! Infelizmente, não me liguei aos personagens embora o contexto histórico seja maravilhoso de se ler.
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Larissa 25/01/2015

A história do livro em si prende bem e todo a pesquisa efetuada pela autora para escrevê-lo é bem surpreendente. Porém o livro peca muito na escrita, enorme quantidade de erros ortográficos, uso incorreto de palavras (sob/sobre), excesso de uso do verbo rumar (acho que aparece a cada 5 páginas).
Mas o que mais me chocou foi a autora, que faz etretenimento se vestindo de sereia, se colocar como personagem do livro. Achei bem ridículo.
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Kidakika 16/10/2022

Livro excelente!????
Li esse livro em 2014 e só agora decidi fazer a resenha. Conheci a autora na bienal do livro e comprei o exemplar já autografado nesse ano.
Antes de tudo é preciso falar que este livro é uma ficção histórica. Então vão ser apresentados muitos dados do período em que a história se passa o que pode ser maçante se você não gosta desse gênero ou não estava esperando por isso.
Achei a história maravilhosa e muito bem feita. Sempre que me perguntaram sobre um livro de sereias indico esse.????
Atualmente é um pouco difícil achar o exemplar físico mas o ebook ainda está disponível.
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Silva 25/11/2014

Quando as Sereias Choram
“Afinal, essa é uma história contada através das lágrimas, lágrimas derramadas por sereias…”, trecho que vem na contra-capa do livro.
Um dos muitos trechos do livro : “-Quero saber… - ele respondeu, calmamente - …, primeiro, de onde você vem? Depois, como sabe minha língua? E o principal, o que lhe passou pela cabeça ao desferir-me tratamento e linguajar tão indignos assim? Por que me impediu de cair estatelado na lama se sua intenção não era me puxar? Gosta de brincar com desconhecidos, Senhora?”
Liban era destemida (longos cabelos negros e olhos cinza) tem muitos segredos, todas as garotas a achavam estranha e a tratavam mal. Tinha uma forte ligação com o mar, podia enxergar dentro de água tão bem quanto fora dela, respirar debaixo de água como os golfinhos. Nasceu no mar. Sofre pela perda da mãe, que dizia a Liban que era muito especial. Havia uma sereia que a seguia desde muito pequena, e, ela ouvia uma musica que mais ninguém parecia ouvir, quando estava perto do mar. Ela não demonstrava os seus sentimentos, aprendera isso com sua mãe, tinha ódio pelo povo escandinavo, achava que era bárbaro e cruel. Morava com Burton, o tio, tinha medo dele, pois andava quase sempre bêbado (“só não tenho ideia de como farei para chegar esse horário em casa. Ele não vai entender…”). Liban não tinha amigos, todos achavam que era louca como a mãe.
O seu melhor amigo era um golfinho, Ulisses, por quem tinha uma amizade eterna e muito carinho. A autora conta-nos, através da narrativa feita por Liban do porquê do nome Ulisses.
Ivar (cabelo comprido, loiro), tinha ódio aos cristãos e a culpa por erros passados. Pertencia a um clã de guerreiros vikings, Era o braço direito de Ragnar, seu tio (chefe do clã). Ivar não gostava de gente estrangeira. Um guerreiro viking nunca anda sem suas armas, e, Ivar, devido a certos motivos teve que embarcar num Knorr (barco mercantil) sem suas armas “Todas as suas armas eram os seus bens mais preciosos”. A infância de Ivar é descrita pela autora com bastantes pormenores, dá pena da mãe dele “É melhor você esquecer sua mãe e se concentrar somente em suas aulas.”, uma infância longe da mãe e do pai, foi educado pelo tio Ragnar “sua infância foi marcada pelos ensinamentos na arte da guerra.”
No decorrer da história aparecem ensinamentos feitos por Ragnar, a Ivar… “Outro ensinamento de Ivar que ele devia ter seguido”.
A autora descreve bem as paisagens “… brincava com esses galhos tal qual o mesmo vento brinca com os cabelos das moças ou com as crinas dos cavalos”. Gosto da descrição detalhada dos vikings por parte da autora, incluindo os nomes das respectivas armas e, como foram obtidas. E uma história de sereias (tema que a autora ama) e Vikings (que eu amo), só pode dar em coisa boa. Amei a descrição de Liban por parte da autora, principalmente a página 63 e a descrição de Ivar nas páginas 65 e 66.
O 1º encontro entre Liban e Ivar, pode-se dizer que foi brutal, muito engraçado. “Homens como você não sabem pedir, A educação não é cultivada em sua pobre cultura, não faz parte de sua rotina – cuspiu ela … a garota então virou o rosto e se preparou para prosseguir, mas o viking estendeu o braço à frente do peito dela, impedindo sua passagem.”
O capitulo 9 é um capitulo apaixonante.
Nas páginas 87 e 88 deu-me uma vontade de bater numa certa personagem… aquilo não se faz com ninguém, principalmente com quem não o merece.
Um dos meus trechos favoritos : “- Algo mais que deseja? Talvez uma liteira para levá-la até lá? Posso lhe emprestar alguns escravos meus, ou talvez eu mesmo a carregue. Se bem que – ele a olhou lascivamente com seus olhos sempre entrefechados – eu adoraria carrega-la.”
Liban conta a história da mãe a Ivar e do porquê de detestarem os escandinavos (uma história muito triste e com muito sofrimento).
O capitulo 16 é um dos meus favoritos, é passado na praia “Então a olhou nos olhos e depois em sua boca, e os olhos azuis e entrefechados dele exibiam um fogo que Liban já conhecia.”
E o inicio do capitulo 17, eheheheheh que risada que eu dei “-Isso eu quero ver. Uma Mulher de calças agora é novidade para mim. Você, com certeza, é louca, Liban.”
A cena em que Ivar conhece Ulisses, o golfinho é de chorar a rir. “Ah, ele também fica chateado se eu esqueço seu nome?”. Eu só tentava imitar as expressões feitas pelos personagens no capitulo 17.
A autora vai-nos dando lições de vida, como “Ninguém pode afastar alguém de nossos pensamentos. Sequer a morte tem esse poder.”
O capitulo 19, deu-me pena de 2 personagens do livro, não vou dizer quais, a natureza faz das suas, outras vezes é a mão humana…
Os capítulos 22 e 23 têm muita emoção misturada. A autora levou um rumo na história que me deu nervos e com pena de Ivar, isto não se faz…
A autora apresenta novas personagens, uma das quais, a sereia Amairani, pareceu saber tudo de Liban
Quis o destino que eles se separassem. Com a separação, Ivar estava a sofrer “Antes, jamais se apresentaria em publico assim, já que acreditava que uma imagem poderosa e importante era também uma arma para ser temido e respeitado…”. Enquanto isso, Liban passava os seus dias com sereias, mas continuava a sofrer por causa de Ivar “E mesmo com todo o esforço de Liban para esquecê-lo, Ivar não abandonava seus pensamentos…”, ela queria esquecê-lo, pois achava que ele a tinha abandonado, devido a acontecimentos que não vou revelar, leiam para saber. Depois de algumas coisas se passarem, Liban decide ir atrás de Ivar, para saber o porquê de a ter abandonado “seu coração quase lhe saltava pela boca e ela só torcia por uma coisa : para que aquela fosse a frota de Ivar…”.
O capitulo 41 mostra o amor de Liban por golfinhos, um dos meus animais favoritos, gostava tanto de experimentar nadar com golfinhos…
Começa a haver um boato de que existe um monstro marinho e que atacou uma frota norueguesa, e Ivar diz a Ragnar que o vai caçar.
Ao contrário das sereias, Liban tinha que estar sempre emergindo, por mais que conseguisse ficar muitos minutos prendendo a respiração. E, Liban e sua companhia souberam de alguém que andava atrás de um monstro marinho e que iam na sua direcção, elas tinham que fugir .
No capitulo 45, principalmente na página 335, apeteceu-me bater em alguém, que raiva que aquela personagem me deu, e não foi a primeira vez que essa personagem me deixou com os nervos à flor da pele…
Adorei os capítulos em que Liban conheceu e conviveu com Beoc, um monge que ficou fascinado por ela “seu rosto ficou a centimetros do rosto de Liban e Beoc sentiu não só suas bochechas queimarem, como seu corpo inteiro também.”. Beoc era uma das melhores pessoas que Liban já conhecera (Eu gostei muito do personagem Beoc. Depois de Ivar, é o meu favorito).
A autora apresenta-nos Ana, a cozinheira do mosteiro (não gostei nada dela, vai ser católica assim no inferno, desculpem a má língua…), ela não gostou de Liban.
Chorei da página 385 à página 391, leiam o livro para saberem o porquê do choro.
E assim nasceu a lenda de Liban, a Murgen (nascida do mar).
Ai o final, AMEI.
E como não podia deixar de ser, apareceu uma Sereia com o nome da autora….
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Helena Del Mercato 30/08/2021

Decepcionada, apenas.
Comprei esse livro, pois tinha gostado do livro "sereia" que é da mesma autora. Estava com esparança de ser uma história muito boa, mas, nunca me decepcionei tanto com um livro. Além de ser cansativo, pois é MUITA descrição desnecessária, os personagens são chatos. Achei até meio falso algumas falas e características dos personagens...
Na metade do livro é bem curioso, mas demora muito pra chegar na parte curiosa e dinâmica, e quando chega, dura pouco. É romance demais! E particularmente não gosto de romance.
A pesquisa histórica é excelente, mas apenas isso.
Enfim, Não gostei nenhum pouco.
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Dalila80 19/12/2023

Decepcionante
Foi um livro ganhado, mas criei expectativas de ser interessante devido a sinopse e o inicio da trama que tem bastantes detalhes e leva o leitor ao cenário da história. Do meio para o final do livro é simplesmente decepcionante. O romance é extremamente clichê, a personagem principal não despertou o meu carisma, mas sim a minha repulsa e agonia. Consegui terminar o livro apesar de tomar um certo ranço. Só não é pior porque a autora se dedicou em detalhar muito o cenário da trama.
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09/02/2015

[Resenha] Quando as Sereias Choram - Mirella Ferraz

Liban nunca foi uma garota normal e ela nem se sentia assim, sua vida nunca foi normal, ao começar pelo seu nascimento. Ela veio ao mundo dentro do mar, no meio de uma tempestade e por ajuda de uma sereia............. inusitado, não é mesmo? Sua mãe dizia que o nascer a sereia a tinha abençoado e por isso ela tinha uma conexão impressionante com o mar.

Sua mãe morreu muito cedo, deixando Liban sozinha com o tio Burton, o qual não gostava nenhum um pouco da menina e sentia prazer em maltratá-la. Mas Liban tinha alguém que olhava por ela, ela não tinha certeza de quem era mas sabia que essa pessoa estava lá, no mar. Após algum tempo da morte de sua mãe, quando a menina estava prestes a tirar a própria vida, essa ajuda do mar mandou algo a Liban que fez com que a garota desistisse da ideia de morrer, ela ganhou um presente que não deveria ser negado a ninguém. Um amigo. Ulisses. Um golfinho que parecia entender tudo o que ela lhe falava e sentia, passou a ser seu companheiro de todas as horas.

Libam morava em uma cidade católica, mas não aceitava muitas das coisas que a religião pregava, por isso não tinha amigos, não conversava com ninguém da cidade e todos falavam mal dela, de como era estranha. A menina por isso, gostava de passear sozinha em um bosque, na praia onde Ulisses se encontrava com ela, até o dia em que ela viu ele....... Ivar.

Ivar era um guerreiro viking, era temido por todos, sua fama era de “mão da morte”, ele era herdeiro de um império na Dinamarca, quando seu tio e padrinho Ragnar, morrer. Após fracasso em sua última batalha, onde perdeu muitos de seus melhores homens, seu tio o mandou para viagens comerciais, como uma forma de Ivar pensar nos erros que cometeu e é nesse momento que Liban e Ivar se conhecem.

Ivar odiava viagens comerciais, afinal ele era um guerreiro e assim não tinha paciência para ficar no porto, negociando as cargas, então saiu para dar uma volta e conhecer a cidade e foi acabar parando em um bosque com um pântano e acabou ficando preso no lamaçal, nesse mesmo instante Liban, estava passando pelo lugar em que Ivar estava com problemas e tentou ajudar o escandinavo, sem saber de sua origem.

Após uma pequena briga entre os dois, já que a menina deixou Ivar quase se afogar na lama/lago, os dois se encaram e para eles naquele momento não existia mais nada no mundo. Cada um pensava que nunca tinham visto pessoa mais bonita na vida. Liban estava impressionado com o escandinavo, alto, loiro, com um porte forte e musculoso, cabelos compridos e uma cicatriz acima da sobrancelha e olhos tão azuis quantos os mares em dias de verão. Ivar nunca tinha sentido nada parecido, a criatura na sua frente parecia uma deusa, cabelos compridos e negros, olhos prateados e um corpo deslumbrante.

“Chegou mais perto dele, aproximou seu rosto e então, sem nada a dizer, Ivar a envolveu com seus braços, embalando sua cintura e puxando-a para bem perto.”

Mesmo com a inegável atração que Liban sentia por Ivar, ela se fez relutante em manter contanto com o viking, já que ele era o “inimigo”, e só após muitas brigas, intrigas e alguns encontros inesperados, ela não aguentou e se entregou à paixão. Já Ivar, não sabia o que estava acontecendo com ele, nunca tinha nutrido sentimentos por uma mulher, muito menos sentimentos que o fizessem perder a cabeça.

Após finalmente admitirem que estavam apaixonados um pelo outro, começaram os planos: Liban odiava viver com o tio que a maltratava e Ivar não podia ficar para sempre no mesmo porto, a única solução era Liban ir embora com Ivar. Será que isso daria certo? E se o destino quisesse que as coisas aconteçam de outra forma? E se mesmo que tudo desse errado, você desistiria do verdadeiro amor da sua vida?

“O colar que joguei ao oceano é para que um pouco de mim permaneça nas águas dela, que ela tanto amava....”

Esse livro é o meu preferido do ano, com certeza. Nunca tinha lido nada sobre sereias e essa minha leitura de estreia foi sensacional, com certeza Mirella Ferraz ganhou meu coração de leitora.

Uma das coisas mais legais do livro é que como Ivar é um escandinavo, viking, dinamarquês temos um contato com mitologia nórdica através das notas de rodapé que são referências à deuses e lugares sagrados para eles.

A narrativa é rica em detalhes mas consegue ser fluída ao mesmo tempo, e temos um narrador em terceira pessoa, então podemos saber o que os nosso casal está pensando e sentindo, também conseguimos saber o que está com os dois mesmo que eles estejam separados por milhares de quilômetros.

Agora, quanto aos personagens, Liban apesar de ser uma mocinha é bem decidida e em nenhum momento enrola ou vacila nas suas decisões, e também não endeusa Ivar, na verdade ela bate de frente quando não concorda com suas opiniões e atitudes, isso é bem legal. Tirando a evolução dela dentro da história, no decorrer dos fatos que é impressionante.

Ivar é outro galã literário para entrar na minha lista, mas não se enganem, ele não é o mocinho. Não esqueçam que ele é um guerreiro viking que gosta de matar mas quando se trata da mulher que ele ama, o dinamarquês não podia ser mais encantador. ♥

A obra também nos traz uma importante discussão sobre religião. A autora faz os personagens discutirem como a religião cristã diminui outras religiões só por terem mais de um deus, e não ser o Deus deles e como a Igreja inferioriza a mulher e o seu papel na vida dos homens, retratando que o seu corpo é o caminho do mal e etc,. É uma discussão bem interessante.

“Talvez as lágrimas femininas sirvam de espelho para alguns homens, revelando uma face de si mesmos que eles têm vergonha de encara.”

A única coisa que não me agradou mas que também não interfere na leitura é quanto ao final, pois demora um tempo razoavelmente longo para os fatos se desenrolarem e o final acabou ficando muito corrido, tudo acontece nas últimas 20 páginas, acho que ou podiam ter cortado alguma parte em que não acontece nada de tão importante ou desenvolver mais o final, mesmo que o livro ficasse maior.

Mesmo assim, recomendo o livro para todos, não deixem de ler essa obra-prima.


site: http://estantedasbruxas.blogspot.com.br/2014/10/resenha-quando-as-sereias-choram.html
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Luh 31/12/2016

Mar de lágrimas!
Livro fascinante, história bem construída, bem amarrada e recheada de fatos históricos, e muito conhecimento!!! (Mais uma vez parabéns Mirella - a nossa linda e querida Seria Brasileira).

Comecei com a sinopse no fundo do livro... E quando dei por mim já estava nos créditos finais!!! Ual!!!

Na lista para reler em breve ??????
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