Full Moon: Contos da Lua Cheia #02

Full Moon: Contos da Lua Cheia #02 Sanami Matoh



Resenhas - Full Moon - Contos da Lua Cheia #2


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Maria 03/08/2023

Olha... Não é bom mas tentou MUITO
O título da resenha é auto explicativo: não é um mangá bom, é de certo modo chato e aborda alguns fatores que me estranharam (mesmo que fossem comuns na época de publicação (2014)).
São dois livros pequenos de contos então não foi tão demorado, desse modo eu não recomendo mas não sou contra esse mangá.
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Cassia 16/08/2014

Nada é tão ruim que não possa piorar...
O que leva uma pessoa a comprar a segunda temporada de uma série cuja primeira foi simplesmente uma droga? Burrice? Masoquismo puro? Talvez uma dessas coisas, talvez as duas combinadas ou alguma outra razão que eu não consigo determinar me fizeram investir em “Full Moon – Contos da Lua Cheia”, uma bomba ainda maior do que a anterior.

A premissa até que era interessante: mostrar a vida do casal Marlo e David depois do casamento – algo difícil de se ver, uma vez que a imensa maioria das histórias de amor termina no “felizes para sempre”.

Mas a história não se sustenta. Um apanhado de clichês do tipo mais ordinário abarrota as páginas, tanto no que diz respeito aos personagens quanto às situações da narrativa, que é fraca, muito fraca. E, o item mais enervante, para uma narrativa que se diz BL, Marlo – o rapaz que muda de sexo devido a uma maldição de família – passa praticamente o tempo todo como mulher, reduzindo em muito o impacto da narrativa para os fãs do gênero.

Ao invés de BL, a sensação que temos é de estar lendo um mangá shoujo brega do pior tipo, com uma protagonista tsundere das mais irritantes. Guardadas as devidas proporções, e mantendo-se na temática “rapaz vira moça e se mete em situações esdrúxulas envolvendo seu amor” há mais cenas de teor BL em mangás como Ranma ½, por exemplo, do que em Full Moon.

Ainda tentei ser tolerante, uma vez que no final da revista há um texto da autora informando que a revista onde a história estava sendo escrita foi encerrada, e, claro, talvez isso tenha afetado a artista, fazendo com que a narrativa perdesse um tanto de sua consistência. Mas mesmo esse fato não justifica a fraqueza de Full Moon - a história é ruim demais!

Na resenha da primeira temporada, eu tinha dito que aquela edição corria o risco de ser a “Pegadinha do Mallandro do ano de 2014”. Como diria o Compadre Washington: “sabe de nada, inocente!”. A segunda temporada também é forte concorrente a esse título e, se não superar a primeira na ruindade, dá empate técnico. Espero não ver tão cedo algo tão decepcionante quanto esta série...

Um adendo:

Muitas pessoas, assim como eu, investiram em Full Moon na esperança de que a boa vendagem estimule a vinda de outros títulos BL/Yaoi para o Brasil. Mas, se os títulos futuros forem do calibre dessa péssima série, isso apenas esvaziará esse nicho de mercado editorial, levando os fãs do estilo a procurar outras formas de acessar essas histórias - pois os mesmo se cansarão de serem brindados por nossas tímidas e medrosas editoras com essas historietas meia-boca - e desestimulando os fãs novos a investirem no gênero (afinal, se eu não conhecesse nada do estilo e fosse apresentada a Full Moon, com certeza não me tornaria fã, nem me sentiria interessada a ler outras mais).

Tá na hora de as editoras tomarem vergonha na cara e decidirem se irão MESMO investir no nicho BL/Yaoi – e, em caso positivo, trazerem aos leitores histórias boas DE VERDADE. Afinal, o público do gênero merece coisas de qualidade (e não mais tranqueiras lamentáveis como Full Moon...).
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