O Feijão e o Sonho

O Feijão e o Sonho Orígenes Lessa




Resenhas - O Feijão e o Sonho


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Drico do contra 18/06/2020

Sonhos x vida prática
Que livro!
Que estória viva, humana, realista, com grandes ensinamentos para a vida. Principalmente para os jovens aspirantes à vida intelectual, cheios de impuetuosidade, ingenuidade, vaidades e sonhos.

Vale a pena a leitura!
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@zurcenila 28/02/2022

O feijão e o sonho
Livro: O Feijão e o Sonho
Autor: Origenes Lessa
Editora: @globaleditora
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O Feijão e o sonho é um clássico nacional que, infelizmente, ao longo dos anos foi tornando-se esquecido. O autor foi tradutor de obras importantes como Dom Quixote e autor de muitos livros.
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A década de 30 foi um período politicamente conturbado para o Brasil e isso se refletia na literatura com uma polarização de esquerdistas ou direitistas. No entanto, Origenes não tomou partido nesta rivalidade, mas ainda assim sua obra carrega grande crítica social e cultural que ainda se fazem muito atuais.
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Lara é poeta, professor e jornalista e em uma visita à uma cidade do interior de São Paulo, conhece e apaixona-se por Maria Rosa com quem se casa.
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O protagonista é um intelectual sonhador que almeja publicar seus poemas, mas em consequência não havia dinheiro .. Havia apenas dívidas e humilhações.
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A todo momento sua esposa Rosinha tenta trazê-lo à realidade de que não é possível encher a barriga com anseios, implora para que seu marido perceba as necessidades dela, dos filhos e da casa, mas por muitos anos não tem sucesso.
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As obrigações e convenções sociais podem massacrar sonhos, confesso que me identifiquei e imagino quantos possíveis artistas tiveram seus sonhos e vocações desencorajados pela desvalorização da arte e da classe artística (mas essa é uma discussão pra outro dia).
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As afirmações machistas e racistas me incomodaram bastante, mas completam o contexto e as reflexões propostas. Achei chocante e emocionante a constante preocupação da Rosinha em ver nos olhos dos filhos o reflexo de sonhos que havia nos olhos do marido.
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Conta pra mim se você já leu, conhece ou ficou interessado(a) em ler esse livro. Conta também se teve algum sonho ?abafado? ou destruído.

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Rogerio.Flores 17/12/2023

O feijão e o sonho
Orígenes Lessa, nascido em Lençóis Paulista, SP, no final do século XIX, escreve este livro no final de sua produtiva carreira. Escritor de muitos livros e contos, este é o primeiro que leio, espero que de muitos outros. Sua escrita é limpa e original, alternando frases curtas e pensamentos objetivos com períodos longos e elaborados, sendo que nunca em demasia. Da mesma forma o drama vivido pelas personagens Campos Lara, o poeta, e Maria Rosa, sua esposa são envolventes e de facil leitura. Alternando estados de espírito tantos das personagens quando da trama, Lessa me surpreendeu com duas reviravoltas em momentos distintos, que aumentaram a minha vontade de não desgrudar da obra até o enlace final, com o qual também me surpreendi. Gostei muito e espero retomar minha experiência com o autor em alguns livros de contos.
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Lili 17/09/2016

Provocador
Não sei se sou eu quem substima os nossos jovens ou se aqueles que classificam os livros os desconhecem por completo, porque para mim "O feijão e o sonho" é um incrível romance, mas passa longe de ser infanto-juvenil. Claro que opinião é coisa muito particular, mas não vejo na história de Campos Lara e Maria Rosa uma narrativa que interesse ao adolescente, ao menos não para a maioria deles.
O romance é fácil, fluído, nos provoca a reflexões intensas sobre a vida e a desvalorização do intelecto. É de 1938, mas continua atual. É rico e emocionante. Origines Lessa perece nos colocar de frente com uma situação cotidiana, como se estivessemos a observar a vida de um vizinho. Mas é maduro, e atende a leitores maduros e críticos.
Quem ama literatura irá se identificar e se reconhecer em muitos momentos.
Essa edição traz extras incríveis.
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lucas.pinheiro.5815 19/02/2019

O Feijão ou o Sonho?
O Feijão e o Sonho conta a história da vida cotidiana de um casal formado por Campos Lara (o Juca) e Maria Rosa (a Rosinha). Conta também a história de muitos outros casais que não aparecem no livro e de muitas pessoas que se identificam com o Juca ou com a Rosinha.

Essas personagens, apesar de formarem um casal, são completamente antagônicas (talvez tenha se casado exatamente por isso), pois representam maneiras completamente opostas de se encarar a vida. Juca é o retrato do “sonho”: um poeta que vive num “mundo paralelo”, onde só o que importa é a beleza artística e o sentido poético das coisas, a vida cotidiana está sempre em segundo plano. Já Rosinha é a perpetuação do “feijão” da vida corriqueira: só tem valor aquilo que é essencial para a nossa subsistência, a “beleza da vida” é coisa pra desocupado, a vida é somente o palpável.

Naturalmente, são personagens estereotipadas, são os pontos extremos de uma linha em que a virtude (como sempre) está no meio. Contudo, a presença de um Juca ou de uma Rosinha em nossa persona podem ser maior do que imaginamos. É preciso cuidar da forma como encaramos a vida.

Durante o livro, o autor nos mostra o quão desgastante é assumir completamente a posição do “feijão” ou do “sonho”, mas não define nada, a conclusão tem que nossa, dos leitores. Pois bem, para mim, viver só do “feijão” pode nos fazer perder a capacidade de sermos humanos, possivelmente perderemos a capacidade de enxergar o infinito nos momentos passageiros, passando somente a “sobreviver”. Por outro lado, viver só do “sonho” faz com que sejamos pessoas imprudentes e, por vezes, egoísta.

Mais uma vez, a melhor posição é a do equilíbrio.
Henrique.Bessa 05/08/2022minha estante
Ótimo.




Valnikson 19/12/2016

1001 Livros Brasileiros Para Ler Antes de Morrer: O Feijão e o Sonho
O paulista Orígenes Lessa foi publicitário, tradutor e jornalista em diversos veículos de comunicação, mas foi com a literatura que adquiriu maior notoriedade. 'O Feijão e o Sonho' marca sua estreia no gênero romance, alcançando sucesso, no momento de seu lançamento, principalmente entre os jovens e as pessoas sem grandes posses. Os dilemas de um casal aparentemente incompatível também conquistaram a crítica e acabaram sendo adaptados para o rádio e a televisão, incluindo o autor entre os mais expressivos do cenário brasileiro no século XX. (Leia mais no link)

site: https://1001livrosbrasileirosparalerantesdemorrer.wordpress.com/2016/12/18/80-o-feijao-e-o-sonho/
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Peregrina 11/04/2020

Incômodo
O Feijão e o Sonho é aquele livro que incomoda ao nos apresentar ao poeta Campos Lara e à esposa dona de casa e pé no chão, Maria Rosa. Logo identificamos a dualidade que atormenta pelo menos em algum momento da vida o espírito de cada um de nós, iludidos pela propaganda da busca pela felicidade através da realização de nossa vocação: Perseguir o sonho ou garantir o feijão? É a indagação que insiste em martelar durante toda a leitura, personificada nas figuras dos protagonistas, revelando-nos aquilo que queremos negar em nós mesmos, tanto as virtudes quanto as falhas.

É singelo, mas cru, honesto e real. No início, não dava nada pela leitura. Sinceramente, se não fosse o clube do livro d'A Formação do Imaginário, talvez eu sequer viesse a saber da sua existência e, se o visse em uma livraria, não o colocaria na minha lista de desejos e, ainda assim, que livro! Sem dúvidas, devia ser trabalhado no Ensino Médio para lançar um pouco de bom senso sobre as mentes ociosas dos adolescentes que enchem o peito para falar sobre vocação. A vocação são as circunstâncias em que estamos inseridos. Se mais pessoas compreendessem a magnitude dessa verdade, talvez houvesse menos insatisfação e depressão no mundo. É uma pena que esta grande obra da nossa literatura tenha sido relegada ao esquecimento.
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Peregrina 11/04/2020minha estante
No fim das contas, minha conclusão é: nem o feijão nem o sonho. A chave é fazer o melhor que pudermos dentro das circunstâncias que nos foram dadas.




Paty 10/06/2023

O livro que rodou o Brasil pela década de 40
"Assim é ainda - o que é mau - o Brasil que aí está. Quase nada mudou. Buscou-se a mudança, mas ainda não foi possível mudar."

Essa frase usada na introdução pelo Mário da Silva Brito sintetiza o livro, a realidade, a mentalidade e o espírito brasileiro. Cada geração que surge se acha mais sábia que a anterior e querendo melhorar, piora, buscando o pregresso, só regressa.

No título se destaca o feijão que representa o sustento, a segurança, provisão, realidade e o sonho: expectativas, incertezas, inseguranças, ideal e no título mesmo introduz-se certa intenção, e com ela, as perguntas e incertezas que não querem calar.
Por que no Brasil sempre associamos o sucesso com a política e a segurança com o concurso público? Se queremos que isso mude, por que continuamos alimentando o mecanismo e não quebramos o ciclo vicioso? Por que aquele que sonha é tão desacreditado e fadado ao fracasso? E sendo assim, seguir o sonho ou buscar estabilidade? E por que um tem que ser antagônico ao outro? Confiar em si mesmo ou na multidão que se aglomera em concordância? Por que a vocação não é vista como nobre no nosso país? Porque preferimos dar um ''jeitinho'' e fazer uma gambiarra, temporária, do que arregaçar as mangas e solucionar de uma vez? Por que cedemos com tanta facilidade a pressão externa e não conseguirmos resistir a ela? Somos tão sensíveis assim, a rejeição e a solidão para nos conformarmos com a expectativa alheia?
Incrível como no Brasil a pressão predominante vem da própria família, que ao invés de apoiar sonhos, os destroem; desde a infância quando começamos ingenuamente a compartilhá-los e demonstrar alguma aptidão para algo, só para os vermos arrancados na raiz pelos nossos próprios pais, que querendo o melhor acabam apenas reduzindo o mundo inteiro de possibilidades que toda criança tem ao próprio sonho não realizado, medos e frustrações passadas.
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