@fabio_entre.livros 27/01/2022
O 2º lugar
Publicada originalmente entre setembro de 1979 e setembro de 80, esta é, possivelmente, a saga mais representativa dos X-Men e uma das mais populares do universo dos super-heróis. Não é à toa que ocupa o 2º lugar no Comic Book Resourcer, ficando atrás somente de "Watchmen".
A história é dividida basicamente em três arcos que têm um vínculo orgânico: Jean Grey (agora Fênix) enquanto seus poderes se tornam cada vez mais amplos, imprevisíveis e instáveis. Apesar do título do encadernado, Jean só se torna a Fênix Negra no final do segundo arco, alcançando seu apogeu e declínio nas últimas 3 das 12 edições compiladas aqui.
No primeiro arco, os X-Men precisam lidar com Proteus, um mutante poderoso que escapou da Ilha Muir. Necessitando de hospedeiros para continuar vivo, Proteus tem causado morte e destruição por onde passa, forçando os alunos do professor X a levar o confronto até as últimas consequências.
No segundo arco, somos apresentados formalmente ao Clube do Inferno, uma sociedade elitista cujos líderes possuem planos sinistros para a dominação global através dos mutantes (ou, mais especificamente, dos seus poderes). Um desses líderes tem manipulado o subconsciente de Jean a fim de dominar os poderes dela, mas isso acaba libertando a fúria implacável da agora proclamada Fênix Negra. Começa então o terceiro arco e, a partir daí, a saga ganha seu tom mais sombrio e dramático.
Sem dúvida, é um clássico da nona arte que representa bem os quadrinhos na transição dos anos 70 para os 80. A arte do John Byrne é competente; quanto a Chris Claremont, se há um problema no seu roteiro é o excesso de texto redundante por quadro. Contudo, como a necessidade de explicações repetitivas era uma característica comum nos quadrinhos da época, isso pode ser relevado aqui.
Por fim, sobre o destino trágico da Fênix, foi determinação do chefão da Marvel, Jim Shooter, que alegava que o desfecho originalmente concebido por Claremont não funcionava para a história. É curioso o fato de alguém que se gaba de saber o que dá certo e o que não dá numa saga não ter seguido seu próprio método ao escrever "Guerras secretas".
"Faça o que eu mando, não olhe o que eu faço", né, produção?