Sophia2155 01/04/2024
Brega. Clichê. Mentiroso. Bonito.
Para mim, não foi uma leitura prazerosa pelos seguintes motivos:
1 - Sou recém solteira e, honestamente, não estou muito no clima para juras de amor eterno. Tudo me pareceu brega e artificial. Claro, o fato de que Gonzaga, logo que saiu da prisão, casou-se com outra mulher só me fez achar a coisa toda uma falsidade. Tudo bem. Sei que estou soando amarga.
2 - Não consegui parar de pensar que Maria Doroteia (nossa Marília) tinha apenas uns 15 anos, enquanto Gonzaga (Dirceu) já era quase um quarentão quando eles começaram a se relacionar. Posso estar fazendo uma análise anacrônica, mas o fato é que a diferença de idade é perturbadora.
3 - Li por obrigação - o que tira um quê do prazer de qualquer leitura.
Resignada, confesso que não dá pra negar a beleza de algumas estrofes e falar que são ruins. Algumas analogias e metáforas são super interessantes, bem construídas e fazem jus à grandeza do amor. A métrica, o arcadismo, as referências mitológicas e o Cupido são, muitas vezes, elementos maravilhosos. Ainda que repetitiva, a escrita é impressionante. Saber o contexto biográfico que atrapalhou a coisa toda!
Obs.: a parte 3 é estranhamente jogada no livro.