Wlad 24/08/2017Uma epístola contemporâneaO livro “Uma Carta de Bezerra de Menezes” foi lançado pela primeira vez entre outubro de 1920 e maio de 1921 no periódico Reformador. Escrita por Adolfo Bezerra de Menezes para seu irmão Manoel Soares Bezerra em 1886 ela consiste em uma resposta da acusação pública de que Bezerra de Menezes estava servindo à religião do Demônio.
Abordando as diferenças e similaridades entre Catolicismo e Espiritismo, Bezerra de Menezes demonstra para o irmão que o Espiritismo é o Consolador que Jesus afirmava mandar posteriormente para a humanidade. Manoel, à época, era líder religioso católico em Fortaleza.
A obra é dividida em três capítulos principais: Explicação Necessária, Razão de ser do Espiritismo e Princípios Fundamentais do Espiritismo.
O primeiro capítulo apresenta o conceito da pluralidades das existências e reencarnação por diversos povos antigos, pesquisadores da igreja católica e outros renomados estudiosos.
O segundo capítulo demonstra pela Bíblia a evolução moral da humanidade e as revelações feitas conforme o amadurecimento da mesma. Afirma que o espiritismo é o Consolador prometido por Jesus.
Há nele um subtítulo sobre o modo de ensino do espiritismo que enfatiza as comunicações espíritas como meio de autenticação e elaboração da Doutrina.
Logo após do modo de ensino, Bezerra afirma que o conceito de demônio veio do Talmud dos Caldeus quando os Hebreus foram seus cativos.
Bezerra atesta que a doutrina não é obra do demônio, citando a Bíblia:
“Ou fazei a árvore boa, e o seu fruto bom, ou fazei a árvore má, e o seu fruto mau; porque pelo fruto se conhece a árvore.” (Mateus 12:33)
O capítulo três apresenta os fundamentos do espiritismo que são: a criação, evolução e destino dos espíritos.
Dentro dos fundamentos ele mostra como a igreja católica destrói as esperanças, pois aquele que pecou já se acha condenado e não tenta melhorar.
Finaliza afirmando que as diferenças da Doutrina Espírita e o Catolicismo são as pluralidades das existências e evolução espiritual contra os dogmas da vida única e as penas eternas.