Thays196 06/09/2015opniãoDigo desde já que as chances de eu ser imparcial falando de Neil Gaiman são remotas. É com certeza um dos escritores que mais me influenciaram; admiro-o com todo o respeito e sempre fico empolgado quando vejo um livro ou quadrinho que foi roteirizado pelo mesmo. Não foi à toa que não demorei cinco minutos para comprar Sandman – Os Caçadores de Sonhos quando vi em uma livraria.
Primeiramente, esta obra foi lançada em formato de livro, em comemoração ao décimo aniversário de Sandman. À época, Gaiman transcrevia para o inglês os diálogos de filmes de Hayao Miyazaki, o que o fez estudar sobre mitologia japonesa. Foi da leitura do conto A Raposa, o Monge e o Mikado dos Sonhos que surgiu a inspiração para a adaptação da história para o mundo de Sandman, pois havia enxergado uma grande semelhança com o universo do seu personagem. Juntou-se ao artista Yoshitaka Amano e concluiu um trabalho que foi recebido de braços abertos por todos os fãs. Dez anos se passaram e P. Craig Russell resolve adaptar a obra literária de Gaiman para uma história em quadrinhos. Felizmente, o resultado deste trabalho grandioso se encontra em minhas mãos.
Os Caçadores de Sonhos conta a história de um Japão antigo em que criaturas mitológicas e lendas viviam entre os humanos. Certo dia, uma raposa apostou que faria um humilde monge perder a guarda de seu templo, porém acabou se apaixonando por ele. Um maldoso senhor, que dominava as artes de magia demoníaca, cobiçou a força interior do monge e a queria roubar para si a qualquer custo. O Rei dos Sonhos se vê em favor de um amor que nunca deveria ter acontecido.