Fefe2232 20/01/2023
Agora eu odeio One Direction
Apesar de ser facilmente impressionável e pouco influenciada pelo senso comum, After conseguiu se provar ser mais detestável do que eu imaginava.
É uma história recheada de personagens estereotipados e/ou desinteressantes e uma escrita caída que precisa muito de uma edição. Os próprios Tessa e Hardin, apesar de terem um background pesado que abre várias portas para o seu desenvolvimento, conseguem se mostrar tão rasos quanto uma espátula. Parece que eles não aprendem com os próprios erros e experiências, além de serem extremamente infantis, controladores e tóxicos um para o outro.
Nenhum dos personagens tem a menor personalidade ou complexidade, e Tessa parece não ter um objetivo definido. Como todos, ela parece apenas um robô reativo, apenas esperando que a oportunidade bata à sua porta enquanto ela julga à todos. Hardin pode ter um traço de personalidade a mais, porém não considero “babaca” uma qualidade. Nenhum deles pode ser criado no The Sims, e duvido muito que haja alguma coisa a mais que nome e idade em suas fichas de personagem.
O casal em si (se deixarmos de lado a radiação) é tão maçante quanto assistir uma hora de um documentário sobre a hidrografia do Panamá e tão enjoativo quanto comer melado todos os dias, nas quatro refeições, durante um ano.
Anna Todd tinha um campo bem amplo para trabalhar e criar uma história incrível de superação e gestão emocional, mas escolheu fazer isso da pior maneira possível: romantizando um relacionamento problemático e ferindo todos os direitos humanos. Foi o único livro que conseguiu me causar repulsa, me ofender e me levar à beira da insanidade a cada parágrafo.
E, o pior de tudo isso, me causou uma péssima impressão do One Direction. Obrigada, Anna Todd,