Eva 13/08/2024
?todo mundo tem cicatrizes?
Fallon e Ben se conhecem em um restaurante no dia 9 de novembro, quando uma discussão entre pai e filha faz com que um desconhecido (Ben) se passe por namorado da mesma (Fallon). Ambos desenvolvem uma conexão instantânea, mas a partir dos conselhos de sua mãe, Fallon não quer ser apaixonar antes dos 23 e com base nisso ambos fazem um acordo que visa fazer com que Fallon corra atrás de seus sonhos e ganhe confiança, enquanto Ben leia romances e escreva o seu próprio, entretanto o tomando escrito por ele tera uma premissa: será escrito contando a história de ambos que se encontram todo ano na mesma data, apenas naquela data e nada mais.
A partir de então a paixão vai crescendo, tramas irão se desenrolar até que Fallon descobre uma história que muda o rumo de todas as suas ações em relação a ele.
Ouvi muitas opiniões sobre o livro ser uma ?bomba?, mas não considerei assim, levo em conta algumas características da autora: homem salvador, personagens com passado trágicos e um pano de fundo triste para uma história de amor.
Quando você lê um livro da autora esperando uma grandiosidade literária é realmente de se esperar uma decepção, porque o que ela nos oferece são clichês com fundos trágicos ( muitas vezes com abordagens ruins), mas isso não diminui a qualidade da história.
A história não precisa ser tão grandiosa para ser boa, porque é um clichê, logo tudo acontece rápido, instantâneo, as tragédias são facilmente superadas e tudo fica bem no final.
Uma coisa que me incomodou muito no livro foi a dependência da protagonista dos elogios do seu par romântico? Fallon não possui uma personalidade tão forte, ela não se fortalece ao longo dos anos, tudo nela parece se iniciar e depender de Ben, de seus elogios e seu amor, sendo essa uma característica de todos os personagens da autora independente do livro. Seria um diferencial ver um personagem batalhar por si, se salvar sem a necessidade de que um amor arrebatador faça isso já que é totalmente possível amar incondicionalmente e ainda assim cuidar de si, amar a si e salvar a si.
Ben é um querido (apesar de em algumas situações acreditar que seja um tanto invasivo e meio sem noção) e cativante, enquanto Fallon é sempre a parte insegura o que tira o brilho da personagem (talvez se ela tivesse um crescimento diferente durante o livro se sobressaísse bem).
Ademais é uma leitura gostosa que se você for sem muita sede ao pote, sem esperar grandes descobertas literárias, então torna-se uma leitura agradável.