Hidden Huntress

Hidden Huntress Danielle L. Jensen




Resenhas - Hidden Huntress


3 encontrados | exibindo 1 a 3


maarcia 30/09/2022

Na minha cabeça a história não andou nada, continuei lendo pois já tinha começado e queria ver como terminava.
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Fernanda.Granzotto 19/08/2019

2,5 estrelas
Eu não vou terminar esta série de livros, infelizmente, não é para mim, não é ruim só não é para mim.
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Gabrieli Gudniak 24/09/2018

Síndrome do segundo livro de uma trilogia.
Após os acontecimentos do primeiro livro, Cécile está em Trianon, ao lado de sua mãe, realizando seu tão sonhado sonho de se tornar uma cantora de ópera. Ou ao menos o sonho da antiga Cécile. Com Tristan preso e toda Trollus contra ele, nossa heroína corre pelos círculos da alta sociedade em busca de Anushka, ma lendária bruxa que amaldiçoou os trolls há cinco séculos e que, de alguma forma, continua viva. Quando se vê sob o peso de uma promessa, a urgência se torna ainda maior, tanto pela compulsão da promessa, quanto pela vida de Tristan.

A situação de Cécile e Tristan no final do primeiro livro era difícil, para se dizer o menos. Entretanto, um dos maiores problemas dessa continuação é o ritmo. Assim como o primeiro, 100 páginas poderiam te sido tranquilamente cortadas sem afetar a história ou o desenvolvimento dos personagens, o que passa a sensação de que, não importa o quanto se caminhe pela leitura, nada muda, algo frustrante. Ao mesmo tempo, ao invés de três atos, o mais comum, eu diria que houveram seis, tendo um clímax no meio e outro no final.

Entretanto, a autora conduz os acontecimentos com uma maior experiência que no primeiro, algo que é notório. As intrigas da corte são ainda mais... Intricadas, ao ponto de se ter de resolver as consequências de resolver as consequências dos atos passados. Todas as alianças estão contra Tristan, a situação política e física do príncipe é desesperadora, nada vem sem um preço e consequência. A autora até mesmo chega a brincar com algumas questões como "no meu reino eles são escravos, mas não morrem de fome, enquanto aqui o povo é livre para morrer", um debate no qual eu gostaria que ela houvesse se aprofundado e espero que faça no próximo livro. Além disso, também são tratadas algumas questões de gênero, mas com sutileza.

Não vemos neste livro muito sobre a situação política da regência, mas, mesmo que a regência fosse à lá game of thrones, suas intrigas ainda correriam perigo de parecerem bobas em comparação ao poder e astúcia dos trolls. Mas confesso que acharia interessante ver um humano ganhando deles nos jogos da corte.

Cécile, apesar de lentamente, evolui consideravelmente, ela é mais madura, lutando para fazer tudo o que pode, ao mesmo tempo que sabe o quão fraca é em comparação a seus muitos adversários. Vê-la lutando contra seu próprio senso do que é certo ou errado, bom ou ruim, não se torna cansativo, pois ela tem noção de dever e necessidade.

A narração de Tristan é muito mais presente neste livro em comparação ao anterior, e me peguei esperando por ela. Ele estava em uma situação desesperadora, primeiro preso e torturado, depois livre, mas com um pária, sem parte de seus poderes, e com o amor da sua vida obrigado a fazer algo que ele lutou para que nunca acontecesse. É excepcional que ele tenha continuado firme até quando estava às portas da morte, suas decisões eram sempre sensatas e sua narração tinha voz própria

Como ambos os personagens estão mais maduros, o relacionamento deles também está. Eu normalmente torço o nariz para romance entre adolescentes, o que, com dezessete anos, eles ainda são, mas é refrescante vê-los resolvendo seus problemas sem dramas desnecessários, conversando quando necessário e aceitando um ao outro. É sempre gostoso ver casais dialogando, mas existem certas coisas que não precisam ser ditas, e a autora parece entender isso.

O rei troll, cujo nome ainda não aprendi, torna-se um vilão ainda melhor quando não conseguimos ver seus reais planos e motivações, não apenas uma aura de medo pelo o que ele pode fazer, mas também respeito por suas conquistas e inteligência, e medo quando algum outro vilão o ameaça, pois se algo o atingiu, como não irá atingir nossos protagonistas? Honestamente, espero ver o Tristan se desdobrar par vencer seu pai no último livro, espero uma vitória, mas uma sofrida e cheia de sacrifícios. Além disso, o rei não é só mal, o que adiciona camadas a sua personalidade e nos faz ter esperança que ainda possa existir bem dentro dele. Apesar de não simpatizar com suas ações, elas são desejáveis quando comparadas aos seus oponentes, outros antagonistas.

Não vemos os outros personagens secundários que conhecemos no primeiro livro, Marc está tão distorcido quanto sua aparência, os gêmeos foram separados e Anaïs está morta. No lugar dela, conhecemos melhor Chris, Sabine e Fred, eles não são tão cativantes, mas é fácil simpatizar e eles cumprem seus propósitos na trama. Fred toma todas as decisões erradas, mas isso é uma forma de mostrar que ele é um humano que não tem muita ideia do que está acontecendo, tornando-se facilmente manipulável. Nossos dois novos antagonistas, Aiden e Anushka, perdem seu brilho perto do rei e do duque trolls, além disso, eles nunca chegam a parecer realmente uma ameaça, nem mesmo quando os protagonistas estão completamente a sua mercê.

O que nos leva ao maior problema do livro, seu mistério. Na metade do livro, eu já tinha descoberto, não porque sou excepcionalmente inteligente, mas porque era algo óbvio, as pistas que a autora colocou não eram sutis. E acredito que ela sabia que não o eram, pois nossos personagens apenas não descobriram também porque não tinham todas as informações que o leitor possuía. O que nos deixa com a sensação de termos sido tapeados, afinal, Tristan começou a desconfiar logo no começo, se tivesse todas as informações que Cécile tinha, teria matado a charada muito antes e evitado os acontecimentos do final.

Também não há muito peso nos sacrifícios de outrem, pois, apesar dos personagens principais os sentirem, o leitor não, apenas sentimos o impacto que isso tem nos personagens principais.

Eu gostaria de ver a Cécile aprender feitiços mais úteis ou se voltar 100% para magia de sangue. Seria algo extremamente útil, eles precisam de todas as armas possíveis na guerra pelo poder, estão com inimigos em todas as frentes, seus aliados são fracos e precisam da proteção deles, enquanto a força que pode oferecer é pouca e instável.

Também seria interessante ver mais da cultura de ambas as raças, assim como o choque entre elas, e qual serão as consequências em outros reinos pelos acontecimentos desse segundo livro.

Hidden Huntress nos apresenta personagens mais maduros e um cenário instigante, mas mantém a mesma qualidade do primeiro livro, ao invés de ultrapassá-lo, servindo mais como uma ponte para o terceiro - e último - livro.
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