Lua, Lobos e Cerrado

Lua, Lobos e Cerrado André Tressoldi




Resenhas - Lua, lobos e cerrado


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SakuraUchiha 21/12/2014

Dê-me um ponto de apoio e eu moverei o mundo" - Arquimedes
"- Você se sente bem só? Não sente falta de alguém?
- Sinto.
- Então a natureza não ia te destinar a ficar só se esculpiu o desejo em sua alma de se completar com um par. Ou seja, se você sente vontade de ter alguém, esse desejo foi posto por Deus, e, se foi posto por Deus, é para ser realizado. Como pode Deus querer que você fique sozinha quando foi Ele quem colocou esse sentimento de ter um companheiro?"


Eu gosto dos livros narrado em 1ª pessoa por ser rico em detalhes e ponto de vista, e este é cheio de detalhes. Gosto principalmente porque te faz entrar de cabeça no livro, sentir como se estivesse vivenciando o momento.

O livro é narrado pelo Josber, que entrou no Cerrado como um mero-ajudante, para auxiliar Eduardo Luz em seu doutorado. Além de Josber e o doutorando Eduardo Luz, também temos a professora Olga, Madeleine - companheira de Eduardo -, e o motorista Otávio.
Alguns dias no Cerrado e Josber já estava tendo imaginações eróticas com Madeleine.
Depois de uma semana eles resolvem mudar o percurso e ao encontrar um bom lugar eles resolvem explorar durante a noite, e escolhem um lugar onde se chega somente a pé.
Ao chegar no local, eles armam os equipamentos e arapucas par poder pegar os marsupiais. Logo na primeira noite de exploração, eles não tem sorte apenas de encontrar vários espécimes, como também se deparam com uma em especial bem peculiar: Lobisomens.
Susto toma conta de todos ao se depararem sendo encurralados por não um, mas 15 horripilantes e medonhas bestas.
Vendo todos morrendo de medo, Josber toma a liderança e resolve atacar esses seres místicos antes de serem atacados. Mas para seu azar eles são fortes e nem os tranquilizantes conseguiram penetrar suas peles grossas. Pânico toma conta deles, mas Josber acha que o melhor a fazer é permanecer em silêncio, já que os lobos os haviam encurralados, e rezar para que os lobos percam o interesse neles. Mas isso está longe de acontecer. Eles percebem que os lobos querem alguém do grupo deles e agora é lutar para sobreviver. Por sorte eles conseguem escapar dos lobisomens, e assim eles diariamente começam seus esforços de tentar fugir dos lobisomens e do Cerrado. No fim da Lua Cheia eles se vêem aliviados por finalmente se livrarem daqueles monstros medonhos. Mas o que não sabiam é que com a chegada da Lua Minguante há outro tipo de perigo iminente: mais lobisomens, porém estes são diferentes.
Sem entender nada e apenas fugindo desses seres, Josber e seu grupo se deparam com outra ajuda no meio do caminho. Eles encontram tipo uma casinha abandonada mas aconchegante, onde podem ficar, lugar este protegidos por seres misteriosos. Após o outro dia eles são instruídos a seguir uma trilha e a não sair dela... onde encontram um caminho seguro e também alimentos que são deixados a cada refeição diária.
Alguns dias na trilha e eles se vêem frente ao vilarejo habitado por jovens humanos, humanos e que é protegido pelos guardiões, estes que por final falaram mais sobre o mundo de Galterr (adorei esse nome).
Eles ficam pasmos de ter uma comunidade com pessoas normais num lugar tão remoto como o Cerado Mato-Grossense.
Lá são instruídos a seguir para uma hospedaria e se deparam com os 5 guardiões místicas. Eles descobrem que não há só 1 espécie de lobisomens, mas 3: Os Lobizoons, os Lobisomens e os lobizomins. Para cada lua uma espécie diferente de lobisomens. Agora que a Lua Crescente vai aparecer, eles estão para enfrentar os 'Lobizoons', grandes lobos brancos, maiores que os Lobisomens (espécie que aparece na Lua Cheia e são sanguinários, os primeiros que eles viram).
No começo apenas existiam os Lobizoons e os Guardiões. Os Lobisomens nasceram pela vontade humana, da ganância pelo poder e através da magia negra, se transformando assim nas criaturas sanguinárias. Os lobizomins já são criaturas mais brincalhonas, porém de má gosto. No Vilarejo há 80 humanos que vivem pacificamente, mesmo com essas criaturas aos seus redores.
Os guardiões explicam por fim que eles estavam atrás de Olga porque ela ainda era virgem. Na verdade eles não podem ultrapassar as fronteiras protegidas por barreira mágica feita pelos guardiões. Somente com um ritual bárbaro na qual inclui uma virgem isso é possível. então quando eles vêem o grupo com a Olga eles vêem a oportunidade de escapar.
Mas numa jogada do Lobizoons que tem o poder de hipnotizar os seres humanos, eles encantam Madeleine que consegue desfazer uma parte da barreira do vilarejo e eles conseguem adentrar, para pegar Olga. Josber na hora pega Olga e tenta fugir, nisso aparece a Guardiã Tiacha que consegue um lugar para eles se esconderem enquanto ela os protege. Josber se vê encurralado e a única solução viável era tirar a virgindade de Olga para poder parar aquele ataque horrendo. Dito e feito, assim que o ato acontece os lobisomens se acalmam e eles fogem.
Todos ficam felizes e voltam para retirar os escombros e tirá-los do local onde eles estavam preso depois dos ataques.
Os cinco ficam para conhecer o Vilarejo que é uma espécie de utopia de tão calmo e sereno... e nessas aventuras Josber se vê apaixonado pela guardiã Tiacha, mas ela não pode corresponder porque há regras contra relações com humanos e precisa de uma conexão forte para acontecer. Ela fica encarregada de mostrar os arredores de Galtter para ele e nisso eles se reaproximam. Tivemos até uma cena meio romântica deles, estilo Crepúsculo, onde ela o carrega nas costas para chegarem ao destino rápido.
Alguns dias depois tivemos um festival de luta no Vilarejo onde os lobisomens, lobizomins e os lobizoons iam lutar entre si para ver qual era o mais forte, e depois um guardião ia lutar com eles também. Foi um das partes que mais gostei do livro, as lutas eram épicas e incríveis, descritas de forma tão real que deixa as cenas bem nítidas na mente da gente. No final tivemos a luta da Tiacha com dois lobizoons e foi emocionante.
Josber não desiste de tentar convencer Tiacha de conquistá-la, demonstrando o quanto ele a ama. Aos poucos ele quebra a barreira dela e ela cede, onde acontece um fenômeno único com eles. Ela começa a sentir diferente e pede que ele a abraça. Ela começa a ver tudo de cor diferente e seu coração começa a bater no mesmo ritmo que Josber. Ele também começa a ouvir as batidas de seus corações juntos, num mesmo ritmo impulsionando que se amassem naquele momento, e eles se entregam a paixão. então acontece um repentino e violento terremoto e assustados eles acordam. Josber se vê diferente e vê que uma parte da força dela passou para ele.
Agora ele tinha a pele diferente e também saltava e corria na mesma velocidade que ela. Logo que voltam para o vilarejo, são recepcionados pelos guardiões com as faces duras e preocupados.
Logo eles descobrem que o terremoto partiu o encantamento das fronteiras e isso fez com que todos os licantropos ficassem soltos pelo mundo. Agora resta a eles saberem o que fazer para resolver esse grande problema. O lado bom é que Josber finalmente tem a pessoa que ama ao seu lado e como um meio-guardião agora ele vai estar envolvido mais do que nunca nessa caçada as bestas.

O começo do livro é gostoso de ler porque apesar de falar sobre cerrados e animais, parte científica e geológica, tem um linguajar extrovertido e te deixa a vontade para o que vai acontecer.
O livro é uma aula de geografia, com uma riqueza de paisagens. A parte fantasiosa também casou certinho com o mundo real. Adorei o tema dos lobisomens, seus diferenciais e a maneira como vivem. É um tema bem abordado e de fácil interesse.
No final tem uma luta épica dos espécimes de lobisomens, e da Tiacha foi de tirar o fôlego. É um submundo diferente e sofisticado.
Porém eu não conseguiria viver nesse vilarejo utópico, gosto de um pouco de caos em minha vida rsrsrs.
Esse livro tem potencial para uma grande série, mas se for uma trilogia já vai agradar porque vai dar para abordar vários temas e também poderemos ver grandes aventuras do Josber agora um semi-guardião.
A capa é linda, e tirando um errinhos de digitação, não deixa a desejar o livro. Adorei ter a oportunidade de ler e espero ansiosamente conferir em breve a continuação do livro e também outros títulos do autor.
Recomendo a leitura.
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ricardo_22 25/04/2015

Resenha para o blog Over Shock
Lua, Lobos e Cerrado, André Tressoldi, 1ª edição, Barueri-SP: Novo Século (Talentos da Literatura Brasileira), 2014, 328 páginas.

A missão de Josber é auxiliar um grupo de pesquisadores no cerrado mato-grossense. No entanto, o que antes não passava de uma lenda, acaba influenciando diretamente a rotina de Josber e seus acompanhantes, que da noite para o dia são obrigados a enfrentar lobisomens e outras criaturas misteriosas. Sem qualquer resposta que os ajude a compreender o que está acontecendo, eles embarcam em uma aventura capaz de revelar segredos até então inimagináveis.

“Meu coração ficara pesado, me deu vontade de chorar. Sentia-me como se estivesse dentro de um pesadelo sem fim. Algo me dizia: havia alguma coisa de errada com aquela noite. Meu corpo começou a se arrepiar todinho. Tinha a impressão que éramos observados de longe. Ai, que sensação terrível” (pág. 100).
A literatura, assim como toda expressão artística, vive de momentos, porém alguns elementos nunca saem de moda. Esse é o caso dos lobisomens. Embora não seja mais explorado como em anos anteriores, esses seres continuam dando motivos suficientes para um leitor embarcar em uma nova leitura, especialmente quando um autor nacional os explora em um cenário tipicamente brasileiro, como o cerrado.

Em Lua, Lobos e Cerrado, terceiro romance de André Tressoldi, o autor tinha em mãos o que talvez fosse a sua melhor ideia, mas não explorou por completo todas as possibilidades. Ainda no início, a impressão que se tem é que isso acontecerá naturalmente através de Otávio, o mais supersticioso do grupo de aventureiros, no entanto isso não demora a se tornar um grande engano.

Esse pequeno detalhe é rapidamente deixado de lado quando os lobisomens passam a ser tratados com uma originalidade quase sem igual, porém um ponto negativo não demora a se sobressair: o narrador. Josber é talvez o narrador mais chato da nossa literatura nos últimos anos e muito disso se deve a sua insistência em ser engraçado a todo custo. Ele falha em todas as tentativas e, mais do que isso, muitas vezes faz comentários que não agregam absolutamente nada ao enredo. Por isso a chance de agradar é quase irrisória.

Isso poderia facilmente ser relevado quando o enredo chegasse ao seu ápice, mas é justamente nesse momento que a obra perde tudo o que até então despertou a atenção. Ainda que os primeiros capítulos sejam excessivamente longos — repetindo a característica de Tressoldi em Quase Acaso —, eles caminham em alguma direção, o que deixa de acontecer do meio para o final. Os capítulos se tornam monótonos, os diálogos sem qualquer necessidade e os relacionamentos forçados, como se um novo livro estivesse se iniciando.

Não dá parar negar, no entanto, que o autor foi muito feliz na maneira como criou diferentes espécies de lobisomens, cada qual com sua própria característica bem particular. Por isso, uma ideia fantástica não ser trabalhada como poderia de fato acontecer não significa, necessariamente, que ela deva ser descartável. Afinal, em sua obra André Tressoldi prova que um elemento explorado incansavelmente ainda pode reservar surpresas.

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/04/resenha-321-lua-lobos-e-cerrado.html
Rafael 10/07/2015minha estante
Foi bem por ai, ótima resenha!




Anna na biblioteca 14/01/2015

Longe de ser uma simples história sobre lobos!
As lendas surgem pelo acaso e fantasia das pessoas ou há alguma verdade escondida por trás destas histórias transmitidas oralmente entre as pessoas?
É o que se descobre neste romance de aventura, escrito pelo autor nacional André Tressoldi, em Lua, Lobos e Cerrado.
Neste livro acompanhamos Josber e um grupo de pesquisadores em uma expedição no cerrado brasileiro.
As dificuldades encontradas durante a jornada e a diversidade de personalidades no grupo torna o início da leitura bem interressante e difícil de largar! Adoro quando isto acontece!!!

"A cena: A Lua cheia já descendo do céu, uma brisa mínima, o arvoredo, ao longe, balançando, alguns pirilampos brilhando, o capinzeiro cinzento, com a iluminação lunar, e os lobos, a alcatéia, os quinze que havia contado, com seus olhos rubros e diabólicosnos encarando. A cena, como dizia, seria bela, não fosse monstruosa."

Uma hitória que mescla aventura, mistério, romantismo, fantasia sobrenatural e um certo suspense!

"Não sei se era impressão minha, mas representava que os bichos babavam de vontade de cravar aquelas presas enormes em nossa jugular, que cada vez mais parecia ter a resistência de um fino papel, o qual poderia ser rasgado com a menor das mordidas. Não havia mais o que fazer, pensei, era fugir ou lutar."

Josber, narrador desta história, foi um personagem que me conquistou com seu humor e intensidade!

"Logo desviei os olhos do céu e me pus a olhar para a estrela que estava nadando aquela hora".

O autor possui uma escrita clara e fluida, gostosa de desfrutar. Conseguiu criar uma multiplicidade de situações, que tornaram a leitura bem dinâmica! Quando pensava que o cenário deste livro já havia sido desnudado, eis que surpreendentemente, a direção dos ventos mudava e algo novo surgia!

Recomendo muito esta leitura!!!

site: http://arvoredoscontos.blogspot.com.br
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Lina DC 04/12/2014

A história se passa em Mato Grosso, onde um grupo peculiar enfrenta o cerrado para uma pesquisa de doutorado de Eduardo Luz. Eduardo quer catalogar os hábitos de alguns marsupiais no cerrado e para isso conta com um motorista/cozinheiro, o Otávio, a professora Olga, Madeleine e Josber.

Acontece que durante essa pesquisa de campo, esse eclético grupo se perde e começa a ser perseguido por criaturas que só existem nos contos de fadas (pelo menos é o que eles pensaram!): os lobisomens. O leitor precisa descobrir a razão dos lobisomens estarem seguindo esse grupo, enquanto acompanha as trapalhadas e tensão que esses cinco personagens passam.

O primeiro ponto de destaque da obra é o fato de que se passa no Brasil. É interessante observar esse tipo de tema sendo explorado nas nossas terrinhas.

Outro ponto de destaque é que o autor Andre Tressoldi não se prendeu as características que estamos acostumados ao imaginar sobre lobisomens. Para início de conversa, existem tipos diferentes de criaturas para cada tipo de lua. Foi bem criativo.

E por último, mas não menos importante foi a inserção de guardiões desse mundo sobrenatural. A inserção desse grupo permite o leitor acreditar que é possível existirem lobisomens mesmo sem nunca termos visto um. A construção desse grupo em particular e até mesmo os locais que eles habitam foram bem delineados, trazendo uma maior complexidade à trama.

Vale a pena ressaltar que não é apenas o enredo que chama a atenção do leitor. A personalidade dos protagonistas, principalmente de Josber, consegue divertir o leitor mesmo no meio de perseguições. O grupo acaba arrancando risadas graças aos comentários engraçados e situações em que se encontram. Enquanto Eduardo é a voz da ciência, Otávio é a voz das crendices populares, das lendas que povoam o país. Isso permite uma leitura mais ampla, com direito a discussões com vários pontos de vista.

Em relação à revisão, diagramação e layout a editora realizou um ótimo trabalho. A capa tem um ar misterioso e combina com a história.
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Camila 20/05/2017

Gosto é algo particular mesmo...
Comprei esse livro porque gostei das avaliações dele aqui no skoob, mas acabou sendo, pra mim, outra decepção com a nova literatura brasileira. A narrativa é tosca, os personagens são toscos. A história poderia até ter sido interessante, mas ficou longe de ser bem trabalhada. Foi daqueles livros que nem tinha chegado na metade e eu já tinha certeza que iria doar na primeira oportunidade.
Theodoro 30/07/2022minha estante
Tô sentindo a mesma coisa, achei os personagens rasos, o principal pra mim é o pior de todos. Eu amo estórias de lobisomens mas essa com certeza foi a pior que li até hoje! Aliás estou lendo ainda! Tá sendo um martírio terminar essa leitura!




Cabine de Leitura 12/03/2015

Cadê a continuação... preciso dela!
Nesta leitura vamos conhecer Josber e seus quatro colegas de pesquisa, que se aventuram pelo cerrado do Mato Grosso para provar a teoria do professor e líder do grupo Eduardo, que acredita que os marsupiais brasileiros, na verdade, foram transportados da Austrália até aqui.

Eles seguem viajem pelo cerrado em uma Land Rouver, o que proporciona a equipe um certo conforto. Até que o professor decide mudar de estrategia e seguir a pé até um ponto onde acredita encontrar seus animais de pesquisa.
Com acampamento e armadilhas armadas o grupo fica na espreita a espera de suas presas para a catalogação, mas em pouco tempo tudo muda e e eles terão que lutar pelas suas vidas.

Na última gaiola tinha uma jaratataca. Enquanto estávamos examinando o animal, um horrendo uivo se levantou a uns trezentos metros de distância. -Página 26

E é nessa hora que vamos conhecer as verdadeiras características de cada personagem.
Josber de um simples e brincalhão ajudante se tornará o líder da grupo, depois que o presunçoso professor Eduardo se paralisa diante do perigo e contará principalmente com a ajuda da timída e destemida professora Olga e a voluptuosa Madeleine, claro que tudo
regado com as mais diversas rezas do motorista e cozinheiro do grupo, o enigmático Otávio. E claro, a matilha, que desejará a todo custo um dos cinco.

Observei os imensos lobos e seus olhos diabólicos e vermelhos, não sei se foi impressão minha, mas pareceu-me ter ouvido um deles soltar uma risada diabólica. -Página 30

Em meio a essa luta desenrola um romance entre o professor e a fogosa Madeleine, que se encanta com a ferocidade do Josber em defender o grupo, dando inicio a um breve triangulo amoroso. Que se dissipara quando Josber encontrar o seu grande amor em meio a um cerrado mágico.

Madeleine e eu continuávamos, ora ou outra, o flerte; Olga e Otávio estavam mais próximos, ainda que de uma maneira bastante recatada. -Página 125

E para quem acredita que o fim da lua cheia significa o fim dos lobisomens, precisa ler este livro. São uma espécie para cada tipo de lua o que torna a fuga do cerrado quase impossível, não fosse claro pela ajuda de uma raça diferente de humanos, os guardiões.

Repentinamente, houve um barulho estridente no mato, exatamente quando os vultos de pessoas do tamanho normal apareceram. - Página 102

Partir desta parte do livro, o grupo de pesquisadores serão conduzidos para um local seguro e entenderam um pouco mais sobre as perigosas feras que os tem perseguidos e entender o real motivo disso. Conheceram uma pequena cidade "encantada"
que é protegida pelos guardiões, que mantém um equilíbrio entre os humanos que residem nela e os lobos que as cerca. Nesta parte veremos um pouquinho de utopia, mas tudo de maneira sutil, sem perder o foco da trama.

Guardamos os lobisomens e este lugar. Não guardamos no sentido literal da palavra, na verdade guardamos o mundo dos lobisomens. -Página178

Mas um terremoto colocará todo o mundo em perigo e caberá a um casal salvar a humanidade. Não vou falar quem é o casal, mas vou dizer que o livro precisa urgente de uma continuação.

O livro é perfeito e o autor é inovador na maneira como encara o tema lobisomens, indo muito além de uma simples lenda urbana, mas colocando fantasia em cada detalhe.
Todos os personagens e cenários, fiéis ao cerrado brasileiro, são minuciosamente trabalhados. Acredito que o autor poderia ter explorado um pouco as comidas tipicas da região, difícilmente encontraremos no terrítorio nacional cafés da manhã com ovos mexidos e bacon. Mas de forma perspicaz o autor coloca um pouquinho de filosofia entre os diálogos, dando ainda mais conteúdo ao livro.
Um livro cheio de mistérios, mas divertido em muitos momentos, com uma pitadinha de romance sobrenatural, tenho certeza que você irá se apaixonar por essa leitura.
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Caio 06/03/2015

Necessito de uma continuação!!
A história se passa no meio do cerrado com um grupo de cinco pessoas (Josber, Eduardo, Madeleine, Olga e Otávio) que estão em uma expedição cientifica. Mas a tranquila expedição se torna o pior dos pesadelos, quando nossos queridos personagens se tornam alvos de uma alcateia de lobisomens. Otávio já tinha alertado o grupo sobre as lendas dos lobisomens, mas como era de se esperar, ninguém acreditou. Então quando são surpreendidos pelos seres folclóricos ficam em estado de choque, mas Josber toma a frente e luta com todas as forças contra as criaturas para poder salvar seus amigos.

Com o instinto de sobrevivência aflorado, nossos companheiros fazem de tudo para sobreviver aos ataques dos licantropos que tornam-se rotineiros devido a lua cheia. Após sobreviverem aos diversos ataques, eles tentam fugir do cerrado e irem de volta para casa, mas algo de estranho está acontecendo pois tanto a bússola quanto o GPS não os auxiliam. Com a chegada de uma nova noite, temos novos inimigos à espreita e avançam nossos 5 exploradores.

Mas algo inacreditável acontece nesse cenário fantástico, quando 5 seres misteriosos interveem em socorro de nossos companheiros... E agora o que será de Josber e seus amigos? Por que os lobisomens estão atrás deles? E será que eles podem confiar nos seres que lhes salvaram? Para descobrir essas respostas e muitas outras, vocês devem ler “Lua, Lobos e Cerrado”.

O livro é muito interessante, pois nos traz muitas coisas novas sobre lobisomens e por ser em um cenário brasileiro faz com que as coisas fiquem mais interessantes. Temos vários plots no livro e o autor sabe trabalhar cada um deles, além de saber a hora certa de um alivio cômico. As personagens são sensacionais você acaba se criando um vínculo com elas, mas mais ainda com Josber.

Gostei bastante do livro ainda mais por ter um final aberto, e espero muito que o autor tenha alguma continuação em mente, pois ia acrescentar bastante para o universo que ele criou.

site: http://cyimagine.blogspot.com.br/2015/03/resenha-lua-lobos-e-cerrado-andre.html
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Silva 02/03/2015

Lobos será sonho ou realidade?
Peço desculpa ao autor, por só conseguir fazer a resenha agora, pois ele enviou-me este livro grátis, para Portugal. Disse que eu não precisava de pagar o livro, só queria que eu fizesse uma resenha.

"O autor “prendeu-me” logo no primeiro parágrafo do capitulo 1… e isto é difícil de acontecer. O final desse capitulo tem acção e suspense.
Depois do 1º capitulo a acção parou um bocado, mas a partir do 4º melhorou bastante.
Os Capitulos V, VI são muito bons
O trecho da orelha está perfeito “o barulho da destruição promovida pelos lobizoons era aterrador, quase paralisante; parecia um terremoto. Por um momento fiquei com medo de que eles pudessem ferir Tiacha. Meu coração se apertou com a ideia. No interior do aposento era uma escuridão tremenda, mas Tiacha lançou uma luz verde de suas mãos que fez com que várias tochas se acendessem. Ela fez isso e fechou a porta, trancando-nos. Ouvíamos as pancadas e o estrondo das lutas misturadas a uivos. Parecia que estava tendo a terceira guerra mundial em cima de nossas cabeças. Senti muito medo.”
Vamos à história do livro - Josber é encarregado de levar um grupo de pesquisadores (Eduardo, professor e líder do grupo; Otávio, motorista; Olga, também professora e Madeleine, que, no inicio, não se sabe o que faz) pelos caminhos do ambiente mato-grossense, este grupo andava a pesquisar a correlação entre os marsupiais australianos e os do cerrado brasileiro. A história é contada por Josber (e ainda bem, pois ele tem piada).
O grupo estava sempre a zoar com Eduardo, acho que haver situações de humor num livro é bom…
(Só uma nota para o autor “eu não tive a crise dos 40”…)
Josber achava Madeleine atraente “uma vez, inclusive, amanheci melado, havia sonhado com Madeleine”, o resto deste trecho fez-me rir ao imaginar a situação.
A descrição de como Olga é pelos olhos de Josber é o máximo, apeteceu-me dar uma risada numa das expressões dele.
Afinal Otávio é medroso (devido às lendas dos lobisomens) e caladinho, mas também tem sentido de humor.
Da primeira vez que apareceram lobisomens (Será que os lobisomens são lendas ou existem mesmo? Será sonho ou verdade?), Josber teve de ser o líder, pois os restantes homens estavam paralisados de medo, “parecia que a adrenalina estava trabalhando a meu favor”.
Mal saem de um perigo, aparece logo outro, não há hipótese de descansar “Corram! Não parem e não olhem para trás”, mas o autor continua com as suas piadas ao longo da narrativa.
Num capitulo cheio de emoção (não digo qual é) tem um dos meus trechos favoritos “Antes que eu pudesse pensar, Olga juntou do chão uma pedra que pesaria aproximadamente uns cinco quilos e a ergueu sobre sua cabeça e, como uma guerreira medieval, arremessou a pedra bem em cima da pata direita daquele lobisomen. Ele grunhiu de dor e caiu de costas no chão.”
Um ponto interessante do livro é a divisão de lobos em várias espécies…. O autor é criativo.
Ao longo da narrativa há personagens que vão aprendendo lições de vida, que vão mudando com o que lhes vai acontecendo e, não perdem o sentido de humor “Espero que não seja uma daquelas histórias da bruxa em que se engordava criancinhas para depois devorá-las”.
Da página 151 à 154 foi dificil largar o livro, uma das melhores partes, só vos posso dizer que eram horas do jantar e eu nem conseguia parar de o ler (o coração batia mais forte).
O autor dá-nos a conhecer um lugar perfeito onde eu gostaria de viver, mas, infelizmente, lugares daqueles não existem só na letra Imagine de John Lennon.
Cap XIV e Cap XVI são alguns dos capítulos em que eu imaginei as cenas como se de um filme se tratasse…. Muito bom
Adorei a maneira como o autor descreveu os lugares de mato-grosso e como descreveu as casas, com pormenores.
Uma das frases da contra-capa é a seguinte : “Mesmo em meio ao desespero, surge a paixão entre Josber e Tiacha, uma fabulosa guardiã…”, só acho que essa parte da história podia ter começado um bocado antes. Gostava de ver mais romance (embora o livro tenha sido bom, seria melhor ainda se essa paixão tivesse aparecido um bocado mais cedo, mas não sendo só a paixão, senão também se tornaria cansativo, teria de ter essa paixão no meio dos perigos). E, acho que da forma como o autor terminou o livro, pode haver uma continuação, se ele quiser.
Deixo-vos com um Trecho de degustação : “Apesar do medo, não se podia negar que eram animais lindos, com pelos felpudos e brancos, mas estranhamente grandes. Eles sentaram e começaram a nos encarar. Nenhum de nós ousava proferir palavra, como se as palavras pudessem quebrar o encanto da trilha e fazer com que eles nos atacassem.”
E VALE a PENA LER.
E mais uma vez agradeço ao autor.
"
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Carol 12/01/2015

Sabe aquele livro, que você não consegue parar de ler porque desde os primeiros capítulos, prende completamente sua atenção??? Logo no inicio do livro tem um acontecimento que eu pensei: "nossa acontece isso? Não vai ter mais nada interessante depois..." Quando eu penso isso, acontece outra coisa que toma minha atenção.
O livro conta a história de Josber, e um grupo de pesquisadores, que ele tem o dever de acompanhar pelo cerrado mato-grossense, são eles o professor Eduardo que é o doutorando e idealizador da pesquisa, Madeleine que é atraente e simpática, Olga que é pouco feminina e tem uns quilinhos a mais, e Otávio o motorista que também cozinha além de morar pela região.


"Isso era o defeito dele, muito delicado em certas coisas e sistemático em outras. Nunca saberíamos o que o agradaria ou não."

Página 13.

Gostei muito da escrita do autor, que demonstra muito conhecimento na região na qual a história do livro se passa, e também a maneira como ele mescla ação com uma pitada de comédia, fica um clima descontraído que nos aproxima dos personagens.
O livro é narrado pelo personagem Josber, nome que eu achei muito interessante e singular. Assim, todo o desenrolar da história é narrada na visão dele, o que envolve seu pensamento a respeito de seus colegas de viagem, percebemos seu interesse em Madeleine, como ele questiona o conhecimento científico. Ele é um personagem intenso, engraçado e ao mesmo tempo se torna o líder que todos precisam em momentos de desespero.

"O ser humano é assim: só procura saber algo que precisa, depois que já está precisando.
Página 94.

Esse livro, me deixou com o coração saindo pela boca, quando precisavam chegar em um local a pé, porque não passava carro, dessa forma caminharam muito para chegar ao destino. E além dos vários espécimes de marçupiais, encontraram outra criatura, não apenas um, mas sim, quinze lobisomens. Nesse momento, Josber tomou a liderança e buscou soluções para a sobrevivência do grupo
O perigo era enorme, e os lobos são assustadoramente cruéis, eles estavam caçando e o grupo de pesquisadores estava em notória desvantagem. Além de estarem perdidos dentro da mata, sem proteção e com pouca alimentação, tendo como única alternativa pensar em alguma estratégia de proteção que consiste: procurar abrigo antes do anoitecer.

"(...) por que os cientistas e pesquisadores se dizem céticos e incrédulos, mas por vezes falam em intuição? Isso não seria o mesmo que crer em alguma coisa?"
Página 12.

Nessa aventura a sobrevivência do grupo que é conquistada graças a Josber, porém o final da lua cheia não significou o fim do perigo, apareceram outros tipos de lobisomens. Mas desta vez o grupo teve uma ajuda misteriosa de seres místicos.
Durante dias andando, encontram uma casa no meio do mato, onde podem realmente comer, tomar banho, e nesta casa encontram imagens das espécies de lobisomens que existem naquela região.Chegando o momento, eles são direcionados pelos seres místicos para seguir na trilha, são alimentados misteriosamente durante o caminho, imaginando que a trilha os protege.
Após dias andando na trilha encontram um viralejo, com pessoas simples, e lá os seres místicos se apresentam como guardiões e protetores daquela região, e o vilarejo em plena mata foi formados de pessoas perdidas que decidiram ficar.
Eles conhecem três tipos de lobisomens, sendo eles os Lobizoons, os lobisomens e os lobizomins. Para cada lua um lobo. Os Lobizoons eram grandes lobos brancos, maiores que os lobisomens. Os lobizomens são bipedes mais parecidos com a forma humana.
Eles ficam para conhecer o vilarejo onde as pessoas vivem de forma pacífica. Ficam encantados com a beleza dos guardiões, e ainda mais Josber que nutre um amor pela única guardiã que não tem um par da mesma espécie: Tiacha.
O livro tem muito mais acontecimentos interessantes, e vocês só vão descobrir quando desfrutarem da leitura do mesmo.

"(...) mas o fato é que existem coisas inexplicáveis, quer no céu, na terra, no mar ou nas estrelas.
-O que é o homem? Tentamos lidar com o inevitável e vemos, a cada dia, nossas teorias escorrerem pelo ralo e não somos capazes de melhorar, apesar de tudo."
Página 39.

Posso dizer que é um livro completo, tem aventura, suspense, romance, mistério, utopia. O autor dá uma aula de geografia, ao descrever muito bem o cerrado e as espécies de animais brasileiros, o que trás harmonia e complementa a fantasia da história. Eu recomendo, foi uma leitura muito agradável e fluiu muito rápido. É um livro nacional que não perde pra nenhum livro internacional, em questão de fantasia, conteúdo e originalidade, nesses aspectos ele simplesmente arrasa.
Espero que tenham gostado da resenha, e entendam a importância de valorizar os livros nacionais que são muito incríveis e não tem a visibilidade que merecem.
Abraços

site: http://umagarotaleitora.blogspot.com.br/
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Fernanda 12/01/2015

Resenha: Lua, lobos e cerrado
CONFIRA A RESENHA NO BLOG SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/01/resenha-lua-lobos-e-cerrado-andre.html
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Emilly473 13/01/2022

Sobre o livro
O livro é bom principalmente na metade para o final, porém no final deixou muitas coisas em aberto, que poderiam ser completas se não tivesse esse final tão corrido.
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><'',º> 16/04/2019

Do mesmo autor do romance Quase Acaso.
Josber é encarregado de auxiliar um grupo de estudiosos pelos diversificados caminhos do ambiente mato-grossense. No entanto, algo que parecia ser uma lenda regional começa a interferir nos dias, ou melhor, nas noites dos pesquisadores, tornando a previsível pesquisa em uma inesperada aventura.
Confrontados com essa nova realidade, terão de enfrentar várias criaturas, e a mais presente delas: os lobisomens.
Mesmo em meio ao desespero, surge a paixão entre Josber e Tiacha, uma fabulosa guardiã, que se revelará como uma questão a mais no conflito entre o humano e o sobrenatural, selando o destino de todos.

Texto extraído do livro
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L Soares 19/11/2016

Li esse livro ano passado e demorei para fazer essa resenha porque não queria ser injusto com ele, então vamos lá.
O livro conta a história de um grupo em uma expedição científica pela cerrado mato-grossense. Narrada por Josber, um auxiliar da equipe. Acredito não ser spoiler, já que consta na própria capa do livro e o próprio nome já dá uma ideia bem clara, eles se veem metidos em meio a lobisomens.
A proposta do livro é bem bacana, explorando elementos da cultura nacional em um cenário bem característico do Brasil. E apesar dos primeiros capítulos serem um pouco arrastados, a história cresce em expectativa e tensão quando as criaturas começam a surgir.
Com todo um folclore próprio, com vários tipos de lobisomens com peculiaridades entre as espécies e uma sociedade própria o autor mostra que dá explorar de jeito novo assuntos já batidos.
Apesar disso, a narração tornou a experiência difícil de ser apreciada. Talvez um leitor que acaba de ingressar no mundo da literatura e esteja dando seus primeiros passos na leitura, se dê muito bem com esse livro. Ele explica o óbvio. O narrador dá explicações científicas sobre coisas desnecessárias para a história, e que das quais eu já tinha conhecimento, o que tornava ainda mais tedioso. Inclusive explicações sobre a atitude e reações dos outros personagens.
Ao ler um texto ou livro, o leitor interpreta as reações dos personagens, e identifica medo, angústia, dor, tristeza, etc. Mas o narrador do livro, após descrever a atitude, em pensamento, interpreta e tira conclusões sobre elas.
Para alguém que tem dificuldade em interpretar o que está sendo descrito, talvez isso facilite e faça compreender melhor o livro. Mas para todos os demais leitores isso torna o livro cansativo.
As tentativas do personagem de fazer graça também são um tanto lamentáveis.
Próximo à conclusão o livro se torna uma sequência de obviedades, a não ser pelo fim, que surpreende, mas deixa mais coisas em aberto do que conclusões.
A abertura para continuação é evidente, e caso saia estarei disposto a dar uma chance, para saber que caminho a história segue e se com as mudanças de perspectiva do personagem, se a narração evoluirá com ele.
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