Lua, Lobos e Cerrado

Lua, Lobos e Cerrado André Tressoldi




Resenhas - Lua, lobos e cerrado


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Emilly473 13/01/2022

Sobre o livro
O livro é bom principalmente na metade para o final, porém no final deixou muitas coisas em aberto, que poderiam ser completas se não tivesse esse final tão corrido.
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><'',º> 16/04/2019

Do mesmo autor do romance Quase Acaso.
Josber é encarregado de auxiliar um grupo de estudiosos pelos diversificados caminhos do ambiente mato-grossense. No entanto, algo que parecia ser uma lenda regional começa a interferir nos dias, ou melhor, nas noites dos pesquisadores, tornando a previsível pesquisa em uma inesperada aventura.
Confrontados com essa nova realidade, terão de enfrentar várias criaturas, e a mais presente delas: os lobisomens.
Mesmo em meio ao desespero, surge a paixão entre Josber e Tiacha, uma fabulosa guardiã, que se revelará como uma questão a mais no conflito entre o humano e o sobrenatural, selando o destino de todos.

Texto extraído do livro
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Camila 20/05/2017

Gosto é algo particular mesmo...
Comprei esse livro porque gostei das avaliações dele aqui no skoob, mas acabou sendo, pra mim, outra decepção com a nova literatura brasileira. A narrativa é tosca, os personagens são toscos. A história poderia até ter sido interessante, mas ficou longe de ser bem trabalhada. Foi daqueles livros que nem tinha chegado na metade e eu já tinha certeza que iria doar na primeira oportunidade.
Theodoro 30/07/2022minha estante
Tô sentindo a mesma coisa, achei os personagens rasos, o principal pra mim é o pior de todos. Eu amo estórias de lobisomens mas essa com certeza foi a pior que li até hoje! Aliás estou lendo ainda! Tá sendo um martírio terminar essa leitura!




L Soares 19/11/2016

Li esse livro ano passado e demorei para fazer essa resenha porque não queria ser injusto com ele, então vamos lá.
O livro conta a história de um grupo em uma expedição científica pela cerrado mato-grossense. Narrada por Josber, um auxiliar da equipe. Acredito não ser spoiler, já que consta na própria capa do livro e o próprio nome já dá uma ideia bem clara, eles se veem metidos em meio a lobisomens.
A proposta do livro é bem bacana, explorando elementos da cultura nacional em um cenário bem característico do Brasil. E apesar dos primeiros capítulos serem um pouco arrastados, a história cresce em expectativa e tensão quando as criaturas começam a surgir.
Com todo um folclore próprio, com vários tipos de lobisomens com peculiaridades entre as espécies e uma sociedade própria o autor mostra que dá explorar de jeito novo assuntos já batidos.
Apesar disso, a narração tornou a experiência difícil de ser apreciada. Talvez um leitor que acaba de ingressar no mundo da literatura e esteja dando seus primeiros passos na leitura, se dê muito bem com esse livro. Ele explica o óbvio. O narrador dá explicações científicas sobre coisas desnecessárias para a história, e que das quais eu já tinha conhecimento, o que tornava ainda mais tedioso. Inclusive explicações sobre a atitude e reações dos outros personagens.
Ao ler um texto ou livro, o leitor interpreta as reações dos personagens, e identifica medo, angústia, dor, tristeza, etc. Mas o narrador do livro, após descrever a atitude, em pensamento, interpreta e tira conclusões sobre elas.
Para alguém que tem dificuldade em interpretar o que está sendo descrito, talvez isso facilite e faça compreender melhor o livro. Mas para todos os demais leitores isso torna o livro cansativo.
As tentativas do personagem de fazer graça também são um tanto lamentáveis.
Próximo à conclusão o livro se torna uma sequência de obviedades, a não ser pelo fim, que surpreende, mas deixa mais coisas em aberto do que conclusões.
A abertura para continuação é evidente, e caso saia estarei disposto a dar uma chance, para saber que caminho a história segue e se com as mudanças de perspectiva do personagem, se a narração evoluirá com ele.
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Nat 20/05/2016

Jobster está acompanhando um grupo de estudiosos pelo cerrado mato-grossense. Eduardo, o doutorando a quem a pesquisa sobre marsupiais pertence,a professora Olga, o motorista Otávio e Madeleine, que parece mais ser uma acompanhante de Eduardo do que outra coisa, se embrenham no cerrado a trabalho, mas logo na primeira noite são atacados por criaturas estranhas que eles só conseguem definir como sendo lobisomens. Toda noite eles são atacados e quase mortos, até receberem uma ajuda inesperada e, na trilha de fuga, acabam indo parar em uma cidade mágica e escondida pelo tempo, e descobrem a verdade por trás dos lobisomens do cerrado e seus guardiões.

Esse livro não é nada do que eu pensei que seria, o que foi bom, porque quando eu comecei a ler, achei a história meio arrastada. A partir do capítulo 6, a história começa a melhorar porque tem mais ação. Gostei do modo como o autor apresenta os lobisomens, gostei de ter um “tipo” de lobisomem para cada fase da lua. Também curti bastante a criação de uma cidade escondida com ares de cidade do século XVIII. História muito boa, recomendo.

site: http://ofantasticomundodaleitura.blogspot.com.br/2016/05/lua-lobos-e-cerrado-andre-tressoldi-rc.html
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Gui 30/01/2016

um comentário
A forma como narra a história é bem envolvente. Foi uma das leituras de janeiro de 2016 e confesso que foi cativante do começo ao fim. É um livro totalmente diferente ao ideal e formal, a qualquer conto de lobisomem, é um enredo consistente e o teor conteudista é fluido, direto e inovativo! O final é um espetáculo e o que me deixa mais gratificado é ver mais um dos nossos escritores da literatura brasileira engajados desempenhando, como sempre, afinco e valor a base literária.
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LAPLACE 12/11/2015

Lua, Lobos e Cerrado - André Tressoldi
Josber é um dos integrantes da equipe do professor Eduardo Luz, que viaja para o cerrado mato grossense para fotografar e catalogar os hábitos de alguns marsupiais da região, em virtude de uma pesquisa de doutorado que está realizando. Maravilhado com o cenário, Josber desfruta do passeio longe do tumulto da cidade.

Entretanto, ao mesmo tempo sente-se incomodado ao ser tratado como burro de carga — até por não ser tão letrado como o líder da viagem e sua colega de pesquisa, a professora Olga —, e por fazer todo o trabalho pesado com o motorista Otávio, enquanto os estudiosos se divertem, assim como a misteriosa Madeleine, que parece acompanhá-los apenas para ficar junto de Eduardo.

Enquanto mergulham cada vez mais profundo no cerrado em busca do objetivo, o grupo ouve as lendas sobre lobisomens do supersticioso Otávio, porém não leva a sério. Até que a fantasia se torna realidade, e eles se veem perseguidos pelos famintos lobos dos contos de fada.

Presos dentro de um mundo fantástico, sem sair do Mato Grosso, o grupo conta com a ajuda dos guardiões para tentarem sobreviver às criaturas. Dentre esses novos seres está Tiacha, por quem Josber logo se apaixona.

Quer saber o que acontece? Então corre para ler o livro.

***

Lua, Lobos e Cerrado é o quarto livro do autor André Tressoldi, e foi publicado em 2014 pelo selo Talentos da Literatura Brasileira da editora Novo Século. Apesar de não curtir o gênero terror, gostei muito da capa e achei incrível o fato de um autor nacional ambientar uma história de lobisomens aqui no Brasil, incorporar isso à nossas lendas, valorizando nossa terra, então fiquei bastante curioso para ler a obra. Porém, mesmo assim, por não se tratar de uma leitura que é meu estilo, busquei não criar expectativas.

A trama começa sem rodeios, já com a pesquisa do Eduardo, e vamos descobrindo a personalidade dos personagens ao passar das páginas. Cada um tem características únicas, e apesar de termos pessoas com diferentes níveis de escolaridade, achei interessante como o autor conduziu os debates filosóficos do grupo, permitindo que todos tivessem algo importante a dizer. Contudo, alguns desses diálogos me incomodaram, não sei como as pessoas conseguiriam discutir temas reflexivos quando há lobisomens atrás delas.

Outra questão que não me agradou foi o apelo sexual da obra. Nudismo, sexo e desejos carnais estão bem presentes ao longo da trama, e eu, particularmente, não vi necessidade para isso. Como falei antes: “Tem lobisomens atrás de você, caramba, por que raios você se preocupa em atravessar o rio pelado para se exibir e mostrar que não está nem aí para pessoas completamente desconhecidas te verem como você veio ao mundo?!”. Ou então: “É sério que você está preocupado em fazer sexo no meio do mato, quando há lobisomens querendo te matar e podem estar à espreita?”.

Agora um ponto que achei fantástico foi a concepção dos lobisomens. O André criou algo que nunca vi antes, bastante original e que nos proporciona ótimas cenas de ação e tensão. Enquanto o grupo luta pela sobrevivência, usando tudo o que têm ao seu alcance, perguntamo-nos como conseguirão sobreviver ao próximo ataque. E quando a história avança para um determinado ponto, quando descobrimos mais desse mundo fantástico, as coisas ficam mais tensas — embora não pareçam às vezes — e constantemente repeti: “Isso não vai dar certo”.

E dentro desses meus “não vai dar certo” está algo relacionado ao final da trama. É algo pelo qual tememos ao longo da leitura e quando chega o momento em que finalmente acontece, o André acaba o livro. Eu sinceramente espero que ele faça uma continuação para a obra, porque ficaram quase todas as pontas soltas ao término do livro, foram muitas perguntas sem respostas. Consigo até imaginar o André se divertindo com nossa angústia por querer saber o que aconteceu.

Lua, Lobos e Cerrado é um livro de terror leve — como disse, embora não tenha conhecimento do gênero, eu o classificaria assim —, se você curte livros de terror tenha isso em mente — assim como o grande apelo sexual, caso também curta esse tipo de leitura — quando for ler, para não correr o risco de frustrar suas expectativas.
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Vicky 28/07/2015

E eles achavam que sabiam tudo sobre lobisomens...
Vou começar essa resenha dizendo que estou profundamente envergonhada. O André fechou uma parceria super bacana comigo e, em troca, demoro quase seis meses para avaliar seu livro. Tsc, tsc. Que vexame, hein Vicky! André, aqui deixo minhas sinceras desculpas e uma promessa de que não acontecerá novamente. Bom, ele me enviou seu livro (obrigadão!) em janeiro, selando assim a primeira parceria oficial do blog. Hipi, hipi, urra! Obrigada pela confiança, André, e sucesso!
Vamos lá. Naturalmente, sendo Lua, Lobos e Cerrado meu primeiro livro fruto de uma parceria, minhas expectativas estavam lá no topo. Portanto, como uma expert em expectativas que não deram em nada, bateu, sim, aquele medinho do livro me desagradar. Não sou lá muito fã de histórias fantásticas, muito menos daquelas que de alguma forma envolvem lobisomens (entenda como trauma da saga crepúsculo). Porém, Tressoldi conseguiu trazer algo de novo à sua obra, algo interessante. Ele não se prendeu ao que o público já conhece sobre essas criaturas, mas se expôs ao criar novos conceitos, novos fatos e, principalmente, novas possibilidades. No entanto, ainda assim, houve pontos do livro que me deixaram com a pulga atrás da orelha e que, já, já, vou esclarecer. Primeiro, deixem-me explicar um pouco da história.
Josber está liderando uma equipe de pesquisadores pelo cerrado do Mato Grosso. A equipe é composta por Eduardo, um doutorando, Olga, professora, Otávio, o motorista e Madeleine. Os cinco pretendiam fazer uma simples viagem, concluir logo a pesquisa e voltar para casa. Aí é que está. Numa noite em que decidem sair para procurar o animal alvo da pesquisa, se descobrem frente a frente com lendárias criaturas, famosas na região e temidas por todos: os lobisomens. Como se não fosse o bastante, depois da macabra experiência a equipe se perde em pleno cerrado, sem ajuda, sem ideia de localização e o pior: tendo que dividir o ambiente com as feras. As coisas esquentam quando se revela que aqueles lobisomens estão ali por um propósito, atrás deles. Então, começa a maior aventura da vida desses pesquisadores, que inclui descobertas estonteantes, criaturas amedrontadoras e segredos letais. Por exemplo: sabia que existem não apenas um, mas quatro tipos de lobisomem, um para cada lua? Pois é; eu também não. Essa é apenas uma das novidades que Tressoldi traz em sua obra, fascinante e desconcertante ao mesmo tempo.
Ler a sinopse, eu admito, me atiçou e muito a curiosidade. Portanto, quando o livro chegou, eu estava prestes a viajar do Maranhão a São Paulo de carro; ou seja, eu teria quase 48 horas entendiantes enfurnada num veículo para me dedicar à leitura do livro. Talvez por causa da tranquilidade da viagem ou pelo fato de não haver mais nada com que eu pudesse me distrair, prestei atenção em detalhes do livro que eu provavelmente ignoraria em outra ocasião.
Primeiro: a escrita. Quem já leu outras resenhas minhas sabe que eu sempre me atento fervorosamente às características da escrita do autor. Nesse caso, não foi diferente. Há algo na obra de Tressoldi que me atrai; sua escrita é complexa, detalhista e leve ao mesmo tempo. Gostei muito da forma que ele conseguiu descrever com maestria o ambiente do cerrado e, ainda assim, não se descuidar do que estava acontecendo naquele momento ou cansar o leitor com suas descrições. No entanto, algo me incomodou. Percebi que no livro há muitos trechos definitivamente desnecessários - quem já leu o livro provavelmente vai saber do que estou falando. São trechos que fogem do foco da história, fazendo parecer uma coisa muito amadora. Sou uma leitora que aprecio muito a riqueza de detalhes, mas daqueles que convêm. Certas passagens do livro ficaram até sem sentido, porque aquilo era realmente desnecessário.
Gostei da forma como os personagens foram crescendo ao longo da trama. Começaram ali, como pequenos visitantes, e a medida que podiam mostrar mais de si, se revelaram grandes amigos do leitor. Vemos as particularidades, loucuras, pensamentos de cada um (mesmo que a narração fique apenas a cargo de Josber) claramente e simpatizamos com a galera. Madeleine, que pode parecer uma doce jovem no início, acaba de revelando um pouco menos tímida durante a trama. Eduardo nem sempre é tão durão e Olga pode, sim, apresentar um lado mais feminino. A forma como eles foram "obrigados" a se unirem em prol da sobrevivência de cada um é muito bonita. Há cenas em que um se arrisca pelo nobre objetivo de salvar a vida de outro. Ponto para Tressoldi! Porém, a narração feita por Josber deixou a desejar. Não pela falta de detalhes (como já disse, admirei muito esse ponto da escrita de Tressoldi), mas porque, em certas vezes, havia detalhes demais. Havia coisas que o narrador poderia simplesmente ignorar ou não enfatizar tanto, porque chegou a ficar vulgar às vezes.
O enredo, por outro lado, me agradou. Vivo dizendo que, para uma história ser ao menos boa, o autor precisa unir boa escrita e um enredo original. Sei de gente que, caso se deparasse com um livro com temática de lobisomens, provavelmente dispensaria por ser algo que já se tornou comum na literatura fantástica. Contudo, com sua trama, Tressoldi não teve medo de investir em sua imaginação e pôr tudo no papel. O enredo foge dos clichês que estamos acostumados a ver e apresenta o leitor a um novo universo dessas criaturas, que eu, particularmente, nunca vira antes. Com um bom enredo, o desenvolvimento organizado praticamente fechou a obra com chave de ouro. A história claramente teve um início (a chegada dos pesquisadores e o início das descobertas), um meio (esclarecimento da situação e todos os contratempos) e um final (arrebatador e inesperado).
O desfecho foi muito bom! Vale lembrar que até agora não citei uma personagem de suma importância: Tiacha. Ela é uma das guardiãs e um tipo de lobisomem que se dispõe a ajudar Josber e sua prole desde o momento em que eles entram em apuros. Ela também será a responsável por capturar o coração de Josber, dando início a uma série de eventos que ameça tudo o que os lobisomens têm conquistado até então - inclusive a paz entre as espécies. Acho até que o final, embora sem pontas, se tornou um bom gancho para uma continuação já que, embora satisfatório, o desfecho em si aconteceu muito depressa.

O acabamento ficou incrível. A capa traz um ar de mistério, suspense e até mesmo um pouco de terror. A chamada - E eles achavam que sabiam tudo sobre lobisomens... - atrai a atenção do leitor e o anima para conhecer a história. A fonte da letra e o tamanho ficaram ideais para uma leitura confortável. Não encontrei erros de revisão, o que me deixou muito alegre! rsrsrs
Na minha opinião, Lua, Lobos e Cerrado é um livro bom e que abre uma infinidade de horizontes para André Tressoldi, além de ter apontado alguns avisos de melhora para que cada livro seja melhor que o outro. Gostei muito da forma com Tressoldi lidou com a trama que tinha em mãos. Espero ler mais livros do autor em breve! Recomendo!

site: omundosecretodavick.blogspot.com
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Ludy 09/06/2015

Lua, Lobos e o Cerrado - André Tressoldi
Para concluir sua pesquisa de doutorado Eduardo reuni uma grupo de cinco pessoas um motorista/cozinheiro, o Otávio, a professora Olga, a linda Madeleine e Josber, onde eles enfrentam o cerrado do Mato Grosso para catalogar os hábitos de alguns marsupiais no cerrado e provar que muitos deles foram exportados para o Brasil. Durante essa pesquisa de campo, eles se perdem e começam a ser perseguidos por criaturas (Os lobisomens) que pela lógica até então eles se recusavam a admite que que eles existiam. Mas a questão é que eles querem que entregar ela, mas quem é ela? Olga ou Madeleine? E o que querem com ela? E o mais importante se tiverem o que vão fazer com ela? Será que vão consegue o que querem?
A leitura é incrível pois a cada página nos perguntamos a razão dos lobisomens estarem perseguindo o grupo, enquanto acompanhamos as confusões e tensão que esses cinco passam para continuarem vivos. Descobrimos um mundo novo e que nós cativa muito, não só pelo fato que tudo isso se passa no Brasil mas por trazer no enredo vários elementos da cultura e costumes brasileiros.
Andre Tressoldi trouxe uma grande inovação para a história dos lobisomens não se prendendo as características e as "verdades" que estamos acostumados. Eles achavam que sabiam tudo sobre lobisomens... Nós não sabíamos nada sobre os lobisomens!!


site: http://meuparadoxoliterario.blogspot.com.br/2015/01/resenha-lua-lobos-e-o-cerrado-andre.html
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ricardo_22 25/04/2015

Resenha para o blog Over Shock
Lua, Lobos e Cerrado, André Tressoldi, 1ª edição, Barueri-SP: Novo Século (Talentos da Literatura Brasileira), 2014, 328 páginas.

A missão de Josber é auxiliar um grupo de pesquisadores no cerrado mato-grossense. No entanto, o que antes não passava de uma lenda, acaba influenciando diretamente a rotina de Josber e seus acompanhantes, que da noite para o dia são obrigados a enfrentar lobisomens e outras criaturas misteriosas. Sem qualquer resposta que os ajude a compreender o que está acontecendo, eles embarcam em uma aventura capaz de revelar segredos até então inimagináveis.

“Meu coração ficara pesado, me deu vontade de chorar. Sentia-me como se estivesse dentro de um pesadelo sem fim. Algo me dizia: havia alguma coisa de errada com aquela noite. Meu corpo começou a se arrepiar todinho. Tinha a impressão que éramos observados de longe. Ai, que sensação terrível” (pág. 100).
A literatura, assim como toda expressão artística, vive de momentos, porém alguns elementos nunca saem de moda. Esse é o caso dos lobisomens. Embora não seja mais explorado como em anos anteriores, esses seres continuam dando motivos suficientes para um leitor embarcar em uma nova leitura, especialmente quando um autor nacional os explora em um cenário tipicamente brasileiro, como o cerrado.

Em Lua, Lobos e Cerrado, terceiro romance de André Tressoldi, o autor tinha em mãos o que talvez fosse a sua melhor ideia, mas não explorou por completo todas as possibilidades. Ainda no início, a impressão que se tem é que isso acontecerá naturalmente através de Otávio, o mais supersticioso do grupo de aventureiros, no entanto isso não demora a se tornar um grande engano.

Esse pequeno detalhe é rapidamente deixado de lado quando os lobisomens passam a ser tratados com uma originalidade quase sem igual, porém um ponto negativo não demora a se sobressair: o narrador. Josber é talvez o narrador mais chato da nossa literatura nos últimos anos e muito disso se deve a sua insistência em ser engraçado a todo custo. Ele falha em todas as tentativas e, mais do que isso, muitas vezes faz comentários que não agregam absolutamente nada ao enredo. Por isso a chance de agradar é quase irrisória.

Isso poderia facilmente ser relevado quando o enredo chegasse ao seu ápice, mas é justamente nesse momento que a obra perde tudo o que até então despertou a atenção. Ainda que os primeiros capítulos sejam excessivamente longos — repetindo a característica de Tressoldi em Quase Acaso —, eles caminham em alguma direção, o que deixa de acontecer do meio para o final. Os capítulos se tornam monótonos, os diálogos sem qualquer necessidade e os relacionamentos forçados, como se um novo livro estivesse se iniciando.

Não dá parar negar, no entanto, que o autor foi muito feliz na maneira como criou diferentes espécies de lobisomens, cada qual com sua própria característica bem particular. Por isso, uma ideia fantástica não ser trabalhada como poderia de fato acontecer não significa, necessariamente, que ela deva ser descartável. Afinal, em sua obra André Tressoldi prova que um elemento explorado incansavelmente ainda pode reservar surpresas.

site: http://www.overshockblog.com.br/2015/04/resenha-321-lua-lobos-e-cerrado.html
Rafael 10/07/2015minha estante
Foi bem por ai, ótima resenha!




Fer - Mato Por Livros 06/04/2015

Eletrizante
Eletrizante.


Assim começo minha resenha. Realmente é aquele tipo de livro que em boa parte dos momentos lhe deixa com aquela aflição peculiar de filmes de suspense ou aventura.

Um grupo de estudos está localizado na região mato-grossense. Uma equipe com 5 pessoas. Eduardo o líder, a professora assistente Olga, Madeleine; namorada de Eduardo, Otávio o motorista e cozinheiro do grupo e Josber o auxiliar de Eduardo.

Tudo ia bem com a pesquisa, até que eles se perdem na região e precisam passar a noite no meio da mata. Eles jamais poderiam adivinhar o perigo que os ronda.


Uma única noite pode trazer perigos inimagináveis. E quando eles menos esperam suas vidas estão em risco.

Eles terão que enfrentar algo que antes não acreditavam existir: os lobisomens. E esses seres não estão para brincadeira.

Josber consegue salvá-los na primeira noite, mas eles ainda vão precisar de muita ajuda, já que o retorno para casa parece estar mais longe do que o previsto.

Os lobisomens persistem em sua busca, eles querem alguém do grupo e os cinco não conseguem entender nem quem é e muito menos o motivo, o que eles sabem é que a cada minuto suas vidas podem estar por um fio.

Mas eles receberão ajuda de onde menos esperam. Quem serão esses seres? E porque o estão ajudando? Duvidas essas que só serão sanadas quando eles conseguirem chegar a um local seguro, guiados pelos seres desconhecidos, e quando Josber conhecer a linda e hipnotizável Tiacha.

"Não precisavam de televisão, encenavam suas próprias peças; não precisavam de redes sociais, estavam conectados à vida real; não precisavam de jornais para saber dos acontecimentos do mundo, pois os acontecimentos do mundo não lhe interessavam..."

Mas e agora o que espera por eles?


Bem com certeza é uma leitura instigante. Achei o começo da história um pouco lento, mas logo eu estava vidrada e angustiada para saber como eles iriam se safar dessa.

Para mim os personagens foram perfeitamente descritos. Cada um bem delineado e nos transmitem, penso eu, exatamente o que o autor queria que sentíssemos.

Eduardo é aquele cara chato, totalmente irritante e que se acha um sábio, mas é um bom covarde isso sim.

Otávio é o “na dele”, mas que tem muita sabedoria, mas também é bem medroso.

Olga é a tímida, mas uma pessoa muito inteligente.

Madeleine foi a única que não consegui captar muito bem a sua essência, por vezes achei mesmo que ela fosse uma interesseira, outras não sabia o que pensar. Mas é fato que não gostei de suas atitudes para com Josber, e claro ele também não foi dos mais corretos.

Quanto a ele, devia ser o líder do grupo, mas uma pessoa ainda meio imatura em suas atitudes, mas que com certeza me rendeu boas risadas, e claro, se não fosse por ele, ninguém teria saído vivo de toda essa aventura.

A explicação do porque os lobisomens perseguiam o grupo, foi no mínimo... curiosa, e até engraçada eu diria. Mas realmente o autor surpreendeu ao criar um mito totalmente diferente em torno dos lobisomens e isso foi valido, porque mais do mesmo já cansou.

Só senti falta de mais romance, afinal na sinopse temos o anunciado da paixão entre Josber e Tiacha, mas achei que a história ficou muito carente nesse quesito. Mas acho que isso é tema para a continuação do livro.

E o final também achei um pouco corrido. E senti falta de mais algum elemento surpresa. Em um momento eu estava com toda a adrenalina e em outro esperando por algum efeito surpresa que infelizmente no final acabou não vindo.

Mas estou ansiosa pela continuação. Com certeza a história promete. Porque gostaria de saber que fim levaria o amor impossível de Josber e Tiacha.

E estou muito curiosa pelas outras obras do autor. Só escuto falar muito bem e tem uma temática mais policial, que faz ainda mais minha preferência.


Espero que gostem.

site: www.matoporlivros.com.br
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Cabine de Leitura 12/03/2015

Cadê a continuação... preciso dela!
Nesta leitura vamos conhecer Josber e seus quatro colegas de pesquisa, que se aventuram pelo cerrado do Mato Grosso para provar a teoria do professor e líder do grupo Eduardo, que acredita que os marsupiais brasileiros, na verdade, foram transportados da Austrália até aqui.

Eles seguem viajem pelo cerrado em uma Land Rouver, o que proporciona a equipe um certo conforto. Até que o professor decide mudar de estrategia e seguir a pé até um ponto onde acredita encontrar seus animais de pesquisa.
Com acampamento e armadilhas armadas o grupo fica na espreita a espera de suas presas para a catalogação, mas em pouco tempo tudo muda e e eles terão que lutar pelas suas vidas.

Na última gaiola tinha uma jaratataca. Enquanto estávamos examinando o animal, um horrendo uivo se levantou a uns trezentos metros de distância. -Página 26

E é nessa hora que vamos conhecer as verdadeiras características de cada personagem.
Josber de um simples e brincalhão ajudante se tornará o líder da grupo, depois que o presunçoso professor Eduardo se paralisa diante do perigo e contará principalmente com a ajuda da timída e destemida professora Olga e a voluptuosa Madeleine, claro que tudo
regado com as mais diversas rezas do motorista e cozinheiro do grupo, o enigmático Otávio. E claro, a matilha, que desejará a todo custo um dos cinco.

Observei os imensos lobos e seus olhos diabólicos e vermelhos, não sei se foi impressão minha, mas pareceu-me ter ouvido um deles soltar uma risada diabólica. -Página 30

Em meio a essa luta desenrola um romance entre o professor e a fogosa Madeleine, que se encanta com a ferocidade do Josber em defender o grupo, dando inicio a um breve triangulo amoroso. Que se dissipara quando Josber encontrar o seu grande amor em meio a um cerrado mágico.

Madeleine e eu continuávamos, ora ou outra, o flerte; Olga e Otávio estavam mais próximos, ainda que de uma maneira bastante recatada. -Página 125

E para quem acredita que o fim da lua cheia significa o fim dos lobisomens, precisa ler este livro. São uma espécie para cada tipo de lua o que torna a fuga do cerrado quase impossível, não fosse claro pela ajuda de uma raça diferente de humanos, os guardiões.

Repentinamente, houve um barulho estridente no mato, exatamente quando os vultos de pessoas do tamanho normal apareceram. - Página 102

Partir desta parte do livro, o grupo de pesquisadores serão conduzidos para um local seguro e entenderam um pouco mais sobre as perigosas feras que os tem perseguidos e entender o real motivo disso. Conheceram uma pequena cidade "encantada"
que é protegida pelos guardiões, que mantém um equilíbrio entre os humanos que residem nela e os lobos que as cerca. Nesta parte veremos um pouquinho de utopia, mas tudo de maneira sutil, sem perder o foco da trama.

Guardamos os lobisomens e este lugar. Não guardamos no sentido literal da palavra, na verdade guardamos o mundo dos lobisomens. -Página178

Mas um terremoto colocará todo o mundo em perigo e caberá a um casal salvar a humanidade. Não vou falar quem é o casal, mas vou dizer que o livro precisa urgente de uma continuação.

O livro é perfeito e o autor é inovador na maneira como encara o tema lobisomens, indo muito além de uma simples lenda urbana, mas colocando fantasia em cada detalhe.
Todos os personagens e cenários, fiéis ao cerrado brasileiro, são minuciosamente trabalhados. Acredito que o autor poderia ter explorado um pouco as comidas tipicas da região, difícilmente encontraremos no terrítorio nacional cafés da manhã com ovos mexidos e bacon. Mas de forma perspicaz o autor coloca um pouquinho de filosofia entre os diálogos, dando ainda mais conteúdo ao livro.
Um livro cheio de mistérios, mas divertido em muitos momentos, com uma pitadinha de romance sobrenatural, tenho certeza que você irá se apaixonar por essa leitura.
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