Rodrigo 25/09/2015
Este livro é uma compilação do famoso "príncipe dos pregadores" sobre o que ele denominava "o ofício de maior realeza" - conquistar almas. Charles Spurgeon foi um dos maiores conquistadores de almas da história e seus sermões são lidos por milhares de pessoas ao redor do mundo. Com intenso zelo e ardor ele discorre sobre aquilo que foi a característica principal de sua vida e ministério: “levar pecadores a Cristo”.
Ele começa demonstrando que conquistar uma alma é primeiramente instruir o homem de modo que conheça a verdade de Deus, e isso só é possível através da proclamação do evangelho. Aqui ele parece que está falando aos homens de nossos dias quando se opõe firmemente ao pragmatismo, a disputa de membresia entre as igrejas e aos pregadores que se esforçam para salvar os homens mediante artimanhas como a exibição de bela oratória ou atiçando as emoções e com isso deixando de lado o evangelho em sua pureza.
A seguir Spurgeon fala sobre as qualificações que devemos ter para a conquista de almas: caráter santo, espírito humilde, uma fé viva, constante ardor, singeleza de coração, completa submissão a Deus, entre outras são características daqueles que são instrumentos adequados para que Deus transmita sua Palavra aos homens. E continua falando sobre as dificuldades que encontraremos pelo caminho em nossa tarefa. Indiferença, amor ao pecado, justiça própria e mundanismo total são alguns dos obstáculos que encontraremos nos homens que nos resistirão em nossa árdua tarefa. Com isso devemos buscar o auxílio do Espírito Santo para remover os obstáculos com o fim de que as almas sejam salvas e Deus seja glorificado.
Spurgeon também fala dos custos e a recompensa de ser um conquistador de almas e por todo livro podemos ver seu intenso ardor pelas almas: “Eu desejaria antes levar um só pecador a Jesus Cristo do que desvendar todos os mistérios da Palavra de Deus, pois a salvação é aquilo pelo que devemos viver. Oxalá eu pudesse compreender todos os mistérios; todavia, acima de todos eles, eu proclamaria o mistério da salvação das almas pela fé no sangue do Cordeiro” (pág. 204). E também seu profundo desejo que todos fossem ganhadores de almas: “Vocês nunca conquistaram nem uma só alma para Jesus? Terão uma coroa no céu, mas sem jóias. Irão para o céu sem filhos” (pág. 205).
Recomendo este livro para aqueles que desejam essa solene e primordial tarefa que é ser um pescador de homens e também para aqueles que por muito tempo tem negligenciado a grande comissão do Senhor Jesus.
Que assim como Spurgeon, venhamos todos a ter um intenso ardor e uma profunda expectativa por levar os perdidos até Cristo!