Bela Lima 07/05/2016 E, ao mesmo tempo em que eles não sabem quem são, eles começam a se apaixonar por quem descobrem serem."Melhores amigos desde que podia andar. No amor desde a idade de quatorze anos. completos estranhos desde esta manhã. Ela vai fazer qualquer coisa para se lembrar. Ela vai fazer de tudo para esquecer."
Em português foi traduzido como Nunca Jamais, mas prefiro Never Never ou Nunca Nunca, então...
“É assustador não saber quem você é, e ainda mais assustador pensar que você vai errar.”
Em Never Never, Charlie acorda na sala de aula sem nenhuma lembrança, ela apenas abre os olhos e se vê cercada de pessoas que não conhece, mas, além disso, Charlie não sabe quem é. Silas não está numa situação diferente, ele e Charlie são namorados há dois anos, contudo ele não tem nenhuma lembrança dela. Ela é tão estranha para ele quanto seu próprio reflexo. Com ajuda um do outro, unidos pelas incertezas, perguntas sem respostas, eles precisam se lembrar quem são e porque estão assim.
Enquanto Silas quer lembrar quem era, Charlie deseja esquecer. Todas as provas, os comentários das pessoas, tudo mostra fragmentos que faz com que ela não deseje ver o quadro completo. A Charlie que todos falam é má, que brinca com os sentimentos dos outros, que machuca todos ao seu redor para se sentir melhor.
“Eu odeio essas pessoas. Elas são irritantes. Exceto, que eu meio que gosto de Silas. Mais ou menos.”
Nunca li um livro de Tarryn, mas soube diferenciar os capítulos dela da Colleen (que sou fã) bem fácil. Charlie é de Tarryn e, pelas resenhas que li, parece que as protagonistas que ela cria são... Egoístas, com ações duvidosas. Fiquei sobre corda bamba em relação a Charlie, porque Silas é ma-ra-vi-lho-so e ela age como uma vadia na maior parte do tempo. Todos os personagens da Colleen são um sonho divino (ate o piorzinho, vulgo O Lado Feio do Amor) e Silas não me decepcionou.
Ele é fofo, doce, romântico... (e quero ele para mim *suspiro*) Silas é gosta de fotografas coisas mórbidas, é um bom irmão, uma boa pessoa, enquanto Charlie não gosta de ser tratada como uma donzela em perigo e é osso duro de roer, além de sua irmã parecer odiá-la. E, ao mesmo tempo em que eles não sabem quem são, eles começam a se apaixonar por quem descobrem serem.
“Ela está perdida em pensamentos. Eu estou perdido nela.”
Nenhuma pergunta é respondida na primeira parte, somos apresentados a fatos, a pedaços aleatórios de informações que não se encaixam. As autoras nos apresentam os personagens, contudo mais nada. Por que há sangue na cama de Silas? Por que ele transava com a psicóloga e Charlie com outro mesmo estando juntos? Por que eles continuavam namorando se parecia um castigo? Por que seus pais se odeiam? E as perguntas continuam...
Amei a narração, a capa, a historia. Tudo. Esse livro virou um dos meus favoritos, há drama, romance e fantasia tudo em proporções certas. Ele é pequeno, sempre acaba rápido em minhas mãos... E continuo achando que poderia ser apenas um livro ao invés de três partes separadas. Silas e Charlie, Colleen e Tarryn. Eles. Elas. Espero ver mais dessa historia.
“Poderia não significar nada. Poderia significar tudo. (...) Ou tudo poderia significar absolutamente nada.”
site:
http://sougeeksim.blogspot.com/2016/05/resenha-never-never-parte-um_7.html