O Estado empreendedor

O Estado empreendedor Mariana Mazzucato




Resenhas - O Estado Empreendedor


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Lista de Livros 21/07/2023

Lista de Livros: O Estado empreendedor, de Mariana Mazzucato
Parte I:

“Quando o Estado é organizado eficientemente, sua mão é firme mas não pesada, proporcionando a visão e o impulso dinâmico (assim como alguns “cutucões” — embora os cutucões não possam ser dados pela revolução da TI do passado nem pela revolução verde de hoje), acontecem coisas que de outra forma não aconteceriam. Tais ações visam encorajar o setor privado. Isso requer a compreensão de que o Estado não é nem um “intruso” nem um mero facilitador do crescimento econômico. É um parceiro fundamental do setor privado — e em geral mais ousado, disposto a assumir riscos que as empresas não assumem. O Estado não pode e não deve se curvar facilmente a grupos de interesse que se aproximam dele em busca de doações, rendas e privilégios desnecessários, como cortes de impostos. Em vez disso, deve procurar aqueles grupos de interesse com os quais possa trabalhar dinamicamente em sua busca por crescimento e evolução tecnológica. (...)

Um Estado empreendedor não apenas “reduz os riscos” do setor privado, como antevê o espaço de risco e opera corajosa e eficientemente dentro desse espaço para fazer as coisas acontecerem. De fato, quando não se mostra confiante, o mais provável é que o Estado seja “submetido” e se curve aos interesses privados. Quando não assume um papel de liderança, o Estado se torna uma pobre contrafação do comportamento do setor privado em vez de uma alternativa real. E as críticas costumeiras de que o Estado é lento e burocrático são mais prováveis nos países em que ele é marginalizado e obrigado a desempenhar um papel puramente “administrativo”.”
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Mais do blog Lista de Livros em:
https://listadelivros-doney.blogspot.com/2023/07/o-estado-empreendedor-desmascarando-o.html

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Parte II:

“Desde o início humilde vendendo computadores pessoais até sua posição atual como líder da indústria de comunicação e informação mundial, a Apple tem dominado tecnologias de design e engenharia desenvolvidas e financiadas pelo governo americano e pelas Forças Armadas. A habilidade da Apple reside principalmente em sua capacidade de (a) reconhecer tecnologias emergentes com grande potencial, (b) aplicar conhecimentos complexos em engenharia para integrar com sucesso tecnologias emergentes reconhecidas e (c) manter uma visão corporativa clara, priorizando o desenvolvimento de produtos com foco no design para a maior satisfação do usuário. São essas habilidades que permitiram que a Apple se transformasse em uma potência mundial da indústria de eletrônicos e computadores. Durante o período que antecedeu o lançamento de seus produtos mais populares da plataforma iOS, a Apple recebeu enorme apoio direto e/ou indireto do governo proveniente de três áreas principais:

1. Investimento direto de capital nos estágios iniciais de criação e crescimento.

2. Acesso a tecnologias resultantes de programas de pesquisa governamentais, iniciativas militares e contratos públicos, ou desenvolvidas por instituições de pesquisa públicas, todas financiadas com recursos federais ou estaduais.

3. Criação de políticas fiscais, comerciais ou de tecnologia que apoiavam empresas americanas como a Apple, permitindo que elas mantivessem seus esforços voltados para a inovação em períodos nos quais os desafios nacionais e/ou mundiais impediam que as empresas norte-americanas continuassem à frente, ou faziam com que ficassem atrás na corrida pelos mercados mundiais.”
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https://listadelivros-doney.blogspot.com/2023/07/o-estado-empreendedor-desmascarando-o_3.html


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Parte III:

“Se o Estado está investindo na internet ou em energia limpa em nome da segurança nacional (tendo imaginado uma nova “ameaça”) ou em nome da mudança do clima (ou para a “independência energética”), pode fazer isso em escala e com instrumentos não disponíveis para o setor privado (impostos, por exemplo). Se um obstáculo fundamental para o investimento dos negócios em novas tecnologias é que ele não fará investimentos que possam criar benefícios para o “bem público” (pois não poderá capturar a maior parte do valor criado), então é essencial que o Estado o faça — e se preocupe em como transformar esses investimentos em novo crescimento econômico depois. Os negócios “loucos” não sobreviverão, pois precisam calcular os riscos relacionados ao desenvolvimento de produto e entrada em novos mercados. O sucesso da Apple não dependeu de sua capacidade para criar novas tecnologias, mas de sua capacidade organizacional para integrar, comercializar e vender as que estavam facilmente acessíveis. Em contrapartida, a flexibilidade do Estado é um trunfo importante, que deveria ser autorizado a fazer seus “loucos” investimentos em tecnologia de maneira direta e objetiva. Quem poderia imaginar que a tecnologia criada para preservar a capacidade de comunicação durante uma guerra nuclear se transformaria em uma plataforma de conhecimento, comunicação e comércio que o mundo todo utiliza? Quantos imaginariam então que a internet fosse uma forma “louca” de investir milhões de dólares dos contribuintes?”
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Alê | @alexandrejjr 18/01/2024minha estante
Opa! Por que as duas estrelas?


cuauthemoc.nasser 11/07/2024minha estante
Adoro teu canal, Donney. Poderia fazer um vídeo explicando por que não gostou deste. Abraços.




Matheus Oliveira 18/01/2019

Em tempos de Paulo(s) Guedes
O livro da italiana Mariana Mazzucato, professora da famosa Universidade de Sussex (Reino Unido) é brilhante, especialmente, por alguns pontos:
a) Trabalha com um duro processo de desconstrução argumentativa de algo que é vomitado diariamente pela mídia e que hoje já faz parte do senso comum: o Estado não gera lucro, o Estado deve ser mínimo e outros absurdos vociferados como a mais pura verdade. Portanto, Mariana trava uma batalha discursiva que visa expor ao leitor os fatos. Repleto de dados e com uma referência bibliográfica de dar inveja, o livro cumpre o seu papel de refutar a ideologia maluca de que o Estado é o verdadeiro empecilho.
b) O livro é baseado em exemplos concretos. A metodologia empírica utilizada pela autora expõe diversos casos, como a Apple, como o investimento estatal para criar a internet, tela touch scream e etc, a Zona do Euro, a China e até mesmo o Brasil.
c) O livro não se isenta de propor soluções duras e críticas tanto para a esquerda idealista quanto para a direita ignorante ou antiética que escondem os verdadeiros fatos. O Estado não precisa ser um instrumento de dominação de classes (esquerda) e o Estado muito menos é um peso nas costas dos ?bondosos? investidores privados (direita). Combater esses mitos deve ser uma tarefa de todos os democratas do mundo!
Mauricio.Alonso 18/01/2019minha estante
Legal! Quero ler esse livro.
Disponibiliza ele para empréstimo ou troca?


Matheus Oliveira 20/01/2019minha estante
Falei contigo por mensagem!


aannabellonaa 24/10/2020minha estante
Olá, esta é aanna gentilmente, volte para mim Por favor, por uma razão especial, estou esperando por você
(aannabellonaa@gmail.com)




Daniel1906 06/03/2022

O Estado Empreendedor
Mazzucato estabelece a clara distinção entre risco e incerteza, deixando claro que os investimentos de grande porte em inovação são realizados, majoritariamente (se não exclusivamente), pelo setor público ou em razão de forte apoio dele, uma vez que somente o Estado é capaz de ser indutor da inovação em cenários onde não há qualquer perspectiva de retorno futuro (incerteza).
A autora não deixa de reconhecer o mérito e a importância do setor privado, mas põe em cheque o senso comum do Estado como sinônimo de lentidão, atraso e ineficiência. Ao longo do livro são trazidos vários exemplos que atestam justamente o oposto.
Por sua própria natureza, o setor privado busca resultados de curto prazo para seus investimentos, não tendo o fôlego, o interesse e nem a paciência para fazer investimentos de longo prazo que podem ou não trazerem resultados futuros. Já o Estado possui os atributos para manter esse fôlego e paciência necessários à pesquisa e inovação de longo prazo, sem ter em vista obter benefícios econômicos futuros com isso.
Apesar de o tema ser complexo e o livro trazer muitos dados sobre o assunto, achei a linguagem acessível.
Na capa aparece um trecho da resenha da Revista Forbes sobre o livro que diz: "Mesmo se discordar do ponto de vista dela (Mazzucato), você deve ler o seu livro. Vai desafiar seu modo de pensar." Na minha opinião, o livro é um nocaute no senso comum.
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Bruno 05/10/2023

Da série: livros pra ic, cap1
Apesar de bem-intencionado no que se propõe, por vezes se tornou repetitivo. ao prometer um conteúdo denso, sua entrega não alcançou as expectativas formadas na introdução.

a cada construção de exemplo e estudo de caso foi possível adivinhar, com êxito, a próxima linha, ou até a próxima página, destacando tamanha previsibilidade.

é possível perceber o esforço em conectar todos os casos e o estudo em torno de diversos empreendimentos, sobretudo aqueles que a partir do investimento do estado, puderam progredir em sua área, mesmo que sem creditá-lo por tal feito.

uma leitura recomendável para iniciantes em economia, especialmente devido às referências desenvolvimentistas e enfoque na interfência, bem como importância do estado na economia, não só como incentivador de pesquisa e desenvolvimento, mas atuante na abertura de novos mercados e empresas com alto grau de inovação.
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anoca 31/07/2021

mudou a forma na qual eu encaro o Estado. fico me perguntando como proceder diante de um Estado que simplesmente não quer empreender, apenas parasitar.
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Araujo 12/02/2023

Essencial para críticos da importância do Estado na Economia
Leitura que vale muito tanto para economistas de vertente heterodoxa como ortodoxa. Com vasta bibliografia e exemplos da história recente demonstra a importância do incentivo estatal nas atividades de maior risco. Empresas como a Apple só tiveram sucesso por conta do financiamento estatal e uso das tecnologias provenientes de pesquisa financiadas com dinheiro público.
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Rafael.Gomes 06/10/2023

Quebrando mitos
O livro muda o paradigma com o qual estamos acostumados do grande empresário privado empreendedor e independente.

Com elementos históricos reais, vemos que o contexto em que cada indivíduo se encontra e as grandes forças estatais são fundametais para o sucesso real de determinados setores da economia. De fato, ignorar isso é ignorar a história.

O único ponto negativo é o fato de ser um pouco repetitivo.
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Ana Carolina 27/04/2020

Um livro para derrubar mitos sobre o papel do Estado
O livro demonstra que há um sério problema de divulgação e entendimento do papel do Estado como agente de criação de ecossistemas de inovação.
Em um passado mais desenvolvimentista é no presente de forma disfarcada, o Estado agiu direta e indiretamente para promover áreas como a nanotecnologia, a biotecnologia etc e incentivando empresas privadas, como a Appple, a prosperarem.
Baseado em ricos dados empíricos, o livro demonstra os defeitos e a hipocrisia do pensamento liberal ortodoxo dominante, que oculta a verdade sobre o papel do Estado e serve como espelho para países em desenvolvimento que não conseguiram atingir a maturidade econômica.
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Pablo 18/12/2021

Excelente, embora limitado pela proposta reformista da autora

Uma grande coleção de dados e pesquisas sobre as relações do empreendedorismo com o Estado. Com análises de setores estratégicos nas últimas décadas, como as empresas de tecnologia (com foco na Apple), as grandes farmacêuticas, e as empresas de energia limpa, a autora revisa os argumentos desenvolvimentistas clássicos, e também traz uma análise inovadora sobre o papel ativo do Estado no progresso tecnológico.

Com uma abordagem mista baseada em Keynes e Schumpeter, a professora italiana derruba os principais mitos sobre inovações empresariais que tomaram conta do imaginário popular, da grande mídia, e até de governos de países como EUA e Reino Unido, graças ao esforço de demonização do estado pregado pela ideologia neoliberal desde a década de 80.

A autora combate os mitos do estado ineficiente e do mercado maximizador de resultados, passando pelas mais recentes teorias da inovação, e abordando temas interessantíssimos de políticas fiscais e monetárias, de patentes e propriedade intelectual, e dos diversos papéis que os Estados podem assumir na economia.

Alguns conceitos clássicos são revisados, como a incerteza knightiana, e sua diferença crucial para o conceito de risco, muitas vezes propositalmente confundidos nos discursos anti-estado. "Risco" é algo mensurável ou estimável de alguma forma, com que todas as empresas trabalham em algum grau. Já a incerteza knightiana se refere ao completo desconhecido, um risco que não pode ser se quer estimado, e que empresa nenhuma quer correr. As pesquisas de fronteira, que se deparam com a incerteza knightiana, são as que geram as grandes rupturas tecnológicas (microeletrônica, internet, computadores, energia éolica e solar, novos medicamentos...). O mercado trabalha com riscos, lucra para se submeter a eles. Mas só os Estados encaram a incerteza knightiana, em qualquer lugar do mundo, em qualquer época da história, pois esses investimentos simplesmente não apresentam perspectivas imediatas de lucro, e o mercado só se mexe por lucro.

A autora traz muitos dados chocantes: menos de 1/4 do investimento em Pesquisa e Desenvolvimento dos EUA em 2010 se justificava por externalidades econômicas. Externalidades econômicas são efeitos, bons ou ruins, que cruzam a fronteira das empresas e não podem ser individualizados, devendo necessariamente ser equalizados por intervenção do Estado (exemplo mais clássico é a poluição, mas existem muitas externalidades em qualquer economia). Essa e outras falhas de mercado são investigadas de forma crítica, com base nos argumentos tradicionais do desenvolvimentismo, com grande apoio estatístico.

É impressionante como a autora traz exatamente os mesmos fatos que um bilionário da tecnologia traria para contar a história da ascensão da Apple, Microsoft, Google, entre outras grandes empresas atuais. Mas, munida dos conceitos certos, a versão da professora Mazzucato deixa explícito como os governos foram cruciais para o nascimento e crescimento dessas empresas, se envolvendo desde as pesquisas de base, até o desenvolvimento das tecnologias de fundo, e em muitos casos até mesmo de crescimento da escala da produção, para baratear custos. O iPhone, por exemplo, é composto de 12 tecnologias bases, todas desenvolvidas pelo Estado (Microprocessador, microdisco rígido, tela de cristal líquido, compressão de sinal, baterias de lítio, memória RAM, click wheel, tela multitoque, gps, SIRI, htto/html e internet). Investimentos maciços de impostos dos contribuintes estadunidenses (valor gerado pelos trabalhadores, em termos marxistas) chegaram a Steve Jobs para que ele, genialmente, os combinasse num smartphone e mudasse para sempre as tecnologias de comunicação. Mas ele só pode aplicar sua genialidade graças ao trabalho gigantesco, profundo, caro e demorado do Estado. Na versão dessa história que os bilionários contam essa parte geralmente é minimizada ou totalmente ocultada, criando o mito do bilionário gênio que inovou APESAR do Estado.

Aqui a autora critica, economicamente, os super lucros que as empresas tem em cima das inovações estatais. Não é economicamente eficiente que o Estado arque com os gastos (socialização das perdas) e o setor privado fique com os resultados (privatização dos lucros). Repara que o argumento não é moral, ela não diz que é "errado", mas simplesmente não é eficiente. Assim as empresas viram parasitas dos Estados, que ficam cada vez mais fragilizados e não conseguem investir em novas tecnologias disruptivas. Curioso que ao mesmo tempo em que fazem isso, as empresas acusam os Estados de serem os parasitas. Como em tantos outros pontos, neste também há uma inversão da realidade no discurso hegemônico. Este seria o principal fator da crise de inovações que vive os EUA frente a China e a Ásia em geral, onde os Estados não foram demonizados e paralisados.

A autora também traz uma excelente análise da história das empresas verdes, principalmente de energia eólica e solar. Mostra como só o Estado pode coordenador o processo de mudança de matriz energética, essencial para o controle do cataclisma ambiental.

Outro capítulo traz uma análise específica do Estado Empreendedor nos Estados Unidos. A autora propositalmente usa o país que se diz a terra do "livre mercado" para demonstrar a hipocrisia estadunidense: usam e abusam do Estado para proteger suas empresas, criar novas tecnologias, ganhar mercados, enfim, dominar economicamente o mundo, mas juram que são liberais e pregam o liberalismo aos países menos desenvolvidos. A citação de Reinert aqui é indispensável:

"... desde sua fundação, os EUA sempre estiveram divididos entre duas tradições, as políticas ativistas de Hamilton e a máxima de Jefferson segundo a qual "o governa que governa menos, governa melhor!"... essa rivalidade foi resolvida com os seguidores de Jefferson encarregando-se da retórica e os seguidores de Hamilton cuidando da política."

Dois destaques interessantes que a autora aborda superficialmente em vários momentos: China e Brasil.
As políticas da China mostram um Estado altamente empreendedor, subindo rapidamente a escada tecnológica, hoje já alcançando a fronteira em diversas áreas e a hegemonia em algumas. O livro foi escrito em 2014, e desde então a China vem cada vez mais aumentando a interferência do Estado na economia, controlando cada vez mais o capital privado, e crescendo cada vez mais, as maiores taxas da história do mundo, ao mesmo tempo em que eliminou a pobreza e extrema e caminha aos passos mais largos do mundo para um estado de bem estar social moderno e sem as travas do capitalismo.

O Brasil, em 2014, era bem visto pela autora, como andando, a passos bem mais lentos que a China, rumo a um Estado mais ativo, via BNDS (citado várias vezes como exemplo de banco de desenvolvimento), políticas públicas de distribuição de renda e de valorização do trabalho, crescimento da demanda interna e integração regional. Mazzucato via o Brasil como muito promissor em 2014. Naturalmente, o golpe de 2016 mudou tudo, o Brasil inverteu a direção, e a eleição de 2018 acelerou a marcha para trás. Como esperado, hoje estamos no subsolo do fundo do poço.

É importante lembrar que, como economista "vulgar", isto é, não política, Mazzucato se retém (pelo menos nesta obra) as medidas econômicas necessárias para dinamizar e acelerar o desenvolvimento econômico. Na minha humilde opinião, teorias econômicas descoladas da política não resolvem a vida dos trabalhadores: de nada adianta saber o que deveria ser feito se não soubermos como obter o poder de fazer. É claro que a crítica da autora ao neoliberalismo é excelente, e bastante didática. Só não podemos esquecer que a política e a economia, na prática, não se separam. Precisamos sempre pensar a economia e a política juntas: como fazer a política para desenvolver a economia, e como fazer a economia para obter o poder político para os trabalhadores.
Salim 24/08/2022minha estante
Excelente resenha!




Gisele Gusmão 27/01/2022

Desmistificando o papel inovador do setor privado
A proposta do livro "O Estado empreendedor – Desmascarando o mito do setor público vs. setor privado" de Mariana Mazzucato é mostrar, com evidências incontestáveis, que a inovação tecnológica que temos hoje é fruto de investimento público no passado, desmistificando a crença liberal de que o setor privado e o capital de alto risco são os responsáveis pelas grandes inovações do século XXI. A autora esmiuça as tecnologias atrás dos produtos da Apple, que representa muito bem uma empresa privada construída com todas as inovações financiadas pelo Estado americano, exemplifica também o papel fundamental desse Estado nas indústrias farmacêuticas onde os principais investidores, os que pagam os impostos americanos, têm pouco acesso aos principais fármacos dessas indústrias. A importância do livro é mostrar para países emergentes, como o Brasil, o papel fundamental que o Estado tem no desenvolvimento do país: "Apesar da percepção dos Estados Unidos como epítome da criação de riqueza liderada pelo setor privado, na verdade foi o Estado que se envolveu em escala maciça com os riscos de empreendedorismo para estimular a inovação”. Encobrindo esses investimentos públicos, os EUA continuam a espalhar pelo mundo o mito do “estado mínimo”. Excelente livro.
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Edu 21/01/2023

Muito além do convencional
Você sabe que a discussão política de "privatizar ou estatizar" é pobre quando nos deparamos com um livro desse nível.

É um novo jeito de pensar o Estado e seu papel dentro do capitalismo. É visualiza-lo como um player no setor de pesquisa e inovação sem apropriar-se dele.

É exatamente como a Forbes diz: "mesmo se discordar do ponto de vista dela, vai desafiar seu modo de pensar".

É um livro para abrir debates ricos e realmente pensarmos outros caminhos, mesmo que discordando de alguns pontos.
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Luana.Rayalla 02/05/2023

É interessante mas já conhecia algumas histórias relatadas
É um livro bastante interessante embora já conhecesse algumas histórias como o da internet e da Apple. O bom mesmo desse livro é os últimos capítulos e o apêndice na minha opinião.
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Andre.Luiz 05/03/2023

Bom livro
Bom livro que nos da uma visão diferente acerca da participação do estado no setor privado quanto ao desenvolvimento de tecnologias, entretanto é extremamente repetitivo. Vale a leitura para ter uma visão diferente da comum.
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