Andrea 13/09/2015MIL CORAÇÕEZINHOS MIL ESTRELAS UM MILHÃO DE GALÁXIAS!!!!1111Eu já resenhei esse livro da primeira vez que li (em inglês, quando nem sonhava que seria lançado por aqui) e, apesar de minha opinião continuar a mesma, não posso deixar de surtar mais um pouco e mostrar pro mundo COMO EU AMO FREYJA & JOSHUA!!!
Quando vi que saiu o primeiro Ligeiramente, meu coração bateu forte, minhas mãos tremeram e eu me prometi que assim que Escandalosos saísse, eu iria pessoalmente em uma livraria e compraria a versão impressa. Esperei ansiosamente, mesmo com o e-Book estando disponível (e mais barato) desde o começo do mês. Depois de 3 idas (na mesma semana) à Leitura, finalmente consegui adquirir meu exemplar, mas não sem um pouco de drama. (Senta que lá vem história.)
Cheguei na Leitura toda feliz e saltitante; uma vendedora olhou no sistema e o livro ainda não constava como disponível. Saí da loja cabisbaixa e já estava do outro lado do shopping quando ela vem correndo atrás de mim me dizendo que uma outra vendedora (a que me atendeu nas outras vezes e pelo telefone, porque sim, eu também fiquei ligando quando não podia ir pessoalmente) lembrou da capa do livro e de mim procurando por ele (sou inesquecível com minha obsessão) e que ele tinha chegado, só não estava cadastrado. Voltei toda serelepe, me perguntaram se não tinha problema eu não receber cupom fiscal (filha olha a minha cara de quem vai deixar Free & Josh pra trás por causa de um pedaço de papel que eu prefiro nem pegar quando tenho a opção?!) e no final das contas deu tudo certo E EU VOLTEI COM O LIVRO PRA CASA E MICHELE MUITAS BENÇÃOS NA SUA VIDA GAROTA!!!
Mas então, voltando. Provavelmente eu vou repetir o que disse na resenha anterior e I DON'T CARE PORQUE EU AMO ESSE LIVRO E QUERO QUE TODO MUNDO O AME TAMBÉM!!! Romances históricos sempre foram o meu estilo favorito dentro dos romances de banca, apesar de eu nunca ter parado pra pensar o porquê. Talvez porque os livros fossem mais grossos, com mais história, ou porque tinha mais romance [romântico]... Não sei, mas sempre foi. Só que eu sou meio chata com as histórias e a maioria delas me entediava. Na época eu não sabia, mas era meu lado feminista se contorcendo com as situações e revirando os olhos. E junta isso com o fato do combo casamento + bebês não ser meu preferido, a história tinha que ser muito maravilhosa pra eu relevar esse acontecimento praticamente obrigatório e continuar gostando do livro no final.
Aí apareceu Slightly Scandalous e minha vida nunca mais foi a mesma. Lembro de ter começado a lê-lo sem interesse, só pra dizer que tentei, passar pra frente e liberar espaço na minha estante. (Até como eu o consegui foi sem querer: tinha um pocket em inglês pra trocar, a pessoa tinha esse disponível, eu pensei WHY NOT, troquei, mas deixei parado na estante.) Só que quando comecei a ler, fui totalmente fisgada. Tipo, já começa com a Freyja sendo beijada por um desconhecido e qual a sua reação? Dá um soco no nariz do cara! UM SOCO! O mocinho mesmo estranha, comentando que qualquer dama deveria era dar um tapa não um soco e a Freyja responde com um "não sou qualquer dama". MAS GENTE EU VIBREI NESSA PARTE e acho que foi aí que soube que me apaixonaria perdidamente por esse livro.
Freyja é uma mocinha do jeito que eu gosto: dona de si, com vontades próprias, cabeça dura, sarcástica, impetuosa e de bom coração. Ela tem medo de sofrer [novamente] e acaba blindando o coração sendo uma pessoa ~difícil. Mas o melhor é: ela tem 25 anos, não se casou ainda E NÃO É BONITA. Quer dizer, ela mesma não se acha bonita e não tem uma beleza ~tradicional. DE VERDADE. Me dá raiva nesses livros quando as mocinhas não se consideram bonitas e daí a autora as descreve como loiras, baixinhas (tipo mignon) ou alta (estilo modelo), corpo escultural, pernas longas, pele macia, rosto angelical (ou sexy) e cabelos sedosos e compridos. Então você pensa, sério minha filha que você não é bonita sendo exatamente como a sociedade prega que você deve ser???? Mas aqui não temos isso pois Freyja não se considera uma beldade (e não está nem aí pra isso na maior parte do tempo) e realmente não é. Ela tem sobrancelhas mais escuras que os cabelos, pele morena (quando foi a última vez que uma mocinha de um histórico não tinha a pele de alabastro/porcelana/leite???), cabelos rebeldes e o nariz da família Bedwyn, que é meio proeminente e adunco. O Josh mesmo pensa uma vez que a Freyja não é linda, mas tem tanta personalidade que é totalmente atraente e que essa combinação de traços só poderia ficar bem nela. Inclusive, tem uma cena onde ele diz que ela não é linda no sentido ~tradicional e a Freyja nem pisca, até fica feliz com o comentário porque se ele tivesse dito que ela era linda, estaria mentindo e perderia toda a credibilidade com ela.
Do outro lado temos Josh, loiro (quem diria né) lindo gato sarcástico com um passado triste que ele oculta sorrindo o tempo todo. Aliás, acho que nunca li um livro com um mocinho tão sorridente. Ele tem uma tia que é o cão chupando manga e a vilã da história (e que pessoa astuta!). Tem 3 primas, sendo que uma delas tem alguma deficiência mental (síndrome de down?) e é uma das partes mais emocionantes do livro.
Outra coisa que eu gostei muito nesse livro é que não há amor eterno amor verdadeiro nem o péssimo "você é minha/meu". Amo quando os livros começam com personagens se estranhando, batendo de frente, se juntando por algum motivo, ficando amigos e aí sim descobrindo o amor. O que é exatamente o que acontece aqui. A autora desenvolveu a história dos dois no livro inteiro e não deixou tudo pras últimas páginas. Você vai acompanhando o desenvolvimento do relacionamento dos dois, etapa por etapa.
Esse não é um livro erótico, então não há sexo em todas as páginas, mas quando tem, as cenas são OUN. :3 O que é outra coisa que eu aprovo porque sinceramente, não tenho paciência pra esses livros sem história, só com cenas teoricamente quentes.
Mais outro ponto positivo é que, normalmente, nesses livros rolam traições (por parte dos homens) e perdões (por parte das mulheres) ou uma gravidez/situação comprometedora que obriga os personagens a se casarem e aqui não tem nada disso. Quando eu achava que a autora ia cair nesses clichês, ela ia lá e "não, péra, isso não, vamos criar outra coisa". Teve uma única parte que me deixou tensa e eu confesso que saí procurando pra ver qual era a verdade porque não aguentei o mistério, mas respirei aliviada quando não era o que eu temia. Até nisso ela se superou.
Meu maior medo era o final, porque o tanto de livro que li que ia bem e aí no final a autora metia os pés pelas mãos... Mas nem o capítulo final me desagradou e mudou minha opinião. Ligeiramente Escandalosos é um dos meus livros preferidos de todos os tempos e provavelmente estaria num top 5 de romances históricos mais perfeitos.
Falando especificamente da edição nacional, notei alguns errinhos, coisas bobas como letra faltando e erro de concordância, mas nada que atrapalhasse a história em si.
Faltou eu falar de um monte de coisa, incluindo da família Bedwyn, mas era capaz de eu escrever a mesma quantidade de páginas do livro e não consegui falar de tudo. Aliás, falando na família, eu não li os outros livros e esse é o terceiro da série (nacional, porque acho que é o quinto, se você contar os dois primeiros que não são da família) e que novidade eu começar do livro errado. Já me disseram pra ler os outros livros (e na ordem, hahaha), porque eles também são muito bons, mas confesso que tentei ler um spinoff e acabei abandonando. Creio que nunca mais lerei um livro tão bom como Ligeiramente Escandalosos e qualquer outro da Balogh eu compararei com esse. Mas ainda assim darei outra chance e já estou de olho no A Summer to Remember que é a história do Kit e olha só, que coincidência, tem a Freyja.
Dsclp sociedade, mas sou TEAM FREYJA 4EVA!
PS: sabia que tinha esquecido de algo que queria falar, a capa. QUE CAPA LINDA EDITORA ARQUEIRO. Tudo bem que ela tá meio diferente da Freyja da minha imaginação, mas tipo, olha essa modelo, olha essas sardas, olha que moça mais linda sem ser totalmente ~tradicionalmente bonita.