Dressa Oficial 01/03/2015Resenha - Amy & MatthewOlá, tudo bem com você?
Em um primeiro momento Amy & Matthew pode parecer aqueles livros tristes que vão fazer a gente chorar rios de lágrimas e torcer para que o casal fique junto, e realmente no começo com a narrativa em terceira pessoa, capítulos curtos eu amei o começo do livro e achei que de fato isso tudo fosse acontecer comigo.
Amy é uma adolescente de 17 anos, está no último ano escolar e sofre de uma doença chamada “Hemiplegia” o que faz com que um lado de seu corpo seja mais afetado do que o outro e não tenha nenhum movimento, ela não fala, não anda e consegue se comunicar apenas usando um computador portátil chamado Pathway que reproduz em voz o que ela digita.
Amy sempre teve pessoas adultas acompanhando ela na escola pois sempre precisou de ajuda, até que em uma aula ela faz uma redação sobre sua condição e desperta o interesse de vários outros alunos da escola.
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Quando as pessoas me veem pela primeira vez, podem não acreditar, mas na maioria dos dias eu não me sinto particularmente incapacitada. Nos aspectos que mais importam, acredito que eu seja mais abençoada do que sobrecarregada pelo infortúnio. Meus olhos são bons, assim como meus ouvidos. Fui criada por pais que me amam como eu sou, o que significa que, embora eu não consiga andar ou falar bem, sou razoavelmente bem adaptada.
Sei que para uma adolescente em nosso país, isso significa muito. Não quero ser mais magra do que sou, nem mais alta. Não olho para partes do meu corpo e desejo que fossem maiores ou menores. Na verdade – e isso vai surpreender muita gente -, eu não queria ser “normal”. Eu não anseio por pernas funcionais ou uma língua cooperativa. Seria bom não babar nem amassar as melhores páginas dos meus livros favoritos, mas tenho idade suficiente para saber que um pouco de baba não vai arruinar a vida de ninguém. Não sei como é ser bonita mas posso imaginar que exija grandes parcelas do seu tempo.
Depois dessa redação que vários alunos parabenizam a atitude de Amy devido ao olhar positivo que ela leva de sua vida diferente, ela acaba conhecendo um menino chamado Matthew que incomodado com sua redação diz que ela não deve ser feliz e agradecida como ela escreveu pois não tem amigos pelo que ele saiba, pois ela sempre anda com adultos fazendo sua escolta.
E não ter amigos é justamente o ponto fraco de Amy que deseja muito mudar essa situação agora no último ano escolar, então ela propõe para sua mãe fazer uma seleção para os próprios alunos da escola serem seu monitor e ajudar ela a andar pelos corredores em sua cadeira e dar comida no intervalo.Amy manda um e-mail para Matthew pedindo para ele se candidatar na vaga.
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Quero que você se candidate porque preciso de alguém que fale sinceramente comigo sobre tudo. Você é a única pessoa que já fez isso. Talvez tenha essa noção, mas, quando se tem uma deficiência, quase ninguém fala a verdade para você. As pessoas ficam constrangidas porque a verdade parece triste demais, eu acho.Você foi muito corajoso em ir até a garota aleijada e dizer basicamente: apague esta expressão feliz do rosto e enxergue a realidade. É isso que quero que você faça ano que vem. Que me diga a verdade. Só isso.
Porém Matthew também tem seus defeitos e manias, ao contrário de Amy que chega a ser visível o de Matthew é interno, é psicológico, e vamos descobrindo apenas no decorrer da leitura.
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-A verdade é que tenho problemas como você, só que os meus não são visíveis –
O problema que Matthew tem é aquela famosa doença chamada “TOC” lava as mãos constantemente, confere fechaduras, e tem nojo e medo de um monte de coisa e aos poucos ele vai revelando esses medos para Amy que é uma garota muito inteligente e muito curiosa.
Além de Matthew, Amy também faz amizade com um garoto latino chamado Sanjay e uma menina chamada Sarah os dois também são bem diferentes da realidade de Amy mas acabam construindo uma amizade mais superficial.
Ela se sente mais a vontade com Matthew e tenta ajuda-lo ao máximo , e então depois disso achei que a história perdeu um pouco a mensagem que poderia ter passado.
Eles são adolescentes e mesmo com a deficiência de Amy nada impede ela de fazer perguntas sobre sexo e coisas do tipo.
Matthew é aquele amigo tímido que sempre está disposto a perdoar as mancadas que Amy comete e sempre vai ajudar ela nos momentos em que precisa.
É um livro bom mas que deixou a desejar pois não consegui entender os desencontros que eles tiveram e as burradas que cometeram, o final não me agradou e não foi um livro que me emocionou.
A edição do livro está simples, páginas amareladas, letras em bom tamanho e não encontrei erros de revisão, os capítulos alternam entre a histórias e também a troca de e-mails e redação escolar.
A única mensagem legal que o livro passa e poderia ser melhor desenvolvida é que você sempre deve falar o quanto gosta de uma pessoa, o fato de você não falar o que sente a pessoa que você ama pode mudar a vida de ambas as partes e com erros irreversíveis.
Beijos
Até mais...
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