O Imoralista

O Imoralista André Gide




Resenhas - O Imoralista


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João Figueiredo 01/11/2024

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Segunda melhor leitura de 2024, filosófico, poético, to surpreendido pela beleza do livro. viciado em andre gide
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@eusoudanivieira 20/09/2024

O imoralista
O imoralista conta a vida de michel, transformada de forma radical após uma grave doença; após curar-se passa a rejeitar valores e tradições, abraçando seus desejos mais profundos, buscando uma vida de prazer e autoindulgência.

um adendo:

me lembrei de dorian gray, que após se dar conta de sua beleza e da promessa de juventude eterna, mergulha em uma vida de hedonismo, desprezando as consequências de seus atos, seduzido pela ideia de que moralidade e convenções sociais são restrições que impedem sua verdadeira liberdade e satisfação.

michel, por sua vez, sente uma nova vitalidade e deseja explorar o mundo de uma forma mais intensa e sem as amarras das responsabilidades morais; assim como dorian, ele rejeita as normas sociais em prol de uma existência livre, ainda que essa liberdade seja por caminhos moralmente ambíguos.

no entanto, enquanto dorian foi tragado por sua própria decadência, michel foi mais introspectivo: lidou com o peso de suas escolhas de uma maneira que também reflete a luta interna de gide.

voltando:

o imoralista aborda questões de identidade, liberdade e moralidade: temas que soube, eram centrais para gide.
porém, um ponto me gerou muito desconforto e foi a inclinação de michel em direção a jovens garotos; embora gide não aborde o tema explicitamente com o termo "p3dofili4", as atitudes e os sentimentos de michel levantam questões éticas e morais sérias, que não se ignoram: até que ponto estavam refletindo as complexidades do personagem ou normalizando comportamentos inaceitáveis?

gide, assim como michel, foi alguém que viveu em constante busca por autenticidade, desafiou as normas sociais da época, especialmente em relação à sexualidade, e foi um defensor da liberdade pessoal: a coragem de viver conforme seus princípios, mesmo significando ir contra tudo reflete a profunda complexidade do personagem.

sabendo um pouco sobre o autor, vejo que o livro é tanto sua luta interna pelas expectativas sociais quanto por seus desejos mais íntimos.

a obra é relevante, não apenas pela qualidade literária, mas também pela coragem com que ele abordou temas difíceis e muitas vezes polêmicos o que exige uma leitura crítica e cuidadosa.

já leu?
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Ricardo743 15/08/2024

Creio que esse livro foi concebido com o propósito de ser desagradável e ele realmente é! Em muitos momentos senti nojo do personagem principal e mesmo assim não conseguia parar a leitura.
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Toni 18/04/2024

Leituras de 2023

O imoralista [1902]
André Gide (França, 1869-1951)
Nova Fronteira, 2018, 128 p.
Trad. Theodomiro Tostes.

André Gide, escritor francês homossexual, foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura em 1947, “por seus escritos solidários e artisticamente significativos, nos quais os problemas e as condições humanas são apresentados com um destemido amor pela verdade e uma intuição psicológica aguda.” O Imoralista, ainda que não esteja entre suas obras mais importantes, calhou de ser o que havia na estante para integrar as leituras recomendadas do mês do orgulho LGBTQIA+ (presente da @carolrdesouza 😘). No entanto, a leitura acabou não despertando qualquer desejo de recomendação, e a única boa lembrança que carrego do livro consiste no prefácio de 2 págs que acompanha a edição, uma breve defesa da arte e de sua autossuficiência e autorregulação.

Parafraseando o narrador-protagonista, O Imoralista pode ser lido como uma reflexão sobre as dificuldades em saber ser livre. Publicado em 1902, narra a jornada (simbólica e literal) de um jovem herdeiro intelectual recém-casado que, após uma doença que quase lhe arranca deste mundo, embarca em uma busca pela vida autêntica, sem máscaras ou normas cerceadoras. A partir da voz de Michel, Gide trabalha as tensões entre o desejo individual e a moralidade da época, construindo uma busca por autenticidade que amiúde se confunde com um narcisismo pueril respaldado pela linguagem decadentista. O texto, no entanto, é arrastado, ora francamente desinteressante ora exageradamente dramático — um problema muito pouco mitigado pela brevidade da obra.

Há, claro, momentos de belas passagens e reflexões filosóficas dignas de grifo, mas o que predominou durante a leitura foi um certo sentimento de desconexão e enfado. Ainda que possa ser recomendado pelo desenvolvimento muito consciente de uma narrativa que se apresenta sem qualquer condenação — nas palavras do autor: “não tentei provar coisa nenhuma, mas unicamente pintar bem e dar suficiente realce à minha pintura” — o resultado é um retrato bem feito em uma galeria com inúmeras outras pinturas de talento, sem qualquer detalhe que atraia nosso olhar já um tanto cansado.
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Isa 06/05/2024minha estante
Linda #amei resenhista




Carol 18/01/2024

Frio e cativante
O Imoralista trata de um protagonista nem um pouco confiável com uma bússola moral fora dos padrões da época. Apesar de ter algumas atitudes questionáveis, suas ações ao longo do livro me cativaram do começo ao fim!
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Du_legente 05/01/2024

André Gide (1869- 1951) foi um dos autores franceses mais importantes do século XX. Dono de uma versatilidade fenomenal, Gide escreveu: romances, ensaios, peças teatrais, críticas literárias e autobiografias. Sua prolificidade impactante garantiu-lhe o Nobel de Literatura em 1947.

"L'Immoraliste"(O Imoralista) é um romance filosófico, publicado em 1902. Nele, Gide desenvolve uma narrativa em primeira pessoa, onde o protagonista Michel desenvolve de forma introspectiva reflexiva,seus conflitos internos 

Michel é um jovem Aristocrata, sua mãe uma huguenote(puritana), seu pai um intelectual bem sucedido. Essa mistura, garantiu ao protagonista uma educação impecável, um comportamento moral exemplar. Um dos últimos desejos do seu pai é que seu filho case-se 

Após a morte do pai, o protagonista junto a esposa Marceline, viajam ao Norte da África, durante a viagem, Michel adoece. A partir da sua doença, ele começa a ter uma percepção da vida diferente.

" Não há nada mais trágico, para quem pensou que ia morrer, que uma lenta convalescença. Depois da asa da morte o ter tocado, aquilo que parecia importante não o é mais; outras coisas, que não pareciam ser ou cuja existência era mesmo por nós ignorada, ganham importância. O conjunto de todos os conhecimentos adquiridos pelo nosso espírito sai como maquilhagem e, em alguns lugares, deixa a nu a própria carne, o ser autêntico que se escondia[...] Era preciso livrar-me desses elementos sobrepostos."(p.57).

Um livro fantástico, que trata de temas como: liberdade, moralidade, auto descoberta, além de explorar a relação dialética entre valores sociais e desejos pessoais.

Cheguei a André Gide, por ser uma das influências de Albert Camus (1913-1960)" Eu tinha dezesseis anos quando me deparei com Gide pela primeira vez". Hoje posso dizer o que entendo o peso dessa influência. Se recomendo Gide? Com certeza, principalmente pra quem ama a vida e quer sair do automático.
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Andre350 23/12/2023

Foi uma experiência?
Peguei esse livro pq me interessei pela resenha?a primeira edição é de 1902 e isso fica bem aparente quando os problemas são pra nós hoje meio que desinteressantes, as obrigações?claro que se consegue traçar um paralelo entre insatisfações mesmo hoje em dia, mas não consegui me investir em nada?teve horas q tudo que me motivou pra continuar a leitura foi terminar.
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L. B. Böer 19/10/2023

Confesso que eu esperava bem mais do livro.
A narrativa foi bem construída, mas não achei excepcional do jeito que pensei que seria.
Os personagens são bem humanos, do jeito que gosto nesses livros que colocam a moral e os bons costumes em cheque dentro da sociedade, e talvez esse seja o ponto alto da história.
Mas o livro no geral não me prendeu tanto, e eu me decepcionei bastante.
No mais, é uma história interessante, mas que não me marcou como leitora.
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Saulors 06/07/2023

Estava muito afim deer esse livro há um tempo, mas não sabia que se tratava de uma obra escrita em 1902, e quando vi constatei o que já sabia, esse livro deve ter chocado e muito a sociedade na época.
Eu gostei da escrita do André, mas algumas vezes me via lendo rápido demais, sem prestar muita atenção, porque a escrita era demasiada descritiva e me cansava um pouco.
Eu vi muita semelhança entre o personagem principal e Tom Ripley, o anti herói de Patrícia Highsmith, o que me fez ter mais simpatia por ele.
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Camila Aranha 07/05/2023

Livro pra vida!
Eu amei esse livro!
Ele conversou demais comigo!
Como uma pessoa que enfrenta problemas com ansiedade, o Imoralista me trouxe muitas luzes que me deram conforto e me fizeram enxergar a vida de outra maneira.
Se tornou um daqueles livros que sempre gosto de retomar algum trecho ou um pedaço da leitura, de tanto que eu gostei!
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Jonathan257 21/02/2023

O Imoralista
Pelo título (que é fantástico por sinal) pensei que a obra seria mais explícita e impactante. Mas a questão da homossexualidade do nosso personagem é velada e somente declarada nas linhas finais do livro. O que é totalmente compreensível, afinal é uma obra do início do século XX.

Temos o renascimento do personagem após uma grave doença, onde ele abandona (e dissimula) toda a sua antiga moral aprendida pra trazer à tona a sua própria moral! E em muitos momentos me identifiquei com o personagem na sua busca por satisfazer aos seus novos anseios despertos.

Livro muito bem escrito. Merece o título de clássico da literatura.
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Valentina208 07/02/2023

o que é viver?
O autor busca questionar o que significa realmente viver, além disso questiona também a moral, a liberdade, a arte, a concentração de renda e aí a gente se pergunta

Por que vivemos como vivemos?
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Cristian Monteiro 19/01/2023

Bastante a frente do seu tempo, diria inclusive, que ousado até para os dias de hoje, a obra de Gide fala principalmente (mas não apenas) sobre o desejo, os limites do desejo, e sobre desejar o que não deveria.

O protagonista conta sua história para amigos, mas abre mão de qualquer traço de culpa e arrependimento, o que acaba deixando nas mãos do leitor a tarefa de julga-lo.
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