bia prado 19/06/2020vou ter q ler muito fanfic pra me recuperaraté jane eyre teve uma história melhor com o mr rochester que trancou a mulher no sótão sinceramente
vamos começar dizendo que as coisas começam a degringolar no capítulo 32 e nem o “frankly my dear i dont give a damn” do Rhett Butler foi mais doido do que este final. e eu acabei de ler então não vou poupar spoilers nem toda a raiva que estou sentindo ao escrever isso aqui.
eu estava preparada para amar todos esses personagens, apesar de toda a moral religiosa e dos sermões da mãe dessas meninas que eu via capítulo a capítulo. entretanto, foi somente isto que o livro representou pra mim: um grande sermão de como ser bela, recatada e do lar.
Meg, Jo e Amy terminaram o livro como se fossem a mesma pessoa, pois todas tiveram um arco que finalizou em casamento, família e felizes na própria pobreza. como diria minha amiga Thaz, a única que fazia sentido isso acontecer era a Meg, que sonhava com isso desde sempre. todas desistiram dos sonhos pra virar esposas e mães. imagina uma garota do século XIX lendo esse livro? eu teria perdido todas as esperanças que foram construídas com a Jo querendo independência e a Amy querendo pintar.
a única que teve um final diferente foi a Beth e isso porque ela morreu, se não a autora ia conseguir enfiar um casamento pela goela da menina.
e pensar em todos os post its que eu gastei nesse livro pra no final ter o Mr Darcy casando com uma versão transformada da Lydia em Jane Bennet. eu me senti traída nesse nível.
sobre o Laurie: ele tinha tudo pra ser o melhor, mas depois ele fala que o amor dele pra Jo era juvenil e muito passional, e a mãe das meninas falar que a Jo nunca daria certo com ele porque ela é atrapalhada e seria um tormento pro Laurie, pelo amor de deus. a verdade é que a Jo não ficou com ele pois: a autora não achava que ela merecia casar bem e casar com um amigo, pois eles seriam muito passionais. a Jo só quis casar quando ficou sozinha e viu que estava ficando “velha” e isso é muito triste, pois é como se a liberdade que ela tanto queria tivesse causado essa solidão e tristeza. a autora deveria mostrar que é possivel ter liberdade mesmo casando! descontração de personagem total. queria que ela tivesse ficado sozinha e rica escrevendo em NY.
Laurie e Jo tem muito mais química e o Laurie saiu do ralo pra “amar” a Amy. casal mais estranho nunca existiu. a autora pegou aquela passagem da biblia “o amor é paciente, o amor é bondoso, não inveja, não se vangloria, não se orgulha…” e fez esse casal. odeio como eles se tratam como irmãos e depois casam e depois ele chama a Jo de irmã. Amy era muito a irmã caçula do Laurie e só. todos acabaram com uma vida equilibrada e songa monga e chata.
agora definitivamente sei o que significa “tremer de raiva”. e eu nunca odiei tanto um livro na história da minha jornada literária.
e eu nunca vou perdoar essa autora por colocar o apelido do professor de Fritz tentando parecer que ele é tão bom héroi como é Fitzwilliam Darcy.
não consigo ver o livro além de uma grande lição de moral de como ser uma boa dona de casa e esposa obediente e devota a Deus
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