As Cores do Entardecer

As Cores do Entardecer Julie Kibler




Resenhas - As cores do entardecer


46 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Vanessa Sueroz 07/01/2016

Neste livro iremos conhecer Isabelle e Dorrie, amigas inseparáveis, uma relação tão forte que parecem mãe e filha. A relação deles começou de um jeito muito diferente. Isabelle estava no salão de beleza e a moça que sempre a atende não foi e Dorrie a atendeu no lugar. No começo Isabelle não gostou da mudança, foi até mal educada, mas logo elas já estavam muito próximas.

“É engraçado como às vezes se encontra uma nova amiga – nos lugares mais normais – e quase que imediatamente vocês podem falar de tudo”
Isabelle quando preciso fazer uma viagem de emergência pediu socorro a Dorrie e lá foram elas para uma viajem de dois dias para Cincinnati para um velório.

Resenha completa:

site: http://blog.vanessasueroz.com.br/as-cores-do-entardecer/
comentários(0)comente



Ju Nunes 29/12/2015

O preconceito pode resultar em males irreparáveis
Esse livro é lindo, mas absurdamente triste. Neste exato momento, eu escrevo a resenha e choro ao mesmo tempo. Aliás, se for uma pessoa sensível (como eu) vai se perguntar se ainda restam lágrimas dentro de vc dps de ler esse livro. É sério!
Como mostra a capa do livro, a história principal, q se passa nos anos 30, gira em torno de uma mulher branca e um cara negro q se apaixonam e as eventuais consequências desse amor (tendo em vista a segregação racial nos EUA naquela época).
Na minha opinião a autora conseguiu, em seu romance de estreia, escrever uma história absolutamente encantadora e q leva o leitor a refletir e repensar muitas coisas. Na história são explorados pontos como a necessidade de o indivíduo tentar viver plenamente o presente, o valor do diálogo e a dor q pode acarretar as palavras não ditas.
Quando terminei o livro eu só conseguia lamentar o fato de atitudes preconceituosas ainda serem tão recorrentes em pleno século XXI. Claro q o preconceito é um pouco mais velado hoje em dia, mas é doloroso pensar q existem pessoas q consideram um outro indivíduo inferior apenas por causa da cor da pele.
comentários(0)comente



Saleitura 20/11/2015

Miss Isabelle e Dorrie já são amigas há uns dez anos, amizade profunda, relação como de mãe e filha. Havia começado de uma forma não muito agradável, quando Miss Isabelle foi ao salão de beleza e soube que quem sempre a atendia não estava mais lá, e foi Dorrie quem a atendeu. Como não gostava muito de mudanças, foi meio hostil com Dorrie, mas isso logo mudou e ficavam cada vez mais próximas e participando da vida da outra.

"É engraçado como às vezes se encontra uma nova amiga - nos lugares mais normais - e quase que imediatamente vocês podem falar de tudo.(...) Com outras pessoas, acha que nunca passarão de conhecidas. Vocês são tão diferentes, afinal. No entanto, a coisa pega você de surpresa, durando mais tempo do que se esperava. Você passa a contar com isso e essa relação vai reduzindo as barreiras, pouco a pouco, até você se dar conta de que conhece aquela pessoa melhor do que qualquer outra. Vocês se tornam amigas de verdade." (pág 8)

Foi com surpresa que Dorrie recebeu o pedido de Miss Isabelle para levá-la até Cincinnati, uma viagem de dois dias de estrada, ela precisava resolver um assunto, mas logo Dorrie ficou sabendo que era um velório. Não tinha como dizer não e logo preparou tudo que precisava para poder se ausentar.

O livro se passa quase todo nessa viagem. Vamos conhecendo melhor cada uma delas. Os capítulos se intercalam com a história de cada uma, e assim voltamos a 1939, quando Isabelle tinha apenas 17 anos.Uma menina sonhadora, que queria cursar a universidade, ir além de ser esposa e mãe. Sua melhor amiga era Nell, a filha de uma empregada da casa, que tinha um irmão, Robert, um rapaz forte, decidido, que estudava e trabalhava muito para poder alcançar seus objetivos.

Foi numa noite em que Isabelle se meteu numa grande encrenca e que Robert a salvou mesmo correndo grande risco, pois negros não poderia ser vistos na rua após escurecer, que ficaram mais próximos. Pouco tempo depois se descobriram apaixonados, amor proibido entre uma branca e um negro, inaceitável naquela época.

"Além da simples gratidão por ele estar no lugar certo na hora certa, por sua intervenção no que poderia ter sido um desastre, comecei a achar que tinha sido mais do que uma simples coincidência. Parecia quase loucura, mas eu não conseguia deixar de pensar que algo maior do que nós havia acontecido, levando os dois a uma situação em que não tínhamos como nos evitar." (pág 54)

Os dois apaixonados e correndo riscos para se encontrarem. O que fazer para ficarem juntos? Isabelle descobriu que na cidade vizinha era permitido casamento entre negros e brancos. Uma fuga... se casaram... mas é claro, que isso não terminaria bem.

As Cores do Entardecer é uma história emocionante, triste, envolvente, daquelas que depois que você termina de ler fica um tempo pensando sobre ela. Um drama cheio de surpresas que fala de racismo, mas também fala de amizade, de amor, de luta. A Isabelle e Dorrie que viajaram juntas, não são as mesmas que retornam para casa.

Resenhado por Luci Cardinelli
http://www.skoob.com.br/usuario/377269-luci-cardinelli

site: http://saletadeleitura.blogspot.com.br/2015/11/resenha-as-cores-do-entardecer-de-julie.html
comentários(0)comente



Fernanda 12/09/2015

Oi Gente!

As Cores do Entardecer é um livro que tive muita vontade de ler deste que li a sinopse, pois o tema sempre atrai minha atenção, mesmo que não queira – risos! É meio automático já e quando li uma resenha fiquei mais curiosa. O livro nos traz Isabelle e Robert, ela é branca e ele negro e nos anos 30 era proibido as relação entre pessoas “desiguais” em uma parte dos Estados Unidos.

Isabelle sempre foi diferente das pessoas de sua família. Os irmãos são egocêntricos e irresponsáveis, mas a culpa é da mãe, que sempre lhes deu liberdade e nunca os reprimiu por seus erros, apenas dizia que era coisa de menino. As coisas de menino os transformaram em monstros, capazes de tirar a vida de outro ser humano e destruir uma família em nome de um preconceito nojento!

O pai de Isabelle nunca enfrentou a esposa e sempre atendia seus pedidos por mais injustos que eles fossem. Se os filhos estivessem maltratando os animais era para deixá-los fazendo, pois era coisa de meninos. Sinceramente, eu odeio mães assim e sei que elas existem não apenas em livros, mas na vida real também e claro pais como o de Isabelle que sempre abaixam a cabeça para tudo e para todos.

A obra é ambientada nos anos 1930, onde a segregação racial dos Estados Unidos não toleraria tal afronta: uma moça branca de uma família de renome social, jamais poderia sequer imaginar unir-se a um negro, ainda mais amá-lo. E um negro que atrevesse a desafiar a lei pagaria um preço muito alto por não manter-se em seu lugar.

Sempre que vejo ou leio algo a respeito do racismo fico pensando como ‘nós’ podemos ser desumanos ao ponto de encontrar diferenças em cor de pele, julgar pelas formas dos fios de cabelos, como somos capazes de julgar um semelhante sem olhar o brilho de seus olhos, sem ver o caráter e muitos menos, sem ver sua alma. Como é possível pensar que uma cor é melhor que outra!?

Ser negro, nem sempre foi fácil, pois muitas pessoas racistas te condenam apenas pela cor da pele e confesso que nunca entenderei o que diferencia uma pessoa da outra, se perante Deus somos todos iguais, se todos nos somos a imagem e semelhança D’Ele!

Em As Cores do Entardecer não conhecemos somente Miss Isabelle, mas também Dorrie, sua cabeleireira, e é através dessa relação que conheceremos a vida de uma mulher, que sofreu pelas mãos da própria família. Miss Isabelle, foi condenada a sofrer por que sua família não aceitava o seu amor, não aceitava que independente de cor de pele, existe amor e duas almas que anseiam por vivê-lo.

No mais, parabenizo a Novo Conceito pela bela edição da obra! E claro, recomendo que leiam!

“Com personagens humanos e, por isso mesmo, memoráveis, As Cores do Entardecer mostra que as relações afetivas muitas vezes são mais profundas que os laços de sangue.”
http://www.lostgirlygirl.com/2015/08/resenha-589-as-cores-do-entardecer.html

site: http://www.lostgirlygirl.com/
comentários(0)comente



Vera Sabino 04/07/2015

Emocionante, toca profundamente o coração do leitor!!!!
Ainda estava me recuperando das emoções da leitura de "12 Anos de Escravidão" quando me indicaram "As Cores do Entardecer - Lembranças de um tempo que não terminou".
Fiquei interessada de imediato no livro quando li a sinopse e vi que o tema abordado era o preconceito racial, o amor e a amizade entre pessoas de etnias diferentes.

A história é apresentada em capítulos alternados com Miss Isabelle, uma senhora branca de 89 anos contando sua história de vida e Dorrie, sua cabeleireira negra, divorciada e mãe de 2 filhos, com seus problemas pessoais nos dias atuais.
As duas são amigas, uma amizade de mais de 10 anos que começou quando Miss Isabelle passou a frequentar o salão de cabeleireiro onde Dorrie trabalhava. Com a idade e impossibilitada de dirigir devido a uma queda feia, Miss Isabelle não pôde mais ir ao salão e Dorrie passou, então, a atendê-la toda segunda-feira em casa.
Essa convivência de anos criou num laço muito forte entre elas. Embora nunca tenham admitido, Miss Isabelle era para Dorrie como uma mãe, assim como Dorrie era para Miss Isabelle como uma filha.

Mas essa amizade era considerada por muitos como "inconveniente". Mesmo passados mais de 70 anos desde a juventude de Miss Isabelle -- quando a amizade entre brancos e negros não era aceitável -- as duas mulheres enquanto viajavam juntas para Cincinnati, onde Miss Isabelle participaria de um velório, foram alvo de olhares insistentes e comentários racistas.

E foi no trajeto dessa longa viagem de carro desde Dallas que Miss Isabelle -- enquanto fazia palavras cruzadas -- contou para Dorrie sua triste história.
Falou de Robert e sua irmã Nell, filhos da empregada negra da casa e seus companheiros de infância; de como descobriu estar apaixonada por Robert aos 17 anos de idade; como Robert era inteligente e tinha como sonho entrar para a faculdade de medicina e se tornar um médico; falou das "armações" dela para encontrá-lo às escondidas e do quanto sua família foi dura com ela quando descobriu seu amor por um negro.

Miss Isabelle e Robert viviam num estado sulista americano onde o preconceito racial era enorme e um casamento inter-racial era algo inadmissível. A medida de tamanho preconceito podia ser vista na entrada da cidade numa placa onde se lia:
"NEGRO, É MELHOR NÃO SER APANHADO EM SHALERVILLE DEPOIS DO PÔR DO SOL".
Os negros só tinham direito a permanecer na cidade durante o dia, enquanto trabalhavam.

Apesar de tanto preconceito, os dois jovens acreditavam ser possível se casar, mudar de cidade e viver esse amor proibido. Tentaram e, por essa ousadia, pagaram um preço muito alto.

O final do livro nos traz uma surpresa que eu, pelo menos, sequer imaginava!!!!
Entendemos então porque era tão importante para Miss Isabelle estar presente no velório em Cincinnati e porque ela convidou Dorrie para acompanhá-la. Sozinha, sem o apoio da amiga, Miss Isabelle não teria sido capaz de suportar tamanha emoção.

Quanto à Dorrie, tudo o que ela ouviu de Miss Isabelle durante a viagem e o que aconteceu no funeral, fez com que ela repensasse seus problemas familiares e se desse uma nova chance no amor.

O subtítulo do livro "Lembranças de um tempo que não terminou" nos diz com todas as letras que o preconceito racial ainda existe e continua muito forte. Infelizmente, o negro sempre será visto em primeiro lugar pela cor da sua pele e não por sua inteligência, nível cultural ou posição social.

REJANE 05/07/2015minha estante
O que dizer depois de ler a resenha?
Assim que li a sinopse do livro, de imediato desejei muito ler, agora, com certeza faz parte da minha lista de leituras! Certamente é uma história de emocionar, não só pelo romance de Miss Isabelle, e por toda a história de preconceito racial, que por si só já trazem uma carga emocional muito grande... mas também torcer por Dorie, e sua nova chance no amor... e na vida!

Parabéns Vera! Ótima resenha!


Vera Sabino 05/07/2015minha estante
Muito obrigada, Rejane, por seu comentário! :)
Como eu disse acima, essa questão do preconceito racial, infelizmente, ainda existe e é muito forte, como pudemos ver há poucos dias com os comentários racistas horrorosos contra a Maju, repórter da Globo, nas redes sociais.
Uma moça linda, elegante, simpática e ótima profissional ser xingada gratuitamente daquela maneira, pelo simples fato de ser negra.
Absurdo dos absurdos que isso ainda aconteça!!!!!


Sol 30/11/2015minha estante
Uma história emocionante.Super indico.




Debyh 24/06/2015

nada é tão simples quanto parece
Esse livro conta aquele tipo de história aonde você pensa ter uma solução razoável para o problema que aparece, mas de repente percebe que as coisas vão atingindo proporções maiores e daí descobre que nada é tão simples quanto parece.
(...)
continua no link

site: http://euinsisto.com.br/as-cores-do-entardecer-julie-kibler/
comentários(0)comente



Portal JuLund 24/06/2015

As Cores do Entardecer, Resenha, @Novo_Conceito
Começamos o livro conhecendo Miss Isabelle, uma senhora de 89 anos de pele branca e sua melhor amiga Dorie, uma cabeleireira negra. Miss Isabelle pede a Dorrie que a leve até um funeral. O ponto principal para entender este livro é que é muito relevante a cor da pele dos personagens, vamos entender agora o porquê.

Miss Isabelle conta sobre sua infância e adolescência, que se passou entre a grande depressão e a Segunda Grande Guerra, ela morava em uma pequena cidade onde pessoas negras eram proibidas de andar nas ruas após o anoitecer.

Dorrie também tem um papel importante na narrativa, com sua visão unica, uma cabeleireira, mãe de dois filhos, divorciada e com uma família muito complicada, a relação entre Dorrie e Isabelle é bem peculiar e instigante.

Leia a resenha completa no nosso portal!

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/as-cores-do-entardecer-resenha-novo_conceito
comentários(0)comente



Magia 29/04/2015

"Tudo começou e terminou com um vestido de velório."

A capa de As Cores do Entardecer me chamou atenção assim que a vi. Não existe algo que faça dizer "é isso que eu amo nessa capa", ela me agradou, simplesmente. E, quando comecei a leitura e entendi mais o seu verdadeiro significado, passei a gostar dela ainda mais.

Neste livro conheceremos Dorrie, uma mulher de 36 anos que está divorciada, tem um casal de filhos e, por ter se decepcionado muito com o amor, será muito difícil para um homem conquistar sua confiança. Porém, como não mandamos no destino, ela conhece Teague, que tenta conquistá-la. Mas quem fará com que Dorrie pense sobre a possibilidade de um novo relacionamento é Isabelle, uma mulher de 90 anos que carrega dentro do coração e da memória uma vida regada de emoções e dor.

Acontece que, na década de 30, Isabelle se apaixonou por Robert, um rapaz negro. Ela, uma jovem branca, foi proibida de se envolver com ele e isso mudou completamente, e para sempre, o rumo de sua vida. Tantos anos se passaram e Isabelle não conseguiu esquecer tudo o que passou, muito menos apagar as dores. Mas, talvez, ao se abrir com Dorrie, com quem tem uma grande amizade depois de frequentar o salão no qual ela trabalha por anos, ela possa ter seu coração aquecido novamente e possa impedir que mais alguém seja impedido de amar.

"A única pessoa em que eu podia confiar era em mim mesma. O outro caminho era tortuoso demais e eu queria olhar direto para a frente."

Dorrie e Isabelle tem uma amizade linda. Apesar da diferença de idade, as duas são confidentes, se tratam como mãe e filha e sabem que uma precisa da outra. Há respeito, carinho, amor e confiança na relação delas e ambas aprenderão uma com a outra. Isabelle passou momentos horríveis e, mesmo assim, é uma pessoa que consegue passar tranquilidade e em vários momentos faz Dorrie refletir sobre suas atitudes. Ela, por outro lado, dará à amiga a oportunidade de falar sobre seu passado sem ser julgada e aprenderá a transformar sua vida naquilo que ela deseja.

Isabelle narrará sua vida entre os anos 1939 e 1944 durante uma viagem repentina que fará com Dorrie e irá nos comover com tudo o que passou e nos fazer indagar, a todo momento, o que aconteceu no final desse período de sua vida que está tão refletido nos dias de hoje. Descobriremos os riscos que passou, as dificuldades que enfrentou e a crueldade que sofreu por conta de pessoas próximas à ela. Ela fala sobre seu romance , conta como os negros eram tratados em sua cidade (para vocês terem noção, eles trabalhavam de dia, pois haviam placas que avisavam que depois do pôr do sol era melhor não ser apanhado), fala sobre os desejos de Robert, o tratamento de seu pai e de sua mãe e, claro, seus sentimentos.

[...]

CONTINUE LENDO: http://www.magialiteraria.net/2015/04/resenha-as-cores-do-entardecer-julie.html
comentários(0)comente



Julia G 11/03/2015

As cores do entardecer
A capa de As cores do entardecer, livro escrito por Julie Kibler, não me agradou muito, mas seu título, sozinho, já traz certa beleza. Tirei o livro da estante sem saber o que esperar e sem muita curiosidade, ele foi escolhido porque eu não fazia ideia do que gostaria de ler naquele momento. Porém, mergulhei inteiramente na história e torci, a cada página, por um final feliz, tanto para Miss Isabelle quanto para Dorrie, as protagonistas desse romance.

O livro é dividido em capítulos intercalados pelos pontos de vista de Dorrie, nos dias atuais, e de Miss Isabelle, na década de 1940, sempre em primeira pessoa. Quase todo o enredo se passa no percurso que as duas faziam juntas para comparecer a um funeral importante para Miss Isabelle na cidade onde cresceu. Durante o caminho, Miss Isabelle narrava sua história de amor com Robert, proibida pelo simples fato de ele ter outro tom de pele e, ao ouvir as dificuldades daquela senhora tão incrível, Dorrie, também negra, começou a repensar toda a sua vida.

Nos capítulos narrados por Miss Isabele, eu logo me via em 1939 e nos anos seguintes e ficava tão envolvida pela história que, quando os capítulos acabavam para dar espaço àqueles narrados por Dorrie, eu precisava de um tempo para sair do aturdimento de ter sido arrancada de onde estava. Isso significa que aquela trama do passado envolveu mais do que a do presente, mas as duas tiveram suas lições a ensinar.

Aquilo que Miss Isabelle e Dorrie viviam no presente e o caminho percorrido pelas duas, seja aquele para chegar ao velório, seja para chegar ao fundo de si mesmas, foi uma prova das dificuldades de cada vida, seja ela branca ou negra, e de quanto sofrimento ainda se inflinge por causa da intolerância.

O subtítulo do livro, Lembranças de um tempo que não terminou, não poderia refletir de modo mais exato aquilo de que o livro trata. As “regras” de separação entre negros e brancos, bem claras e explícitas em 1940, ainda persistem nos dias de hoje com a diferença de que são veladas, fingidamente inexistentes e, não importa quão boa e esforçada seja uma pessoa em nossa sociedade, todas as primeiras definições a respeito dela ainda terão relação com a cor da pele.

O livro, apesar de escancarar essa triste realidade de uma forma leve e romantizada, traz consigo uma importante crítica social, ideal para reavaliarmos a forma como encaramos a situação. A autora conseguiu mostrar isso sem empregar, na narrativa, violência ou discursos moralistas, mas lançando mão do amor que duas amigas nutriam uma pela outra e, mais ainda, um amor de um casal que tinha tudo para serem felizes juntos, não fosse a cor da pele.

As cores do entardecer é lindo e emocionante, singelo, triste e inteligente, e traz muito mais consigo do que a leitura pode aparentar.

site: http://conjuntodaobra.blogspot.com.br/2015/03/as-cores-do-entardecer-julie-kibler.html
comentários(0)comente



Nainha 04/03/2015

Isabelle pede para sua cabeleireira Dorrie que a acompanhe em uma viagem.
"Então aqui estou eu, pedindo a ela que me conduza do Texas até Cincinnati, atravessando metade do país, para me ajudar com minhas questões." Pág. 10
Na viagem, Isabelle vai contar sua história a Dorrie. Como ela foi salva por Robert, um rapaz negro, filho da empregada de sua família.
"- Ah, Robert, estou tão feliz que tenha me seguido. Fico até com medo de imaginar o que poderia ter acontecido." Pág. 41
Com o tempo Isabelle percebeu que um sentimento por Robert estava crescendo, mas que seria difícil viver esse amor com ele por causa segregação racial que existia.
"Parecia quase loucura, mas eu não conseguia deixar de pensar que algo maior do que nós havia acontecido, levando os dois a uma situação em que não tinhamos como evitar." Pág. 54
Dorrie vai descobrir nessa viagem as dificuldades que Robert e Isabelle tiveram que passar para viver esse amor.


As Cores do Entardecer é um livro que me fascinou pela sinopse e me prendeu com a história de amor entre Isabelle e Robert. Me apaixonei pelo livro, a história me prendeu e me emocionou. Impossível de largar até a última página e ainda te deixa querendo um pouco mais. Na orelha do livro temos a informação de que a avó da autora se apaixonou por uma pessoa negra e que sofreu com o preconceito da época.
No livro, temos a visão dos dias atuais e dos tempos em que Isabelle se apaixonou por Robert. Também temos a visão de Dorrie, mostrando as coisas que acontecem na viagem que ela faz com Isabelle e os dilemas que ela está vivendo no momento.
Vemos que a relação entre as pessoas inter-raciais é conturbado, as desigualdades e o preconceito estão presentes. As dificuldades são apresentadas no decorrer do livro, vemos como os personagens se comportam diante delas e que conseguem enfrentá-las de frente.
"Mas, na realidade, essa pequena divisão existiria para sempre entre nós, pelo simples fato de sermos diferentes.
Fomos condicionados assim." Pág. 112
A jornada percorrida por Isabelle e Dorrie mostra o amadurecimento das personagens, elas vão ganhando coragem para enfrentar as dificuldades que terão pela frente. A capa do livro mostra o contraste dos dois lados da história que está sendo contada, a estrada que elas vão percorrer e o amor que foi vivido por Robert e Isabelle. Um livro que vai te deixar com lágrimas nos olhos.


site: http://eternamente-princesa.blogspot.com.br/2015/03/resenha-as-cores-do-entardecer.html
comentários(0)comente



Fabi Brandes 23/02/2015

As cores do entardecer
Quando este livro chegou às minhas mãos, eu já fiquei encantada pela capa. Demorou para que eu entendesse a relação da trama com a capa, mas quando entendi, não pude imaginar algo mais propício do que essas duas fotos.

Pois Bem, Miss Isabelle e Dorrie tiveram um começo difícil: certo dia, Miss Isabelle chegou ao cabeleireiro e encontrou uma negra para dar jeito aos seus grisalhos, ao invés de sua cabeleireira habitual. Isabelle não foi nem um pouco delicada com Dorrie, mas ao longo dos anos, elas se tornaram melhores amigas. É quando Isabelle pede um favor à amiga: que a leve para uma longa viagem de carro até Shalerville, o local de seu passado.

Mas o que o passado de Miss Isabelle poderia esconder? E por que estavam indo até lá, justo agora que a velhinha estava com 89 anos? Simples, um funeral, o funeral do amor de sua vida. Durante a viagem, a velhinha vai contando do amor que teve com o jovem Robert na década de 30, quando os negros não tinham direito algum. Inclusive, e isso é fato verídico, haviam placas nas ruas que negros deveriam se recolher antes do entardecer.

É aí que se desenrola uma série de fatos de Isabelle, incluindo o romance proibido com o jovem, negro e lindo Robert. Ele tinha o coração mais bondoso que ela já havia conhecido, e claro, a paixão dos dois logo foi levada ao nível máximo. Porém, Miss Isabelle vivia repreendida pela mãe, que não a deixava dar um passo pra fora de casa, com medo de que os negros poderiam atacá-la. Mal sabia ela o que viria isso.




Os capítulos do livro vão alternando entre passado e presente, e paralela à história da velhota, Dorrie vive seus próprios dramas pessoais, como um novo namorado, um filho que engravidou a namorada aos 17 anos, e sua mãe que não é nem um pouco uma referência para ela. Simplesmente, a montagem do livro é perfeita. A autora estava muito inspirada e eu consegui, de fato, me transportar para todos os lugares durante a narrativa.

Sem dúvidas, uma história cheia de surpresas, de amor, e acima de tudo, de drama, do jeito que eu gosto. Pra quem está procurando uma leitura com essas características, eu não pensaria em livro melhor. Leiam e deliciem-se com essa história que pode mudar suas vidas. Entrou pra lista dos melhores livros que eu já li! Um abraço pessoal!

site: www.amoreselivros.com.br
comentários(0)comente



Mari Siqueira 18/02/2015

"Uma belíssima história sobre amor e humanidade - ou a falta dos dois."
Emocionante. Foi difícil conter as lágrimas durante e depois da leitura de As Cores do Entardecer. Por si só, o tema segregação racial já me faz querer chorar, mas o livro de Julie Kibler intensifica esse sentimento de tristeza e de indignação com uma narrativa carregada de sensibilidade. Tomamos consciência de que o que Bob Marley dizia foi realidade nos EUA de 1930 e infelizmente, ainda é, em todos os lugares. Nós vivemos em um mundo onde a cor da pele significa mais que o brilho dos olhos.

Questionando a infundada e desumana divisão entre os brancos e negros que aflorava nos Estados Unidos há pouco menos de um século, conhecemos a história de uma garota branca que vive as consequências de um amor proibido. Como um Romeu e Julieta ao mesmo tempo moderno e antiquado, onde as famílias do casal não são rivais, mas têm peles de cores opostas.

Kibler descreve os fatos e os cenários como se realmente estivesse lá. Um intenso trabalho de pesquisa unido aos relatos de “sobreviventes” desse período lamentável da História, foram o bastante para criar uma sólida história, com forte embasamento e feita para tocar todos os corações, afinal debaixo da nossa pele, somos todos da mesma cor.

O livro traz a trágica e comovente história de Isabelle e Robert, dois adolescentes que cometeram o maior dos pecados numa América racista: se apaixonaram. Além de mal visto, o romance dos dois é proibido por lei e está destinado ao fracasso. Os pais da menina, conservadores, não podem sequer imaginar que a filha ama o garoto de pele negra que sempre foi um criado da casa. E quando esse amor vem a tona, nada poderá impedir suas consequências.

A história de sua vida é narrada pela própria Isabelle, hoje com 89 anos. A cabelereira Dorrie torna-se sua confidente e as duas partem em uma jornada através das memórias da velha senhora branca. Os resquícios do preconceito ainda permeiam na sociedade e mesmo depois de tanto tempo, Miss Isabelle é julgada por seu relacionamento com Dorrie, que é uma moça negra.

O livro é narrado intercalando o passado e o presente das duas, descrevendo seus problemas, seus relacionamentos e tornando-as íntimas, como mãe e filha. É uma relação pura, que surge espontaneamente e que não se importa com os limites étnicos impostos pela sociedade. A amizade de Dorrie e Isabelle é maior que quaisquer diferenças entre elas.

Poucas vezes um livro me tocou tão profundamente quanto As Cores do Entardecer. Fiquei horas pensando sobre a história que acabara de ler, soluçando, indignada, incapaz de abandonar esses personagens tão incríveis, tão reais. Nas páginas brancas, leitosas do livro de Julie Kibler, as palavras impressas com tinta preta marcam o contraste de duas etnias e resultam numa belíssima história sobre amor e humanidade - ou a falta dos dois.

"Mas essa noite meu peito se apertou com uma sensação dolorosa de vergonha. Robert havia me salvado de algo que eu mal conseguia imaginar, mas estava proibido de me levar para casa por causa de uma regra que eu nunca havia questionado antes. Li a placa como se fosse a primeira vez: NEGRO, MELHOR NÃO SER APANHADO EM SHALERVILLE DEPOIS DO PÔR DO SOL." (p. 43)

site: http://loveloversblog.blogspot.com
comentários(0)comente



Greice Negrini 16/02/2015

Um drama que será impossível não emocionar o leitor!
Miss Isabelle vivia na época dos anos 30. Uma época em que as dificuldades eram enormes. A grande Depressão atingiu a muitas famílias derrubando valores e levando a miséria a todas as cidades e milhares de lares. Como se isto já não bastasse, a liberdade dada aos negros no século passado ao qual vivia transformou ainda mais seu país. Eles não eram bem vistos pela sociedade, principalmente em sua cidade Shalerville onde podiam trabalhar durante o dia, mas as placas eram muito diretas: Após o pôr do sol, os negros deviam ficar bem longe dali.

Aos 17 anos, Isabelle sonhava com um mundo melhor. Sonhava em cursar uma universidade e alcançar patamares mais altos do que um casamento e filhos. Seu pai era médico e sempre ensinava muito mais do que ela aprendia no colégio. Junto com ela aprendia Robert Prewitt, o filho da empregada e irmão de sua melhor amiga. A única diferença é que todos eles eram negros, o que levava a sempre terem que recorrer á regra da placa da cidade. Mas no fundo Isabelle sabia que sua mãe temia os negros e o preconceito girava ao seu redor.

Quando ao passar do tempo Isabelle tenta um ato de rebeldia e acaba entrando em uma enrascada, a pessoa que a salva é o Robert, seu amigo de infância e que agora desperta mais do que um apego, desperta o amor. Mas o impossível é o que ela está sentindo, o casamento entre brancos e negros é proibido em seu Estado e seus pais jamais permitiriam tal fato.

Robert Prewitt é um rapaz forte e decidido, que estuda muito e trabalha com afinco para conseguir seus objetivos. Isabelle pode não saber, mas seu coração bate por ela cada vez mais a cada dia. Mas o preconceito racial o impede de ir em frente e enfrentar a sociedade. Até que um dia Isabelle descobre que o Estado vizinho ao seu permite que brancos e negros se casem e assim decide fugir para viver seu grande amor.

Tudo pode parecer perfeito nos primeiros dias. O casal vive sua glória e seus sonhos se realizam. Até que todo o pavor do preconceito se junta em uma só ação e as garras da violência faz com que Robert seja punido e Isabelle volte ao seu lar e viva numa prisão.

Agora com 90 anos, Isabelle vai precisar viajar com a ajuda de uma grande amiga, também negra, até o local dos acontecimentos para descobrir um segredo guardado por décadas. E é nesta viagem que todo sentimento que as amigas têm guardado no peito será exposto como um exemplo de vida. A dor e a felicidade andando lado a lado.

O que falo sobre o livro?

Quando a Novo Conceito mostrou seus lançamentos para o mês e eu vi o nome deste e a sinopse, me interessei na hora. A capa ainda não tinha sido divulgada, mas só pelo fato de que se passaria na década de 30 e que falaria sobre a questão racial foi relevante o suficiente para eu colocar o livro no topo de preferências de leitura. Sabia que ali haveria algo diferente dos livros que a editora costuma lançar e que não seria um livro mais juvenil. Acertei na mosca!

Em primeiro lugar vou comentar sobre a capa. Como ela é cruzada com uma faixa laranja e fica com duas fotos, posso dizer que a história é bem assim mesmo, temos a versão de Isabelle e Robert como um casal jovem e a parte da estrada em que Isabelle e sua amiga Dorrie viajam para voltar à cidade em que Isabelle morava. Tudo realmente se encaixa na história.

Quando comecei a leitura fiquei meio relapsa com o conteúdo. Pensei que ia ser monótona porque ia do passado ao presente e não me mostrava algo muito sólido que um drama pudesse resplandecer e focar em um enredo forte. Mas isto foi só no período inicial. Quando Isabelle começa a contar a sua verdadeira história, mergulhei com vontade em todas as verdades da época e comecei a me chocar em como tudo acontecia e mesmo torcendo para que tudo sempre fosse para o lado positivo, sabia que haveria a perseguição e o desprezo dos personagens já que sabemos que o racismo existe até nos dias de hoje, que dirá décadas atrás.

Se você assistiu ou leu 12 anos de escravidão vai entender um pouco do sentimento de raiva que estarei exprimindo agora. Mesmo sabendo sobre a questão de um povo livre, na verdade esta história parece que nunca libertou ninguém. Parece que sempre foram escravos de uma sociedade que os queria longe, que não permitia nada além de seus trabalhos árduos e isso me causou a dor que a personagem mostra ao longo de sua jornada. Eu senti a dor de seu coração despedaçado. Ela teve suas esperanças e foi corajosa, talvez mais do que pudesse ser.

A trama trata sobre racismo sim, mas trata também sobre a necessidade de amar, de criar a coragem para largar uma vida de luxo para viver ao lado de quem se gosta sem perder a esperança de um dia melhor.

As Cores do Entardecer leva ao leitor a magia do amor, a dor da incerteza, o medo da solidão e a coragem de lutar por um mundo melhor. Há uma certeza nas palavras da autora de que mesmo que o tempo passe as lembranças jamais se apagarão.

Um livro para confiar em pessoas, para crer na boa vontade do próximo e para desejar ser melhor. Jamais será a cor da pele que definirá o ser humano e sim o seu caráter e sua dignidade.

Perfeito!


site: www.amigasemulheres.com
comentários(0)comente



Fernanda 11/02/2015

Resenha: As cores do entardecer
CONFIRA A RESENHA NO SEGREDOS EM LIVROS:

site: http://www.segredosemlivros.com/2015/02/resenha-as-cores-do-entardecer-julie.html
comentários(0)comente



Neganadia 02/02/2015

Indico
Gostei muito da leitura! Uma história bonita mostrando como era a vida das pessoas de cores no passado! Uma história de amor angustiante que você torce para o final! Mas final só lendo pra saber mesmo!! ????
comentários(0)comente



46 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR