Rúdin

Rúdin Ivan Turguêniev




Resenhas - Rudin


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Lucas 23/03/2021

Rúdin - O Homem Supérfluo
Livro muito bom, traz reflexões importantes sobre o equilíbrio entre o pensar e o agir, o conhecimento teórico e a dificuldade de colocá-lo em prática. Muito legal ver a dificuldade do personagem principal com pensamentos filosóficos novos em se colocar em uma sociedade tradicional como a Rússia czarista. De início, você é levado a pensar o mal do personagem, mas depois o autor consegue brilhantemente mostrar que ele é um ser humano profundo e confuso, o que nos faz empatizar melhor. Um ótimo romance russo.
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Ismael.Cavalcanti 17/01/2021

Escrito em 1856, foi meu primeiro livro de Turguêniev, e, como os grandes escritores russos, é genial quando retrata seus personagens e seus conflitos, suas contradições, sua superficialidade mascarada pelas ideias em uma Rússia conservadora do século XIX. Com diálogos repletos de visões distintas sobre a vida, o trabalho, a religião, dentre outros temas. É uma literatura muito rica, diria que atemporal como todo clássico, porque não deixa de ser um espelho de nossos eternos paradoxos. Finalizo com uma citação bem atual do personagem central: ?O homem em geral nega o conhecimento, a ciência e a fé nela, e com isso também a fé em si próprio e em suas próprias forças (...). O ceticismo sempre se distinguiu pela esterilidade e pela impotência?.
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Steph.Mostav 12/01/2021

O mais carismático dos homens supérfluos
Rúdin é mais um dos tais homens supérfluos de que Turgueniev se dedicou a analisar com sua literatura. Porém, ao contrário do protagonista de Diário de um homem supérfluo, Rúdin tem muito carisma e é admirado pela eloquência, pela potência de suas ideias que ele, na condição de homem supérfluo, não é capaz de realizar. Toda a capacidade que ele tem de inspirar nos personagens uma confiança em seus ideias é desfeita com sua fraqueza de vontade e indecisão, que o mantém apenas no campo das palavras e nunca através de ações que confirmem o que ele oferece como soluções. Nesse caso, ele é tanto uma vítima quanto um herói trágico de seu tempo, que tem dentro de si a vontade de ser um ativista social útil para seu país, mas que não consegue desenvolver suas potencialidades numa sociedade da qual está distante demais para que possa agir. E, assim como a grande força de Rúdin está em seu discurso, a maior potência de Turgueniev como autor está em seus diálogos sempre interessantes, cheios de debates relevantes para o contexto contemporâneo no qual seus livros foram publicados e dotados das vozes muito nítidas dos personagens quando colocados em contraste. Cada vez mais, ele se revela para mim um escritor muito capaz de traduzir os anseios e receios de sua época.
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Felipe.Campos 02/12/2020

a grandeza deste romance só consegue ser inteiramente apreciada após a leitura do epílogo, seu busílis. o posfácio da Fátima Bianchi é imperdível.
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Eduardo Távora 29/09/2020

Um homem errante numa época passageira.
Passageira, rápida, mas potente. Essa é a impressão que fica da leitura de Rúdin. Assim como é a juventude tão citada na obra, época que tenta enaltecer, celebrar, criticar. Momento ímpar na vida de cada pessoa e em que florescem com potência e vigor um mundo (novo, para alguns) de ideias/experiências. E é também sobre sentimentos (paixões?), sejam eles difusos pela sua natureza ambígua, ou mesmo revolucionários pela forma como revira os mundo privados. Entendo que na vida talvez tenham passado por nós pequenos/grandes "Rúdins", e que somente na posterioridade possamos vê-los como tais. Nos provocam com ideias belíssimas de um mundo que, por vezes, nem sabíamos ser capazes de desejar, nos enchendo de medo e fascínio. Revelam em nós e carregam em si grandes enigmas, posto que estão sempre a caminhar. Não tendo o hábito de escrever resenhas, rabisco, então, divagações, creio que, inspirado pelo personagem que dá nome ao romance de Turguêniev, também sendo essa a primeira obra que leio do autor. Deixou-me forte e impressão e querendo conhecer mais dos seus escritos. Recomendo.
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Marcele 10/08/2020

Relações
Sinceramente estou para achar um livro que melhor descreve as relações humanas como os russos, é impressionante, nunca decepciona.
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Pedro Felipe 01/07/2020

"Nada é mais penoso do que a consciência de um erro cometido"
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Bookster Pedro Pacifico 26/02/2020

Rúdin, de Ivan Turguêniev – Nota 9/10
Turguêniev foi o primeiro autor russo a se consagrar no ocidente e, por isso, suas obras costumam ser mais acessíveis. Inclusive, foi dele a primeira obra da literatura russa que li - “Pais e filhos” - e que logo entrou para a lista de livros favoritos da minha vida.

Depois dessa introdução, não preciso nem explicar por que de vez em quando aparece um livro dele por aqui!

Publicado em 1856, “Rúdin” foi o romance de estreia de Turguêniev e tem como objeto um tema que estava sendo abordado por outros autores da época: a construção do “homem supérfluo”. Esse termo foi utilizado para ilustrar a nova geração, marcada por jovens que iam para a Europa Ocidental para estudar, voltavam para a Rússia com vontade de fazer mudanças, mas se viam impossibilitados pelo governo do Tsar Nicolau I. O “homem supérfluo” é, portanto, o homem das ideias, o idealista que não consegue colocar em prática as suas ideias.

E nesse livro, o conceito do homem supérfluo está em Rúdin, o personagem principal, que passa a frequentar um círculo fechado de aristocratas rurais, causando sensações diferentes em cada um dos demais personagens. Nos deparamos com uma senhora rica e proprietária de terras; uma filha romântica e sentimental; um criado que quer agradar a patroa a todo custo; um amigo da família que causa repulsa com seus discursos machistas, e por aí vai. Os diálogos construídos pelo autor entre os personagens são muito inteligentes e com um toque recorrente de humor.

Por isso, a despeito de um enredo simples, o livro traz um excelente retrato da sociedade russa da época e desperta reflexões interessantes no leitor. E é nesse momento que percebemos o quanto são atuais as angústias de Rúdin. A partir desta obra, questionamos a nossa utilidade para a coletividade e a força que os nossos propósitos podem desempenhar.

site: https://www.instagram.com/book.ster/
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Wesley 06/02/2020

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Apresenta a realidade da vida cotidiana nas "aldeias" da Rússia no século XXIX. O protagonista da estória muda o meio em que se insere, através da sua inteligência e argumentação, e é a partir daí que se desenrola a trama.
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Kmilab 19/05/2019

Inovador
Eu confesso que esperava mais um clássico russo com final fúnebre e reflexões sobre a morte. Para meu feliz engano, Rúdin nos passa o oposto. Uma das mensagens do livro, sem dar spoiler, nos diz para arcamos com as consequências e as responsabilidades dos peso das nossas escolhas.
Ao iniciar a leitura percebi o cuidado, a técnica e a seriedade do autor em nos apresentar cada personagem e seus nomes um tanto longos e um pouco confuso para quem não está acostumado a literatura russa.
Ao decorrer da história o autor parece mais confortável e se aproxima do leitor com observâncias do comportamento humano e descrição de sentimentos e emoções. Como a impressão que cada personagem tem ao conhecer a genialidade e eloquência de Rúdin. Como se sentiram um tanto diminutos em meio a tamanha habilidade com as palavras.
O final é bem acima do que eu esperava por tomar um caminho totalmente diferente. O protagonista faz sua escolha em meio a uma corrida contra o tempo.
Os russos escreveram em 1856 mas com a mente avançada para viver em 2019.
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Vivi 21/03/2019

Algo que ficou presente nesta obra para mim, foi a superficialidade das pessoas. O quanto a figura do Rudin se torna interessante, enquanto cumpre um papel de entretenimento para aquele grupo.
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bonderbooks 16/02/2019

O propósito do conhecimento
Rúdin nos leva a personificação do ?homem supérfluo?, é daqueles livros que te coloca para refletir longamente, durante e após a leitura. O quanto somos fiéis aos nossos valores? Todo o conhecimento técnico e cultural adquirido vai fazer de você um ?homem? útil a coletividade? A nossa existência ganha significado em que momento e com quais propósitos? Somos seres originais?

São muitas as questões para serem analisadas. Mas o que chama mais atenção é a fidelidade de Rúdin aos seus valores, que em nenhum momentos são mesquinhos, ou se lança a jogos sujos. Ele é respeitoso, educado, honesto é capaz de amar mas existe uma barreira existencial que o leva a imobilidade.

Se traçarmos um paralelo com os dias de hoje, podemos constatar que muitas das angústias se repetem, muitos continuam questionado o sentido da própria existência... diante de um mundo de possibilidades, recursos e conhecimento a distância de um clique... mas com expectativas e referências sempre tão altas. Uma realidade que pode levar a paralisia. E ao esvaziamento de propósitos.

Sofremos com a doença da falta de originalidade.

A sensação de se passar a vida se preparando para a batalha, mas em algum momento se perde o trem da história é a nossa oportunidade passa ou nunca chega...

Rúdin continuará nos questionando por muito tempo!
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Mario Miranda 12/07/2018

Formação do Homem Supérfluo
Analisando de forma mais atenta a obra de Turguêniev, um dos primeiros escritores Russos a se tornar popular na literatura ocidental, provavelmente por sua amizade com notáveis escritores Franceses, como Flaubert e Zola, acredito que a importância do seu Romance de estréia "Rúdin" é mais importante por sua consequência na literatura russa do que por sua história propriamente dita.

Rúdin nos traz a história de uma sociedade rural centrada em uma viúva, Dária Mikháilovna, e o impacto neste grupo quando um intelectual, Rúdin, adentra neste círculo extravasando seu suposto excesso de conhecimento. Existe uma trama amorosa utilizada para manter a atenção do leitor, contudo o principal do livro é trazer a literatura o conhecimento do "Homem Supérfluo", aquele que mesmo tendo algum conhecimento, não tem capacidade alguma seja de colocá-lo em prática, seja em aprofundá-lo nos moldes de uma ciência.

Rúdin (1857) é uma leitura essencial para quem busca compreender Pais e Filhos (1862), obra publicada pelo autor 05 anos após Rúdin, e que coloca o "Homem Supérfluo" e o Niilismo definitivamente dentro da Literatura Russa. Dostoiévski a época já era um escritor com várias obras publicadas (Gente Pobre, O Duplo, A Senhoria, Noites Brancas, Netochka Nezvanova, O Pequeno Herói), porém apenas após a inserção do Homem Supérfluo de Turguêniev é que vemos nascer os grandes personagens - e consequentemente grandes obras - de Dostoiévski. Raskolnikov, em Crime e Castigo (1866) é um exemplo deste, que apesar de colocar seu plano em prática - o assassinato - não consegue ultrapassar sua própria superficialidade. Porém será em Os Demônios (1872) que veremos o impacto mais contundente do Homem Supérfluo e do Niilismo na obra de Dostoiévski.

site: https://www.instagram.com/marioacmiranda/
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Edna 06/07/2018

Homem Supérfluo
"As circunstâncias determinam a nossa vida, elas nos empurram para um ou outro caminhoe depois nos condenam."

Primeiro romance do Autor que iniciou sua carreira literaria escrevendo poesias e toda ação do romance desde a sucessão dos episódios até as peripécias do enredo tudo está subordinado à tarefa de avaliação do pael histórico de Rúdin, no que se refere à sua utilidade social.

Ele é um homem intelectual de estimação, uma pessoa supérflua, cujos interessem são focados nos interesses.

Dária Mikháilovna, é uma viúva ilustre e dona da mansão que Rúdin vai tomar posse, em um mundo falso, onde ele conseguirá seu intuito, brilhar mesmo ela sendo cercada de inúmeros bajuladores.

Uma obra filosófica, com abordagem psicológica, trás um fundo hist´rico russo adaptado à figura de Rúdin que deveria representar o homem inteligente com um caráter típico do homem de sua geração, com acertos e erros humanos, uma visão do mundo.
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