Rúdin

Rúdin Ivan Turguêniev




Resenhas - Rudin


32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


arthurzito 01/08/2023

Como grande amante da literatura russa que sou, chegou a hora de começar a explorar os trabalhos de Turgueniev. Estou especialmente entusiasmado para ler "Pais e Filhos", mas para me familiarizar com o estilo do autor, optei por começar com seu romance de estreia, "Rúdin". Ao ser o primeiro livro lançado pelo autor, não criei expectativas muito elevadas e, de certa forma, isso se mostrou acertado.

A narrativa de "Rúdin" é um retrato da vida aristocrática russa do século 19, com seus nobres e seus filhos reprimidos, latifundiários e os homens humildes que orbitam em torno dessas pessoas. Rudin é um desses homens, cuja beleza talvez seja comum e cujo caráter também pode ser questionado, mas seu espírito forte é capaz de cativar as pessoas ao seu redor, por meio de sua oratória e seus modos. Mesmo inserido em um ambiente repleto de riqueza e poder, Rudin se faz presente, embora seja talvez apenas uma sombra do que poderia ser se pertencesse a essa classe privilegiada.

"Rúdin" não se mostra como um livro excepcional, mas sim como uma leitura envolvente e cativante.
comentários(0)comente



Ezequiel.Cesar 27/06/2023

Uma obra-prima!
O livro mostra-nos de que adianta uma pessoa qualificada se não encontra o seu caminho, fica vagando errante pela vida sem nenhuma chance de sucesso.

Uma escrita extremamente sensível aos conflitos entre as pessoas.

Toda a obra de Turgueniev é primorosa feita com muito esmero e cativante!
comentários(0)comente



Alee M. 25/02/2023

Talvez vc conheça um cara meio Rudin
Rudin é um homem culto que encanta todos com suas palavras e teorias. Nessa história, vemos como nem tudo é o que parece é ser e como, as vezes, boas ações podem se tornar prejudiciais.

Demorei pra entender qual era a desse livro. Rudin, o personagem que dá nome a história, só aparece depois de umas 50 páginas. Um tipo que encanta todo mundo, fala bonito e todos o querem por perto. Estranhamente, alguns amigos do passado não o tem em tanta boa nota assim. O livro aborda o homem superfluo, representação literaria dos aristocratas russos que tinham acesso a estudos longe de seu país e por isso desenvolviam um senso crítico afetado pelas ideias iluministas dos países europeus. Porém quando retornacam para sua pátria cheios de desejos de mudanças e reformas pouco podiam fazer, assim ficavam de mãos atadas se tornando homens de muitas palavras e poucas ações.
comentários(0)comente



Theodora 22/02/2023

Rúdin, comecei a adorar a representação do "homem supérfluo" amei como turguêniev retratou isso e agora tenho uma desculpa para ler "Pais e filhos"
O Rúdin cheio das ideias ocidentalizadas principalmente de origem alemã (como Hegel ou Goethe) aparece numa propriedade rural russa da uma senhora poderosa já causando no meio do círculo social da veia e abalando principalmente um tal de Pígassov (um misógino que não deixa de ser cômico)
Eu vejo essa representação do homem supérfluo com muitos jovens de hoje principalmente quando você abre o twt onde você é mais visto por expor uma opinião do que fazer algo de significativo com ela
Recomendo que leia rapidamente o posfácio dassa edição antes de ler o romance de costume (tem que dizer assim pra intelectuais te valorizarem ksks) e antes que argumentem ter "spoiler" não vai fazer diferença pra começar que "spoiler" é uma linguagem cinematográfica não literária e ler o posfácio de modo superficial antes de ler o livro vai te trazer um melhor entendimento geral sobre do que se trata e já é um clássico.
Boa leitura
comentários(0)comente



Sabrina Araújo 09/01/2023

Perfeito ?
> O retrato do homem supérfluo de Turguêniev.

> "E, quanto à influência de Rúdin, juro-lhes que esse homem sabe não apenas como nos sacudir: ele nos tira do lugar, não nos deixa ficar parados, vira-nos pelo avesso, nos incendeia!"

° Rúdin traz ao leitor a maior das sensações, retratando a Rússia da época, onde um personagem vivia por perto de pessoas da aristocracia e as conquistava com seu modo apaixonado de comunicar-se, onde também demonstrava a todo momento seu conhecimento sobre alguns assuntos, permitindo-se às vezes analisar o comportamento dos outros, mas nem sempre deixava com que o outro passasse por cima de seus argumentos, o que, por sua vez, acabava conquistando a admiração/atenção de alguns e a repulsa de outros.

° Embora Rúdin fosse um homem que graciosamente conquistava a fácil afeição de algumas pessoas, fazendo com que qualquer um ficasse extremamente obcecado por ele, ainda assim, essas relações tinham pouca duração por sempre aparecer um problema, fazendo com que desse modo o vínculo se quebrasse e ele vivesse nessa constante e passageira convivência entre aristocratas.

° Na narrativa desse livro, Turguêniev traz Rúdin, um homem interessante para alguns olhos e completamente oportunista para outros, justamente por acusação de ser um ser humano constituído apenas de belas palavras e poucas ações. Rúdin, enfatiza discussões filosóficas, personagens sentimentalistas e interesseiros. Ivan, também destaca discursos machistas de um de seus personagens, e o quão detestável ele pode ser na presença feminina. A história possui um enredo simples, mas extremamente envolvente, complementando ainda mais a leitura fluída e, também consta com muitas referências de outros autores e livros, como por exemplo o incrível Gógol, Goethe e o livro Dom Quixote.

° Foi uma leitura sensacional, rápida e com a tradução perfeita da editora 34 não tem como não se envolver rapidamente na narrativa dramática e concluí-la em um piscar de olhos. Quem gosta de literatura russa, deve com toda certeza ler Turguêniev, pois ele sabe muito bem como prender qualquer leitor, seja iniciante ou não. E destaco que RÚDIN é uma ótima escolha para quem quer começar a ler os livros do autor.
comentários(0)comente



Thaís 08/01/2023

Dois pontos de vista
Rudin descreve a luta entre o teórico e o prático, personifica dois pontos de vista, dando o desfecho mais comum a cada um. Para quem já passou pelo mundo empresarial e acadêmico, entende bem esta obra e ao que ela se pretende. Concordar ou não é pessoal, mas não é possível negar os fatos.
comentários(0)comente



Carlos 26/11/2022

Rúdin
Romance genial de Turguêniev, apresentando-nos Rúdin, inspirado em Bakunin e precursor dos raznotchínets, fazendo a transição entre estes e os homens supérfluos.
comentários(0)comente



Matheus.Berica 16/08/2022

Diálogos incríveis pra contar uma alegoria de como a geração do Turgueniev tava titi porque o czar não deixava eles serem inteligentes ; (

edit: Rudin é o famoso FALA MUITO, FALA MUIITOOO. Famoso "vou te foder todinha" e chega na hora e o pipi nem sobe
comentários(0)comente



Mauricélia 14/05/2022

O homem supérfluo
Rudin foi o primeiro livro russo que li, e foi um ótimo início. A obra destaca o homem supérfluo da época, aquele que muito sabe, impressiona todos pela cultura e linguagem, mas não angaria sucesso e crescimento na vida.

Rudin tenta se estabelecer numa vida que não é sua em meio a aristocratas. Vive uma paixão proibida, foge dela, e vai tentando a vida ?de galho em galho?.

É dado a ele um fim que pode até parecer glorioso, mas que ao olhar para toda sua história, todo seu passado, a glória não foi sua companheira.
comentários(0)comente



Janaskoobmania 30/04/2022

Herói ou Vilão
O romance inicia com uma personagem excêntrica, viúva e rica que constrói em seu círculo de amizade pessoas das mais variadas posições sociais. Aqui devo acrescentar que me parece que as famílias russas sempre tinham pessoas ?utilizadas? nos encontros para divertir e distrair os convidados, curiosa essa prática é estranha, devo confessar.
Enfim, Dária, a tal viúva, tinha preparado um jantar para receber um ilustre convidado intelectual. O que aconteceu foi que o convidado não apareceu e envia outro em seu lugar. Rsrs
E, o mais curioso dessa história, é que a mulher gosta do convidado inesperado e, pasmem,resolve convida-lo para passar uns tempos com ela; o tal convidado é Rúdin, o intelectual e idealista.
E aí, conversa vai e vem, regada a tanta sabedoria o dito engabela todo mundo e vai vivendo as custas da sua ideias e saber.
Para encurtar conversa, como Rúdin, não para quieto e nem sabe o que quer da vida faz uma lambança e tem que dar o fora da mamata e se virar sozinho.
Tive raiva e sofri junto com Rúdin, achei ele um folgado depois que ele estava sendo usado; sempre pensamentos contraditórios. Rsr
Passa-se o tempo e tudo se ajeita e volta aos eixos sem a presença de Rúdin. Mas aqui fico a pensar como pessoas inteligentes as vezes são tão frágeis e indecisas e como gente supérflua são tão preconceituosas. Aqui vemos dois paralelos de um lado a riqueza desprovida de inteligente, superficialidade e cheia de preconceitos e por outro lado uma juventude inteligente, cheia de ideias mas desprovidas de coragem, força e determinação para mudar o mundo a sua volta. Dois polos de um mesmo povo.
O romance nos trás uma sociedade corrompida, egoista e onde o desemprego parece ser enorme.
O final me fez pensar se o personagem principal era um herói, no seu tempo, ou idealista sem determinação que se transformou em vítima de si mesmo.
O que o autor construiu aqui é simplesmente fantástico. Já quero ler outros livros do autor.
comentários(0)comente



belaffig 05/02/2022

"[...] entrego-me todo, com avidez, por inteiro - e não consigo me entregar."
De leitura rápida (principalmente para manter na cabeça todos os personagens) e escrita fluida, eu imaginava que Rúdin, o "homem supérfluo" protagonista do livro, seria um personagem altamente relacionável - e por isso, essa seria uma leitura dolorosa. Porém, a experiência acabou sendo bem curiosa: conflitante, me encontrei em vários momentos sem saber exatamente o que pensar; e nem sei exatamente o que pensar até agora. Talvez a força do livro resida também aí. A história não tem exatamente um clímax, mas o valor está no conto quando se olha em retrospecto: em seus capítulos finais, quando os personagens olham para trás e refletem sobre o que eram e o que poderiam ter sido; sobre o valor e a disputa que os sentimentos, os ideais e a ação está sempre tomando dentro de nós; sobre o eterno se preparar para o momento da vida que nunca chega; sobre as auto-desilusões (produto de autoanálise ou de absorver o que o outro vê em você?); sobre o arrependimento que parece sempre nos alcançar, não importa qual rumo tomemos na vida. Sobre o "homem supérfluo", tive uma ideia diferente da que recebi, talvez estivesse esperando outras coisas ou mais perspectivas; mas a experiência toda com o livro foi diferente da que estava esperando, e o final acabou me conquistando. Sobre muito ainda não sei elaborar. Mas esse foi outro livro da Literatura Russa que não me decepcionou.
comentários(0)comente



Diego Rodrigues 29/10/2021

"Meu destino é estranho, quase cômico: entrego-me todo, com avidez, por inteiro - e não consigo me entregar"
Nascido em 1818, na região de Oriol, Ivan Turguêniev foi o primeiro dos grandes escritores russos a irromper no Ocidente. De origem aristocrática, perdeu o pai ainda na adolescência e teve uma relação conturbada com a mãe ao longo de toda sua vida. Em 1838, mudou-se para a Alemanha, onde aprofundou seus estudos em filosofia, literatura clássica e história. Nessa mesma época, começou a publicar seus primeiros poemas na revista de Púchkin: "O Contemporâneo". Ingressou no círculo filosóficos dos estudantes russos, onde se aproximou de figuras ilustres como o filósofo Bakúnin e o crítico Bielínski. Sob a influência da chamada Escola Natural, começou a escrever contos que culminaram em "Memórias de um Caçador" (1852), obra que não só cumpriu um importante papel social como desbravou caminho para a literatura russa na Europa Ocidental. Na França, se envolveu em um triângulo amoroso e veio a fazer amizade com autores como Flaubert, Zola e Daudet. Além de "Memórias de um Caçador", publicou obras memoráveis como "Diário de um Homem Supérfluo" (1850), "Ninho de Fidalgos" (1859), "Primeiro Amor" (1860) e, aquela que é considerada sua obra-prima, "Pais e Filhos" (1862). Esta última levou o autor a ser acusado de incentivar o niilismo, a polêmica foi tamanha que Turguêniev teve que deixar definitivamente a Rússia e se fixar na França, onde faleceu, nos arredores de Paris, em 1883.

Publicado pela primeira vez em 1856, também na revista "O Contemporâneo", e retocado mais tarde, em 1860, "Rúdin" é o primeiro romance de Ivan Turguêniev. Escrito em menos de dois meses durante o verão de 1855, enquanto o autor estava isolado na propriedade rural de sua família, o romance se passa no campo, onde Dária Mikháilovna, uma viúva da alta sociedade que vive em Moscou, vai passar o verão. Em torno de Dária giram copiosos personagens: o parasita Pandaliévski, o "inimigo das mulheres" Pigássov, o enigmático Liéjnev, a encantadora Aleksandra e a jovem Natália. Mas esse pacato mar social está prestes a perder sua calmaria com a chegada de Rúdin, figura erudita e idealista, culta e espirituosa, eloquente e defensora do conhecimento. Em contraste com seus ideais, Rúdin chega ao campo falando de Newton, Hegel, Schubert, Goethe e Hoffmann, mas se depara com uma sociedade extremamente engessada, ignorante e tomada de preconceitos.

Esse conflito ecoa o que viveu o próprio Turguêniev quando, ao retornar do exterior, teve a percepção do quanto a Rússia de Nicolau I estava atrasada em relação a Europa Ocidental. Mais do que autobiográfico, o personagem de Rúdin encarna toda uma geração: a do homem dos anos 40, que queria ver o progresso de sua pátria, mas se via paralisada e não conseguia colocar em prática as suas teorias. Restou a essa geração disseminar suas ideias e preparar o terreno para a geração por vir. E essa é a trajetória de Rúdin.

Com uma escrita bonita e envolvente (a mais bonita dos russos, pra mim), Turguêniev consegue tecer suas críticas, passeando por temas sociais, políticos, filosóficos e psicológicos, sem detrimento da parte estética do romance. Com menos de duzentas páginas, a obra é de fácil e rápida leitura, e dotada de um tom melancólico. Tão gostosa de ler que corre-se o risco de passar por ela sem perceber o seu lado mais crítico, não fosse o rico posfácio e notas da tradutora Fátima Bianchi, que nos colocam dentro do contexto da obra (marca já registrada da Editora 34). O interessante (e triste) é que o drama de Rúdin pode ser facilmente trazido para o nosso contexto atual, onde temos um cenário preconceituoso, de culto à ignorância e ataque à ciência, e uma sociedade que parece querer voltar no tempo. Não há duvida de que algumas pessoas do Brasil de hoje se sentiriam em casa na Rússia do século XIX.

site: https://discolivro.blogspot.com/
comentários(0)comente



Grey Borges 03/10/2021

O homem supérfluo
A segunda obra de Turguêniev que leio e posso garantir que vale muito a pena.

Voltamos ao conceito de homem supérfluo: "fraco de vontade, indeciso e atormentado por seus ideais".

Rúdin é uma novela psicológica publicada em 1856 e o primeiro romance de Turguêniev.

➡️Dária Mikháilovna, uma viúva aristocrata, vai para o campo com seus filhos para aproveitar o verão. Recebe em sua casa muitos convidados para jantares, entre eles, Rúdin que surge substituindo um barão, amigo da viúva. Logo após sua chegada, desperta muitos olhares (devido ao seu discurso eloquente e sua alta capacidade intelectual), incluindo Natália, filha da viúva.

⚠️Turguêniev trabalha no conceito de homens com grande potencial e incapazes de transformar seus ideais em atos.

Rúdin possui um dom: a capacidade de atrair as pessoas com ideias elevadas.
Em contrapartida, tais ideias não saem do mundo das palavras.

🔴Podemos fazer um paralelo com Machado de Assis, que retrata esse tipo de sujeito muito bem. Machado usa em sua crítica, diversas vezes, a camuflagem do homem em apenas aparentar algo, que muitas vezes, não se ajusta à realidade.

💭"...entrego-me todo, com avidez, por inteiro - e não consigo me entregar."

💭"Meu Deus! Aos trinta e cinco anos ainda continuo a me preparar para fazer algo!"

💭"...da palavra à ação vai uma grande distância..."

site: https://www.instagram.com/p/CUkn-FAr8g7/?utm_source=ig_web_copy_link
comentários(0)comente



Thais Guedes 09/05/2021

As palavras não têm valor sem ação!
Curto, intenso e recheado de reflexões! Diálogos muito bem construídos com abordagens filosóficas e psicológicas sobre trabalho, relação interpessoal, ideais e a forma como conduzimos nossas vidas. Não é à toa que Turguêniev é um nome de peso na literatura russa e mundial. Em seu primeiro romance já está presente a sua genialidade com as palavras!
comentários(0)comente



Otoniel.Filho 08/04/2021

Rúdin
Romance incrível de Turgueniev, fala sobre Rúdin personagem eloquente e erudito que fala sobre diversas questões pertinentes, com um círculo aristocrático formado no interior em uma província.
comentários(0)comente



32 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR