Gabriela Cravo e Canela

Gabriela Cravo e Canela Jorge Amado




Resenhas - Gabriela Cravo e Canela


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g g 13/09/2024

GABRIELA Ê MEUS CAMARADA
O começo é um pouco difícil, como uma mudança pra essa cidade nova e todas as pessoas parece um pouco demais. Mas a partir de um certo momento você se habitua.
O Doutor discursa e você escuta, Glória está na janela e você vira o rosto, Nacib chora e você compadece, no presépio das irmãs há um recorte seu e do trago diário de Tonico você compartilha.
Ler este livro é ser vizinho do bar e ficar indeciso em quem votar. Mundinho ou Ramiro?
É um relato impecável do progresso e as mudanças na sociedade brasileira, a saída do coronelismo.

Então, chega Gabriela e só há cheiro de cravo e cor de canela. Gabriela é quase como a modernidade incorporada, é ela própria um manifesto entre os humanos.
Para entender Gabriela só lendo Gabriela.
E para explicá-la? Impossível.

Leia. Leia. Leia.
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Gersyane.JacaAna 10/09/2024

Gabriela, feita de canto e dança, de sol e luar?
História envolvente tal qual o cheiro de cravo e a cor de canela de Gabriela, no começo a leitura não fluiu bem, a linguagem é diferente (e ansiamos logo pela chegada de Gabriela) mas quando acostumei tudo pareceu acontecer mais rápido e eu já era parte da vizinhança.
Me senti tão dentro da história que até sonhei com ela! Bem mais do que um romance a história se volta principalmente para a política e o progresso de Ilhéus e é incrível como até isso é interessante.
Como mulher é difícil sim ler certas partes mas Malvina está aí para renovar nossas esperanças e Gabriela para nos encantar com seu jeito único e sua liberdade.
Mais um livro de Jorge Amado que me pegou, estarei lendo mais obras do divo.
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Áquila 10/09/2024

Tão melhor que novela!
Sempre ouvi falar de Gabriela como uma mulher imutável, que cantava sua música de que foi sempre assim, quase um símbolo de atraso e resistência à mudança.
Quando ela é o oposto, vento de mudança que leva o mundo para frente!
E a prosa de Jorge Amado é sempre deliciosa.
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Cheshiire 04/09/2024

Para sentir que vive em Ilhéus no passado
Cheguei nesse livro pela curiosidade de memes da novela que apareciam para mim em redes sociais (mesmo sem ter visto a novela).
Fiquei extremamente absorvida na leitura, como se fizesse parte de Ilhéus, frequentasse os lugares, a ambientação é perfeita.
O livro retrata uma época que pode ser complicado não ficar meio triste com alguns temas como coronelismo, escravidão, feminicidio e patriarcado. Principalmente quando notamos que algumas coisas não mudaram muito nos dias de hoje.
Me encantei e me emocionei muito pela personagem Malvina, talvez a mais próxima da minha realidade.
Recomendo muito a leitura.
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Lucas007 26/08/2024

Livro fenomenal
"Gabriela, Cravo e Canela" foi uma leitura muito interessante e marcante para mim. O livro retrata de forma sutil ? mas ainda de forma genial ? as mudanças sociais e políticas da época, com personagens e situações que nos fazem refletir sobre o Brasil.

Recomendo fortemente esta obra de Jorge Amado, não só pela narrativa, mas também pela forma como ele nos faz enxergar as nuances da nossa cultura.
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Sidney.Vianna 22/08/2024

Poucos retratam o Brasil como Jorge Amado
Ei, que pressa é essa? Venha cá, puxe uma cadeira, senta aqui com a gente, no Vesúvio todo mundo é bem-vindo. Vamos conversar miolo de pote, dar boas risadas, saber da vida do povo e dar pitaco sobre a política de Ilhéus.
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Ju 21/08/2024

Jorge, você é definitivamente amado
“O que é que ela tem? Como ia saber? Não adiantara dormir com ela, deitada em seu peito, nas noites do caminho, do sertão, da caatinga, dos prados verdes depois. Não aprendera, nunca soubera. Uma coisa tinha, impossível esquecê-la. A cor de canela? O perfume de cravo? O modo de rir? Como ia saber? Um calor possuía, queimando na pele, queimando por dentro, um fogaréu."

O que é que ela tem? Como pode Gabriela ser tão ela, tão tudo e tão de ninguém? Jorge Amado consegue tornar os personagens seres reais: sou amiga de Gabriela, frequento o bar de Nacib e cumprimento seus fregueses enquanto tomo um trago. Não tem como não viver lá, do ladinho deles.

É tudo tão vívido, tão lotado, tão cidade que chega até a ser exaustivo no início. Mas, aos poucos, aos pouquinhos, deixa de ser forasteiro e se faz parte do futuro da nação.

Queria destacar como achei belíssimo o contraste da narrativa quando o foco torna-se Gabriela. Dá para sentir as palavras pulando, dançando, agitando a página. É algo milagroso e belíssimo de ver, não tem como não sorrir e torcer pela menina. Vá, vá, Iemanjá.

“Mas era um deus guerreiro, na mão direita o orgulho, a liberdade e na esquerda."
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Rebeka mm 19/08/2024

Minha segunda leitura do Jorge amado, e agora minha vontade é de ler até a lista de compras desse autor, pois tudo que ele faz me toca profundamente!

Que delícia de história, das que a gente não quer que acabe, pra continuar essa viagem a ilhéus, a essa pequena cidade em constante progresso, cheia de histórias, de personagens tão cativantes e de amores e desamores.

Entendo muito bem por que dessa história ter rendido uma novela tão bem sucedida, é incrível como vários núcleos de história se desenvolvem em paralelo e não de uma forma que te faça querer correr para a parte dos protagonistas, porque aqui cada personagem tem profundidade e carisma de protagonista.

O tema que me fica mais forte de todas as diferentes estórias contadas, é a da gaiola onde se viviam as mulheres nos tempos passados, com essa exata metáfora sendo primorosamente utilizada em certo momento. Impossível de viverem felizes, impossível de viverem livres de julgamentos, independente das escolhas que fizessem. Gabriela, com seu cheiro e cravo e pele cor de canela, mas principalmente com seu jeito tão próprio e de certo modo tão inocente de ver a vida, escancara a hipocrisia no coração de cada homem que se vê magnetizado por seu charme de pássaro livre. Impossível, mesmo para o leitor, não se apaixonar.
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@thereader2408 18/08/2024

A moça do sertão baiano que conquistou o Brasil e o mundo
"Gabriela" (1958) é uma obra que retrata de forma vívida as realidades sociais, políticas e econômicas do Brasil no período de 1920-30. Esse período foi marcado por mudanças, como a ascensão de Getúlio Vargas ao poder, o Estado Novo e a centralização do governo federal.

Esses eventos têm reflexos indiretos na trama de "Gabriela", especialmente no que diz respeito às relações de poder e às disputas políticas locais que influenciam a vida dos personagens. A riqueza e o poder estão nas mãos dos grandes coronéis do cacau, que controlam não apenas a produção e o comércio, mas também as estruturas sociais e políticas da região.

A personagem principal, Gabriela, uma mulher simples e cativante, representa a luta por autonomia e liberdade em um contexto marcado por convenções sociais rígidas e relações de poder desiguais. Gabriela é uma figura emblemática do protagonismo feminino na literatura brasileira.

A relação amorosa entre ela e Nacib, dono do bar Vesúvio, é um dos elementos centrais da trama. A sensualidade, a paixão e o desejo presentes nesse relacionamento exploram aspectos profundos da natureza humana, revelando nuances emocionais e psicológicas dos personagens.

A interpretação sobre se "Gabriela" é uma obra sexista pode variar dependendo do ponto de vista. Existem argumentos a favor e contra essa visão, e é importante considerar diferentes perspectivas. Quando "Gabriela" foi publicado, em 1958, as discussões sobre gênero, feminismo e representação das mulheres na literatura estavam em estágios iniciais no Brasil. A obra reflete, em certa medida, as normas e valores da sociedade da época, incluindo aspectos que hoje podem ser interpretados como sexistas.

Em algumas passagens Gabriela é retratada de forma estereotipada, como uma mulher submissa, objeto de desejo masculino e cuja principal característica é sua sensualidade. Por outro lado, "Gabriela" também aborda temas complexos relacionados à liberdade feminina, autonomia e resistência às normas sociais.

JA frequentemente utilizava a ironia e a sátira para criticar as injustiças e desigualdades. O debate sobre se "Gabriela" é ou não sexista muitas vezes envolve considerar as complexidades da narrativa, as intenções do autor, as críticas sociais presentes na obra e como ela é percebida na atualidade.

Na época de sua publicação Gabriela foi um estrondoso sucesso. Em letras garrafais um jornal da época exaltou: “Fato inédito na história da literatura brasileira e da América Latina: Jorge Amado ganhou 2 milhões de cruzeiros de direitos autorais com seu Gabriela (um apartamento de dois quartos em Copacabana custava cerca de 750 mil cruzeiros em 1959).

Seis edições em sete meses, TV e cinema o procuram. JA o comunista, que apesar da perseguição política é o escritor mais procurado e querido”. No mesmo ano pela Câmara Brasileira do Livro, Gabriela venceu na categoria romance. Hoje o troféu se chama Jabuti.

No fim de 1960, Gabriela estava na 16ª edição. O clássico de Euclides da Cunha, Os sertões, levou quarenta anos para chegar a isso. Nem Castro Alves, nem Olavo Bilac, nem Erico Verissimo, nem Zé Lins tiveram esse sucesso. Entraram e saíram das listas de mais vendidos títulos como Lolita e Doutor Jivago, e a moça da região do cacau continuava. Em três anos fez mais que "E o vento levou..." em vinte, no Brasil. No exterior não foi a portuguesa, e sim a russa a primeira edição de Gabriela.

Já conhecido em solo russo por Seara vermelha e Os subterrâneos da liberdade, Gabriela encaixava-se com exatidão no contexto cultural daqueles dias: a desestalinização trazia o espírito de liberdade — saía afinal em 1961, o auge do degelo, com censura e repressão abrandadas. O resultado: Jorge passou a ser lido ainda mais do que antes. O tradutor costumava levar visitantes brasileiros à Biblioteca Lênin, em Moscou, para que vissem que o livro mais procurado e mais lido era Gabriela.

Nos dias seguintes ao lançamento, em setembro de 1962, as vendas da edição em capa dura levaram o autor pela primeira vez à lista de mais vendidos do jornal The New York Times, e ali permaneceu por um ano. De uma só tacada, vendeu 20 mil exemplares, volume sem precedentes para um latinoamericano.

@thereader2408

site: https://www.instagram.com/p/C4jrRS_LBu5/?img_index=1
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Isaqsf 16/08/2024

Um livro bem brasileiro acima de tudo.

Jorge Amado com sua naturalidade, nos mostra Gabriela, com seu perfume de Cravo e canela, faceira, alma livre, flor silvestre.. Por onde passava, encantava, até as divindades da Bahia.

O melhor de tudo, é mostrar o quão lindo é sua imaturidade, Inocência, misturada com sagacidade, e alma de criança. Uma alegria que nos envolve do começo ao fim.
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flapicolo 10/08/2024

Gabriela é liberdade
?Gabriela, cravo e canela? se passa em Ilhéus de 1925-1926, e ainda que 100 anos nos separem dela, muito do que ali é retratado ainda nos deparamos nos dias de hoje: a dificuldade de lidarmos com uma mulher livre, espontânea, que ri alto, que se diverte, que gosta de sexo e que ama viver.
O coronelismo na política segue atualmente, o feminicídio segue banalizado, quando vemos que ao homem tudo é permitido quando o assunto é ?lavar a própria honra com sangue?.

Jorge Amado é genial e atual.
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Gi Santos 08/08/2024

Esse livro tem tantas camadas e é incrível a desenvoltura da história. A política da antiga Ilhéus, o início do progresso, o povo e seus costumes e quando Jorge escreve sobre Gabriela é tão poético e ao mesmo tempo simples, que só lendo o livro pra entender.
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Polytroposs 06/08/2024

Gabriela e Ilhéus, como não gostar?
Comecei a ler o livro antes de uma viagem para Ilhéus, foi incrível andar pela cidade, pegar uma ressaca no Vesúvio, sentir o gosto do cacau, ir ao Bataclan, andar por Pontal.

Enfim, Gabriela é mais uma dádiva das mudanças que essa Ilhéus recebe em seu tempo de modernização. O camarada Jorge é incrível em seus romances regionais, a forma como ele mostra a moral, e a hipocrisia da época é incrível.

Gabriela é liberdade! Ilhéus é Gabriela.
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