El Caballero del Jubón Amarillo

El Caballero del Jubón Amarillo Arturo Pérez-Reverte




Resenhas - El Caballero del Jubón Amarillo


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Aguinaldo 07/01/2012

el caballero del jubón amarillo
Nesse dias vagabundos, imerso em mil estímulos e partilhando companhia agradável, um hedonista como eu não conhece aborrecimentos. Reservo tempos assim para leituras ligeiras, que não cobram elucubrações, mas que demonstram ter estofo. Os livros da série dedicada às aventuras do capitão Alatriste, de Arturo Pérez-Reverte, oferecem exatamente isso: diversão com algum rigor histórico-factual, especialmente sobre o século de ouro espanhol. Após dois volumes ambientados em deltas de rios, um nas planícies alagadas dos holandesas (El sol de Breda) e outro nas areias do Guadalquivir (El oro del Rey), desta vez Pérez-Reverte nos leva de volta ao centro do mundo espanhol, à Madrid dos Áustrias (já descrita nos volumes O capitão Alatriste e Limpeza de Sangue). No início do romance encontramos Alatriste enamorado de uma bela atriz. Pérez-Reverte aproveita para descrever o teatro daqueles dias, utilizando passagens das biografias de Luís de Góngora, Francisco de Quevedo, Lope de Vega, Tirso de Molina e até Miguel de Cervantes. Alatriste e seus companheiros (o narrador Íñigo Balboa, o poeta Quevedo, o conde de Guadalmedina) acabam se enredando em uma complexa trama, na qual a vida do rei (Filipe IV) corre risco. Os inimigos de sempre (Gualtério Malatesta, Angélica e Luiz de Alquézar, Emílio Bocanegra) participam ativamente da conspiração, que pode afetar toda a política europeia (as aventuras ligeiras sempre tem de envolver assuntos definitivos para justificar os sucessos que descrevem). Quem já teve a fortuna por flanar pelo bairro de Huertas em Madrid conhece a história e a geografia básicas do romance, percorre com o narrador suas tabernas e restaurantes, ruelas estreitas e escuras, teatros e prostíbulos. De fato o leitor pode acompanhar partes extensas do romance debruçado sobre um mapa de Madrid, seguindo ruas, praças, igrejas, castelos, parques e pontes. Após uma primeira parte (dedicada ao teatro e ao contexto da política espanhola do início do século XVII), que é um tanto fraca e monótona, o romance entra no ritmo mais previsível de escaramuças, duelos, perseguições e lutas, chegando rapidamente a um final frenético, uma caçada sob chuvas torrenciais, nas vizinhanças do El Escorial. A trama é um bocado mirabolante, mas convence e diverte. [início 04/01/2012 - fim 07/01/2012]

"El caballero del jubón amarillo (Las aventuras del capitán Alatriste) volume V", Arturo Pérez-Reverte, Madrid: Punto de lectura (grupo Santillana de ediciones), 3a. edição (2011), brochura 12,5x19 cm, 333 págs. ISBN: 978-84-663-2057-3 [edição original: Madrid: Alfaguara, 2003]
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