Will 02/08/2010
O Apanhador de Sonhos
É!!! Não foi o que eu esperava! Todo mundo deve pensar isso quando chega a uns 30% do livro. A sinopse do livro, na orelha ou na parte de trás, conta um prelúdio de uma boa história. Confesso que quando li a sinopse comecei a imaginar uma história sublime, maravilhosa como a maioria do King. Afinal, para seiscentas e poucas páginas e um começo como aquele - apesar de pintar um tema que eu nunca fui muito afim, que é dos extraterrestres, os personagens principais e as constantes viagens ao passado (lembranças) - prometiam uma história surpreendente.
Esse livro foi e é um dos mais criticados dos fãs e não fãs de Stephen King, principalmente por sua infiel (é o que dizem) adaptação para o cinema. Como um fiel leitor e fã do cara, eu digo que não é um livro maravilhoso como eu esperava... mas também não é ruim.
Os personagens são marcantes, de personalidades muito fortes e como todos os livros do King, pinta um bocado do sobrenatural. Um garoto com sindrome de Down que penetra na mente das pessoas é, definitivamente, algo sobrenatural; e um fato que aponta pra uma excelente história. Infelizmente, quando eu achei que a história ia se revelar e me surpreender, ela da um salto mortal e pula pra outro rumo, totalmente diferente do que eu imaginei. Como diria um amigo meu, brochei mesmo! Como fico muito puto quando abandono um livro pela metade, eu segui em frente, determinado a chegar à ultima página. Felizmente a partir da metade a história melhora. O jeito magnífico de escrever de Stephen King aparece e segue a história - que destruiu a que a minha mente imaginava - com maestria como sempre. Claro, foi um tanto alongado demais algo que poderia ser contado em menos páginas sem precisar resumir nada. Eu gosto de livros grandes e particularmente, fico meio triste quando acabo um, então não digo nada quanto a ser um livro grande.
Enfim, gostei do livro, achei ele muito marcante, meio chato as vezes, mas mesmo assim muito bom. Como todo mundo que o leu, eu digo que sem duvida eu teria seguido a história de um modo diferente... mas o mestre é ele, não eu.