Solo de clarineta

Solo de clarineta Erico Verissimo




Resenhas - Solo De Clarineta - Vol. 2


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Clio0 07/07/2023

A segunda parte da autobiografia de Veríssimo é uma obra inacabada.

Neste volume, Veríssimo já rememora fatos mais recentes em sua vida, como o casamento da filha e as viagens pela Europa e América do Norte.

Como parte de suas divagações, é possível perceber o fascínio que o autor gaúcho tinha pelas outras culturas e seu desespero em trazer novas técnicas literárias para o universo brasileiro - as mesmas pelas quais depois seria vilipendiado por muitos críticos e escritores devido ao seus "estrangeirismos".

Uma das partes mais interessantes é sua interpretação de sua grande saga "O Tempo e o Vento". Muitas análises já foram escritas sobre tal, e Veríssimo vai mais além ao afirmar que os primeiros livros - ainda com herois e heroínas - foram perdendo sua estima ao se defrontar com suas últimas propostas que ele encontrava dificuldade em transpor para o papel.

Recomendo.
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Cris SP 06/02/2023

06.02.2023
Volume II da Autobiografia de Érico Veríssimo. Nesse livro são narradas as suas viagens por diversos países, suas palestras, as visitas à sua filha e genro, nascimento dos netos, a companhia de seu filho. Gostei muito.
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Craotchky 17/02/2018

Verissimo por ele mesmo - 2
"Numa época como a nossa, o sentimentalismo passou a ser o oitavo pecado capital."

Acho-me um privilegiado por ler a biografia de um dos meus escritores favoritos - quiçá O favorito - direto de suas próprias palavras. Afinal, não são muitos os leitores que têm essa oportunidade. Conhecer os personagens reais que inspiraram os imaginários; conhecer os pensamentos do homem escondido atrás do romancista; espiar por detrás das cortinas no final do espetáculo; ter acesso aos bastidores...

Neste volume dois Erico Verissimo (1905-1975) começa a recontar sua história a partir de 1956. Nos fala de como anda sua vida, sua angústia e dificuldade em escrever O arquipélago - terceiro e último livro da trilogia O tempo e o vento - durante o qual sofreu um enfarto, ganhou netos e viajou à Grécia. A partir da página 65 Erico no conta das suas viagens à Portugal, Espanha e Holanda.

"As mágoas a borracha do tempo apagou. Com alguns dos remorsos habituei-me a viver."

Embora enquanto nos narra as viagens o autor nos dê também aulas sobre os lugares, os monumentos, as igrejas e as cidades pelas quais passa, devo admitir que essa parte é enfadonha; cansa. (Erico tem outros livros dedicados exclusivamente a narrar algumas de suas viagens pelo mundo.) Esperava algo mais pessoal, mais íntimo como foi o primeiro volume destas memórias.

Ao final, após as narrações das viagens, temos um pequeno capítulo chamado O escritor e o espelho. Aqui Verissimo esclarece coisas que, segundo ele próprio, os leitores ainda guardam dúvida. Posiciona-se em relação à religião: declara-se agnóstico, e em relação à política: "Considero-me dentro do campo do humanismo socialista", e ainda justifica essas posições.

Erico faleceu antes de finalizar este volume dois de suas memórias que, naturalmente ficaram incompletas.

Acho que esta é a pior resenha que fiz de um livro do autor. Até mesmo cogitei não publicá-la mas como não há resenha cadastrada ainda, que esta seja.

"Que espécie de homem sou eu? Creio que deixei nestas memórias elementos que podem ajudar o leitor a encontrar resposta a essa pergunta."
Clara Vellozo 20/02/2018minha estante
Também é um dos meus autores preferidos!


Craotchky 20/02/2018minha estante
Pois é me surpreende e fico triste ao ver que ele não tem todo o reconhecimento que julgo que merece.




Biblioteca Álvaro Guerra 27/02/2024

O segundo volume de Solo de clarineta foi publicado postumamente , em 1976 .Aos textos deixados por Èrico verissímo ,Flávio Loureiro Chaves reuniu outros , esboçados pelo seu escritor em roteiro para as memórias

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/8535907408
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Sebo Gato Bibliotecário 19/02/2022

Memórias póstumas
Érico Verissimo é um autores brasileiros favoritos, ao lado de Machado de Assis e Álvares de Azevedo. Essa edição, comprei em um sebo com um defeito de recorte de página, que provavelmente o dono anterior nunca leu o livro. O primeiro volume eu li em 2017, na época eu não fazia resenhas, então estou fazendo do segundo volume. Solo de clarinete é um livro de memórias de Érico Verissimo, quase uma auto biografia. O segundo volume começa com o casamento da filha Clarissa e os nascimento dos netos. O autor tambem escreveu sobre a dificuldade do autor em finalizar o último livro da saga "O tempo e o vento". Também tem as primeiras dores no peito, o que levou a morte do autor, de ataque cardíaco em 1975. Depois ele segue em viagem a europa, Portugal, Espanha, Holanda e Grécia com a esposa e o filho Luís Fernando. Tanto que o segundo volume de "Solo de clarinete" é uma publicação póstuma. A segunda parte do livro, são anotações e rascunhos avulsos, foi organizado por um professor da ufrgs, da faculdade de letras, pois Érico Verissimo morreu durante a escrita da primeira parte, deixando o livro inacabado. Gosto dele porque Érico Verissimo mistura ficção com fatos históricos do Rio Grande do Sul. No próprio livro, autor escreveu que não queria estátuas e ruas com o nome dele, mas na antiga livraria do globo (atual lojas renner, no centro de Porto Alegre) tem uma estátua, que inclusive já tirei foto e tem a avenida Érico Verissimo, tudo que ele não queria que fizessem, foi feito.
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Lucas 07/05/2022

A nostalgia que amarra vida e obra de Erico Verissimo em suas derradeiras linhas
Erico Verissimo (1905-1975), o gaúcho de Cruz Alta, construiu um robusto legado literário no cenário nacional do século XX. Dono de uma incomparável habilidade em contar histórias, ele, como que a pedido do destino, terminou esse legado deixando a obra da sua vida. Não que Solo de Clarineta (lançado em dois volumes em 1973 e 1976) tenha sido o melhor trabalho de sua carreira, longe disso, mas ele corresponde às memórias da vida deste ilustre escritor tão importante para a literatura do Brasil.

As páginas dos dois volumes que compõem Solo de Clarineta desnudam o menino, o adolescente, o homem e o pai de família, nuances quase ignoradas diante do escritor e sua obra. A tônica das primeiras páginas é justamente a de ilustrar todo este caráter multifacetado do personagem protagonista e narrador (todo o livro é narrado soltamente em primeira pessoa), através de um cenário tipicamente interiorano do Rio Grande do Sul do início do século XX. Seja de forma explícita (como o tio Nestor Verissimo que serviu de base para o inesquecível Toríbio Cambará, da saga O Tempo e o Vento) ou de maneira mais velada e indireta, são nítidas as influências que este cenário exerceu sobre a escrita e o estilo do futuro autor.

Individualmente falando, Erico nas suas memórias é bem detalhista (em excesso) a respeito de questões íntimas da sua existência, tecendo algumas informações de caráter biológico (!) inerentes à sua puberdade que soam desnecessárias, apesar do tom de humor com que estas passagens são descritas. O cenário a qual ele pinta, entretanto, traz momentos de descobertas, influências, idas e vindas e dramas domésticos. O pai de Erico, Sebastião Verissimo, era um senhor apaixonado pela vida, dono de um caráter contraditório que acabou por distanciá-lo da esposa, Abegahy Lopes (Dª Bega) e dos filhos (além de Erico, o primogênito, havia também o caçula Enio). A relação com o pai, obtusa (para dizer o mínimo) em fontes biográficas paralelas, reserva em Solo de Clarineta cenas e conflitos internos representativos de vários dilemas que um filho mais velho acaba desenvolvendo diante de um eminente desmantelamento familiar.

A vida de Erico Verissimo em sua cidade natal, com as suas experiências e ocupações (seu pai era dono de uma farmácia e ele mesmo, posteriormente, era o balconista de uma "botica" a qual ele era um dos donos), acabaram por moldar o futuro escritor bem-sucedido, traduzido para vários idiomas. Esse processo, entretanto, passou por fases conturbadas, seja interna ou externamente ao escritor. Tímido, recatado e apaixonado por leitura desde pequeno, Erico Verissimo tinha os mais significativos traços de alguém não talhado para o gauchismo. Até o fim da vida, jamais aprendeu a cavalgar, no que seria um acinte para a sua gente e para grande parte dos seus personagens fictícios... Por sorte, o menino e depois adolescente jamais se sentiu deslocado por isso (fica perceptível a compreensão da família ou amigos da infância mais chegados que eram capazes de entender ou talvez simplesmente não se importar com o jovem lendo Dostoiévski ao invés de frequentar lugares obscuros ou tomar parte em pelejas envolvendo "chinas").

Além disso, a primeira ocupação de Erico quando ele muda-se para Porto Alegre já casado com Mafalda Halfen Holpe é na Revista do Globo, atuando como secretário de redação. Este contato com as letras, associado à sua própria personalidade acima descrita, explica a tônica "urbanista" do autor em seus primeiros trabalhos maduros, como Clarissa (1933), o polêmico Caminhos Cruzados (1935) e Música ao Longe (1936). Romances de alcance mais localizado, eles pavimentaram o caminho para o lançamento de Olhai os Lírios do Campo (1938), seu primeiro grande livro, a qual trouxe-lhe representatividade nacional e até internacional. Misturando materialismo, relações familiares e religião, Verissimo lançava as bases do que seria a sua literatura: mulheres fortes (neste caso, simbolizadas pela inesquecível Olívia Miranda), protagonistas contraditórios (como Eugênio Pontes, o médico que renega certos valores), uma estrutura narrativa com várias voltas ao passado e uma infinidade de reflexões indestrutíveis à ação do tempo.

É com base nessa sistemática que, depois de morar entre 1943 e 1945 nos Estados Unidos (trabalhou como professor de literatura brasileira) e entre romances menores, Erico Verissimo lançou em 1949 O Continente, o cerne da trilogia O Tempo e O Vento, que o imortalizou para a literatura universal. Dali em diante, Solo de Clarineta descreve os dilemas práticos que fizeram o "não talhado para o gauchismo" Erico Verissimo a escrever uma obra que comportasse dois séculos de existência do Rio Grande do Sul, bem como as particularidades e desafios próprios do escritor diante dos personagens por ele criados para essa descrição. Aqui, o criador comenta sobre eles, indicando suas predileções e influências, oferecendo um deleite único ao leitor que já leu O Continente (sou suspeito: a obra que apresenta a estirpe dos Terra-Cambará é o meu livro nacional predileto da vida, ocupando um posto aparentemente inalcançável). Depois, em 1951, surge a segunda parte da trilogia, O Retrato, certamente o menos sensacional livro d'O Tempo e o Vento, mas essencial quando avaliado dentro da série. Novamente, entre outros romances e uma nova estada nos Estados Unidos, Erico fecha a saga com o maravilhoso O Arquipélago (1962), que além dos percalços citados, teve que conviver com um infarto do autor (o qual é narrado em pormenores no primeiro capítulo do segundo volume de Solo de Clarineta). Neste incrível fechamento da saga, Erico em suas memórias volta a fazer comentários sobre a estrutura do livro e seus personagens, num renovo do deleite despertado nas reflexões d'O Continente.

Deixando-se de lado os contornos de síntese que esta resenha está adquirindo, é importante salientar que Solo de Clarineta, além de descrever praticamente toda a vida de seu idealizador (infelizmente, Erico faleceu enquanto escrevia o volume final. O que ele não tinha finalizado foi organizado pelo professor Flávio Loureiro Chaves (1944-), em parceria com os familiares do autor), oferece perspectivas mais práticas sobre ele mesmo e sua obra. É curioso, neste escopo, imaginar que, salvo alguns personagens marcantes d'O Tempo e o Vento, o típico arquétipo de Verissimo é alguém normalmente indeciso, com opiniões ponderadas, cheios de imperfeições e atitudes passivas. O que seria uma crítica se torna uma característica marcante: são poucos os autores que simplesmente descrevem o homem/personagem comum, sem colocar nele artimanhas heroicas, psicológicas ou mesmo imprevisíveis. Estes personagens "sem cor", além de trazerem consigo um pouco do retraimento do seu criador, pertencem (e é aí que está a genialidade disso) a algo maior, a uma lição de vida ou história a qual normalmente está estruturada nas entrelinhas ou contextos de sua respectiva realidade literária. Os personagens imperfeitos ou sem decisão podem ser enfadonhos se tomados isoladamente; mas Verissimo traz a eles um papel de destaque no todo, que não teria o mesmo encanto sem essa tal "passividade personificada".

Outro aspecto, este mais recorrente de forma crítica no estilo de Erico Verissimo e brevemente citado acima, relaciona-se com a eventual "pobreza" psicológica dos seus personagens. Mesmo nos personagens mais inesquecíveis d'O Tempo e o Vento, há uma falta de profundidade psicológica: os tipos não são totalmente bons ou totalmente ruins, mas essas imperfeições derivam muito mais do ambiente em que atuam e da origem que possuem. A consciência dos personagens de Verissimo não é abrangida pelas suas obras, elas não desenvolvem mirabolantes teorias "dostoiévskianas" que trazem justificativas aos fins. Contudo, as reflexões que Erico traz em Solo de Clarineta, mesmo que de forma indireta, contrapõem essa visão "imprescindível" de adentrar-se aos recônditos da mente de um personagem, assumindo e utilizando seus eventuais distúrbios psicológicos como elementos vivos da narrativa. Isso porque a literatura de Erico Verissimo é fortemente influenciada por aspectos mais práticos e "terrenos", como os seres humanos em si, suas experiências e seus "causos". Fundamentalmente, o escritor nos ensina que um bom contador de histórias é um ótimo observador, capaz de moldar exemplos que ele vê/viu ao seu redor em torno de uma ficção por ele montada, utilizando vieses sociais e históricos.

Essa característica é tão dominante em Erico Verissimo que ela sobrepõe outras habilidades de um bom romancista. A criatividade, por exemplo, cujos traços são indispensáveis em outros estilos literários (como o realismo mágico ou a fantasia), é empregada com reserva pelo autor na imensa maioria de suas obras, seguindo um traço não apenas dele, Erico, mas do movimento a qual ele simbolizou (o regionalismo). Numa conclusão um pouco temerária, para fazer uma boa literatura o indivíduo não precisa necessariamente conhecer como poucos a mente humana ou ser intensamente criativo: "basta" ter a habilidade de observação e ser sensível ao que as pessoas têm pra contar. Logicamente, entre falar e fazer há um abismo considerável, mas os traços estilísticos e até mesmo pessoais de Erico Verissimo tornam a tarefa de escrever, aos olhos de meros mortais ou não estudiosos da literatura, um exercício menos complexo do que pode parecer. Acredito que suas ideias, nesse caso, são encorajadoras para que bons observadores tornem-se bons escritores, tal como um certo Erico Verissimo foi um dia.

Solo de Clarineta, como o último ato literário de um dos maiores escritores brasileiros de todos os tempos (vitimado por um novo infarto em 1975) é simbólico da obra e da vida de Erico Verissimo (apesar dos monótonos relatos de viagens expostos no último volume, as quais são interessantes mas travam pontualmente a leitura). E em se tratando de um autor que tão bem soube trazer aos seus escritos a sua origem e influências, ambos os aspectos (vida e obra) confundem-se, oferecendo ao leitor uma sensação ininterrupta de nostalgia em seus mais diversos entendimentos.
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Felipe.Leonin 22/04/2018

Muita alegria poder conhecer mais sobre Érico Veríssimo, criador de tantos personagens marcantes.
No segundo tomo de "Solo de Clarineta", gostei muito da parte final - "O Escritor e o Espelho". Admirei a busca do amigo Érico por auto-conhecimento - mais ainda do que em dar satisfações sobre suas inclinações políticas, religiosas ou filosóficas. Embora seu solo tenha sido interrompido abruptamente, sua beleza, simplicidade e franqueza continuam a ecoar.
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Jessica.valcaci 24/09/2023

Memórias 2
Erico Veríssimo me lembra Chico Buarque, as músicas do chico me lembram Veríssimo. Conheci este autor na pandemia há uns dois anos atrás, acho que o primeiro livro que eu li dele foi o ?incidente em Antares?, não parei mais, ?o tempo e o vento?, ?Clarissa?, ?caminhos cruzados?, e ?olhai os lírios do campo? foram livros que adentraram na minha alma de forma voraz e sem consentimento um verdadeiro soco no estômago, de repente já estava no meu imaginário o Rio Grande do Sul, Santa Fé, Antares, os anos 40 e cinquenta, Ana terra estava em mim, Bibiana, flora e tantas outras personagens dele estavam agora dentro de mim e não podia mais esquecê-las, não, não podia esquecer jamais Clarissa e sua ingenuidade de menina que se desperta para a mocidade ainda guardo as lágrimas que soltei nesse livro, Olívia e sua filosofia de vida que tanto mexeu com Eugênio, na verdade a verdadeira heroína daquela história é a Olívia e não minto que quero ser como a Olívia um dia, tantas mais outras histórias e personagens que me pegaram de um jeito que não sei explicar. ?Solo de clarineta? é um livro de memórias dividido em dois tomos, o primeiro publicado em 1973 quando Érico ainda estava vivo, neste primeiro tomo temos toda a sua infância e juventude até sua ida para os EUA quando trabalha por lá até o casamento de sua primeira filha Clarrisa com um norte americano, já no segundo tomo publicado em 1976 Érico já havia falecido, mas felizmente deixado quase tudo escrito, apenas algumas partes para serem ajustadas coisa que foi feita pela editora. Assim sendo, esse livro é maravilhoso e tudo que tem nele é lindo, me imaginei muitas vezes nas ruas antigas, medievais e árabes de Portugal e sonho de um dia e para lá, quem sabe lembrar de alguma parte contada nesse livro
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