Nina Cristy 07/09/2012
Em síntese, "Um girassol na janela" conta a história de Viviane, ou melhor, Vivinha, como ela gosta de ser chamada. Ela é uma garotinha de onze anos que perdeu a mãe e desde então ficou sob os cuidados dos vizinhos. Isso até que o pai de Vivinha, que se divorciara da mãe dela, retorna da Europa. Após a volta de seu pai, a mocinha vai morar com ele em um ambiente urbano ao qual ela não estava acostumada. Vivinha passa a ter a diligência de mudar não só aquele lugar "quadrado", mas também as pessoas que lá estão, principalmente o seu taciturno pai.
A história é singela, tanto que me lembra um pouco de um outro livro que eu li: "Poliana", de Eleanor H. Porter. Claro que Vivinha e Poliana não são exatamente iguais, mas têm a mesma esperança de transformar e alegrar as pessoas que estão ao seu redor. Na maioria das vezes, a mudança no ambiente ocorre como uma consequência da transformação pessoal, embora ocasionalmente seja necessário fazer o caminho inverso.
Restringindo-me agora à Vivinha, o que eu mais gostei quanto a ela foi a sua capacidade imaginativa. Essa aptidão para recriar a realidade em suas histórias sobre Santarena (a heroína dos contos escritos pela jovem) é importante para que não lhe falte entusiamo. A protagonista da história tem um girassol e essa flor amarela está relacionada aos seus contos de estilo épico; eis a razão do título.
Na minha opinião, "Um girassol na janela" é cativante e vale a pena ser lido.