O Santo Inquérito

O Santo Inquérito Dias Gomes




Resenhas - O Santo Inquérito


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Sofi 24/02/2021

Um livro trágico e que traz aprendizados sensacionais!!!
Nesse livro vemos o egoísmo e a maldade na imagem do padre e a ingenuidade e o altruísmo na imagem de Branca.
Aprendemos que a religião e a fé dependem mais de ações do que de simples palavras.
Nos contorcemos com inúmeras injustiças e passamos o livro inteiro com uma angústia por tudo que está acontecendo.
Também aprendemos que devemos ter os nossos valores e princípios acima de tudo, devemos ser fiel a nos mesmos e as nossas palavras antes de tudo.
Frases incríveis:
?Repare que as grandes heresias surgem sempre de pessoas que pretendem salvar a humanidade?
?Há um mínimo de dignidade que o homem não pode negociar, nem mesmo em troca de liberdade, nem mesmo em troca do sol?
?As violências contra a criatura humana geram quase sempre, uma reação em cadeia que talvez não pare no nosso vizinho?
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Hannah Andressa Delgado 26/01/2021

O livro "caiu em minhas mãos" no momento mais oportuno
Eu amei. Sabem quando um obra conversa com você e com o momento em que vocês estão? Foi o que senti lendo o O Santo Inquérito. Além do mais, traz uma ferrenha e atemporal crítica à Igreja e às instituições

"Há um mínimo de dignidade que o homem não pode negociar, nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol.?
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Fabio Shiva 30/12/2020

infelizmente, muito atual
Peça em dois atos escrita em 1966, “O Santo Inquérito” certamente merece figurar, junto com “O Pagador de Promessas” (1960), obra-prima do autor, entre as maiores da dramaturgia brasileira. O tempo é a grande medida de uma obra de arte. Ao ler “O Santo Inquérito” em 2020, fiquei impressionado ao constatar como o texto continua vívido, impactante e, infelizmente, muito atual.

A peça é inspirada na história verídica de Branca Dias, que “realmente existiu e foi vítima da Inquisição” no Brasil de meados do século XVIII. O próprio autor traça, de forma sucinta e brilhante, as linhas gerais do drama que irá se desenrolar:

“Mais importante do que conhecer e seguir as leis e os preceitos ao pé da letra não é estar possuída de bondade? Se ela traz Deus em si mesma, e se Deus é amor, isso não a redime inteiramente? E é isto, justamente, que a perde, não percebe que os homens que a julgam agem segundo uma ideia preconcebida, que subverte a verdade, embora eles também não tenham consciência disso e se considerem honestos e justos. E, sem dúvida, o são, se os considerarmos segundo seu ponto de vista.”

Esse é um dos pontos mais marcantes da dramaturgia de Dias Gomes, que está igualmente presente em “O Pagador de Promessas”: seus vilões acreditam sinceramente serem “honestos e justos”, mesmo ao cometerem atos de extrema intolerância e crueldade. Esse é o fator que torna as histórias de Dias Gomes irresistivelmente asfixiantes, com uma ficção que evoca a mais pura e terrível realidade.

Esta peça, escrita na década de 1960 e contando uma história que se passa há quase três séculos, nos ajuda a compreender as tristes e calamitosas contradições do Brasil de 2020.

“Em nome de um Deus-misericórdia, praticam-se vinganças torpes, em nome de um Deus-amor, pregam-se o ódio e a violência.”

“O ódio não converte ninguém. Uma coisa é um Deus que se teme, outra coisa é um Deus que se ama. E não há nada mais próximo do ódio que o amor dos humildes pelos poderosos, o culto dos oprimidos pelos opressores.”

“Se um texto da Sagrada Escritura pode ter duas interpretações opostas, então o que não estará neste mundo sujeito a interpretações diferentes?”

“Cada pessoa conhece apenas uma parte da verdade. Juntando todas as pessoas, teríamos a verdade inteira. E a verdade inteira é Deus. Por isso as pessoas não se entendem, por isso há tantos equívocos.”

“A dor física não é tanta; dói mais o aviltamento. Vamos nos sentindo cada vez menores, num mundo cada vez menor.” [sobre a tortura]

“Quem cala, de fato, colabora.”

https://comunidaderesenhasliterarias.blogspot.com/2020/12/o-santo-inquerito-dias-gomes.html




site: https://www.facebook.com/sincronicidio
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Hildeberto 15/11/2020

Amor e pureza vs. dogmas
"O Santo Inquérito" é uma peça em dois atos que aborda a lenda de "Branca", jovem que foi condenada pelo Santo Ofício por supostamente praticar bruxaria na cidade da Paraíba (atualmente João Pessoa), no século XVIII. Dias Gomes opõe a pureza dos sentimentos da moça com a rigidez e formalismo do padre Bernardo; a dignidade de Augusto Coutinho com o utilitarismo de Simão Dias. Bastante curto, podendo ser lido em uma sentada, é muito bem construído e convincente, merecendo a leitura.

Ps.: da última vez que fui ao Forte de Santa Catarina, em Cabedelo (cidade conurbada à João Pessoa), havia um quadro de Branca em uma das construções; e algumas pessoas dizem que ela ainda pode ser vista em certas ocasiões...
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Joana 24/10/2020

Para sugestões de leitura, siga @maisumlivropralista

História típica do homem que se sente atraído pela mulher e coloca a culpa nela por isso.
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Moises Celestino 16/08/2020

Revisão do Livro...
Peça realizada em dois atos e escrita brilhantemente por Dias Gomes, "O Santo Inquérito", contém texto relativamente simples e reflexivo com uma mensagem de bondade, generosidade, lealdade e respeito humano. Vale a pena reler!
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domingão 04/05/2020

Puta crítica a inquisição e ao fanatismo que esses tempos traziam. Leitura essencial a todos
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caroline sn 15/04/2020

"O santo inferno"
A peça "O santo inquérito", de Dias Gomes, foi encenada pela 1a vez em 1966. A versão desta edição é a de 1977, editada pelo próprio.

A história se passa na Paraíba em 1750 durante a Santa Inquisição. Acompanhamos todo o martírio de Branca Dias, acusada de estar possuída pelo demônio por ter tomado um banho de rio numa noite quente, de ler a Bíblia em português e não em latim, etc. O fato de ser uma mulher e saber ler não é bem visto, reforçando a sua incerta culpa. Todas as suas atitudes são deturpadas e se tornam motivos para o seu julgamento. Seu pai Simão Dias e seu noivo Augusto também são presos.

Branca é uma personagem incrível, com um pensamento muito sensato, expresso em suas falas; e por isso, distorcidas e voltadas contra ela.

Segundo o prefácio, escrito pelo autor, esta peça foi baseada numa lenda nordestina, de uma Branca Dias que realmente possa ter existido. Há dúvidas sobre a precisão dos acontecimentos, nacionalidade, locais. Dias Gomes: "Enfim, história e estória entram em choque e essa é uma briga para historiadores e folcloristas. A mim, como dramaturgo, o que interessa é que Branca existiu, foi perseguida e virou lenda."

Ler "Um santo inquérito" foi bem interessante, tanto pela forma de texto teatral, até então inédita pra mim, quanto pelo conteúdo. As críticas feitas à Igreja continuam muito pertinentes. Vemos a ação do fundamentalismo religioso, a alienação que causa, a sua imposição. Cada personagem representa um jeito de ser e agir diante do confronto moral na situação limite em que se encontram.

Fiquei instigada a querer saber mais sobre o período da Inquisição no Brasil.

Ps: padre Bernardo embuste.
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Luciano @cubomatematica 21/07/2019

Infelizmente ainda muito atual!
Critica as ditaduras que vivíamos embalada numa bonita embalagem de "moralidade/civilidade" que a igreja tinha no final do séc XVIII. E que infelizmente as novas igrejas e novos governos estão seguindo exatamente a mesma cartilha. É clichê mas o povo que não conhece sua história esta fadado a repeti-la.
Existe também um crítica aos "cristãos novos" do mesmo sentido que vemos antissemitismo ou nas diferentes "castas" na Índia.
A escrita de Dias Gomes é muito agradável e fluída, o tempo passa bem rápido.
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Wagner 19/01/2019

POR QUE É GUARDA

(...) GUARDA - Não digas tolices. Os denunciantes denunciam, os juízes julgam, os guardas prendem , somente. O mundo é feito assim. E deve ser assim, para que haja ordem. (...)

IN: GOMES, Dias. O Santo Inquérito. São Paulo: Círculo do Livro, 1978. pg 87.
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tray 31/07/2017

Quem tem direito de buscar a Deus?!
engraçado ver como Dias Gomes é tão atual, o conflito da fé , da busca da santidade , um padre que é salvo de um afogamento por uma moça simples , que acaba mexendo com a sua fé , mas como ele não assume isso ele acaba bagunçando a cabeça de Branca

Destrói o seu entendimento do que é fé , de como é estar com Deus , e acaba levando ela para a corte de inquisidores que acabam torturando seu noivo para arrancar uma verdade que só existe na cabeça deles .

A pergunta que fica dessa leitura é : quem tem o direito de julgar o seu relacionamento com Deus ?!
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regifreitas 05/06/2017

Uma das melhores leituras deste ano! Que obra fantástica! No ano de 1750, no interior da Paraíba, uma jovem é julgada pela Inquisição. Um gesto, que por muitos poderia ser considerado heroico, é completamente distorcido pela Igreja e por seus representantes. Hipocrisia. Intolerância. Abuso de poder. Uma peça em dois atos, curtinha, leitura para um único dia. Mas que texto impactante e atual! Talvez depois da Blimunda (ou quem sabe até antes dela), de “O memorial do convento” (José Saramago), Branca Dias se tornou minha personagem feminina preferida da literatura!

“Porque nem de tudo se pode abrir mão. Há um mínimo de dignidade que o homem não pode negociar, nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol” (fala do personagem Augusto Coutinho).
Marta Skoober 05/06/2017minha estante
Gosto muito da história da Branca Dias, mas Zé do Burro deixou uma marca em meu coração.


regifreitas 06/06/2017minha estante
concordo, "O Pagador de Promessas" também é muito bom, Marta! adorei tanto esse livro que quero uma cópia para mim (o que li é do colégio). quando for nos sebos por aqui vou dar uma vasculhada. é o tipo de livro que merece releituras!




-.-.-.-.-.- 18/09/2016

Peça teatral na qual uma jovem é levada a julgamento pela Inquisição. A história se passa em 1750, no interior da Paraíba.
Dias Gomes é um de meus autores nacionais preferidos. Mestre na arte de escrever, consegue construir diálogos hilários nessa obra incrível, apesar da dramaticidade da história. Filosofia, crítica social e religiosa se mesclam nesse livro, cuja protagonista muitos consideram uma versão brasileira de Joana D'Arc (particularmente, achei o trajeto de vida de ambas bem diferente, exceto pelo fato de as duas terem sido terem sido levadas a julgamento pela Inquisição).
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Batata 24/06/2016

Eles não aceitam as coisas lógicas, as coisas simples e naturais. Eles só aceitam o mistério.
Apesar de ser um livro curtinho, é um livro bastante interessante e que nos traz vários ensinamentos e infinitas reflexões. Dias Gomes sempre nos surpreendendo com a sua ceticidade.

O Santo Inquérito se passa na década de 1750, e conta a história de Branca, uma mulher que salva um padre de um afogamento, e para isso ela precisa fazer respiração boca-boca. De inicio o padre agradece, porém depois ele passa a se apaixonar por ela, isso não é dito no livro, mas é dado a entender devido aos diálogos, as atitudes dele, e aos seus pensamentos. E devido a essa paixão que ele sente por ela, ele acaba por condená-la à santa inquisição.

Ela, apesar de ser mulher naquela época, foi muito bem instruída pelo pai e pelo namorado, ela sabia muito bem de seus direitos e soube interpretar muito bem o que dizia a Bíblia. Então na Santa Inquisição ela pôde se defender de forma coesa e com razão, só que os carrascos não enxergavam isso. Para poder se salvar, o padre insiste em condená-la como culpada.

Os diálogos são pertinentes, com argumentos concisos e próximos da realidade daquela época. Os diálogos são atuais, visto que o livro é atemporal. Dias Gomes é um gênio.

Esse livro tem um pequeno equívoco, há uma análise da narrativa logo nas primeiras páginas feita pelo próprio Dias Gomes. Creio que essa análise devia ter sido colocado no final do texto, para que o leitor pudesse perceber a situação por si só.

O leitor é logo introduzido no universo de Dias Gomes e fica sabendo logo de cara quem é Branca, o que foi feito com ela, como a religião afetou a vida dela e das pessoas próximas devido a um pequeno ato de bondade. O autor do livro já lhes dá as respostas daquilo que você deveria interpretar. Então, se você quiser ler esse livro ao seu âmago, pule a primeira parte. Comece direto no iniciar da história, e não na análise dela.

Confira a resenha completa no blog O Casulo das Letras, com imagens e citações da obra.

site: http://ocasulodasletras.blogspot.com.br/2016/05/resenha-o-santo-inquerito-dias-gomes.html
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Silvio 10/04/2016

O moral da fábula "O Lobo e o Cordeiro" : "contra força não há argumentos" também cabe neste livro.
Dias Gomes, de certa forma critica os poderosos, que querem se manter no poder a qualquer custo, que temem por demais perder o poder e, para isso, usam a força que for necessária; a força bruta, mental, psicológica, social, etc. e tal.
No caso, ele exemplifica com as barbaridades e atrocidades da Igreja Católica da época. Os padres temiam perder o poder e saqueavam os bens físicos, a liberdade e até a vida sem nem mesmo explicar por quê!
O livro é muito bom, embora muito revoltante.
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