O Santo Inquérito

O Santo Inquérito Dias Gomes




Resenhas - O Santo Inquérito


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leticia.albrecht 17/11/2024

Muito bom
Incrível. Amei como o autor abordou a inocência e pureza de Branca e a deturpação dos fatos. A leitura é muito fácil e rápida, do tipo que da pra ler em uma tarde
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gabriel.a.brumatto 16/11/2024

O Santo Inquérito - Dias Gomes
Essa já é a segunda peça que leio do grande dramaturgo brasileiro Dias Gomes, e que assim como "O Pagador de Promessas", me conquistou inteiramente.
A peça não poderia ter um enredo mais original: Branca Alves, uma moça natural da Paraíba é acusada de heresia pelo Santo Ofício, em 1760, por saber ler e por ter sido vista tomando banho nua em um rio próximo à sua casa.
O enredo nos faz refletir sobre como a religião tem um gigantesco papel de influência em toda uma sociedade, independentemente da época histórica, e em como a mesma pode cegar as pessoas, principalmente as de "bom coração".
Termino esta resenha recomendando a todos/as que façam a leitura, pois se trata de uma leitura leve e deliciosa, que me fez perder a noção do tempo em diferentes momentos. Dias Gomes honra sua função de dramaturgo a cada peça que leio dele. Incrível!!!!!!!
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Ana Paula Hoffmann 09/11/2024

Dias Gomes, nesta obra, coloca luz, nomes e atitudes que muitas vezes ficam ofuscadas quando estudamos História. A obra se passa no período da volta da Inquisição, aqui no Brasil, com nomes que na realidade existiram e que agora a literatura os representa. É um texto teatral cuja experiência vale muito!
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Ifduda 20/10/2024

O livro retrata a inquisição no Brasil.

A forma como Branca se impõe diante dos inquisidores é perfeita! É um livro que retrata um marco histórico SUPER importante no Brasil.

A inquisição afetou diversas culturas e na obra isso aparece de forma nítida. Vejo principalmente o julgamento dos povoa judeus no livro, mas também conseguimos observar a censura da igreja em diversos momentos.

(Aquele padre da igreja era um nojento pela amor de deus ele abria a boca e eu sentia vontade de morrer)
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Paulo.Vitor 07/09/2024

"Se um texto da Sagrada Escritura pode ter duas interpretações opostas, então o que não estará neste mundo sujeito a interpretações diferentes?"
Apesar de gostar da estrutura de escrita do teatro (com trechos dos personagens delimitados antes de começar sua fala etc), tenho que falar que as poucas peças que li não haviam me impactado e consequentemente me agradado. Esta, no entanto, veio como uma muitíssima grata surpresa. A temática me chamou muito a atenção, e consigo dizer que tem uma grande parte acerca das reflexões do livro que dialoga demais comigo.
Para mim, existem 3 questionamentos e temas que são abordado aqui.:
- A ditadura militar
- Tradições religiosa do passado
- A filosofia sobre a moralidade da culpa.

Os três temas se conversam de maneira incrível.
O que se deve ter/saber para julgar outros indivíduos? Omissão é participação? O que é certo e errado? Existe moralidade no lógico? Como a religião responde estes questionamentos em 1700? E hoje em dia? É preciso seguir a risca todas as regras para ser religioso? E para ser salvo?
A obra foi publicada em 1977, porém, os questionamentos ainda são válidos. Escrita como alegoria de início, para a ditadura, acabou, ao final, se tornando praticamente um relato moral muito preciso acerca do período. A questão religiosa na obra está presente e fervilhando até hoje. Os questionamentos de Branca, como levantei previamente conversaram comigo, visto que a visão dela se aproxima muito mais desta mentalidade altruísta, e baseada no amor ao próximo, que honestamente, creio que seja um dos fundamentos para a religião. É possível dizer que hoje em dia esta vertente é mais aceita e difundida, apesar de que, ainda podemos ver, em diversas notícias e relatórios que, em contradição com esta visão altruísta, a intolerância religiosa ainda cresce, infelizmente.
Recomendo a leitura, aliás, eu deixaria o prefácio e a apresentação dos personagens para ler após terminar a leitura da peça. Com certeza lerei mais peças do Dias Gomes.
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patriksemc 24/07/2024

"[...] tem instrução, sabe ler e suas leituras mostram que seu espírito está minado por ideias exóticas". QUE CANETADA EIN DIAS GOMES!!!!
peguei esse livro na biblioteca da faculdade para a realização de um diário de leitura, nesse momento estou no primeiro semestre do curso de História (bacharelado) e não consigo parar de pensar o quanto essa história reflete não só pontos históricos, mas infelizmente a atualidade..assim como Branca e sua família, quantos mais não são silenciados pelos inquisidores em nome de uma tal de "justiça"?
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Sofidajaca 16/05/2024

Dias Gomes reinou nessa
"Santo Inquerito" é uma dramaturgia dividida em dois atos e possui tempo invertido. O começo representa o final da história sendo o julgamento de Branca, até as memórias de Padre Bernardo trazerem os acontecimentos.
O enredo em si é sobre um Padre salvo por Branca em um rio que se apaixona pela garota e começa a visita-la. Nessas visitas descobre a história com outras religiões da família e ideias liberais, consideradas hereges pela igreja. Assim, para salvar a própria pele a denúncia para o Santo Inquérito.
No julgamento após perder o marido pelas torturas ela decide não de render e aceita sua pena.
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soubarroca 31/01/2024

O Santo Inquérito, de Dias Gomes
Certeiro como o Pagador de Promessas. Segunda obra de Dias Gomes que leio e é muito evidente a veia crítica contra o fundamentalismo cristão da Idade Média.

É óbvio que o Santo Tribunal da Inquisição era uma instituição podre que só servia para atormentar a população. O personagem mais sensato é o Augusto. Ele aparece relativamente pouco, mas nas participações ele revela ser mais cristão do que aquele padre ze ruela. Em nome de um Deus que é amor, disseminam ódio; em nome de um Deus que é misericórdia, disseminam vingança. A fala de Simão tbm é tradutora: não se converte ninguém com ódio e violência.
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Beatrys12 02/01/2024

Eles só aceitam o mistério.
?PADRE: Toda criatura humana está em permanente perigo, Branca. Lembre-se de que Deus nos fez de matéria frágil e deformável.?

?BRANCA: O mais importante é que eu sinto a presença de Deus em todas as coisas que me dão prazer. No vento que fustiga meus cabelos, quando ando a cavalo. Na água do rio, que me acaricia o corpo, quando vou me banhar. No corpo de Augusto, quando roça no meu, como sem querer. Ou num bom prato de carne-seca, bem apimentado, com muita farofa, dessas que fazem a gente chorar de gosto. Pois Deus está em tudo isso. E amar a Deus é amar as coisas que Ele fez para o nosso prazer.?
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bibioslivrosecia 31/12/2023

Parece novela, e é muito interessante. Saber que é inspirado numa história real é ainda mais interessante.
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Sintaxe 19/12/2023

Em defesa de Simão
Para quem não sabe, este perfil não passa de um pequeno projeto onde eu comento, avalio ou apenas expresso pensamentos e emoções surgidas durante a leitura de obras mais desconhecidas, compradas ou emprestadas - pela minha queridíssima biblioteca universitária - com o fim específico de serem postadas aqui, neste aplicativo. Meu único desejo é expandir meus horizontes literários, pois, mui embebido em clássicos, raramente me ponho a ler os livros esquecidos pelo tempo... Nessa toada, mas nem tanto, decidi compartilhar o que me veio à cabeça e ao coração ao ler esta peça, ela mesma mais ou menos desconhecida enquanto o autor é praticamente estrela de cinema, sobretudo pelo incrível O Pagador de Promessas. Não faço "reviews", ao menos, não puramente. Escrevo, apenas. E decidi escrever, neste caso, em defesa de um dos personagens rechaçados no interior e no exterior da narrativa do drama.

Simão, pai de Branca, é condenado pelo escritor por sua covardia, egoísmo e fraqueza. Frente à tortura de Augusto, o velho cristão-novo nada faz e prefere salvar sua vida à defender qualquer causa, grande ou pequena, em direto contraste com o noivo idealista. Ora, é claro que este personagem é rechaçado: mesquinho e velho, defende a própria vida em detrimento dos outros! Entretanto... Por que não? Qual o problema de uma defesa à vida? Dias Gomes pretende criticar a falta de conteúdo valorativo no âmago de Simão? Mas há sim um conteúdo deste tipo! Simão é verdadeiro adorador da vida! Sua ideologia é a vida ela mesma! É vero que, tendo sofrido nas mãos da perseguição inquisitorial, tal qual seu pai, ele acaba se afastando dos modos tradicionalmente judaicos da família. Só isso já seria o bastante para no mínimo compreender suas razões. Vivendo a vida inteira com medo, quem não capitularia? Ele viu a morte de perto, tem direito de sobre isso falar. Contudo, mais que isto, parece-me que o pai de Branca valoriza a vida mais do que as causas terrestres ou celestes. Feito os pais de Admeto, ele quer viver mesmo que isto custe as ideias dos homens. Genuíno heleno, nada há de mais precioso que a vida! Por que somos tão rápidos em censurar tais sujeitos? Parece-me que, comandados pela verdadeira ideologia do capital (no sentido, agora, marxiano da palavra), acreditamos com muita facilidade no ideal do sacrifício "elevado" em nome da pátria, do povo ou qualquer invencionice aceita entrementes. Não é por falta de resolução que Simão cede, mas por defender algo ainda mais profundo: a vida. Com todas suas dores e contradições, é a matéria do corpo que deve ser salva, não os arabescos no ar por nome de "ideais". É realmente uma pena que Dias Gomes acredite haver mais virtude num padre autoritário, crente cego da "verdade" católica, do que em Simão, realista ponderado capaz de enxergar as bizarrices da imaginação humana! E o próprio dramaturgo parece conter em si opiniões contraditórias ao desprezar a deformação do espírito humano quando dominado por suas causas inventadas, e, ao mesmo tempo, transformar Augusto e Branca em mártires altivos capazes de se sacrificarem por suas causas. Não há aí uma falta de auto-crítica? Não sei, não sou analista! Só sei que adorei a peça e adorei mais ainda o injustiçado Simão!
Senhorita_morland 10/01/2024minha estante
Pois adicione nesse projeto livros que vc lerá com o mozãoo


Senhorita_morland 10/01/2024minha estante
Vulgo eu


Senhorita_morland 10/01/2024minha estante
Hehwhwwhhwhwwhw




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iwantedtobeabird0 24/09/2023

"E sei também que não sou a primeira. E nem serei a última."
Que obra incrível!! Totalmente atemporal. Uma crítica a forma que a igreja utiliza o nome de Deus para fazer o que bem entender. Li porque a minha professora passou, não esperava gostar tanto.

É muito triste descubrir que essa história é real, e que a vida de Branca foi só uma, das milhares de vidas que a igreja tirou, de forma totalmente injusta. Branca não merecia nada daquilo, era só uma jovem moça que não fez nada de errado. Nem mesmo seu marido merecia o fim que teve.

Apesar de não ser dito na obra, fica implícito que tudo foi armação do padre, que claramente sentia atração por Branca, e a culpava por isso, fazendo todos acreditarem que ela estava possuída por um demônio.

Por não aceitar qualquer coisa e ser uma moça muito esperta, o fim de Branca foi trágico, infelizmente. Achei interessantíssimo a forma que ela fala com o pai no ato 2, que se você vê algo ruim acontecendo e não impede, você está contribuindo para aquele mal.

"Há um mínimo de dignidade que o homem não pode negociar, nem mesmo em troca da liberdade. Nem mesmo em troca do sol."
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